Cumprimento Provisório de Sentença Cumprse 0011284-35.2021.5.15.0128

Fls.
: 1
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE_0011284-35.2021.5.15.0128
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região
CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA

CumPrSe 0011284-35.2021.5.15.0128
PARA ACESSAR O SUMÁRIO, CLIQUE AQUI
Processo Judicial Eletrônico
Data da Autuação: 18/10/2021

Valor da causa: R$ 40.000,00
Associados: 0001180-33.2011.5.15.0128
Partes:
REQUERENTE: MARIA OLIMPIA DE CARVALHO - CPF: 788.727.749-
34
ADVOGADO: ANDREIA CRISTINA MARTINS DAROS VARGAS - OAB:
SP294669
REQUERIDO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CNPJ: 00.360.305/0001-04
ADVOGADO: MARY CARLA SILVA RIBEIRO CAZALI - OAB: SP299523
ADVOGADO: LUCIANA RIBEIRO VON LASPERG - OAB: SP347664
REQUERIDO: FUNDACAO DOS ECONOMIARIOS FEDERAIS FUNCEF - CNPJ:
00.436.923/0001-90
ADVOGADO: LUIZ FERNANDO PINHEIRO GUIMARAES DE CARVALHO - OAB:
SP361409
ADVOGADO: JUSUVENNE LUIS ZANINI - OAB: RJ130686
Fls.: 2
Documento assinado pelo Shodo
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO TRABALHO DA

MERITÍSSIMA SEGUNDA VARA TRABALHISTA DE LIMEIRA, SP
MARIA OLÍMPIA DE CARVALHO, brasileira, divorciada,

bancária, inscrita no CPF/MF n° 788.727.749-34, e no RG n° 14180042
SSP/SP, nascida em 04 de maio de 1965 (sessenta e cinco), filha de
Laurinda Castilho Carvalho, residente e domiciliada em Limeira, SP, na Rua
General Rondon, n° 918, Bairro Vila Piza, CEP 13486-154, por meio de
seus procuradores, infra assinados, os quais recebem intimações no
primeiro endereço do preâmbulo, vem mui respeitosamente perante Vossa
Excelência, propor a presente
AÇÃO DE EXECUÇÃO PROVISÓRIA EM AUTOS

SUPLEMENTARES - ExProvAS, em face de
Campinas - SP
Rua Dr. Silvio Moraes Sales, 33 | Cambuí
CEP: 13025-160 | (19) 3251-4858 |camp@ffa.com.br
1
Assinado eletronicamente por: ANDREIA CRISTINA MARTINS DAROS VARGAS - 18/10/2021 15:39 - 57e84f2
https://pje.trt15.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21101815055482500000162812413
Número do processo: CumPrSe 0011284-35.2021.5.15.0128
ID. 57e84f2 - Pág. 1
Número do documento: 21101815055482500000162812413
Fls.: 3
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, inscrita no CNPJ sob o n°

00.360.305/0001-04, com endereço na Praça Toledo de Barros, n°164,
CEP 13480-008, Centro, em Limeira, SP, e FUNCEF - FUNDAÇAO DOS
ECONOMIARIOS FEDERAIS, inscrita no CNPJ n° 00.360.305/3146-30,
com endereço na Avenida Rio Branco, n° 174, Centro, Rio de Janeiro, RJ,
CEP 20040-600, tendo vista os relevantes fundamentos que a seguir
expõe:
01. DAS PEÇAS NECESSÁRIAS A FORMAÇÃO DA PRESENTE AÇÃO

EXECUTÓRIA
Esta parte reclamante vem apresentar todas as peças

necessárias à formação da presente execução provisória, conforme seguem
anexas, cumprindo o determinado no Provimento GP-VPJ-CR nº 01/2014 da
Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho, sendo a AÇÃO TRABALHISTA
principal de nº 0001180-33.2011.5.15.0128.
Deste modo, requer o recebimento da presente ação, a fim de

dar-se seguimento a execução provisória, conforme faculta a legislação
vigente.
02. DO PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA
Informa a reclamante que ainda no processo físico houve

execução provisória, interrompida em sede de decisão de embargos à
execução, sendo determinada sua suspensão após publicação desta
sentença.
Sendo assim, requer a autora, respeitosamente, o

aproveitamento dos atos praticados na execução provisória e que seja
dado regular prosseguimento à ela nos presentes autos eletrônicos.
03. DA INDICAÇÃO DE PERITO ASSISTENTE
Entendendo o Juízo nomear perito de sua confiança para

elaborar os cálculos de liquidação, a reclamante nomeia como seu Assistente
Técnico o Sr. Paulo Ferrareze, CRC n.º 34.312, com escritório profissional
em São Paulo, na Rua XV de novembro, n.º 200, 15º andar, para acompanhar
a feitura dos cálculos.
Campinas - SP
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ID. 57e84f2 - Pág. 2
Fls.: 4
04. DA NATUREZA DA EXECUÇÃO PARA A RECLAMADA
Informa que há recurso pendente de julgamento no C.TST

apenas da reclamante, dessa forma se trata de execução definitiva para a
reclamada, uma vez que possíveis alterações no julgado acontecerão apenas
para majorar os valores da execução.
Assim, não há óbices para eventuais liberações de

valores incontroversos, os quais deverão ser transferidos diretamente
para a conta indicada pela obreira em momento oportuno.
05. DOS REQUERIMENTOS
Requer-se que todas as publicações, notificações e demais atos

processuais sejam feitos exclusivamente em nome da Dra. Andreia Cristina
Martins Daros OAB/SP 294.669, nos termos da fundamentação acima.
06. DO VALOR DA CAUSA
Dá à causa, para fins legais, o valor estimativo de

R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).
Termos em que,
Pede Deferimento.
Campinas, SP, 18 de outubro de 2021.
Campinas - SP
3
ID. 57e84f2 - Pág. 3
Fls.: 5
Pp.
Bel. Celso Ferrareze OAB/SP 219.041 A
Pp.
Bel. Gilberto Rodrigues de Freitas OAB/SP 191.191 A
Ps.
Bel. Andréia Cristina Martins Daros OAB/SP 294.669 A
Ps.
Jean Francisco Gomes da Silva
Campinas - SP
4
ID. 57e84f2 - Pág. 4
Fls.: 6
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PoDER Juo|c|ÁR|o
JusT|ÇA Do TRABALHO
TR|BuNA|. REG|oNA|. no TRABA|.Ho DA 15= REG|Ão
REcuRso oRD|NÁR|o
ooo1180-s3.2o11.5.15.o12s
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Volumes Documentos Apensos Volumes de Apensos

1/11 0 0
R elator:
Data da Autuação: 22/08/2011 Valor da Causa: R$ 25-000.00
Proc-e SSO TRT de Origem: 0001180-2011-128
Origem: VARA DO TRABALHO DE LIMEIRA 2A
Prev_e nção: Não
Juíze sSentenciantes: RONALDO CAPELAR| A
L000
Partes:
Recorrente Maria Olimpia de Carvalho
`9€'08l‹ Advogado: Gilberto Rodrigues de Freitas (191191-SP-A - Prc.FIs.: 46)
Recófrridoz Caixa Econômica Federal - CEF 1
Advo gado: Fernanda Maria Boni Piloto (233166-SP-D - Prc.FIs.: 485)

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Recorrido: Fundação dos Economiários Federais - FUNCEF
Advo gado: José Francisco Siqueira Neto (69135-SP-D - Prc.FIs.: 1926)
82
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056320

Digitalizado e Integrado por Ernando Eliziario
l
1
Assinado eletronicamente por: ANDREIA CRISTINA MARTINS DAROS VARGAS - 18/10/2021 15:39 - 5a9aff8
ID. 5a9aff8 - Pág. 1
Fls.: 7
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056320

Fls.: 8
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-(via do processo)
AVMARECHAL ARTHUR DA COSTA E SlLVA,l430 ID GLÓRIA I
CEP 13487-230 LIMEIRA - SP '

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DA INICIAL 22/os/2011 15z49: 54 PRo'I'ocoLo

AçÃo TRABAI..HIš'rA - RITO ORDINÁRIO
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Distribuído para 2* VARA DO TRABALHO DE LIMEIRA

yrQce55Q n° RTOrd- 0001180-33.2011.5.15.0l28
N' Qi5trib_002.365/2011-RTOrd~
RECTE: Maria Olímpia de Carvalho (Id:l20754)
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cPFz '7es.727.749-34
RECDO: 1a)Caixa Econômica Federal (Id:65709) ›
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CNPJ: 00.360.305/0001-04 _
RECDOf 2a)Funcef - Fundação dos Economiários Federais (Id 120755)

CNPJ: 00.360.305/3146-30
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_
A data, hora e local da audiência a ser designada serão objeto de

notificação posterior. Senhor(a) Advogado(a): salvo determinação em contrário
dc Juízo, não será expedida notificação pessoal ao autor/reclamante.-Por essa
razao, ao ser notificado, solicita-se que dê ciência ao seu cliente a
respeito daquele ato processual, bem como de que, naquela oportunidade,
deverá complementar o cadastro processual com os seguintes dados: g
Para empregados: NIT (número de inscrição do trabalhador perante o

Inss), PIs/PASEP, ctrps.
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Para empregadores (Pessoa Física): CEI (número de matrícula perante o

mss).
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Para empregadores (Pessoa Jurídica, exceto entes públicos): cópia do_-'

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contrato social e alterações, código do ramo de atividade econômica. ‹
Não comparecendo, a reclamação trabalhista será arquivada, cabendo ao

autor a responsabilidade pelo pagamento das custas e emolumentos processuais.
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Ciente:
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PATRICIA HELENA RABESCO
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1 EXECUTANTE
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Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056320
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Fls.: 10
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Ferrareze 8 Freitas
Advogados
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Advocacia Trabalhista Bancária Especializada

Campinas - SP
Rua Dr. Silvio de Moraes Sa/es, n°. 33 - Cambuí
Cep: 13.025-160 Fone: (19) 3251 -4858/3252-5047
Belo Horizonte - MG Novo Hamburgo - RS
R. Araguaia, n°. 358 - 7° - Bairro Preto Tapes, n°. 1241 - Bairro Ideal
R.
Cep: 30.190-110 F. (31) 3295-1307/3295-5621 Cep:93.300-000 F. (51) 3581.5383/3582.8462
bfl@[fa.cgm.br nh@ffa,com,br
Porto Alegre - RS Passo Fundo - RS
R. Borges de Medeiros, n°. 410 -' 16° andar - centro Av. General Neto, n°. 383 - Centro
Cep: 90.020-022 F. (51) 3211-1929/3211-1342 Cep: 99.010-021 F. (54) 3313-3111/3313-3121
poa@ffa.com.br pf@[fia,cQm,br
Caxias do Sul - RS Recife -PE
R. Dr. Montaury, n°. 1471- conj. 401/402 - centro Rua Agenor Lopes, n°. 25 -4° - Bairro Boa Viagem
Cep: 95.020-190 F. (54) 3221 -8584/3223-9544 Cep: 51.021-110 F. (81)3035-0321
c¿@ffa.cg¿'n.br rec@ffg.com.br
Chapecó - SC
,
Rio de Janeiro - RJ
Av. Getúlio Vargas, n.° 870 - 44 - centro Rua da Assembléia, n°. 11, 9° e 11° andar
cep: s9.so1-ooo F. (49) 3323-6803/3323-7691 Cep: 20.011-001 F. (21) 3539-7850/3539-7826
ch@ffa.com.br g`@ffa.com.br
Curitiba - PR Salvador - BA
R. visconde do Rio Branco, n.° 1322 - Conj. 701/702 - centro Rua da 4°andar
Bélgica, na. 02,
Cep: 80.420.210 F. (41) 3233-0784/3324-9813 Cep: 40.010-030 F. (71) 3242.0321 e 3241.5257
ctba@f[a.gom.br ssa@ffa.com.br
Florian 6polls - S C São Paulo - SP
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Rua Cônego Bernardo, n.° 101 - 801 a 803o R. xv de Novembro, n°. zoo; 1°A e B/6° e 19°
Cep: 88.036-57 F. (48) 3228-9887/3338-3433 cep: 01.013-905 F. (11) 3101-7077/3104-0437
flgripa@ffa.com.br §Q@Êa.com.br
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA

MERITISSIMA VARA TRABALHISTA DE LIMEIRA, SP.
JG”
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MARIA o|.íMP1A DE cARvA|..Ho, brasileira,

divorciada, bancária, inscrito no CPF/MF
n° 78872774934, e no RG n° 14180042 SSP/SP,
nascida em 04 de maio de 1965 (sessenta e cinco),
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
filha de Laurinda Castilho Carvalho, residente e

domiciliada em Limeira, SP, na Rua General Rondon,
n° 918, Bairro Vila Piza, CEP 13486-154, por meio de
seus procuradores, infra assinados, os guais recebem

intimações no primeiro endereço do preâmbulo, vem
mui respeitosamente perante Vossa Excelência, propor
a presente
AçÃo RECLAMATÓRIA TRABALHISTA, coM

Peorbo DE AN'rec1PAçAo os 1'u1'E|.A, em face da
U)
Assinado eletronicamente por: ANDREIA CRISTINA MARTINS DAROS VARGAS - 18/10/2021 15:39 - f7285f5
ID. f7285f5 - Pág. 1
Fls.: 11
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cA1xA EcoNôM1cA FEDERAL, inscrita no CNPJ

sob o n° 00.360.305/0001-04, com endereço na Praça
Toledo de Barros, n°`164, CEP 13480-008, C_entro, em
Limeira, SP, e FUNCEF - FUNDAÇAO DOS
ECONOMIARIOS FEDERAIS, inscrita no CNPJ
n° 00.360.305/3146-30, com endereçona Avenida Rio
Branco, n° 174, Centro, Rio de Janeiro, RJ,
CEP 20040-600, tendo vista os relevantes fundamentos
_
que a seguir expõe:
DA PRELIMINAR
1., DO PEDIDO DE TUTELA INIBITÓRIA e DA REALIDADE
FATICA _
especializada
.
Como
é de conhecimento geral, esta justiça
.é erroneamente vista como a “justiça do
desempregado" eisso se dá por óbvias razões, uma delas é o receio
Q
de discriminação e retaliação, contrariando aquele diminuto grupo de
empregados que ousa, por assim dizer, postular em juízo durante a
mantença do contrato de trabalho.
'
A parte Autora vem postular direitos que lhe restaram

suprimidos durante o contrato de trabalho vigente, e_, em virtude
disso, propõe, como cautela, a tutela inibi-tória, com intuito de evitar
e principalmente resguardar-se de- quaisquer atos de retaliação da
reclamada.
`
Segue abaixo .notícia extraída do site do E. TST,

demonstrando que as retaliações são voz corrente quando o
empregado ainda está na 'ativa e vem perante esta justiça
especializada postular seus direitos, vejamos:
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A retirada da gratificação de caixa executivo de um funcionário no mesmo

Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
dia em que foi notificada de que este havia ajuizado lação trabalhista
resultou na condenação da Caixa Econômica Federal ao' pagamento de
indenização por dano moral de R$ '75 mil., além da determinação de
reintegração do caixa a sua função original. A Primeira Turma do Tribunal
Superior do Trabalho negou provimento' a agravo de instrumento da CEF

contra a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 93 Região (Paraná),
em processo relatado pelo juiz convocado Guilherme Caputo Bastos.
O episódio que deu origem ao processo ocorreu na cidade paranaense de
Cianorte. O economiário entrou para o quadro da CEF em 1982, e de
novembro de 1985 até maio de 2001 exercia a função comissionada de
caixa executivo. Em março de 2001, ajuizou na Vara do Trabalho de
Cianorte reclamação trabalhista em que pedia horas extras, reflexos e
ID. f7285f5 - Pág. 2
Fls.: 12
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integrações. A CEF foi 25 de maio e, na tarde do

notificada da açao no dia
mesmo comunicado de sua destituição da função ocupada
dia, o caixa foi
durante 15 anos, sendo designado para a função de escriturário.
Em nova ação trabalhista, o empregado pediu sua reintegração à função e

indenização por dano moral. “O que pretende a CEF com tal atitude senão
impor o medo, o temor a seus empregados, intimidando-os a não irem a
juízo na busca de seus direitos, sob pena de sofrerem retaliações, fazendo
desse trabalhador o `bode expiatório"', questionava a inicial. De acordo com
depoimentos colhidos na fase de instrução, no dia em que a CEF recebeu a
notificação o trabalhador teria conversado com um colega (que compareceu
como preposto da CEF à audiência e confirmou a conversa) e este lhe disse
que “deveria suportar as conseqüências". Na tarde do mesmo dia, recebeu
ligação do mesmo colega informando que, por ordem da gerência, estava
destituído de sua função.
O juiz concluiu que o trabalhador foi "vítima de cruel e bizarra

discriminação". A sentença foi mantida pelo TRT/PR. As duas instâncias
afastaram uma a uma as alegações da CEF para a destituição. A primeira
era a de que o empregado “já vinha há algum tempo se mostrando
insatisfeito com o trabalho", e que isso estaria se refletindo em suas
atividades. Sobre isso, os documentos e testemunhos juntados ao processo
demonstraram que “se tratava do caixa mais antigo da agência, o que fazia
o maior número de autenticações e vendia o maior número de seguros".
Outra alegação foi a de que o caixa teria juntado, na primeira reclamação

trabalhista, cópias de fitas de terminais de caixa para provas as horas
extras, o que foi considerado “abuso de confiança" por tornar públicas
movimentações financeiras de clientes, violando o sigilo bancário. O juiz,
porém, ressaltou que tais documentos "não se referem a operações
financeiras protegidas pelo sigilo bancário", e que o fato ocorreu num
processo judicial, “na Defesa do direito pessoal do trabaIhador".
Finalmente, a CEF alegou ainda que a destituiçao fazia parte de um

processo de reestruturação da agência. Constatou-se, porém, que não
houve outra perda de função em 2001, e que no ano anterior os
funcionários remanejados não perderam suas gratificações.
No exame do pedido de indenizaçao por dano moral, a sentença cita as

"listas negras", pelasquais empregadores evitam contratar ou despedem
empregados que ajuízam reclamações trabalhistas, “ato dos mais
reprováveis, que implica negação da cidadania do trabalhador e
descumprimento da Constituição FederaI". A indenização foi arbitrada em
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
R$ 75.000,00, valor mantido pelo TRT, que, verificando que o caixa recebia
aproximadamente R$ 2.700,00 mensais, considerou não ter havido excesso
em sua fixação. O Regional negou seguimento ao recurso de revista da
CEF, motivando o agravo de instrumento julgado pela Primeira Turma.
Nas razões do agravo, a Caixa questionou se, diante dos fatos contidos no
processo, “a destituição do empregado da função de confiança atingiu sua
honra e dignidade, apresentando-se como ato ilícito indenizável", conforme
prevê o Código Civil de 1916 (artigo 5°) e a Constituição Federal. O relator
citou a decisão do TRT, segundo a qual “é perfeitamente compreensível e
natural a dor pela perda da função exercida por mais de 15 anos em razão
de uma arbitrariedade do empregado, que buscou causar no autor o temor
reverencial, o arrependimento por ter ajuizado ação através da qual
l - _-
ID. f7285f5 - Pág. 3
Fls.: 13
¡ |
l | .
buscava a satisfação de seus direitos trabaIhistas".
Embora a retirada da função de confiança não seja, em si, causa de dano

moral, o juiz Guilherme Bastos ressalta que “não foi somente a destituição
que levou ao reconhecimento da existência do dano moral, mas sim as
circunstâncias, o motivo, que revelou-se estar fundado em critérios
discriminatórios, já que a destituição ocorreu tão somente em virtude do
ajuizamento da ação trabalhista". Quanto aos motivos, o relator considerou
que “a discussão a respeito esgotara-se na segunda instância", e seu
reexame seria contrário à Súmula 126 do TST, que veda a apreciação de
fatos e provas nesse grau de jurisdição. (AIRR 733/2001-092-09-40.7)
A 53 Turma do TRT da 9a Região assim se

manifestou em caso similar:
5a Turma do TRT moral a ex-qerente bancário
recor¿l3,eç_e, 411139
desiqnado para de iniciante
A 53 Turma de desembargadores do TRT da 9° Região (Paraná)
reconheceu dano moral sofrido por ex-gerente bancário, por abuso de
direito do banco na destituição do cargo de confiança e determinação
de regresso a funções de escriturário iniciante na carreira. A decisão,
em julgamento de recurso em ação de indenização, modificou
sentença proferida pela 13 Vara do Trabalho de Londrina e condenou
o banco a indenizar o bancário em R$ 35 mil.
O acórdão, relatado pelo desembargador Dirceu Buyz Pinto Junior, diz
que a atribuição de tarefas simples, como a orientação de filas e a
entrega de talonários, típicas de escriturário no início de carreira, não
é razoável quando determinadas a um empregado com mais de 18
anos de serviço, 14 dos quais exercendo cargos comissionados nos
quais obteve ótima avaliação. Segundo o magistrado, isso evidencia o
intuito do empregador de humilhar o empregado: "Não se está
afirmando que as funções inerentes ao cargo de escriturário sejam
menos necessárias ou honrosas que as atribuídas aos gerentes.
Evidente, contudo, que o empregado que iniciou no banco como
auxiliar de expediente e foi galgando posições até alcançar o cargo de
gerente de expediente, trabalhou em 11 cidades e em 5 estados,
recebendo elogios dos superiores hierárquicos pelo seu bom
desempenho funcional, não pode ser abruptamente rebaixado,
colocado para cumprir tarefas de pouca ou nenhuma complexidade,
sem que o empregador aponte um motivo para isso".
O
O desembargador asseverou que "o fato de o empregador deter o
poder potestativo, o qual lhe possibilita reverter o empregado
comissionado ao cargo efetivo, não o autoriza a abusar desse direito",
frisando que "afinaI, se o autor teve bom desempenho enquanto
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
atuou como gerente, como afirma o próprio preposto, por certo, se o

descomissionamento decorreu de àdaptações internas', como
referido em defesa, o mais lógico seria realocar o reclamante em um
setor em que pudessem ser aproveitados sua experiência e seu
conhecimento". TRT- PR - 99504-2006-018-09-00-1 (RIND).

(grifamos)
Tais exemplos servem para demonstrar que não há por

parte do autor qualquer exagero ou incoerência ao pedir respaldo na
tutela inibitória, ao contrário, é exatamente o que se busca evitar.
,_,
ID. f7285f5 - Pág. 4
Fls.: 14
De acordo com Mauro Schiavilz
Na tutela inibitória ainda não há dano, pois este é dispensável, basta a

probabilidade do ilícito. Não há a necessidade de culpa, pois esta é critério para
apuração da sanção do dano.
A tutela inibitória tem suporte no princípio constitucional do acesso à Justiça
(artigo 5°, XXXV, da CF), e na efetividade da tutela jurisdicional.
A tutela inibitória tem aplicação na esfera trabalhista, exemplificativamente, como
medida preventiva das seguintes condutas: a) anti-sindicais, que atentam contra
a liberdade sindical; b) discriminatórias na relação de emprego; c) cláusulas
contratuais abusivas; d) interdito proibitório em caso de greve (art. 932 do CPC),
dentre outras hipóteses. (grifamos)
O Autor busca, desta forma, resguardar seus direitos

contra possíveis retaliações do empregador, como nova destituição de
cargo, nova redução salarial, nova transferência, novos
constrangimentos, enfim, pede que se mantenha as condições atuais
de trabalho sob pena de imposição de multa pecuniária por
descumprimento.
Diante dos preceitos legais e constitucionais aplicáveis
(art.468 da CLT; art. 5°, caput e inc. XXXVI da CF; c/c art. 7° inc. VI
e X da CF), demonstração inequívoca da plausibilidade das alegações
do autor e alteração contratual lesiva (o que resultará em manifesto
prejuízo do reclamante), prova inequívoca do periculum in mora,
considerando-se ainda que a manutenção do salário trata-se de verba
de natureza alimentar indispensável ao sustento familiar e próprio do
reclamante, necessário se faz o deferimento da tutela postulada.
O Autor
postula, desde a propositura da presente ação,
pela manutenção de sua funçãolaboral, pela integralidade de seus
vencimentos e pela sua integralidade moral e psicológica dentro de
seu ambiente de trabalho.
Assim, requer seja deferida a tutela inibitória -

"inaudita altera pars"- pleiteada, no sentido de ordenar a reclamada,
até decisão final da Reclamação Trabalhista transitada em julgado,
para impedir que seja alterada as funções do reclamante para cargo
inferior, transferi-lo de agência ou de posto, causar humilhações ou
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
constrangimentos, com a manutenção de toda remuneração atual

(salário padrão, função confiança, vp~gip, serviço extraordinário e
demais verbas da folha mensal), sob pena de multa, na razão de
triplicidade do salário padrão por mês de descumprimento, sem

prejuízo de execução de obrigação específica capaz de obter
resultado prático equivalente à tutela ora requerida, consoante
autoriza o art. 461 do CPC.
1SCl-IIAVI, Mauro. Manual de direito processual do traba1ho.- São Paulo: LTr, 2008
876.
ID. f7285f5 - Pág. 5
Fls.: 15
~ ~
DA COMISSAO DE CONCILIAÇAO PREVIA
I
O2.
Para todos os efeitos do artigo 625-D, § 3°, da CLT,
mesmo existindo a Comissão de Conciliação Prévia, tal procedimento
não constitui condição "sine qua non" para a propositura da ação,
nem pressuposto processual, como consubstanciou o Egrégio Tribunal
Regional do Trabalho da 25 Região através da Resolução
Administrativa n.° 08/2002, conforme se colaciona:
"O comparecimento perante a Comissão de Conciliação Prévia é uma faculdade
assegurada ao Obreiro, objetivando a obtenção de um título executivo
extrajudicial, conforme previsto pelo artigo 625-E, parágrafo único da CLT, mas
não constitui condição da ação, nem tampouco pressuposto processual na
reclamatória trabalhista, diante do comando emergente do artigo 5°, XXXV,
da Constituição Federal. " (grifamos)
Assim, requer o recebimento e regular processamento

da presente reclamação.
O3. DO INÍCIO DO CONTRATO DE EMPREGO

Mantém contrato de emprego formalizado com a Caixa,
o qual teve início em 04 de abril de 1989 (oitenta e nove),
encontrando-se vigente.
04. QUANTO À ExIGÊNcIA DA RENÚNCIA DE DIREITOS POR

PARTE DA PARTE RECLAMANTE PARA ADERIR AO Novo
PLANO DE OARGOS E SALÁRIOS 2008 E DA IMPOSSIBILIDADE
DE POSSUIR DECISÃO JUDICIAL EM AÇAO _EM QuE SE
DIscuTA A JORNADA DE TRABALHO PARA ADESAO AO PLANO
DE FUNÇÕES GRATI|=IcADAS (PFG 2010)
A Reclamada, ao elaborar o Novo Plano de Cargos e
Salários 2008, disponibilizou um valor variável entre R$500,00 e
R$10.000,00 a título indenizatório, pasmem: para quitação dos
direitos e ações judiciais relativos aos PCS anteriores (1988/89
e 1998). Veja a redação da Circular Interna "CI VIPES/SURSE 024/08
# 10":
8. Valor indenizatório. 8.1. Será efetuado pagamento de valor, em parcela
única, de caráter indenizatório, a título de quitação dos eventuais direitos e
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
ações judiciais que versem exclusivamente sobre O Plano de Cargos e Salários

- PCS.
E mais, da reclamada foi objeto de

a proposta
celebração de acordo aditivo ao Acordo Coletivo de

Trabalho 2007/2008 junto à Confederação Nacional dos
Trabalhadores nas Empresas de Crédito - CONTEC, no qual constou
que a adesão ao Plano de Cargos e Salários, também denominado
Estrutura Salarial Unificada 2008, implicaria na transação e quitação
de eventuais direitos dos empregados que tivessem por objeto
discussão em torno dos Planos de Cargos e Salários - PCS anteriores.
ID. f7285f5 - Pág. 6
Fls.: 16
ac
É
É um verdadeiro absurdo tal imposição, uma vez que
não se pode exigir a renúncia de direitos, que, aliás, são indisponíveis
e irrenunciáveis, para adesão ao Novo Plano de Cargos e Salários,
sob pena de expressa violação das normas inseridas nos Artigos 9°
e 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, abaixo transcritos:
Art. 9° "Serão nu/os de pleno direito os atos praticados com o objetivo de

-
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente

Consolidação. ”
~
Art. 468 Nos contratos individuais de trabalho so e l/cita a alteraçao
" z 1
das
z
respectivas condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que

não resultem direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de
nu/idade da cláusula infringente desta garantia. "
Conforme
asseverado, privilegia-se no direito
já
brasileiro o principioda proteção ao trabalhador, trabalhador este
que, por vezes, adere a esta ou àquela imposição do empregador,
nunca por vontade própria, mas tão-somente para manter o
emprego, isto é, para custear o seu orçamento doméstico.
Assim, caracterizado o vício de consentimento e a

chamada coação econômica, não se pode admitir que a parte
reclamante, para ascender na carreira e para que seja inserida no
Novo Plano de Cargos e Salários, seja obrigada a renunciar direitos
oriundos dos planos de cargos e salários anteriores.
Em segundo ~
tem se que o direito de negociaçao
lugar,
coletiva não é absoluto. As entidades, que dizem representar os
interesses dos trabalhadores, não podem promover renúncias de
direitos individuais e muito menos ignorar o alcance das normas
protetoras da parte empregada.
Com
todos os Acordos ou Convençoes Coletivas
efeito,
~
de Trabalho que restringem direitos não têm eficácia jurídica,

conforme, aliás, assim já decidiu o E. Tribunal Regional do Trabalho
da 3a Região, conforme se denota, in verbis:
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Restrição a direito - Impossibilidade. Cláusula de CCT que contenha restrição

a direito do trabalhador, assegurado por lei, não tem qualquer valor jurídico,
por ser nula. É o caso da clausulação que reconhece como de efetivo serviço o
tempo demandando em condução do empregador, para depois afirmar que
este tempo não será pago como hora “in itinere". Prevalece o princípio
segundo o qual "odiosa restringenda, favorabilia ampIianda". A pactuação
coletiva' não pode conter cláusula que renuncie a direito derivado do texto da
própria lei. São nulos acordos que direta ou indiretamente causem prejuízos
ao trabalhador. TRT-PR-RO-3214/91 - (AC.2° T.-5159/92) - Rel. Juiz José
Montenegro Antero. DJPR, 10.07.92 - PAG.62. Ementa extraída da obra
“Julgados Trabalhistas Selecionados", Vol.II, de autoria de Irany Ferrari e
Melchíades Rodrigues Martins, Editora LTr. São Paulo, p. 214).
Ô>
ID. f7285f5 - Pág. 7
Fls.: 17
~
Portanto, nao podem ser incluídas cláusulas nos
Acordos Coletivos que representem exclusão de direitos e
flexibilização das normas de direito material, uma vez que os direitos
trabalhistas são irrenunciáveis e indispensáveis.
Em linhas gerais, se a Reclamada se predispôs a pagar

determinado valor é porque bem sabe que descumpriu de forma
contumaz os Planos de Cargos e Salários anteriores, e, portanto,
existindo o descumprimento de tais regras, da parte empregada pode
exigir judicialmente o cumprimento das obrigações inadimplidas,
independentemente de aderir ao Novo Plano de Cargos e Salários.
Repita-se: a parte Reclamante pode ser inserida no Novo Plano de
Cargos e Salários e exigir judicialmente os direitos até então
inadimplidos.
Ademais, a Reclamada não pode exigir que a parte

Reclamante renuncie aos direitos que adquiriu nos Planos de Cargose
Salários de 1989 e 1998 para adesão ao PCS 2008, sob pena de
afronta ao princípio constitucional do livre acesso ao Judiciário, que
tem por fim assegurar a todos a possibilidade de pedir a tutela
jurisdicional para defender direito de que é titular.
~
Importa ressaltar também que já existe em tramitaçao
uma Ação Civil Pública, sob o n° O1086.2008.005.10.00.0, na Sa Vara
do Trabalho de Brasília/DF, em que foi proferida decisão de primeiro
grau favorável aos empregados, cujo objeto trata primordialmente
sobre os dois tópicos acima abordados, ou seja, pleiteia que a CEF
seja condenada em abster-se de exigir dos empregados, para adesão
à Estrutura Salarial 2008 ou a qualquer outro Plano de Cargos e
Salários, que renunciem previamente a ações judiciais ou direitos -
ainda que a título de transação - bem como que realizem o
saldamento do REG/REPLAN ou migrem para o Novo Plano da
FUNCEF.
Quanto à exigência de não possuir ação judicial

discutindo a jornada de trabalho em que já tenha sido proferida
decisão para que se possa aderir ao Plano de Funções
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Gratificadas 2010, reporta-se aos próprios fundamentos acima

exarados, a fim de se evitar tautologia. Tal exigência nada mais é do
que um impedimento de acesso ao Judiciário, o que não pode ser
admitido, inclusive porque nem mesmo a categoria profissional da

parte Reclamante foi consultada, pois o PFG foi aprovado
unilateralmente pela Reclamada, como já salientado.
ID. f7285f5 - Pág. 8
Fls.: 18

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05.DA IÉULIDADE DA ALTERAÇÃO CONTRATUAL LESIVA - DA

PERMANENCIA DO COMPROMISSO PRESTACIOPJAL DE 6 HORAS
RELATIVAMENTE A JORNADA DE TRABALHO DIARIA
Quando da contratação da
parte Autora vigorava a
normatização interna da Caixa Econômica Federal - Ofício Circular
DIRHU 009/1988 Anexo II - que instituiu a “Adequação do Plano de
Cargos, Salários e Benefícios da CEF", que previa o cumprimento de
jornada de trabalho de 6 (seis) horas para empregados da reclamada,
independentemente da função exercida, sendo incluídos nesta jornada,
também os exercentes dos cargos gerenciais.
No ano de 1998, com o novo PCC - Plano de Cargos
Comissionados (PCC), foi prevista a jornada de 08 (oito) horas para os
detentores de cargo em comissão não tendo nele sido assegurada para
os exercentes de cargos gerenciais, a possibilidade de optarem pela
manutenção de jornada reduzida. Além disso, os funcionários não
aderiram espontaneamente ao novo PCS (1998), pois o
reenquadramento se deu de forma "automática".
Mas mesmo que assim não fosse, o que se coloca apenas

argumentação, qualquer opção por parte do empregado pela
a título de
jornada de 8 (oito) horas revelaria-se nula de pleno direito, eis que ao
empregado bancário é assegurada, por norma cogente, o direito -
indisponível - à jornada de trabalho de 6 (seis) horas. O princípio da

irrenunciabilidade, que norteia o Direito do Trabalho, impede o
afastamento pela ação da vontade das partes, das normas protetivas,
inclusive as relacionadas à jornada de trabalho. Destarte, em face das
disposições dos artigos 9°, 444 e 468 da CLT, qualquer “opção” pela
jornada de 8 (oito) horas, ainda que se mostrasse livre de coação, não
seria apta a impedir a incidência da jornada insculpida no caput do
art. 224 da CLT.
Ademais, ressalta-se que os cargos previstos no Plano de

Cargos Comissionados de 1998 já estavam previstos na OC
DIRHU 009/88, constatando-se que a reclamada, na verdade, não criou
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
novos cargos, permaneceu em vigor os mesmos cargos até então

vigentes, não havendo justificativa plausível para a mudança da jornada
contratual de 6 (seis) para 8 (oito) horas diárias, imposta pela CEF.
Incide no caso, o artigo 468 da CLT, a saber:

"Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem
direta ou indiretamente, prejuizos ao empregado, sob pena de nulidade da
cláusula infringente desta garantia.”
J.
ID. f7285f5 - Pág. 9
Fls.: 19
A norma interna OC DIRHU 009/88 incorporou ao contrato

de trabalho da parte reclamante a limitação da jornada de seis horas.
Trata-se sem dúvida, de cláusula benéfica, que acarreta vantagem ao
empregado e que se integra ao contrato individual de trabalho. Importa
salientar que as normas trabalhistas prevêem um mínimo, de modo a
impedir que seja concedido menos ao obreiro. No caso a redução da
jornada legal é vantajosa ao empregado e, tendo eficácia entre as
partes, é exigível de pleno direito.
O Regulamento da Empresa, assim como suas normas

internas, integram ao contrato de trabalho e, quando mais favoráveis,
ampliam os direitos mínimos assegurados em lei, e desde que não
afrontem a legislação aplicável, prevalecem na regulamentação do
contrato de trabalho existente entre as partes.
Quando houve a alteração de jornada contratual de 6

(seis) para 8 (oito) horas diárias, ocorreu afronta expressa a Orientação
constante no item I da Súmula 51 do TST, segundo a qual As cláusulas
regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas
anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a
revogação ou alteração do regulamento.
Logo, o ato de alterar o compromisso prestacional da

parte reclamante de 6 (seis) para 8 (oito) horas diárias, caracteriza-se
como alteração contratual lesiva ao empregado, e, portanto, deve ser
declarada nula, pelos argumentos acima expostos e por ter ferido e
suprimido direitos do empregado, afrontando os princípios da proteção
e do direito adquirido (incisos XXXVI do artigo 5° da CF/88).
Este também é o entendimento da maciça Jurisprudência.

Vejamos:
"HORAS EXTRAS EXCEDENTES À SEXTA DIÁRIA, Hipótese que o reclamante,
mesmo exercendo os cargos de supervisor e gerente, não se enquadra na
exceção do parágrafo 2° do art. 224 da CLT, pois a norma interna OC DIRHU
009/88, que instituiu a "Adequação do Plano de Cargos, Salários e Benefícios da
CEF”, incorporou ao contrato de trabalho a limitação à jornada de seis horas.
Recurso provido. (Processo n° 01077.008/96-1 RO, 6a Turma, 14.11.2002,
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Relator: Denis Marcelo de Lima Mo/arinho, TRT 45 Região). "

"JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS. FUNÇÃO DE CONFIANÇA. A Jornada
de trabalho do reclamante, ainda que exercente de função de confiança gerente,
é de seis horas, por força regulamentar da CEF (Anexo II do Ofício Circular
DIRHU 009/88). Além disso, há previsão normativa neste sentido, inexistindo

qualquer ressalva quanto aos ocupantes de função de confiança. A existência de
norma regulamentar mais favorável ao trabalhador é bastante para afastar a
aplicação dos dispositivos legais pertinentes. (Proc. n° 00960.012/96-6 RO, 35
Turma, 08.05.2002, Relator: Ricardo Hofmeister de Almeida Martins Costa, TRT
4a Região). "
"HORAS EXTRAS. Considerando que, quando da admissão do rec/amante, bem
como quando ele assumiu o cargo de Gerente Geral, as normas internas da
ID. f7285f5 - Pág. 10
Fls.: 20
l
Qt
l
reclamada lhe asseguravam o exercício de jornada de 06 (seis) horas,

independentemente do exercício do cargo de Gerente, não há como se
reconhecer que ele estava sujeito à jornada de 08 (oito) horas, sob pena de
restar caracterizada alteração contratual lesiva ao trabalhador, vedada pelo
artigo 468 da CLT. Aplicação do entendimento contido no item I da Súmula 51
do TST. Devidas horas extras além da 66 (sexta) diária. Recurso ordinário da
rec/amada a que se nega provimento no item.” (Proc. n°
01180.2006.014.04.00.1 RO, 95 Turma, 15.06.2009, Relator: João Alfredo
Borges Antunes de Miranda, TRT 43 Região). "
Além das seguintes ementas: Proc.

n° O1287.2007.304.04.00.4 RO, da 55 Turma, de 10.09.2009, da
Relatora Tânia Maria Maciel de Souza, do TRT da 45 Região; Proc.
n° 0O773.2004.006.04.00.4 RO, da Sa Turma, de 29.06.2006, da
Relatora Tânia Maria Maciel de Souza, do TRT da 49 Região; Proc.
n° 00749.2006.019.04.00.3 RO, da Sa Turma, de 17.04.2008, da
Relatora Tânia Maria Maciel de Souza, do TRT da 49 Região; e; Proc.
n° 00137.2007.012.04.00.7 RO, da 99 Turma, de 09.12.2009, do
Relator: Cláudio Antônio Cassou Barbosa, do TRT da 49 Região.
O Tribunal Superior do Trabalho também coaduna com o

mesmo entendimento. A saber:
“RECURSO DE REVISTA. (...) HORAS EXTRAS. CARGO DE CONFIANÇA.

NÃO CONHECIMENTO. Tendo o Colegiado a quo deslindado a controvérsia pela
ótica da norma mais benéfica, que previa a jornada de seis horas diárias sem
fazer restrições de cargos ou funções, não se configura a violação dos
dispositivos legais indicados nem se aproveita a divergência cotejada, por
inespecífica. Dessa feita, a ausência dos requisitos do art. 896 da CLT para a
admissibilidade da Revista não autoriza seu conhecimento. (...)
(...)
5 - HORAS EXTRAS - CARGO DE CONFIANÇA
-A decisão regional está vazada nos seguintes termos, a fls. 763/767:
- 1. Horas extras - função de confiança
1. 1. Aplicação de norma interna mais benéfica
A sentença recorrida indeferiu o pagamento de horas extras ao autor, enquadrando-o no
que dispõe o art. 62, ll da CL T.
O reclamante se insurge contra o ju/gado alegando que a discussão quanto à existência ou
não de poderes de mando e gestão é inútil, visto que há norma interna da ré que rege de
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
forma mais benéfica a matéria. Aponta, para tanto, a norma denominada ÒC DIRHU
009/99 e OF DECAB 145/88- por meio das quais a CEF instituiu a adequação do Plano de
Cargos e Salários e passou a prever para os gerentes, assim como em relação aos outros
cargos, carga horária de seis horas diárias, apenas. Assevera, por fim, que por força da
Súmula 51 do TST a norma mais vantajosa se integrou a seu patrimônio jurídico, não
podendo ser suprimida ou alterada, bem como que por ocasião da audiência de instrução a
própria ré reconheceu, quanto à forma, o documento a fls. 114/128 (oficio por meio do qual
a Chefe do Departamento Central de Cargos, Salários e Benefícios encaminhou à Filial-
Paraná especificações de funções para atualização do Manual acerca da matéria).
o OC DIR HU 009/88 (fl. 132/137) assinado pelo Diretor de Recursos Humanos da ré e

datado de dezembro/88 traz a informação de que a adequação do Plano de Cargos,
Salários e Beneficios da CEF foi aprovada pela diretoria da Empresa em 13-06-88 e
posteriormente homologada pelo Tribuna/ Federal de Recursos, o que ratifica a validade da
ID. f7285f5 - Pág. 11
Fls.: 21
norma juntada pelo autor,bem como faz a síntese das informações nela constantes.
A defesa apresentada 169 e ss.) impugnou a validade do documento a fls. 115/128
(fl.
(especificação do Plano de Cargos e Salários) no qual se ampara a pretensão obreira ao

direito à jornada de 6 horas. Alega tratar-se de documento imprestável para fundamentar o
pleito porque não há provas de que faça parte do mesmo conjunto composto pelo
documento a fls. 114, porque se trata de cópia simples de papéis datilografados e apócrifos,
sem o timbre da ré ou a assinatura de algum membro da diretoria com poderes para
estabe/ecer/a/terar jornada do corpo funcional. E, ainda que assim não fosse, e que tal
documento pudesse ser aceito, disse que não se trataria de regulamento da ré, mas de
mera comunicação interna a tratar de situações concretas referentes à nomenclatura das
funções no âmbito da agência bancária e que eventuais normativos expedidos antes do
momento em que o autor passasse a ocupar o cargo de gerente (o que só ocorreu a partir
de 15~09-1998), não se incorporaria ao contrato de trabalho deste, mas apenas dos
empregados que já exerciam tais funções.
Na audiência de instrução (ata a fls. 558) a primeira ré - CEF -, contudo, reconheceu o
documento a fls. 114/128 (oficio por meio do qual a Chefe do Departamento Central de
Cargos, Salários e Benefícios encaminhou à Filial-Paraná especificações de funções para
atualização do Manual acerca da matéria), quanto à forma, tornando dispensável a análise
das primeiras alegações anteriormente referidas.
Quanto à inaplicabilidade do documento a fls. 114/128 ao autor, porque na época de sua
publicação esse não era gerente, da mesma forma, não há como lhe dar acolhida. É que a
prova produzida nos autos é de que se trata de norma gera/ da CEF aprovada pela diretoria
da empresa (fl. 132) a instituir condição mais benéfica de trabalho ao autor, o que se integra
ao patrimônio jurídico deste, independentemente de, à época, estar ou não no exercicio do
cargo de gerência lá especificado.
Ademais, ainda que se entendesse que a norma foi revogada por outra menos benéfica, tal
regra não se ap/icaria ao autor, em razão do que dispõe o art. 468 da CLT. Além disso não
há prova de que na data em que o autor passou a ocupar a função de gerente (em 15-09-
98, conforme defesa - 2.° parágrafo a fls. 170) já viqessem regras diversas -das
discriminadas na especificação de cargos do plano de carqos e salários. A C/ GEARU 55/98
(fl. 534/538), juntada pela ré com a defesa, foi editada em 28-09-98, quando o autor, há
mais de dez dias já exercia o cargo de gerente em conformidade com as regras
discriminadas na norma anterior, sem que haja prova nos autos de norma vigente à época
em sentido contrário (note-se que não consta na Cl GEARU/GETAB 021/98 - fls. 131 - data
de sua publicação).
Assim, porque consta nos autos norma interna da ré a instituir condição mais benéfica de
trabalho ao autor, faz jus o obreiro à jornada de 6 horas nela discriminada, ainda que
exercente do cargo de gerência alegado na contestação. (grifamos)
Em suas razões de Revigg, a CEF aleqa que o Reclamante exercia

função qerencial máxima |J_a_s agências em que trabalhou. Indica
contrariedade à Súmula 287 e vioI_@ão do art. 62, II, da CLT. Colaciona
arestos.
Tendo o Coleqiado de origem enfrentado a questão pela ótica da
existência de norma mais be|3éficg,_gos termos do art. 468 da CLT (OC
DIRHU 009/99 e OF DECAB 145/8§_)_, não se vislumbra a contrariedade à
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Súmula 287 nem a violação do art_. 62, II, da CLT. Do mesmo modo,
afasta-se o dissenso cotei_ado,_por inespecífico, à luz da Súmula 296,
pois não trazem a premissa da norma mais benéfica.-
Não conheco. (_qrifamos)_
(...)
Processo: RR - 1767000-38.2003.5.09.0014 Data de Julgamento:
30/O9/2009, Redator Ministro: Antônio José de Barros Levenhagen, 4a Turma,
Data de Divulgação: DEJT 16/10/2009.”
ID. f7285f5 - Pág. 12
Fls.: 22
Assim, postula pela nulidade da alteração contratual

lesiva havida,quando da mudança da jornada contratual de 6 (seis)
para 8 (oito) horas diárias, eis que ilegal, pelos fundamentos acima
lançados, com a conseqüente declaração de que são devidas todas as
horas extras prestadas a partir da sexta hora diária, conforme
postulado no tópico referente às horas extras, cujos os termos se
reporta, para evitar tautologia.
06. DO HORÁRIO DE TRABALHO - HORAS EXTRAORDINÂRIAS

- DIVISOR 150
Por força da Lei Consolidada e das Normas Coletivas,
teria odever de prestar seis horas por dia. Contudo, desde o início do
pacto laboral, cumpriu jornada excedente à previsão do artigo 224,
caput, da CLT, que prevê:
"A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e
Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas contínuas nos dias úteis, com
exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho
por semana. " (grífamos)
Embora a previsão aludida, trabalhou

permanentemente em regime extraordinário, cuja média diária, de
segunda a sexta-feira, pode ser fixada como sendo, das 08:30 (oito
horas e trinta minutos) às 18:30 (dezoito horas e trinta
minutos), com 01:00 (uma hora) de intervalo para refeição e
descanso.
Laborou para o Reclamado 03 (três) sábados e O3

(três) domingos, durante todo o período postulado, razão em de
“feirões", por período médio de 06 (seis horas) a cada dia
trabalhado, com 9ç0ç;ç1ç5 (_guinze minutos) de intervalo.
Não lhe foi permitido anotar a integralidade da

jornada trabalhada.
Embora a prestação do labor extraordinário ocorra

permanentemente, a Caixa não paga corretamente as horas extras
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
prestadas. Nem mesmo as horas extras anotadas são pagas

corretamente, nem no que se refere a quantidade de horas, nem em
relação a base de cálculo utilizada, nem em relação a seus reflexos,
nem em relação ao divisor utilizado.
A base de cálculo e os reflexos corretos, que deveriam

ter sido utilizados no cálculo das horas extras adimplidas, constam
nos parágrafos abaixo.
Já no que ser refere ao divisor, ressalta-se que o

correto seria ter sido utilizado o divisor 150.
ID. f7285f5 - Pág. 13
Fls.: 23
O Banco deixou de alcançar à Reclamante as horas

extras efetivamente prestadas, ou, quando estipendiou sob tal
rubrica, o fez em valor exíguo em comparação com as efetivamente
prestadas, pelo que faz jus auferir como extraordinárias todas as
horas que cumpriu a partir da sexta diária.
Para efeito de cálculo das horas extras, requer a

adoção do adicional de 50% (cinqüenta por cento) sobre as duas
primeiras horas suplementares pleiteadas, e o adicional de 100%
(cem por cento) sobre as subseqüentes, tendo em vista o
estabelecido nos artigos 59 e 225 da CLT:
Art. 59.
A duração normal do trabalho poderá
ser acrescida de horas suplementares,
em número não excedenteççvleflz (_‹_l_g_as)_, mediante acordo escrito entre
empregado e empregador, ou mediante contrato coletivo de trabalho.
(grifamos)
Art. 225.
prorroqada até 8(oito)

horas semanais ...; (grifamos)
hor~,
A duração normal de trabalho dos bancários poderá ser excepcionalmente
não excedendo de 40 (guarenta)
.
Requer, ainda, a aplicação do adicional de 100% (cem

por cento) sobre as horas suplementares excedentes às duas
primeiras diárias, com base nos seguintes Precedentes Normativos.
Vejamos: 1
Precedente Normativo n.° 3 do TRT da 4a Região: ADICIONAL - HORAS

EXTRAS: “As horas extraordinárias subseqüentes às duas primeiras
serão remuneradas com adicional de 100% (cem por cento)".
(grifamos)
Precedente Normativo n.° 20 do TRT da 23 Região: HORAS EXTRAS:

“Concessão de 100% de adicional para as horas extras prestadas."
(grifamos)
Tendência Normativa n.° 4 do TRT da 123 Região: HORAS EXTRAS: “as horas
extraordinárias trabalhadas até o limite de 2 horas diárias terão o acréscimo
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
de 50% (cinqüenta por cento) e para as subseqüentes o acréscimo será

de 100% (cem por cento), em relação ao valor das horas normais."
(grifamos)
Precedente Normativo n.° 7 do TRT da 155 Região: ADICIONAL DE HORAS

EXTRAS: Defere-se o pleito de concessão de adicional de 100% (cem por
cento), na remuneração das horas extraordinárias.
Cláusula-Padrão: Os empregadores remunerarão as horas
extraordinárias com adicional de 100% (cem por cento). (grifamos)
ID. f7285f5 - Pág. 14
Fls.: 24
¡ \
O adicional de 100% é conseqüência da atividade

penosa, gênese da idéia do Legislador em reduzir a jornada dos
bancários ao limite de seis por dia, tem um caráter mais que legal,
moral, e abriga também um cuidado social. Quer a legislação, com
efeito, coibir os abusos como os ocorridos no presente caso, em que
a parte obreira se submeteu a extenuante quantidade de horas de
trabalho diário, para que o empregador socialize uma pequena
parcela de seus vultuosos lucros, dando trabalho a mais pessoas, e
pague por isso, ao invés de submeter o cidadão, que pugna pela
manutenção de seu emprego a tamanhos excessos de jornada, sem a
~
devida contraprestaçao.
Por outro lado, há que ser utilizado para efeito de

cálculo, o divisor 150, levando-se em consideração que esteve a
mercê do regime legal de seis horas de labor diariamente e tendo em
vista que nos acordos coletivos acostados aos autos, está
“quando prestadas durante toda
estabelecido que as horas extras
a semana o Banco
anterior, pagará também o valor
correspondente ao repouso semanal remunerado, inclusive os
sábados e feriados”. Ressaltando-se que os dissídios têm força de
Lei entre as partes.
Em consonância, inclusive, com a utilização de tal

divisor, o entendimento de Juízos cujos fragmentos jurisprudenciais
se cita:
Consigne-se que, in casu, é inaplicável o disposto na Sumula113/TST, haja

vista a expressa disposição contida na cláusula 12.5 do Acordo Coletivo de
Trabalho aplicável ao caso. Também por conta de tal norma coletiva é que o
divisor a ser observado no presente caso é 150 e não 180, eis que na
hipótese em comento o sábado não é simplesmente dia útil não trabalhado,
mas efetivamente dia de repouso. Frise-se que ficou comprovada a existência
de labor extraordinário durante toda a semana, tal qual exige referida
cláusula 12." (no original sem grifo).Vara do Trabalho de Taboão da
Serra, 2.3 região, processo n.°1165/02, em que são partes Norma
Arantes do Prado e Banco do Estado de São Paulo S/A - Banespa; Juiz
Fernando Rezende Guimarães, sentença prolatada em 19.09.02; e
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
consideram-se extras as horas que sobejarem a Sexta diária, de segunda-

feira a sexta-feira, a serem remuneradas com adicional de 150, ante os
termos dos instrumentos normativos que consideram a incidência de repouso
no sábado. (grifo nosso). 42.° vara do trabalho do Rio de Janeiro,
processo 288/02 em que são partes: Marlene Pereira Rodrigues e

Banco do Estado de São Paulo - Banespa; Juiz Paulo de Tarso
Machado Brandão; sentença prolatada em 08/10/02; e
Segundo a Jurisprudência:
“... As normas coletivas dos bancários, que se sobrepoem aos enunciados

jurisprudenciais, são expressos de que o sábado é descanso semanal
ID. f7285f5 - Pág. 15
Fls.: 25
3 1
remunerado. Devido os reflexos e também por conseqüência o diviso

r150."....Proc.TRT/SP n°20030466193 (01'281200250102004) RO da 1° Vara
do Trabalho de Taboão da Serra - Recorrentes-: Banco do Estado de São
Paulo S.A. Banespa e outros (02) e Márcia Meirelles Castanho Cavallari,
Recorridos: os mesmos." --
EMENTA - DIVISOR 150 - BANCÁRIO DE SEIS HORAS - CÁLCULO DE HORAS

EXTRAS - Utiliza-se o divisor 150 para o bancário cuja jornada legal é de seis
horas em cinco dias da semana, perfazendo 30h semanais, somando 150h
mensais, mormente havendo instrumento coletivo explicitando que o sábado
é dia de descanso semanal remunerado, a exemplo do domingo; seguindo-se
uma simetria lógica, pois, do contrário, o salário-hora seria inferior ao daquele
com carga horária de 220h mensais (220h:44hx30h=150 ou
6I]x5d=30hx5s=150, ou ainda, 6hx5d=30h:6dx30d=150). 11°
CAMARA - 01384-2003-032-451-00-1 RO - RECURSO ORDINARIO da
VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS 2^ (1384/2003), Acórdão n°
29047/2005-PATR, Relator: EDISON DOS SANTOS PELEGRINI, 1°*
Recorrentes: Banco do Estado de São Paulo SA - Banespa, Banco
Santander Brasil SA e Banco Santander SA, e 2° Recorrente: Pedro
Luiz da Silva Rodrigues. Julgado em 31/05/2005. (grifamos)
norma coletiva, no parágrafo primeiro da cláusula oitava (fl.98`),
estabelece que bancos, no caso de prestação de horas extras durante toda a
semana anterior, pagarão o respectivo valor correspondente ao repouso
semanal remunerado dos sábados e feriados, a justificar a adoção do divisor
150...” (grifamos). Tribunal Regional do Trabalho da 1a Região. Sexta Turma.
Processo RO n° 01307.2007.040.01.00.6. Julgado em 17/08/2009 e publicado
no D.J.RJ em 24.09.2009. Relator Desembargador Federal do Trabalho
Theocrito Borges dos Santos Filho.
Assim, pede pela incidência do divisor 150 para fins de

cálculo das horas extraordinárias. ~
As horas de sobrejornada, devem ser compostas de

todas as verbas salariais adimplidas com habitualidade, tais como;
salário padrão, APIP/IP - conversão, adicional por tempo de serviço,
VP- gratificação semestral/adicional por tempo de serviço, cargo em
comissão efetivo, cargo comissionado não efetivo, CTVA
(complemento temporário variável ajuste de mercado), repouso
semanal remunerado, cargo comissionado assegurado, VP -
vantagem pessoal, VP - GIP - tempo de serviço, VP - GIP - sem.
salário mais função, abonos/rendimentos, abono pecuniário, abono
salarial, abono salarial - indenização, gratificação de natal - décimo
terceiro salário, licença-prêmio - conversão, décima terceira cesta
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
alimentação, adicional de penosidade, gratificação de função/função

de confiança, diferença de mercado/porte,vp-gip/sem. salário +
função, promoções por merecimento, adicional de transferência,
pagamento PRX/PLR, verbas denominadas auxílio refeição e auxílio

cesta alimentação, bem como, com base na Súmula n.° 264 do
Colendo TST, todas as verbas de natureza remuneratória cujas
nomenclaturas (rubricas) constantes dos holerites tenham sido
alteradas ao longo do período imprescrito em razão de
reestruturações internas ou organizacionais havidas no Reclamado,
bem como a dobra legal em face das jornadas laboradas aos sábados
e domingos, por força de Norma Coletiva. E o que se requer.
ID. f7285f5 - Pág. 16
Fls.: 26
Após, deverão ter reflexo nos repousos semanais

remunerados (incluindo sábados e feriados - em face da norma
coletiva), e, posteriormente a esse agregamento, pelo aumento da
média remuneratória, deverão repercutir no cálculo das férias
acrescidas de um terço, nos décimo terceiro salários, gratificações
semestrais, licenças prêmio, VP - vantagem pessoal, APIP'S
(ausências permitidas por interesse particular), ATS (adicional por
tempo de serviço), gratificação de função/função de confiança, CTVA
(complemento temporário variável ajuste de mercado), além do FGTS
e recolhimentos para o FUNCEF.
~
Por outro lado, caso este Digníssimo Juiz nao entender
da forma acima explanada, admitindo-se tal hipótese apenas a título
de argumentação, requer, sucessivamente, desde já, que lhe seja
deferido horas extras a partir da oitava hora diária, com aplicação do
divisor 200, acaso não tenha o Reclamado, no curso do contrato de
trabalho, adotado condição mais benéfica relativamente a tal tema.
O7. DO INTERVALO QUE ANTECEDE A JORNADA

EXTRAORDINARIA
A Reclamante, durante todo o contrato firmado,
realizou horas extras imediatamente após o horário normal de
trabalho, restando, portanto, evidenciado que nunca gozou do
intervalo de quinze minutos que deve anteceder à jornada
extraordinária, afrontando, desta forma, o disposto no artigo 384 da
CLT.
A Lei Consolidada, no capítulo específico que trata Das
Normas Especiais De Tutela Do Trabalho (artigo 224 e seguintes), no
seu Capítulo III (Da Proteção Do Trabalho Da Mulher), Seção III (Dos
Períodos de Descanso), rege as garantias laborativas da mulher,
constando expressamente no seu artigo 384, que:
“Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório um descanso
de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do período extraordinário
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
do trabalho.” (grífamos)
Ora Excelência, este intervalo para descanso tem como

finalidade a proteção da saúde da mulher, com preocupações de
ordem higiênica, psicológica e social, visando integrar a obreira num

contexto eminentemente social.
Em recente decisão (RR n° 4506/2001-011-O9-00.1,

publicado no DJ em 21 de outubro de 2005), o TST deu validade ao
dispositivo citado supra, considerando que este não se encontra
revogado pelo texto constitucional de 1988.
17O>
1.
ID. f7285f5 - Pág. 17
Fls.: 27
Segundo o relator do acórdão, Ministro Barros

Levenhagen, embora o artigo 5°, inciso I da Constituição Federal
de 1988. estabeleça a isonomia entre os sexos, “é forçoso reconhecer
que as mulheres se distinguem dos homens, sobretudo em relação às
condições de trabalho, pela sua peculiar identidade bio-social." O
aspecto protetivo da norma afasta, porsi só, qualquer alegação de
afronta à isonomia entre os sexos.
Desta maneira, reclama o pagamento de quinze

minutos diários de intervalo que antecede à jornada suplementar
suprimido, em valor correspondente ao salário normal acrescido
em 50%, sem nenhum prejuízo das horas extras devidas pelo labor
extraordinário, com reflexo nos repousos semanais remunerados
(incluindo sábados e feriados - em face de previsão normativa), e,
posteriormente a esse agregamento, pelo aumento da média
remuneratória, deverão repercutir no cálculo das férias acrescidas de
um terço, dos décimo terceiro salários, das horas extras pagas e não
pagas, gratificações semestrais, licenças prêmio, VP - vantagem
pessoal, APIP'S (ausências permitidas por interesse particular), ATS
(adicional por tempo de serviço), gratificação de função/função de
confiança, CT\/A (complemento temporário variável ajuste de
mercado), além do FGTS e recolhimentos para o FUNCEF.
O8. DAS HORAS EXTRAS EM VIAGENS A TRABALHO

~
A Autora, durante o período
postulado, por convocaçao
e determinação do Banco, participou de reuniões realizadas em
Piracicaba/SP, até o ano de 2009, ocasiões em que teve que sair da
cidade onde residia p_0r volta (;lë§_.Q_8:1z5`(oitoçhor.a(s eÍqui_nze_
minutos), retornando somente por volta das 19:30 (dezenove
utos).
'
~
O
Autor, durante o período postulado, por convocaçao e
determinação do Banco, participou de curso realizado em Brasí/ia/DF,
com duração de 15 (quinze) dias, a saber, sempre de segunda a
sexta-feira, ocasiões em que teve que sair da cidade onde residia. no
domingo anterior ao seu início por volta das 12:00 (doze horas),
retornando somente no sábado subseqüente ao seu término g
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
volta das 17:00 (dezessete horas). A
~
Ocorre, entretanto, que a Autora esteve à disposiçao do
Banco durante os dias em que realizava os cursos, eis que estava

afastada de sua residência, não podendo levar sua vida cotidiana. ..
ID. f7285f5 - Pág. 18
Fls.: 28

¬-
ix
“i
Também participou de curso realizado em São

Paulo/SP, durante o período postulado,
com duração de O3 (três)
sair da cidade onde residia por
volta
dias, ocasiões em que teve que retornando
minutos),
das 05:40 (cinco horas e quarenta e trinta minutos).
somente por volta das 20:30 (vinte horas
horas extras em
Assim, tem direito ao pagamento das
requeridas.
viagens, além das horas anteriormente
Segundo a jurisprudência:
HORA EXTRA - Caracterização - Tempo despendido em VIAGEM pára

Ementa:
participação obrigatória em REUNIAO da
EMPRESA - ART. 4°/CLT
em viagem para participação obrigatória em
Hora extra. Tempo despendido
extra o tempo gasto pelo empregado
reuniões da empresa. Devido como hora
cursos ou reuniões obrigatórias,
em viagem para participar de daquela que presta serviços
desenvolvidas pela empresa em cidade diversa -
- 123. Reg. - R)-VA-003242/94
(interpretação do artigo 4° da CLT). (TRT - Antônio Carlos
2a. JCJ de São José
- Ac. la. T. - 001010/96 unân. Rel: Juiz
2. Maria Tereza Caldas Gonçalves
(Rec.
F. Chedid
- Rectes: 1. Grazziotin S.A.
Franscisco da Rosas e outros;
Adesivo) - Recdos: os mesmos
- Advs: José
- Fonte: DJSC, 21.03.96, pág. 83).
Antônio Laurenti Júnior e outros
(grifamos)
Desta feita, requer as horas laboradas em

viagens a
noturna, considerando
trabalho, com a redução e acréscimo da hora
salariais, tais como:
para o cálculo das mesmas todas as parcelas
- conversão, adicional por tempo de serviço,
salário padrão, APIP/IP
de serviço, cargo em
VP - gratificação semestral/adicional por temponão efetivo, CTVA
comissão efetivo, cargo comissionado
assegurado, VP -
semanal remunerado, cargo comissionado VP - GIP - sem.
vantagem pessoal, VP - GIP tempo de serviço, pecuniário, abono
-
salário mais função, abonos/rendimentos,
abono
- indenização, gratificação de natal - décimo
salarial, abono salarial
- conversão, décima terceira cesta
terceiro salário, licença-prêmio
gratificação de função/função
alimentação, adicional de penosidade,
mercado/porte,vp-gip/sem. salário +
de confiança, diferença de
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
adicional de transferência,
função, promoções por merecimento, e auxí/io
pagamento PRX/PLR, verbas denominadas auxí/io refeição do adicional
cesta alimentação, com adoção do divisor
150 e inserção
extraordinárias
constitucional de 50% sobre as duas primeiras
horas
100% sobre as subseqüentes, forte no
pleiteadas e o adicional de
4.3 Região, cuja aplicação
Precedente Normativo n.° O3 do TRT da
analógica reclama, bem como a dobra legal em face das jornadas
laboradas aos sábados e domingos, por força de Norma Coletiva.
CD
\ q `
ID. f7285f5 - Pág. 19
Fls.: 29
Assim, as parcelas integrantes do cálculo das horas

extras, os respectivos adicionais convencionais e legais, sempre com
reflexo nos repousos semanais remunerados (incluindo sábados e
feriados - em face de previsão normativa), e, posteriormente a esse
agregamento, pelo aumento da média remuneratória, reflexo no
cálculo das férias acrescidas de um terço, décimo terceiro salários,
horas extras pagas e não pagas, gratificações semestrais, licenças
prêmio, VP - vantagem pessoal, APIP'S (ausências permitidas por
interesse particular), ATS (adicional por tempo de serviço),
gratificação de função/função de confiança, CTVA (complemento
temporário variável ajuste de mercado), além do FGTS e
recolhimentos para o FUNCEF.
Entretanto, caso Vossa Excelência entender inadequada

a forma pretendida, requer que seia estabelecido outro critério a
contento do Juízo.
0 l
'
O9.DA INTEGRAÇEAO DAS VERBAS DENOBQINADAS DE AUXÍLIO

REFEIÇAO E AUXILIO CESTA ALIMENTAÇAO
Através de Resolução, o Banco aumentou o salário de
seus empregados sob rubricas que titulou de auxílio refeição e aux/'/io l
cesta alimentação.
l
Sinala-se que ditas rubricas, de natureza nitidamente

salarial, segundo os artigos 457, § 1° e 458, ambos da CLT, devem *-
ser consideradas para todos os efeitos legais, ou seja, devem refletir ,
nos décimo terceiro salários (Lei 4.090/92, Lei 4.749/65 e

Decreto 57.155/65), nas horas extras pagas e não pagas
(Sumula 264 do TST), nas férias acrescidas de um terço (artigos 142
e 143, da CLT), gratificações semestrais, licenças prêmio, VP -
vantagem pessoal, APIP'S (ausências permitidas por interesse
particular), ATS (adicional por tempo de serviço), gratificação de
função/função de confiança, CT\/A (complemento temporário variável
ajuste de mercado), além do FGTS e recolhimentos para o FUNCEF.
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Neste sentido encontra-se a Súmula n° 241 do Colendo

Tribunal Superior do Trabalho:
Salário-utilidade. Alimentação. O vale para refeição, fornecido por

força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando a
remuneração do empregado, para todos os efeitos legais. (grifamos)
ID. f7285f5 - Pág. 20
Fls.: 30
lã
t
l
Desde o advento da Lei 5.107/66, compete ao Banco

fazer incidir o percentual relativo ao FGTS, aser recolhido em favor
de todos os seus empregados, o qual deve incidir sobre todas as
parcelas remuneratórias. O Reclamado não procedeu ao recolhimento
do FGTS sobre verbas salariais pagas acima nominadas. Em função
disso, faz-se imperioso determinar os recolhimentos fundiários,
mercê da imprescritibilidade dessas verbas no período da relação
empregatícia.
Vejamos o que diz a jurisprudência:
403894 - SALÁRIO IN NATURA - ALIMENTAÇÃO - Na forma do disposto no

caput do artigo 458 da CLT toda alimentação concedida ao empregado,
por força do contrato ou do costume é salário in natura. Em sendo
salário, não pode o empregador retirá-/a só porque houve mudança no horário
de trabalho do Empregado. A hipótese é de alteração contratual prejudicial ao
.
obreiro. É devida a incorporação ao salário do va/or correspondente à
alimentação. (grifamos)
- Tribunal Superior do Trabalho. Processo RR n° 103.282/94.2. Ac. n°
3.738/95. Terceira Turma. Re/ator Ministro Roberto Della Manna. Publicado no
DJU 01.12.95.
403902 - AJUDA-ALIMENTAÇÃO - PARCELA IN NATURA - A ajuda-
alimentação, paga com habitualidade, quer diretamente, quer através de
va/e-refeição, constitui-se parcela in natura, de natureza nitidamente
salarial e devida em
decorrência do contrato de trabalho integra a
remuneração do obreiro para todos os efeitos legais (artigo 458 da CLT
e Sumula 241 do TST). (grifamos)
- Tribuna/ Regional do Trabalho da 35 Região. Processo RO n° 1.026/94.
Primeira Turma. Relator Juiz Saulo José Guimarães de Castro. Publicado no

DJ/MG de 29.04.94.
EMENTA: Ajuda alimentação - natureza jurídica - Ostenta a alimentação
fornecida pelo empregador, em suas diversas modalidades, natureza
inequivocamente salarial, conforme inclusive expressamente previsto
no art. 458, "caput", da CLT, porquanto se trata de prestação "in
natura " que alivia o empregado de uma despesa corrente. Os termos
do E. 241 do C. TST vêm em reforço desse entendimento, fixando
claramente o caráter salarial do vale para refeição, fornecido por força do
contrato de trabalho... (grifamos)
- Tribuna/ Regional do Trabalho da Za Região. Oitava Turma. Acórdão n°
02980332466. Processo RO n° 02970301991. Julgado em 15/O6/1998 e

publicado no DOE/SP/PJ/TRT 23 em 07/07/1998. Relatora Juíza Wilma
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Nogueira de Araújo Vaz da Si/va.
Nesta senda, resta indiscutível o caráter salarial das

verbas acima citadas, principalmente frente à habitualidade com que
a parte reclamante recebeu esta parcela, desde o início de sua

contratualidade.
C/\
(__2
ID. f7285f5 - Pág. 21
Fls.: 31
Ú
1
Postula, em face do exposto, a devida .integração das

l
parcelas auxílio refeição e auxílio cesta alimentação nos repousos

semanais remunerados (inclusive sábados e dias feriados - por força
de previsão normativa), e após, o reflexo no cálculo das férias
acrescidas do terço constitucional, décimo terceiro salários, horas
extras pagas e não pagas, gratificações semestrais, licenças prêmio,
VP - vantagem pessoal, APIP'S (ausências permitidas por interesse
P

função/função de confiança, CTVA (complemento temporário variável
ajuste de mercado), além do FGTS e recolhimentos para o FUNCEF. X
requer, desde já, a juntada das normas

Ainda,
mencionadas, expedidas pela Caixa entre 1970 e 1992, sob as penas i
do art. 359 do CPC.
A
DO ADICIONAL DE TRANSFERENCIA DO ADIMPLEMENTO
"
10. E _l
DAS DESPESAS
'i
Em Dezembro_d_e:. 2004 operou-se sua transferência,

involuntária, da agência de Limeira para agência de Iracemápolis,
perdurando até Outubro de 2007, quando foi novamente transferida,
desta vez, para a agência de Cordeirópolis, laborando nesta até
Junho de 2009, quando tornou a ser transferida, sendo então, para a
agência de Tatuibi.
Salienta-se que quando foi transferida de Limeira para

Iracemápolis nada percebeu a título de adicional de transferência, o
que desde já se requer.
Referida transferência, além de ter ocorrido por

interesse e determinação da parte reclamada, ainda o foi em caráter
V
provisório, como, aliás, são as transferências dos bancários. .
Não percebeu qualquer valor a título de adicional de

que desde já reclama.
g
transferência. E o
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Vejamos a maciça jurisprudência: ~
404280 - ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA - CLÁUSULA DE TRANSFERÊNCIA

- Ode constar no contrato cláusula explícita de transferência, não se

fato
comprovandoa real necessidade de serviço, não exime o empregador do
pagamento do adicional, previsto no artigo 469, § 3°, da CLT.
(grifamos)
- Tribunal Superior do
Trabalho. Processo E-RR n° 67.734/93.1. Ac. SDI n°
i
_
2.282/95. Publicado no DJU de 01.09.95. Relator Ministro Armando de Brito. -
404282 ~ ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA - PREVISÃO NO CONTRATO - A

previsão de transferência no contrato apenas autoriza seja ela efetivada,
22
ID. f7285f5 - Pág. 22
Fls.: 32

.
H
i
havendo necessidade de serviço (art. 469, § 1°, da CLT), mas não lhe retira
~
o direito ao adicional de transferência, já que sofre os mesmos ônus
de qualquer empregado que é transferido. (grifamos) (art. 461, § 3°, da
CLT).
- Tribunal Superior do Trabalho. Processo E-RR n° 8.961/90.5. Ac. SDI n°
3.519/93. Publicado no DJU de 08.04.94. Relator Ministro Vantuil Abdala.
Reclama, ainda, em conformidade com o artigo 470 da

CLT e com a Súmula 29 do Colendo TST, uma
indenização/suplemento salarial, correspondente as despesas de
transporte com a transferência.
pagamento de R$ 2.000,00 (dois

Pelo exposto, requer o
mil reais), referente àsdespesas com a transferência e o retorno,
bem como, o adicional de transferência, de Dezembro de 2004 a
Outubro de 2007, no total de 25% sobre a sua remuneração, nos
termos do artigo 469 da CLT, este, com reflexo em férias acrescidas
de um terço, décimo terceiro salários, horas extras pagas e não
confiança, CTVA (complemento temporário variável ajuste de
mercado), além do FGTS e recolhimentos para o FUNCEF.
Entretanto, caso Vossa Excelência entender inadequada

a forma pretendida, requer que seja estabelecido outro critério a
contento do Juízo.
11. DA DÉCIMA TERCEIRA cEs'rA ALIMENTAÇÃO

A
da Convenção Coletiva de 2007/2008 foi
partir
previsto mais um benefício à categoria dos bancários, qual seja, a
décima terceira cesta alimentação.
A cláusula 163 prevê a sua concessão até o dia 30 de
novembro de 2007, no valor de R$ 252,36, por meio de crédito em
cartão eletrônico ou quatro tíquetes no valor de R$ 63,09. Já no
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
período compreendido pelas normas dissidiais 2008/2009 é devida

até o dia 28 de novembro de 2008, nos valores de R$ 272, 96, por
meio de crédito no cartão eletrônico, ou de quatro tíquetes de
R$ 68,24.
Ocorre que o Reclamante não recebeu nenhum valor
sob esta rubrica, fazendo jus, portanto, às verbas referentes ao
período abrangido pelas normas dissidiais dos anos de 2007/2008
e 2008/2009.
Zfišíö
ID. f7285f5 - Pág. 23
Fls.: 33
Assim, requer o pagamento do benefício, com juros e

correção monetária até a data do efetivo pagamento, e a sua devida
integração nos repousos semanais remunerados (inclusive sábad_os.._e
dias feriados - por força de previsão normativa), e, após, o reflexo no
cálculo das férias acrescidas do terço constitucional, décimos
terceiros salários, horas extras pagas e não pagas, gratificações
semestrais, licenças prêmio, VP ¬ vantagem pessoal, APIP'S
tempo, de serviço), gratificação de função/função de confiança, CT\/A
12. A VERBA DE ADICIONAL DE PENOSIDADE

Faz jus auferir a parcela adicional de penosidade, eis
que laborou diariamente com atividades penosas. Entende-se como
Penosidade, aquilo que causa desgaste no organismo, de ordem física
ou psicológica, em razão da repetição de movimentos, pressões e
tensões psicológicas que afetam emocionalmente o trabalhador.
-
Os efeitos das atividades penosas “desaparecem” após

descanso, sendo que as seqüelas, aparentemente sedimentadas,
surgirão com o passar dos anos. Estresse, fadiga, alterações de
humor, etc., provocadas por tensões emocionais que vêm à tona. A
atividade é por natureza e exigência permanente das hierarquias,
ligada a cumprimento de metas, cobrança de postura e adequação de
procedimentos a exigir frenética e extenuante dedicação dentro e fora
da instituição.
l
Essas metas, cada dia mais desmedidas e visionárias,

impostas de forma a causar estresse e verdadeira exaustão,.são
somadas a prospecção de novos clientes, fechamentos e ajustes
ordinários, têm ainda outros corolários, como o temor de assaltos,
roubos, seqüestros (inclusive de familiares, o que com freqüência se
vê através dos veículos de comunicação) e muitas ocupações e
preocupações permanentes.
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Não se diga, no momento atual, que o desempenho da

atividade bancária em si não represente risco permanente das
circunstâncias indesejadas acima mencionadas, bem como de outras
que se individualizam e ramificam de acordo com a personalidade

individual, interferindo no estado emocional, na saúde, no padrão de
vida e na longevidade.
Essas pressões, tensões psicológicas, desgastes

emocionais e até físicos, sugerem amparo jurídico imediato, cuja
tutela reclama através da presente ação, cuja peculiaridade de
circunstâncias será objeto de prova cabal.
ID. f7285f5 - Pág. 24
Fls.: 34
.
l
lá
l
Se há o contemplar de retribuição em face à exposição
aos riscos por periculosidade ou insalubridade, mercê da avaliação de
cada caso específico, com muita propriedade se diz da urgência em
estabelecer-se retribuição em face do exercício de atividade
psicologicamente monótona, com grande perda de qualidade de vida
em face da incidência dos agentes diretos e indiretos e subjetivos já
elencados.
Salienta-se também que a atividade desenvolvida,

l
sempre extremamente desgastante emocionalmente e de elevada
foi
concentração, exigindo atenção permanente, e o pior, é o número de
horas que permanecia nesse labor, bem como a repetição de tarefas
penosas, além de atribuições profissionais consideradas fatigantes
obrigatoriamente realizadas.
Apesar do narrado acima, o Banco Reclamado nunca
utilizou nenhum meio para atenuar a fadiga física e mental; bem
como não permitia períodos de descanso.
O do artigo 7° da Constituição Federal
inciso XXIII
de 1988 estabelece como um
dos direitos dos trabalhadores, o
adicional para a remuneração das atividades penosas, insalubres ou
perigosas.
Frise-se que tanto na doutrina, como na jurisprudência,

como no Ministério do Trabalho e Emprego, através da edição de
Normas Regulamentadoras (NR's), em algumas categorias
profissionais, que já estabeleceram critérios no fechamento de
acordos e convenções coletivas de trabalho, determinando em que
condições deve haver o pagamento do adicional de penosidade
(exemplo de empresas do setor elétrico como FURNAS,
ELETRONORTE ou ELETROSUL, dentre outras), nas decisões judiciais,
onde os magistrados estabelecem critérios para o pagamento de tal
verba, já há um amadurecimento muito grande sobre o pagamento
do adicional de penosidade, quando do desenvolvimento de
atividades penosas pelos trabalhadores.
Ademais, o legislador quando estabeleceu jornada

Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
diferenciada para os bancários (CLT, caput do artigo 224), levou em

consideração as condições PENOSAS inerentes a tais atividades,
protegendo antes de tudo a saúde da referida categoria profissional,
no entanto o Reclamado não preocupou-se em nenhum momento

com isso, bem pelo contrário, exigiu a realização de carga horária
diária bem superior a legalmente prevista, conforme visto no item
anterior, e mais, com intervalo intrajornada também inferior ao
mínimo legal.
l
25
J
ID. f7285f5 - Pág. 25
Fls.: 35
¡ 1
~ .z
~
Portanto, a situação é revoltante, naosendo aceitável
que-o.Judiciário .Trabalhista fique inerte diante das condições de
trabalhoanteriormente narradas.
`
Assim, resta claro que é devidoèo pagamento

adicional de penosidade, em parcelas vencidas e vincendas, no
percentual de 40%, sobre o salário base auferido, o que se requer
por aplicação analógica, ao adicional de penosidade pago aos
empregados da FEBEM, conforme norma interna instituída pela
mesma, ou mesmo, Outro valor a ser arbitrado pelo sábio
entendimento de Vossa Excelência. E 0 que desde já requer.
`
Requer também que o valor de referido adicional ,deve l
ser integrado a remuneração para fins de cálculo de férias acrescidas

de um terço, décimos terceiros salários, horas extras pagas e não
.
i
pessoal, APIP'S (ausências permitidas por interesse particular), ATS 2

mercado), além do FGTS e recolhimentos para o FUNCEF, em
parcelas vencidas e vincendas. o.
13. DAs DIFERENÇAS SALARIAIS EM RAzÃo DE ALTERAÇÕES

CONTRATUAIS QUE VIERAM EM PREJUIZO AOS EMPREGADOS -
cRIAçÃo DAS “REGIÕES DE MERcADo" NA QARREIRA
GERENCIAL E NA CRIAÇÃO DOS “PORTES DE AGENCIAS"-
A|=RoN¬rA Ao PRINCÍPIO DA ISONOMIA sALARIAL V
Importa ressaltar, já de início, que a Caixa tem adotado

i
critérios de classificação e promoção no seu quadro funcional eivados

de injustiça e ilegalidade. Primeiro porque intitula “cargo em
comissão" sem conferir quaisquer poderes aos seus "promovidos",
passando a comissionar funcionários, ou seja, za considerá-los
detentores de “cargo de confiança" sem, contudo, outorgar qualquer
poder de mando ou gestão, com o fito de justificar extenuantes
jornadas de trabalho. -
O
que, no passado, já era inadequado - quando se
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
nomeava “chefes de setor" aqueles que não detinham qualquer poder

de mando ou subordinados - tornou-se inadmissível, pois, ao arrepio
da lei, passou-se a intitular “gerentes” os outrora “chefes de setorf'._
Num disparate cada vez mais acentuado, ao tempo em que a Caixa

acentua o rótulo diminui a abrangência da esfera de ação de cada
funçãofe setor, notadamente. com o crescente avanço tecnológico da
informática, cada vez mais- adequada a formulários e obras semif
acabadas, a inibir o aprimoramento profissional antes indispensável
ao crescimento na carreira, lançada na vala comum dos conhecidos
"escriturários de gravata".
26
ID. f7285f5 - Pág. 26
Fls.: 36

1
iió
i
Ao contrário do que assistíamos nas agências no
'
passado, onde havia um gerente e chefes de setores, hoje temos um

“gerente geral" e vários "gerentes". Por ironia, os poderes foram
drasticamente reduzidos, de forma que aquelas alçadas que eram
concedidas aos antigos gerentes não são mais aprovadas nem
mesmo pelos gerentes gerais, dependendo de comitês e
superintendências para a sua deliberação, ou seja, a nomenclatura do
cargo ficou mais pomposa, mas os poderes, que já eram poucos,
desapareceram, pois o gerente não tem poder de conceder
empréstimos, demitir, admitir ou punir funcionários, figurando como
mero detentor de aparente autoridade.
Tais observações se fazem extremamente necessárias
para demonstrar a realidade dos acontecimentos na instituição
reclamada e seus reais objetivos.
Ocorre que a Caixa Econômica Federal, em 1998,
instituiu novo Plano de Cargos e Salários e novo Plano de Cargos
Comissionados, ocasião em que foi criada a regra segundo a qual
nenhum empregado designado para determinado cargo comissionado
receberia salário de valor inferior àquele estabelecido como “Ê
Mínimo de Mercado". Ressalta-se que o Piso Minimo independe da
localização territorial da unidade onde o empregado trabalha ou de
seu tempo de serviço.
Assim, conforme o previsto nos Planos de Cargos e

Salários e de Cargos Comissionados, ambos de 1998, os empregados
que exercem determinadas funções ou cargos comissionados têm
assegurado o direito ao mesmo salário (Piso Mínimo de Mercado),
independentemente do local de prestação dos trabalhos e do
tempo de serviço.
No entanto, em 15 de julho de 2002, a Diretoria da CEF
editou a Circular Interna n° 289/02 e aprovou um "realinhamento da
~ ~
remuneraçao de cargos em comissao 1/ , com efeito retroativo a 01 de
julho de 2002.
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Decidiu, para efeitos remuneratórios, classificar

unilateralmente as unidades conforme a região geográfica onde
localizada. Criou, delimitou e classificou as chamadas Regiões de
Mercado (A, B, C e D, em ordem decrescente), passando a

diferenciar o valor do Piso Mínimo de acordo com a
classificação atribuída à Região de Mercado. A classificação
deveria ser revista anualmente, em janeiro, o que nunca ocorreu.
A
de então, os empregados passaram a ser
partir
discriminados em
seus salários, conforme a classificação atribuída
pela reclamada à Região de Mercado onde trabalhavam.
Assinado eletronicamente por: ANDREIA CRISTINA MARTINS DAROS VARGAS

@
- 18/10/2021 15:39 - f7285f5
ID. f7285f5 - Pág. 27
Fls.: 37
Com a .edição do PFG 2010 (Plano de Função

Gratificada), que se deu em junho de 2010, onde. a migração do
reclamante se deu de forma automática, mais uma vez a CEF
unilateralmente determinada e impõe uma classificação das agências
por gi, que nada mais é do a mesma classificação ilógica, sem
qualquer critério até então vigente, que discrimina os funcionários
que exercem exatamente as mesmas funções, pela
localidade/agência onde trabalham.
~ ~ ~ ~
Nao houve qualquer alteraçao ou distinçao nas funçoes
atribuídas a estes empregados. Todos continuaram e continuam ainda
hoje desempenhando as mesmas atividades.
~
Assim, nota se que a CEF vem promovendo alteraçoes
`
contratuais lesivas no decorrer do contrato de trabalho do Autor, o

que deve ser declarada nula, eis que vem em prejuízo ao empregado.
Quando o obreiro foi nomeado para o exercício de cargo

em comissão em 18.11.1982 (antes da edição da Circular Interna 289
de 2002) sofreu prejuízos evidentes, discriminado que foi em relação
a outros empregados da Instituição, posto que a sua remuneração
passou a ser inferior a daqueles que exerciam idênticas atividades,
mas que foram classificados no “Mercado IA". ~
Assim como, na edição do novo PFG 2010, continuou

tendo prejuízos, pois foi enquadrado unilateralmente, no PORTE III, a
partir de julho de 2010 e não no PORTE I.
A reclamada não seguiu parâmetros racionais para

definir as Regioes de Mercado, nem mesmo os Níveis de Mercado (I,
II, III e IV) de cada categoria (A, B, C e D), bem como quando criou
os portes das agências, fazendo uma classificação aleatória, sem
qualquer critério, definindo níveis e classes para seus funcionários, 0
que afronta o princípio da isonomia, garantido pelo comando
magnânimo insculpido no caput do artigo 5° da Constituição Federal,
que se transcreve:
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Art. 50 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qua-Iquer

natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurançae à
propriedade, nos termos seguintes (...) (grifamos).
'
V'
O tratamento salarial discriminatório, além de afrontar

o artigo 5° da CF também fere asnormas regulamentares internas
referidas, vigentes desde 1998, bem como os artigos 9° e _468 da
CLT. I
28
ID. f7285f5 - Pág. 28
Fls.: 38
Ressalta-se que se no transcurso do contrato de

trabalho, foram editadas normas mais benéfica (gerente de
relacionamento enquadrado no Mercado IA tem remuneração maior e
posteriormente, no Porte I, tais normas devem ser aplicadas ao
reclamante.
Não foram, de fato, apurados os índices econômicos e
sociais eleitos e as respectivas "médias ponderadas". A classificação
original atribuída a cada Região de Mercado em 2002 foi intuitiva,
discricionária e discriminatória. A reclassificação formal de algumas
regiões, que ocorreu em abril de 2003, também foi ilegal e
conformada à dotação orçamentária, conforme confessado pelo
preposto da Reclamada na ata extraída do processo
n° OO735.2005.024.04.00.4, do TRT da 45 Região.
~
A conclusao de que foi adotada regra e procedimento
discricionário e discriminatório emerge inclusive da constatação de
que, embora a CI n° 289/02 esteja plenamente em vigor, não foi
feita qualquer apuração dos índices e das médias econômicas e
sociais nos anos de 2004, 2005, 2006, 2007, 2008 e 2009.
Frise-se que a Caixa, em 2003, extinguiu o parâmetro
de “Mercado D”, alteração esta consignada no Acordo Coletivo de
Trabalho, e, ainda, classificou cada cidade em que possuía negócios
com uma letra, ou seja, definiu, para cada cidade, se o campo de
atuação financeiro enquadrava-se como “Mercado A", “Mercado B" ou
“Mercado C".
Sendo assim, verbi gratía, se um empregado da Caixa
possui classificação de “Mercado A" tem piso salarial maior do que
aquele que possui classificação de “Mercado B" ou “Mercado C" e
assim sucessivamente, bem como a partir da edição do PFG 2010, se
um empregado da Caixa, possui classificação no PORTE I, tem
remuneração maior do que aquele que possui classificação no PORTE
III, ressaltando que tais critérios foram determinados pela Caixa
Econômica Federal sem parâmetros legais que pudessem ensejar ou
racionalizar tais diferenças.
é cristalina a existência de tratamento
Assim,
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
discriminatório em
face da adoção de critérios diferenciadores dos
empregados da Caixa tendo em vista os “Mercados A, B e C",
subdivididos nos níveis I, II, III e IV e "PORTES I, II, III, IV, V e VI",
posto que se trata de classificação aleatória e irracional.

Na realidade, é patente o real objetivo da reclamada:
atribuir diferenças nos pisos salariais e/ou nas remunerações aos
empregados que exercem as mesmas funções, com a mesma
produtividade e perfeição técnica, através de uma artimanha
engendrada para estabelecer critérios fictícios que diferenciem um
empregado do outro, sendo que, na realidade, inexistem tais
diferenças.
ID. f7285f5 - Pág. 29
Fls.: 39
Ora, Excelência, o princípio da isonomziaiconstitui uma

realidade metajurídica situada acima do ordenamento jurídico, não
sendo regrada pelo direito, mas sim regente deste, dentro dos Iiames
da ética. Assim, tem-se que o princípio constitucional da igualdade ou
isonomia consiste em direitos e garantias fundamentais. .
_
-
O jurista Celso Antônio Bandeira de Mello, em seu

lapidar opúsculo acerca do princípio magno da igualdade, ao aludir
aos critérios para identificação do desrespeito à isonomia, assim
leciona:
Parece-nos que o reconhecimento das diferenciações que não podem ser

feitas sem quebra da isonomia se divide em
três questões: -
a) a primeira diz com o elemento tomado como fato de desigualação;

b) a segunda reporta-se à correlação lógica abstrata existente entre o fator
erigido em critério de discr/'men le a disparidade estabelecida no tratamento
jurídico diversificado;
V
c) avterceira atina à consonância desta correlação lógica com os interesses

absorvidos no sistema constitucional e destarte juridicizados.2
Portanto, para aferir eventual ofensa ,ao princípio da

igualdade, cumpre investigar: (1) o critério adotado comotfator
discriminatório, (2) a existência de justificativa racional ou
fundamento lógico para sua adoção e (3) a sincronia com o sistema
normativo constitucional.
Quanto ao primeiro aspecto, que o discrímen verifica-se

estabelecido pela norma regulamentaro do local onde o foi
empregado exerce suas atividades, o que, na realidade, não se
justifica, posto que a Caixa atua em todo o território nacional, não
sendo possível em nosso ordenamento jurídico estabelecer
tratamento diferenciado à parte obreira por mera liberalidade do
empregador e, ainda, por ser inviável tal diferenciação face ao
princípio da norma mais favorável ao trabalhador, a qual, em sua
função interpretativa, indica que, havendo obscuridade quanto ao ..
significado das normas, deve prevalecer “a interpretação capaz de

conduzir ao resultado que melhor se identifique com o sentido social
do direito do trabalho”3.
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Logo, se a Caixa Econômica Federal possui a faculdade

de transferir seus funcionários para qualquer cidade em ,todo o
território nacional, não pode remunerá-los de forma diferente quando

possuidores do mesmo cargo, pois está utilizando dois pesos e duas
medidas para a mesma situação.
2
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Conteúdo Jurídico do Princípio da Igualdade. São
Paulo: Malheiros, 1993, p. 21.
3
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. 286 ed. São Paulo: Ltr,
2002, p. 121.
30
ID. f7285f5 - Pág. 30
Fls.: 40
~
No tocante
segunda questao, não há, sob qualquer
à
prisma, a identificação de um fundamento lógico para a adoção de
tais critérios, posto que, in casu, o que ocorreu foi uma manobra na
criação -das classes de “Mercados” e na criação dos "Portes", que só
fazem sentido ao empregador. Não há racionalização de critérios,
requisito que, no sentido amplo do vocábulo aplicável ao Direito do
Trabalho, é necessário para a aplicação de tais classificações. Assim,
mister que o contrato de trabalho seja conduzido sob a proteção do
princípio da isonomia, pois não há de se cogitar que haja situações
díspares entre obreiros que exercem atividades no “Mercado A, B ou
C" e nos “Portes I, II, III, IV, V e VI”, posto que tais atividades são
idênticas, não havendo diferenças na extensão se na complexidade do
trabalho, e são realoizadas com a mesma perfeição técnica, requisitos
que deságuam na falta de lógica dos fundamentos da Caixa para a
aplicação ou criação dessas classes de “Mercados” e “Portes de
Agências".
O terceiro critério se dirige mais especificamente à

atividade Iegiferante. Nessa senda, não pode o empregador, de forma
arbitrária, estabelecer diferenças salariais para empregados que
exerçam a mesma função, pois incorre em afronta à Constituição
Federal e aos preceitos celetistas, na medida em que cria subsídios
para, na realidade, mascarar a ofensa ao princípio da isonomia. Ora,
não pode a parte obreira sofrer pela articulação de estratagemas que
visam burlar a legislação trabalhista e as garantias constitucionais.
~
Nao
bastasse a igualdade de direitos garantida
constitucionalmente, a Carta Magna estabeleceu critérios específicos
que visam à proteção do trabalhador frente às arbitrariedades do
empregador no que tange aos salários, conforme estabelecido pelo
artigo 7°, incisos V, XXX e XXXII, in verbisz
Art.7° São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem a melhoria de sua condição social:
(---)
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do
trabalho;
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
(...)
~ ~
XXX proibiçao de diferença de salarios, de exercicio de funçoes e de critério
I 1
de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

(--»)
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual

ou entre os profissionais respectivos. (grifamos)
Portanto, não podem as normas internas da Caixa

estabelecerem critérios ou classes de diferenciação entre empregados
e se sobreporem aos preceitos constitucionais e aos princípios e
garantias fundamentais, dentre os quais se destaca o princípio da
isonomia.
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Fls.: 41
A reclamada, ao estabelecer classificações diferenciadas

aos seus empregados, pratica ato .que desvirtua os. preceitos da
Consolidação das Leis do Trabalho, Sendo vertente o prejuízo causado
à. parte obreira frente às diferenças salariais em relação aos
empregados da Caixa classificados como “Mercado IA" e “PORTE I". .
~ N
Nao pode reclamada estabelecer critérios
a instituiçao
de de empregados com base somente na sua
classificação
conveniência e oportunidade sem observar os patentes prejuízos
causados pela adoção de atos discriminatórios.
Nesse diapasão, misterque este douto juiz declare a
nulidade de tal classificação, bem como o consilium fraudis da Caixa,
conforme determina o artigo 9° a CLT. Vejamos: -
"
Art. 9° Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de

desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente
Consolidação.
Acerca da matéria, nos ensina Valentin Carrion:

Atos nulos. Distingue-se o ato nulo do anulável. O primeiro não produz
efeitos, dispensa declaração judicial, não pode ser suprido pelo juiz,
embora a pedido de todos os interessados, não prescreve em tempo
algum ou, se prescreve, sê-lo-.á no mais longo prazo da legislação etc.
A maior parte dos autores dedica ingerentes esforços para enquadrar
o ilícito trabalhista no ato nulo. Mas, apesar das distinções tentadas, a lei
determinou a prescrição do direito de pleitear a reparação de qualquer ato
infringente do dispositivo trabalhista; ora `qualquer ato infringente de
dispositivo legal' é a matéria que se considera nula pouco antes. A
jurisprudência, sem enunciá-lo expressamente, profere seus julgamentos
aplicando às situações ilegítimas os efeitos dos atos anuláveis e não dos atos
nulos. Mesmo assim, as normas 'de Direito do Trabalho são de
interesse social, imperativas e inafastáveis pelas partes, ainda que de
direito privadof (grifamos).
~
Em suma,
os preceitos da Consolidaçao das Leis do
Trabalho, dentre os quais se destaca aquele referente à isonomia de
tratamento aos empregados, constitui interesse social, imperativo e
inafastável, sendo protegido contra seu inadimplemento.
~
Ademais, cumpre ressaltar que, na relaçao de emprego,
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
a .subordinação é um e o poder de direção o outro lado da moeda,-de

modo que, sendo o empregado um trabalhador subordinado, está
sujeito ao poder de direção do empregador sob o fundamento legal
do artigo 2° da Consolidação das Leis do Trabalho. Tal poder,

entretanto, não é absoluto. São crescentes as limitações impostas
pelas leis, convenções coletivas e sentenças normativas, dentre as
quais se destaca a proibiçãode práticas discriminatórias, levando-se
em conta a necessidade de proteger o empregado. ç
.
4
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 28a ed São
Paulo: Saraiva, 2003, p. 65.
ID. f7285f5 - Pág. 32
Fls.: 42
No desenvolvimento do vínculo de emprego, é vedado

ao empregador estabelecer critérios diferenciadores para empregados
igualmente habilitados com o propósito de prejudicar alguém em
promoções ou no exercício das funções. A discriminação de
trabalhadores é uma grave violação de princípios éticos e jurídicos.
Observa-se, no caso em tela, que há diferentes pisos

salariais e/ou remunerações para os empregados que exercem as
mesmas funções, com a mesma produtividade, sob o pálido
fundamento de que são classificados como empregados destinados
aos Mercados “A", “B” ou "C", de níveis "I, II, III ou IV" e “Portes I,
II, III, IV, V e VI", situação que em nenhuma instância pode ser
admitida frente ao princípio constitucional da isonomia.
Assim tem manifestado a jurisprudência dominante:
Princípio de isonomia. Se um benefício está subordinado a uma condição e
o instituidor a substituir por outra, mais favorável, prevalece esta última
para todos os empregados, se ela foi efetivamente aplicada em
relação a umdos empregados da empresa. É a regra do art. 7°, XXXII,
da CF, que proíbe qualquer tipo de distinção entre trabalhadores
pertencentes à mesma categoria profissional (grifamos).
Acórdão: 20010447223 - Turma: 09 - Data JuIg.: 30/07/2001 Data Pub.:
14/08/2001 - Processo: 20000300556 Relator: LUIZ EDGAR FERRAZ DE
OLIVEIRA
ISONOMIA SALARIAL. O principio constitucional da isonomia salarial
somente se aplica quando houver distorções de contraprestações de
empregados de um único empregador ao qual estão subordinados e
dependem economicamente.
Acórdão: 02930179648 - Turma: 07 Data Julg.: 02/06/1993 Data Pub.:
29/06/1993 - Processo: 02900266640 Relator: GUALDO FORMICA
~
Ademais, as
contratuais trazidas pela
alteraçoes
CI 289/02 e pelo PFG 2010, devem ser declaradas nulas, pois
incidem, no caso, o artigo 468 da CLT e a súmula 51 do TST, já que
referida circular e esta regra do PFG 2010 trouxeram prejuízos a
todos os empregados da Caixa, nomeadamente ao reclamante, que
foi contratado ainda em 1989.
Isso posto, frente à ilegalidade da discriminação

Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
ocorrida pela adoção dos critérios irracionais que definem o piso

salarial dos funcionários da Caixa e os “portes das agências", busca o
Autor a aplicação da justiça, salientando que beneficium juris
nemini est denegandi.

Importa ressaltar que a diferença salarial existente
entre o Reclamante, e um colega que exercia as mesmas funções
numa agência classificada pela CEF de IA, é bastante considerável -
cerca de 50% (cinqüenta por cento).
ID. f7285f5 - Pág. 33
Fls.: 43
Face ao exposto, postula pela declara-ção da nulidade

da classificação ilógica feita pela Caixa Econômica Federal através da
CI n° 289/2002, em face da ausência de critérios racionais ao
classificar seus empregados em “Mercados A, B, C ou D", e em níveis
"I, II, III ou IV", bem como o pagamento das diferenças salariais
oriundas de tal discriminação com base na remuneração do cargo de
Mercado "IA", acrescidas de juros e correção monetária desde a data
do efetivo prejuízo até a data do efetivo pagamento, em parcelas
vencidas e vincendas, com reflexos nos repousos semanais
remunerados (inclusive sábados e feriados - por força de previsão
normativa) e, posteriormente, pelo aumento da média remuneratória,
reflexo no cálculo de férias acrescidas de um terço, décimos terceiros
salários, horas extras pagas e não pagas, gratificações semestrais,
licenças prêmio, VP - vantagem pessoal, APIP'S (ausências permitidas
por interesse particular), ATS (adicional por tempo de serviço),
gratificação de função/função de confiança, além do FGTS e
Ainda, requer-se, desde já, a juntada,_pela Reclamada,
das tabelas de valores de piso salarial de mercado desde a data em
gue o Reclamante passou a exercer o cargo comissionado até junho
de 2010, sob as penas do art. 359 do CPC,_protestando-se, desde já,
pela juntada posterior de documentos necessários à comprovação do
alegado.
~
Postua N tambem
declaraçao da nulidade da
I
pela
classificação ilógica e ilegal feita pela Caixa Econômica Federal
através da regra constante do novo PFG ,2010, que unilateralmente
classifica as agências em portes I, II, III, IV, V e VI, em face da
completa falta de critérios, parâmetros e embasamento legal,
devendoíser adimplida as diferenças salariais oriundas de' tal
discriminação com base na remuneração adimplida aos ocupantes da
mesma função do autor, porém em agências classificada pela CEF,
como sendo de PORTE I (rubrica adimplida no contracheque sob a
nomenclatura de “PORTE UNID - FUNÇÃO GRATIFICADA EFETIVA"),
acrescidas de juros e correção monetária desde a data do efetivo
prejuízo até a data do efetivo pagamento, em parcelas vencidas e
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
vincendas, com reflexos nos repousos semanais remunerados

(inclusive sábados e feriados - por força de previsão normativa) e,
posteriormente, pelo aumento da média remuneratória, reflexo no
cálculo de férias acrescidas de um terço, décimos terceiros salários,

ID. f7285f5 - Pág. 34
Fls.: 44
As tabelas que prevêem os valores de cada PORTE de

~ ~
Agência sao modificadas pela CEF com freqüência, desde a sua ediçao
que se deu em julho de 2010, assim, requer que seja determinada a
juntada pela CEF de todas as tabelas que editou, sob as penas do
artigo 359, uma vez que é possuidora de tais documentos.
14. 1NcoRPoRAçÃo DA FUNÇÃO - EFEITO oEc|.ARATóR1o

Cumpre informar que a parte Reclamante vem
exercendo, de longa data, “função comissionada" na Instituição
Reclamada.
~
A Caixa assegura aos seus
funcionários a conce_ssao do
adicional de incorporação àqueles que foram dispensados do exercício
de “cargo em comissão”, efetivo ou não efetivo, a partir de 11 de
abril de 2006.
Vejamos o disposto no normativo interno da Caixa
Econômica Federal- RH 151:
"3.3.1. É requisito para a concessão de Adicional de Incorporação:
~ ter sido dispensado de CC, por interesse da Administração, a partir de
11.04.2006;
0 ter exercido CC por período maior ou igual a 10 anos imediatamente
anterior à dispensa." (RH151)
Verifica-se no “Simulador do adicional de incorporação" -

documento em anexo da própria Caixa - que a primeira Reclamada
reconhecia, até 30 de junho de 2010 (dois mil e dez), o direito da
parte Reclamante à incorporação de (cem por cento), 100%
aproximadamente, da função. Porém, em 13 de julho de 2010 (dois
mil e dez), após o início da vigência do PFG/2010, o percentual de
incorporação foi drasticamente reduzido, de acordo com o mesmo
simulador, para aproximadamente 50% (cinquenta por cento).
Conforme se depreende do normativo RH 151 da Caixa,
o cálculo para se apurar o valor do adicional de incorporação
corresponde ao valor de gratificação do cargo comissionado sob a
média, em dias, dos últimos 05 (cinco) anos de exercício no cargo em
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
comissão imediatamente anterior à dispensa. Conforme consulta à

formula da RH 151 que leva em consideração também os 1825 dias
(05 anos).
~ Ass1M, coM o ADvENTo o~o PFG/2010, UMA oAs

A|_TERAçoEs ~1MPosTAs Foi A o1M1Nu1çAo oo PERCENTUAL DE
1NcoRPoRAçAo.
Incide, no caso, o artigo 468 da CLT, a saber:
Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteraçao das respectivas

condições por mútuo consentimento, g, .a,inda_..as,sim, ,desde que não
ID. f7285f5 - Pág. 35
Fls.: 45
resultem direta ou indl¡ret~reiuízos ao empreqado, sob pena

de nulidade da cláusula (grifamos). š
As vantagens e condições do contrato de trabalho

vigente aderiram e incorporaram ao patrimônio do trabalhador, e é
proibido, pois ilegal, alterar as condições contratuais, causando
prejuízo ao trabalhador, como é o caso aqui demonstrado. Tal atitude
fere o princípio da estabilidade financeira do empregado e o direito
adquirido, gerando uma alteração contratual lesiva no contrato de
trabalho da parte Autora.
-
Assim, quando _a parte Obreira, por interesse da

administração, deixar de exercer qualquer cargo comissionado,
deverá fazer jus ao adicional de incorporação em 100% no mínimo.
Além do mais, vale ressaltar o entendimento do TST na

Súmula 372, in verbis:
"Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se

o empregador, sem justo motivo, revertê-Io a seu cargo efetivo, não poderá
retirar-lhe a gratificação, tendo em vista o princípio da estabilidade
financeira."
A jurisprudência também se encontra neste sentido:

INCORPORAÇÃO DA GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO AO SALÁRIO. A possibilidade
de reversão dotrabalhador ao cargo efetivo não pode gerar supressão da
gratificação de
função paga há dez anos ou mais. Trata-se de parcela
incorporada aopatrimônio jurídico do empregado. - Tribuna/ Regional do
Trabalho da 45 Região. Acórdão RO n° 00273-2009-'003-04-00-8. Re/ator:
Desembargador Emílio Papa/éo Zin. Data: 10 de dezembro de 2009.
Assim requer sejao Banco compelido a juntar
todos os comprovantes de pagamentos da parte Obreira de
todo o pacto laboral, bem comofo seu histórico funcional, a fim
de que' sejam demonstrados os~ reais valores a serem
incorporados, sob pena de CONFISSAO. '
Dessa forma, postula que haja determinação judicial

para que a parte Reclamada incorpore em 100% (cem por cento). da
_
função exercida ao salário da parte Reclamante, no momento em que

Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
preencher os demais requisitos à percepção do adicional de

incorporação da função, devendo ser. determinadas as devidas
retificações no histórico funcional e “Simulador do adicional de
incorporação" da obreira junto à Caixa, a fim de que passe a recebê-

lo, quando tiver direito, com o reflexo no cálculo das horas extras,
férias acrescidas de um terço, décimos terceiros salários,
gratificações semestrais, licenças prêmio, VP - vantagem pessoal,
APIP'S (ausências permitidas por interesse particular), ATS (adicional
por tempo de serviço), CTVA (complemento temporário variável
ajuste de mercado), além do FGTS e recolhimentos para o FUNCEF.
ID. f7285f5 - Pág. 36
Fls.: 46
~
DA REDUÇAO DO CTVA DA REMLINERAÇAO 1 MANUTENÇAO
:-1 ou
15.
.
DO VALOR DA VERBA EM SEU SALARIO, COM A DECLARAÇAO

DE SUA NATUREZA SALARIAL
A Caixa Econômica Federal editou em junho de 2010 o
novo PFG 2010 (Novo Plano de Funções Gratificadas) que nada mais
é do que o novo Piano de Cargos Comissionados.
Quando da “migração” do Reclamante para este novo

plano (PFG 2010), ao receber seu primeiro contra cheque, o que
ocorreu em julho de 2010, percebeu mudanças nas verbas que
compunham sua remuneração. Vejamos:
Em Junho de 2010 percebeu:
Salário Padrão: R$2.531,00
Compl Temp Variável Ajuste Mercado: R$1.496,59
Adicional Tempo de Serviço: R$531,51
VP- Grat. Sem./Adic. Tempo Serviço: R$88,58
Cargo Comis. Efetivo/Ad. Incorp.: R$1.945,32
\
A partir de julho de 2010 percebeu:

Salário Padrão: R$2.531,00
'
Compl Temp Variável Ajuste Mercado: R$466,91

Adicional Tempo de Serviço: R$531,51
VP- Grat. Sem./Adic. Tempo Serviço: R$88,58
Função Gratif. Efetiva + Ad. Incorp.:
R$1.945,32+822,68
Porte Unid - Função Gratificada Efetiva: R$352,00
Salário R$2.531,00 + CTVA R$1.496,59 (que é salário

e não função, aliás objeto do nosso pedido em apreço) + ATS
R$531,51 + VP - Grat. Sem./Adic. Tempo Serviço R$88,58
= R$4 647 68 Cargo em Comissão Efetivo/Ad. Incorporação
R$1.945,32. Portanto, 41,84%.
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
~
Já na nova "proposta" da CEF, que segundo eles nao
prejudica oempregado: salário R$2.531,00 + CTVA R$466,91 + ATS
R$531,51 + VP - Grat. Sem./Adic. Tempo Serviço R$88,58 =
R$3.618 00. Função Gratificada Efetiva + Ad. Incorporação

R$ 2.768,00, ou seja, 76,50%.
Essa foi exatamente a engendração arrumada
-
pela CEF. Considerar o CTVA comissão de cargo ao invés de

.
complemento de salário que é sua função, ou salário

propriamente dito.
ID. f7285f5 - Pág. 37
Fls.: 47
Por oportuno, ressalta-se que existe previsão dissidial

no Acordo Coletivo de Trabalho daV.CEF,›cláusula 17a, de que .?'A
duração da jornada de trabalho dosempregados da Caixa será de 6
(seis) horas diárias contínuas, de segunda a sexta-feira,
perfazendo. 30 (trinta) horas semanais, conforme o artigo 224-_ e
ressalvados seus parágrafos da Consolidação das Leis do Trabalho-
CCT. " .
Já no dissídio da FENABAN (FEDERAÇÂO NACIONAL

DOS BANCOS), existe previsão, na cláusula 11a - “Gratificação de
Função - O valor da Gratificação de Função, de que trata o
parágrafo 2° do artigo 224, da Consolidação das Leis do Trabalho,
não será inferior a 55% (cinqüenta e cinco por cento), à exceção do
Estado do Rio Grande do Sul, cujo percentual é de 50% (cinqüenta
por cento), sempre incidente sobre o salário do cargo efetivo
acrescido do adicional por tempo de serviço, já reajustados nos
termos da cláusula primeira, respeitados os critérios mais vantajosos
e as demais disposições específicas previstas nas Convenções
Coletivas de Trabalho Aditivas. "
Resta claro que a CEF visa com esta "manobra",

justamente isso, alegar que os funcionários recebem função
gratificada superior a 55% (cinqüenta e cinco por cento), o que é
uma inverdadel
~ N
Logo nao concorda com a flagrante reduçao da verba
CT\lA de sua remuneração, nem com o suposto agregamento do valor
da CT\lA com o valor da verba cargo comissionado efetivo (que
mudou de nome e passou a ser Função Gratificada Efetiva). .
Ressalta-se que o Autor percebeu o CTVA durante

muito tempo, já fazendo parte de sua remuneração e além disso, o
valor adimplido de CTVA mensalmente era bem significativo,lse
comparado com o total da remuneração do reclamante.
O CTVA foi criado com a finalidade de complementara
remuneração dos funcionários da CEF, uma vez que Caixa Econômica
.
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Federal à época estava perdendo seus funcionários para a

concorrência, foi quando decidiram criar os pisos de mercado, e quem
recebesse menos que o piso, receberia o CT\lA, para complementar a
remuneração, ou seja, chegar ao valor do piso daquele cargo.
Logo, a natureza e finalidade da verba CTVA é

diferente, e não se confunde com a gratificação de cargo (adimplida
sob a rubrica de cargo comissionado efetivo e após, função
gratificada efetiva) adimplida aos exercentes de cargos
comissionados, pela atividade mais técnica desenvolvida.
ID. f7285f5 - Pág. 38
Fls.: 48
AssLn_3,,b tratam-se de verbas. cuj.a_s_ naturezas sao

diferentes, Iogo_n_ão podemse_ru_agregadas emzuma só.
ç
Destaca-se que o CTVA possui natureza nitidamente

salarial, uma vez
que, paga com habitualidade, visa ao incremento da
remuneração percebida. Resta inequívoco, portanto, que as reduções
operadas configuram-se em afronta direta ao princípio basilar da
irredutibilidade salarial, positivado na Carta Constitucional.
Art. 7°:São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de

outros que visem à melhoria de sua condição social:
IV - irredutibilidade de salário, salvo disposto em
convenção ou acordo coletivo (gr¡famos);
Salienta-se também que o CTVA servia de base de
cálculo para INSS, FGTS, dentre outras verbas, logo possui natureza
nitidamente salarial.
Na verdade, esta alteração nas verbas que compõe a

remuneração do Autor, nada mais é do que uma manobra da CEF,
gue ardilosamente tenta no transcurso do contrato de trabalho do
Autor mais uma vez lesar seus direitos trabalhistas, promovendo
mais uma alteraçãocontratual lesiva. Vejamos:
Reduziu a verba CTVA da remuneração do Autor e

agregou a maior parte do valor desta verba, na parcela Função
Gratificada Efetiva, porque obviamente quando a CEF quiser
descomissionar ao funcionário, retira de sua remuneração a verba
Função Gratificada Efetiva, sem ser considerado redução salarial,
respaldada pelo parágrafo único do artigo 468 da CLT.
Além disso, no novo PFG 2010 foi criado também a
verba chamada Porte Unid - Função Gratificada Efetiva, que classifica
as agência da Reclamada conforme o porte onde estão localizadas.
Trata-se de verba salarial que veio incrementar a remuneração da
parte Autora, porém não está sendo adimplida no valor correto
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
conforme pleiteado acima, na presente peça Inicial.

Assim, diante de todo o narrado acima, requer a
declaração judicial no sentido de determinar a manutenção da parcela
_
CTVA como integrante da remuneração da parte Autora, conforme a

parte Reclamante vinha recebendo até junho de 2010. Assim, caso
venha a ocorrer o descomissionamento futuro do Autor, o que não se
crê, requer a manutenção do valor da CTVA em seu salário.
ID. f7285f5 - Pág. 39
Fls.: 49
Postula também, em face da natureza salarial e da

habitualidadedo pagamento da parcela CTVA, de acordo comi:~o
explanado acima, em parcelas vencidas e vencidas, seja incorporada
tal verba a remuneração, para após refletir em férias mais um terço,
décimo. terceiro salários, horas extras pagas e não pagas,
gratificações semestrais, licenças prêmio, VP .- vantagem pessoal,
por tempo de serviço), gratificação de função/função de confiança,
além do FGTS e recolhimentos para o FUNCEF.
15.01. DO PAGAMENTO, DA INCORPORAÇÃO E DA

INTEGRAÇÃO DO CTVA AO SALÁRIO
Conforme se denota dos documentos que estão
anexados à presente petição Inicial, a parcela CTVA foi habitualmente
percebida, por períodos contínuos. Tratando-se de parcela habitual e
salarial, deve integrar a remuneração da parte Obreira para todos os
fins legais.
A incorporação tem o objetivo de prestigiar o princípio

_
da estabilidade salarial que permeia a relação contratual trabalhista.

Não faz sentido a reclamada não considerar a incorporação do CTVA à
remuneração, posto que, conforme a própria Caixa divulgou à_época
da edição da parcela CT\/A e continua afirmando nos dias atuais, o
CTVA é uma verba criada com a finalidade de garantir aos ocupantes
de cargo em comissão uma remuneração.condizente com a praticada
pelo mercado de trabalho bancário. Diante disso, não restam dúvidas
sobre a natureza salarial do CT\/A, devendo este integrar-se e
incorporar-se à remuneração para todos os efeitos legais. ~
A CEF efetuou o pagamento dessa parcela com

habitualidade, durante anos do contrato de trabalho da parte
Reclamante. Sem sombras de dúvidas, o pagamento permanente da
parcela representa um adicional no salário da parte Reclamante,
levando-se em conta que o valor pago corresponde a um percentual
considerável de sua remuneração.
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
O CT\/A representa uma autêntica gratificação de

função e, por isso, possui natureza salarial, conforme entendimento
da própria Caixa, que considera esta parcela para fins de cálculo dos
descontos para o INSS e depósito no FGTS. Deve, portanto, ser

integrado na remuneração da parte Obreira para todos os fins legais
e, após, ser incorporado.
'
Assim, o CTVA não pode ser reduzida como

ocorreu a parte Reclamante, em virtude do princípio da
com
irredutibilidade salarial, a _fim de valorizar o equilíbrio
econômico-financeiro.
ID. f7285f5 - Pág. 40
Fls.: 50
âJ5¬
l
Postula, em face do exposto, o pagamento das
`
diferenças, desde a sua redução, e a integração da parcela

denominada CTVA (complemento 'temporário variável ajuste de
mercado) ao salário da parte Reclamante e, ainda, a declaração da
incorporação da referida verba a sua remuneração no importe maior
já percebido, e, após, os seus reflexos sobre os repousos semanais
remunerados (incluindo sábados e feriados - por força de previsão
normativa) e, posteriormente a esse agregamento, pelo aumento da
média remuneratória, reflexo no cálculo de férias mais um terço,
décimos terceiros salários, horas extras pagas e não pagas,
além do FGTS e recolhimentos para o FUNCEF, em parcelas
vencidas e vincecncdcabs.
Assim requer seja o Banco compelido a juntar

todos os comprovantes de pagamentos da parte Autora de
todo o pacto laboral, a fim de que seja demonstrado o seu
direito, sob pena de CONFISSÃO.
~
DA 1NTEGRA|.1zAçAo DA REsERvA MA'rEMAT1cA com o
I
16.
REcÁ|.cuLo Do vA|.oR sA|.DADo E o PAGAMENTO DAs
DIFERENÇAS Após o sA|.DAMEN1'o
A CEF
é a responsável pelo desconto e conseqüente
repasse do percentual das contribuições devidas à FUNCEF, assim
como é a instituidora e mantenedora dos salários e dos benefícios
alcançados aos funcionários, aposentados e pensionistas da FUNCEF.
a)1NcLusÃo DA PARCELA cTvA

~
A Caixa nao considerou no cálculo do "Saldamento" e
da “Reserva Matemática" a verba denominada "CTVA".
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
O Regulamento dos
Planos de Benefícios - REPLAN,
instituído em 1978
dispõe: 6. Do Salário de Contribuição, 6.1 Salário
de Contribuição é a remuneração do associado sobre a qual incidirá
contribuição social para a FUNCEF, 6.1.1 As parcelas que constituem

essa remuneração serão definidas, de acordo com o Plano de Cargos
e Salários da Instituição-Patrocinadora, em ato normativo a ser
baixado pela FUNCEF, (...)"
41
[5 E
ID. f7285f5 - Pág. 41
Fls.: 51
Com a Norma de Serviço 0.25/85, fo “salário de

contribu¡ção" ficou assim definido: “Para os fins do subitem 6.1.1 do
novo REPLAN, a remuneração mensal será constituída, conforme-.o
caso, pelas seguintes parcelasr- salário padrão; - adicional por tempo
de serviço; - função confiança (em caráter de titularidade ou
substituição); - vantagens pesso ais; - adicional noturno; - adicional
de insalubridade; - horas suplementares (somente para os médicos e
dentistas da Parte “B” do Quadro de Pessoal da CEF); - 13° salário
(gratificação de Natal).", sendo que as Normas de Serviço 001/94
e 018198, incluíram no “salário de contribuição" o Adicional
Compensatório de Perda de Função de Confiança (atualmente
denominado de Adicional de Incorporação) e
a Comissão de Cargo.
Com o PCS/98, juntamente com a edição do PCC/98, a

Caixa instituiu o CT\/A na remuneração-base dos empregados, a fim
de garantir quantia mínima mensal (“Piso Mínimo de Mercado"),
conforme a função e/ou cargo, sendo que as anteriores
nomenclaturas de “funções de conflança" foram substituídas por
“cargos em comissão".
Com a RH 115, no item

3.3.2, a Caixa regulou que o
CTVA (complemento temporário variável de ajuste ao piso de
mercado - rubrica 005) é o valor que complementa a remuneração
do empregado ocupante de FG/CC efetivo ou assegurado quando esta
remuneração for inferior ao valor do Piso de Referência de Mercado,
demonstrando que o objetivo da inclusão desta rubrica era o de
ajustar a remuneração mensal básica, que à época estava defasada,
tanto que os funcionários que passaram a receber o CTVA
continuaram a receber gratificações pelo exercício do cargo e/ou
função (exemplo: cargo em comissão efetivo - antiga função de
confiança), o que comprova que a verba CTVA, que passou a ser
paga com habitualidade, veio para aumentar o piso salarial
propriamente dito, fazendo parte da remuneraçao base (salário
padrão),tendo natureza jurídica salarial. ~
'
Com
a Circular Normativa 018/98, dispôs-se que
a parcela “cargo em
comissão” também compõe o “Salário de
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Contribuição" para a FUNCEF.
As gratificaçoes pagas pela Caixa em decorrência

do de cargo em comissão, assim como “o

exercício
Complemento de Mercado ("CTVA"), passaram, de fato e de
direito, a fazer parte do "salário de contribuição" e, portanto,
compõe os benefícios complementares do empregado, como
por exemplo, a suplementação da aposentadoria pública.
ID. f7285f5 - Pág. 42
Fls.: 52
As reclamadas (Caixa e FUNCEF), contudo, agiram de

forma omissiva. A primeira não efetuou o desconto e repasse da
contribuição devida à FUNCEF sobre o “CTVA" e esta diz que os
benefícios previdenciários (dentre os quais as suplementações de
aposentadoria) são determinados sem a consideração do “CTVA".
O fato da CEF criar uma parcela para suplementar a

remuneração até o valor do piso de mercado visa apenas mascarar
uma situação de majoração de proventos. Assim, a titulo de
argumentação, pouco importa, se considerada complemento de
salário ou complemento de gratificação de função, ou mesmo a
nomenclatura à parcela, mas sim
atribuída a sua natureza
nitidamente Nestas condições, o
salarial. CTVA integra a
remuneração-base e o “salário de contribuição".
Em 2006 o Regulamento da FUNCEF passou por

modificações (que somente alcançaram a parte reclamante naquilo
em que mais benéfico) e foi denominado REG/REPLAN modificado,
estabelecendo que o “Saldamento” fosse calculado tendo por base o
SALARIO DE PARTICIPACAO” (artigos 82 e 85). O artigo 13 do
Regulamento define que as parcelas que constituem o “salário de
participação", serão definidas de acordo com o Plano de Cargos e
Salários.
Assim, o “salário de participação", por sua vez, é

definido a partir do “salário de contribuição", que, como exposto
acima, não admite a exclusão do “CTVA" e das demais diferenças
salariais postuladas.
Em 2006, a parte reclamante foi induzida a firmar

Termo de Adesão às Regras de Saldamento do REG/REPLAN e ao
Novo Plano e Novação de Direitos Previdenciários (inobstante
considera-se que as cláusulas que tratam de renúncia a direitos
precedentes e dispõem sobre desistência de ações judiciais são
nulas), sendo que os valores do “SaIdamento" e da “Reserva
Matemática" foram calculados sem a consideração do “CT\/A".
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
O Colendo TST já firmou seu entendimento sobre o

tema, através do julgamento do RR n° 3596/2006-037-12-00.4,
da 7a Turma, do Relator Ministro Ives Gandra Martins Filho, cujo o
julgamento, ocorreu dia 06/08/2008, com publicação D J

em 08/08/2008.
Assim, requer que as reclamadas sejam compelidas a
integralizar a “reservamatemática" e a recalcular o valor "saIdado",
considerando o "CTVA" pago à parte reclamante à época do
"saIdamento", sob pena da conversão da obrigação e da incidência de
multa, sem prejuízo da obrigação de indenizar os prejuízos causados.
íb
E
ID. f7285f5 - Pág. 43
Fls.: 53
Requer também, que as reclamadas sejam condenadas

a complementar as contribuições mensais realizadas posteriormente
ao saldamento que ocorreu em 2006, considerando o CT\/A, em
parcelas vencidas e vincendas.
'
b)1Nc|.usÃo DAs |-|oRAs EXTRAS 1-|Aa1TuA1s

A Caixa nao considerou no cálculo do "Saldamento" e
7
Al
da Matemática" as horas extras prestadas com

“Reserva
1
habitualidade, que integram o salário para todos os efeitos legais,

conforme vasta manifestação do TST, através das i
Súmulas 45, 115, 172 e OJ 89.

Até O1 de dezembro de 1993, as horas extras eram
computadas para fins de complementação de aposentadoria, ficando
assim reconhecido seu caráter salarial, e consideradas para a base de
cálculo das contribuições para a FUNCEF, na forma do Regulamento
dos Planos de Benefícios da FUNCEF, que considera o “salário de
contribuição" como “a remuneração do associado sobre a qual incidirá
contribuição social para a FUNCEF".
N
. Com
“confecçao ard¡Iosa" da norma de serviço
a
n° 001/94, as horas extras foram excluídas da composição da
remuneração mensal para efeito de concessão de benefícios. Tal
alteração veio em prejuízo dos empregados, pois, arbitrariamente e
unilateralmente, suprimiu parcela nitidamente salarial da base de
cálculo do salário de contribuição para a FUNCEF, desrespeitando 'a
irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas sendo que qualquer
alteração contratual lesiva deve ser declarada nula, nos termos do
disposto no artigo 468 da CLT. .
parte reclamante já contribuía para a FUNCEF desde

A
a sua admissão, assim, não pode ser prejudicada por alteração
regulamentar posterior que diminua direitos ou vantagens até então
vigentes. Não é outro o sentido da súmula n° 51 do TST.
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
integralizar a “reserva matemática" e a recalcular 0 valor "saIdado",

considerando o “as horas extras", sob pena da conversão da
obrigação e da incidência de multa, sem prejuízo da obrigaçãoide
indenizar os prejuízos causados.
l W
Requer também, que as reclamadas sejam condenadas

ao saldamento que ocorreu em ZQQ6, considerando as horas extras,
em parcelas vencidas e vincendas.
Por oportuno, requer-se, desde já, que a reclamada
junte a norma de serviço 001/94, sob as penas do art. 359 do CPC.
ID. f7285f5 - Pág. 44
Fls.: 54
c) 1NcLusÃo oo Auxíuo-ALIMENTAÇÃO
A Caixa não considerou no cálculo do "Saldamento" e
'
da “Reserva Matemática" a verba denominada “Auxílio Alimentação".

Com a Resolução da Diretoria, DIRRC-076/75, e termos
da Instrução n° 326, de maio de 1975, a Caixa estendeu o “Auxílio
Alimentação" aos aposentados e pensionistas.
Com a Resolução da Diretoria, RE DIRHU 81/78, de
outubro de 1978, a Caixa reconheceu, expressamente, o “Auxílio
Alimentação" como salário in natura. Vejamos trecho do referido
documento: (...) evidenciando-se o cunho remuneratório de salário
in natura; e considerando que, como a CEF paga a 23 parcela do 13°
salário, de conformidade com a legislação vigente, a qual determina,
outrossim, a inclusão do salário in natura como parcela integrante
do 13° salário, resolveu: Autorizar o fornecimento de um talão extra,
nos meses de dezembro de cada ano, para a aquisição de gêneros
alimentícios a todos os empregados da CEF, ativos e aos
~
inativos, beneficiados com o Auxilio Alimentaçao, na estrita
conformidade do voto do Relator. (grifamos).
A
de outubro de 1987, a Caixa passou a pagar a
partir
referida parcela através da folha de pagamento, juntamente com as
demais verbas, sob a titulação de “Reembolso Despesa AIimentação",
creditando o valor em espécie ao invés de fornecer cheques refeição,
perdurando desta forma por cinco anos, sendo que a partir de
novembro de 1992, a Caixa suprimiu o pagamento em pecúnia,
retirando a respectiva parcela da folha de pagamento, voltando a
fornecer “tickets alimentação", cujo valor correspondia ao que era
pago no contracheque do mês anterior, contudo, em fevereiro
de 1995, os “tickets alimentação" deixaram de ser estendidos aos
aposentados pela instituição reclamada.
As alterações contratuais unilaterais de 1992 e 1995
colidem com o dispositivo legal do artigo 468 da CLT e devem ser
declaradas nulas, pois ferem o entendimento cristalizado nas
Súmulas 51 e 288 do Colendo TST, devendo-se respeitar o nítido
caráter salarial da verba em epígrafe e sua respectiva integração aos
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
proventos da parte obreira, a qual se projetou como complemento da

aposentadoria.
integralizar a “reserva matemática" e a recalcular o valor "saldado",

considerando o “Auxílio AIimentação" pago à parte reclamante, sob
pena da conversão da obrigação e da incidência de multa, sem
prejuízo da obrigação de indenizar os prejuízos causados.
Requer também que as reclamadas sejam condenadas
ao saldamento que ocorreu em 2006, considerando o Auxílio
Alimentação, em parcelas vencidas e vincendas.
ID. f7285f5 - Pág. 45
Fls.: 55
Ainda, requer, desde já, a juntada das normas

expedidas pela Caixa (resolução n° 076/75, instrução n0..326/7_~5=,
resolução n° 81/78 e alterações contratuais de 1992 a 1995), sob as
penas do art. 359 do CPC.
d) 1NcLuSÃO DO AuxÍ|.1O CESTA-ALIMENTAÇÃO, 1NcLuSAO
DOS ABONOS (ABONO SALARIAL, ABONO PEcuN1ÁR1O, ETc) e
1NcLusAO OAS DEMAIS VERBAS SALARIAIS PLEITEAOAS NA
PRESENTE AÇÃO
A Caixa não considerou no cálculo do "Saldamento" e
da “Reserva Matemática" a verba denominada “Auxílio Cesta-
AIimentação", entretanto, ocorre que a referida parcela foi paga com
a finalidade de aumentar O salário, além de que alcançada à parte
reclamante durante toda a contratualidade, pelo trabalho E NÃO
O trabalho, definindo a natureza eminentemente salarial, por força do
gi
artigo 458 da CLT, fazendo parte da remuneração mensal da parte
reclamante. “
Da mesma
forma, os abonos deveriam ter' sido
considerados na base de cálculo das contribuições para a FUNCEF até
O saldamento, e após, também, de acordo com os mesmos
fundamentos supra, aplicando-se ao caso O §1° do artigo 457 da CLT,
na medida em que dispõe que os abonos (aumentos salariais
disfarçados) pagos pelo empregador integram O Salário. _
Deveriam também terem sido consideradas na base de

cálculo das contribuições para a FUNCEF antes e após O saldamento,
todas as verbas salariais buscadas na presente ação, como por
exemplo: salário padrão, APIP/IP - conversão, adicional por tempo de
serviço, VP - gratificação semestral/adicional por tempo de serviço,
cargo' em comissão efetivo, cargo comissionado não efetivo,*CTVA
semanal remunerado, cargo comissionado assegurado, VP -
vantagem pessoal, VP - GIP - tempo de serviço, VP - GIP - sem.
salário mais função, abonos/rendimentos, abono pecuniário, abono
salarial, abono salarial - indenização, gratificação de natal - décimo
terceiro salário, licença-prêmio - conversão, décima terceira cesta
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
alimentação, adicional de penosidade, gratificação de função/função

de confiança, diferença de mercado/porte,vp-gip/sem. salário +
função, promoções por merecimento, adicional de transferência,
pagamento PRX/PLR, verbas denominadas auxílio refeição e auxílio

cesta alimentação, dentre outras verbas salariais constantes dos
holerites percebidas ao longo do contrato de trabalho. É o que desde
já se requer. _ , .,
ID. f7285f5 - Pág. 46
Fls.: 56

integralizar a “reserva matemática" e a recalcular o valor "saldado",
considerando o “auxílio cesta-alimentação" e os "abonos", sob pena
da conversão da obrigação e da incidência de multa, sem prejuízo da
obrigação de indenizar os prejuízos causados.
Requer também que as reclamadas sejam condenadas
ao saldamento que ocorreu em 2006, considerando o Auxílio Cesta
Alimentação e os Abonos, em parcelas vencidas e vincendas.
CONCLUSAO:
Em
decorrência da natureza alimentar, da habitualidade
do pagamento a de contraprestação pelo trabalho prestado, do
título
caráter salarial, e, principalmente, à luz do princípio da vedação do
retrocesso social, requer seja a primeira reclamada condenada a
recolher as diferenças pela desconsideração das parcelas
remuneratórias acima postuladas na base de cálculo do valor das
contribuições mensais para a FUNCEF, após o saldamento, em
parcelas vencidas e vincendas, para que, na data em que for requerer
seu benefício de complementação de aposentadoria, o valor
constante em sua conta na FUNCEF seja o valor correto. Deve haver,
ainda, a devida integração destas diferenças para fins do cálculo do
benefício previdenciário futuro.
Ressalta-se que, se não houve custeio sobre as

parcelas remuneratórias supra citadas, a exemplo das horas
extraordinárias buscadas na presente ação, a responsabilidade sobre
o seu recolhimento tardio deve ser imputada única e exclusivamente
à primeira reclamada, porquanto foi esta quem não contraprestou
corretamente tais valores, bem como não descontou os valores
corretos da folha de pagamento da reclamante no momento
oportuno. E o que desde já requer.
Assim, a Caixa deve ficar diretamente responsável pelo
valor da contribuição devida pela reclamante sobre a totalidade das
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
parcelas sobre as quais o custeio não tenha ocorrido, porquanto isso

ocorreu exclusivamente por culpa - ou melhor, por dolo - do
empregador.
Ainda, sendo outro o entendimento deste respeitável

juízo, sucessivamente, no mínimo, que seja a primeira
postula,
reclamada condenada a pagar uma indenização equivalente ao futuro
prejuízo/diminuição financeira que a reclamante venha a sofrer,
diante da desconsideração, na futura complementação de sua
aposentadoria, de alguma das verbas acima descritas, com base nos
artigos 389, 404 e 927 do Código Civil Brasileiro.
ID. f7285f5 - Pág. 47
Fls.: 57
17. oAs PRoMoçõEs Pon MERECIMENTQ -

-
Em 1989 a Caixa Econômica Federal lançou um Planode

Cargos e Salários que permitia ao empregado promoções por
merecimento em
até cinco referências poriano, e uma por
antiguidade a cada dois anos.
Contudo, a simples do Plano de Cargo e Salários
leitura
de 1989 demonstra que a promoção por merecimento ficariaa cargo
da chefia de cada unidade básica da estrutura organizacional da
Caixa, com base na avaliação de desempenho de seus subordinados,
onde atribuiria níveis salariais até o limite fixado pela diretoria da
Reclamada a cada exercício.
No entanto, a Circular Normativa 022/1996 deixou de
mencionar a existência de avaliações por desempenho, retirando
também da chefia imediata a competência para conceder promoções
por merecimento. Dessa forma, em 2001 a Caixa Econômica Federal
deixou de promover as avaliações por desempenho, e por
conseguinte não concedeu as promoções por merecimento devidas ao
Reclamante, resultando na não concessão de aumentos salariais que
este fazia jus.
Ora Excelência, a Súmula n° 51 do TST estabelece que

“as (cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens
deferidas' anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos
após a revogação ou alteração do regulamento". Então, o Reclamante
não poderia ter deixado de receber a promoção por merecimento já
que fora admitido em O4 de abril de 1989.
~
O prejuízo resta tao evidente que a própria Reclamada
ao lançar o novo Plano de Cargos e Salários - PCS 2008 - concedeu
aos seus funcionários à título de compensação pelo tempo estagnado
na carreira o aumento de um nível para cada dois anos, ou fração
superior a um ano, que o empregado ficou sem promoção por
merecimento.
Imprescindível notar-se que não importa a data em que
a promoção por merecimento foi estagnada, eis que o salário é
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
parcela de trato sucessivo e o prejuízo suportado pela parte

Reclamante renova-se mensalmente quando da percepção do salário.
Dessa forma, requer a concessão das promoções por
merecimento desde a data em que foram estagnadas, com reflexos

no _cálculo das férias acrescidas de um terço, dos. décimo terceiro
salários, das horas extras pagas e não pagas, gratificações
ID. f7285f5 - Pág. 48
Fls.: 58
13.DA suPREssÃo DA VERBA DENQMINADA |=uNçÃo

CONFIANÇA (CARGO "EM COMISSÃO EFETIVO) DA BASE DE
CALCULO DA OBTENÇAO DA VERBA VP-GIP/SEM. SALÁRIO +
FUNÇÃO
O Reclamante percebia verba denominada VP-GIP/SEM.
SALARIO +, FUNÇAO,~a qual correspondia a 1/3 da somatória das
I
verbas SALARIO PADRAO e FUNÇAO CONFIANÇA.
Entretanto, a partir de novembro de 1998, o Banco

alterou a nomenclatura referente a comissão de função, que deixou
de ser FIJNÇAO CONFIANÇA e passou a ser chamada de CARGO EM
COMISSAO, EFETIVO, e, com isso, passou a considerar apenas 1/3 da
verba SALARIO PADRÃO como referência a ser paga a título de VP-
GIP/SEM. SALARIO + FUNÇÃO, ou seja, o Autor deixou de perceber o
terço da verba CARGO EM COMISSAO EFETIVO, o qual integrava a
referida parcela, só que com nomenclatura diferente.
Com isso, vem sofrendo, desde então, enorme redução

salarial, tendo em vista que a verba a título de VP-GIP/SEM. SALARIO
+ FUNÇÃO diminuiu consideravelmente, o que não é justo e
tampouco correto, uma vez que a própria denominação da verba já
esclarece que a mesma tem como base o SALARIO e a FUNÇAO, não
importando 51 sua denominação, se FUNÇAO CONFIANÇA ou CARGO
EM COMISSAO EFETIVO, eis que ambas se referem à mesma parcela
- comissão de função.
normativo da CEF - Caixa Econômica

Conforme
Federal, anexo, no tocante a remuneração de empregado, em seu
item 3 - das parcelas da remuneração mensal, subitem 3.1.4:
VANTAGEM PESSOAL - GRATIFICAÇÃO DE INCENTIVO À

PRODUTIVIDADE/GRATIFICAÇÃO SEMESTRAL - SALÁRIO-PADRÃO +
FUNÇÃO - resultante da incorporação das gratificações de incentivo à
produtividade e semestral, correspondente a 1/3 da soma dos valores de
salário-padrão, bolsa complementar de cargo, função de confiança, bolsa
complementar de função de confiança, função de confiança não efetiva e
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
complemento do salário-padrão. (grífamos).

~
Dessa é constatar a lesiva alteraçao
feita, fácil
suportada pela parte Reclamante pelo que faz jus a revisão do cálculo
concernente à verba anteriormente deferida, principalmente porque
tal pleito não pode ser atingido pela prescrição qüinqüenal, uma vez
que se trata de parcela salarial, onde o prejuízo se renova a cada
mês, sendo, portanto, de trato sucessivo.
ID. f7285f5 - Pág. 49
Fls.: 59
Tal pedido deve ser acolhido, eis que se trata de uma

alteração contratual Iesiva ao Obreiro, afrontando, dessa forma, o
Artigo n.° 468 da Consolidação das Leis do Trabalho:
“Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteraçao das respectivas
condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem,
direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da
cláusula infringente dessa garantia". i
Sobre o tema, leciona Mauricio Godinho Delgado:

Na verdade, a dificu/dade de se enquadrar o regulamento de empresa no
grupo de lei em sentido materia/ reside em sua origem e processo de criação -
uma vez que esse diploma tende a ser produzido, de maneira geral, só pela
vontade privada do empregador. Essa relevante circunstância (o
uni/ateralismo de sua origem) impede que se arrole ta/ diploma no conjunto
ç
das normas oriundas do processode negociação privada coletiva, embora não

se possa negar que seus preceitos muito se assemelham a regras gerais,
impessoais, abstratas, dirigidas à regência de situações jurídicas trabalhista
'ad futurum'. A jurisprudência, como visto, em face da origem normalmente
unilateral doregulamento empresário, tem negado a esse tipo de diploma o
caráter de fonte normativa autônoma, 'conferindo-lhe estritos efeitos de ato
de vontade unilateral'. Isso significa que os dispositivos do regulamento
empresário ingressam nos contratos individuais empregatícios como se
fossem 'cláusulas' desses contratos - que não podem, desse modo, ser
suprimidas ainda que alterado Ó regulamento. Noutras palavras, aplica-se a
tais diplomas o mesmo tipo de regra incidente sobre qua/quer 'cláusula
contratual' (art. 468, CLT).
_
Esse é, inclusive, o entendimento do Colendo Tribunal
Superior do Trabalho, conforme Súmula n.° 51. Pede-se vênia para
transcrevê-Ia:
Súmula n.° 51 - "Vantagens. As cláusulas regulamentares, que revoguem ou
alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores
admitidos após a revogação ou alteração do regulamento.
Ademais, conforme norteia o basilar princípio da

inalterabilidade contratual Iesiva, afigura-se como imperiosa a
manutenção da verba FuNçÃo coNF1ANçA/cARc-;o EM coM1ssÃo
EFETIVO como base de cálculo da parcela VP-GIP/SEM. SALÁRIO +
FUNÇÃO, requerendo, portanto, o recálculo dessa parcela desde
novembro de 1998, a fim de serem pagos ao Autor os valores dele
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
suprimidos, considerando parcelas vencidas e vincendas, com juros e

correção monetária até a data do efetivo pagamento, bem como seus
reflexos em férias acrescidas do terço constitucional, décimo terceiros
salários, horas extras pagas e não pagas, domingos e feriados (por

força da Convenção Coletiva de TrabaIho),_auxíl¡o cesta alimentação e
cesta refeição, gratificações semestrais, licenças prêmio, VP -
função/função de confiança, CT\/A (complemento temporário variável
ajuste de mercado), além do FGTS e recolhimentos para o FUNCEF,
desde já, requer.
ID. f7285f5 - Pág. 50
Fls.: 60
19.DA COMPLEMENTAÇÃO DA APOSENTADORIA - EFEITO

DECLARATORIO
O Reclamante encontra-se, atualmente, com o contrato
em vigência, e pretende futuramente aposentar-se pela Fundação dos
Economiários Federais - FUNCEF, uma vez que já vem contribuindo
há muitos anos, com esta finalidade futura.
No entanto,
já é sabido por todos os funcionários da
CEF, bem comopelo Judiciário Trabalhista, que ao calcular o benefício
denominado de complementação de aposentadoria, não são, e, logo,
não serão observadas a totalidade das parcelas salariais
habitualmente percebidas pelos funcionários, na base de cálculo de
tal benefício. Assim, pretende o reconhecimento por este Juiz, no
efeito declaratório, da correta base de cálculo da complementação de
aposentadoria a ser observada pela FUNCEF, quando da
aposentadoria do Reclamante, por esta Instituição. Senão vejamos:
A definição correta do valor complementar de sua

aposentadoria futura, deverá se dar com base nos requerimentos que
seguem abaixo.
A complementação de aposentadoria deverá
compreender os proventos acrescidos do valor da remuneração
devida ao funcionário em atividade, ou seja, em igual padrão, função
ou comissionamento, conforme explanação que segue abaixo.
Imperioso destacar que está contando com estas

parcelas a título de contraprestação pelo seu trabalho durante sua
vida profissional, não sendo justo, nem de direito que seja reduzida
sua capacidade financeira num momento futuro, quando da sua
concessão de aposentadoria.
A Constituição Federal dispõe, em seu artigo 193, que
"A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como
objetivo o bem-estar e a justiça social. ". Desta feita, não se pode
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
permitir que as Reclamadas reduzam, de forma significativa, a

qualidade de vida de seu trabalhador, quando da concessão de sua
aposentadoria.
Gize-se que o regime de previdência privada está

inserido no Título da Ordem Social, necessitando, portanto, ser
interpretado de forma sistemática com a Constituição Federal,
através dos valores da Ordem Social e da Dignidade da Pessoa
Humana.
51CD
ID. f7285f5 - Pág. 51
Fls.: 61
Evidentemente que o empregador- vem tentando

esquivar-se de cumprir sua obrigação, utilizando de denominações
diversas para contraprestar a atividade laboral do funcionário,
mantendo assim, empregados altamente qualificados. por um custo
financeiro ínfimo, invertendo os valores do trabalho humano,
objetivando apenas alto lucro com as operações financeiras.
Mais objetivamente, o que se quer demonstrar é que a
Caixa utiliza parcelas com “denominações mascaradas como forma de
contraprestar o trabalho de seus empregados, com a finalidade de
evitar, assim, o seu reflexo na contribuição para a futura
complementação de aposentadoria.
Tais considerações são importantes, pois permitem
concluir que qualquer aumento na contraprestação pelo trabalho
prestado pelo empregado deverá refletir na complementação de sua
aposentadoria, devendo o empregador suportar este valor." Senão
vejamos:
Auxíuo-ALIMENTAÇÃO
Cabe aqui, algumas considerações importantes, a Caixa
Econômica Federal estendeu o “Auxílio Alimentação" aos aposentados
'e
pensionistas através da Resolução da Diretoria - DIRRC-076/75 -,
de acordo com os termos da Instrução n° 326, de O2 de maio
de 1975.
Portanto, desde 1275 os aposentados e pensionistas da

Caixa Econômica Federal já incorporavam ao seu salário a verba
“Auxílio Alimentação", concedido por ato de liberalidade e
espontaneidade da Caixa, e conseqüentemente, agregado aos
proventos como complemento de aposentadoria.
`
Ainda, em 24 de Outubro de 1978, através de

Resolução da Diretoria -` RE DIRHU 81/78 -, a Caixa reconheceu,
expressamente, o “Auxílio Alimentação" como salário ìn natura'.
Vejamos trecho do referido documento:

Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
“evidenciando-se o cunho .re_|33_g_neratório de salário in natura; e

considerando que,. como a CEF paga a 2.3 parcela do 13.° salário, de
conformidade com a legislação em vigente, a qual determina outrossim, a
inclusão do salário in natura como parcela integrante do 13° salário, resolveu:

Autorizar o fornecimento de um talão extra, nos meses de dezembro decada
ano, para a aquisição de gêneros alimentícios a todos os empregados da
CEF, ativos e aos inativos, beneficiados com o»Auxilio›Alimentação, na
estrita conformidade do voto do Relator." (grífamos)
ID. f7285f5 - Pág. 52
Fls.: 62
A
de Outubro de 1987, a Caixa passou a pagar a
partir
referida parcela, através de folha de pagamento, juntamente com as
demais verbas, sob a titulação de “Reembolso Despesa Alimentação",
creditando o valor em espécie ao invés de fornecer cheques refeição.
O pagamento da
verba nessa forma perdurou por cinco
anos, sendo que a partir de Novembro de 1992, a Caixa suprimiu o
pagamento em pecúnia, retirando a respectiva parcela da folha de
pagamento, voltando a fornecer “tickets alimentação", cujo valor
correspondia ao que era pago no contracheque do mês anterior.
Desta forma, restou nítido o caráter salarial da verba

em epígrafe e sua respectiva integração aos proventos da parte
obreira, a qual se projetou como complemento da aposentadoria. No
entanto, em fevereiro de 1995 os tickets alimentação deixaram de
ser estendidos aos aposentados pela Instituição Reclamada.
Gize-se que as alterações contratuais unilaterais

de 1992 e 1995 colidem com o dispositivo legal do artigo 468 da
norma consolidada in verbis:
Art. 468. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteraçao das
respectivas condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que
não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de
nulidade da cláusula infringente.
Ainda, deve-se respeitar o entendimento cristalizado

nas Súmulas 51 e 288 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho, que
transcrevemos:
Súmula n.° 51.
I
- As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens
deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a
revogação ou alteração do regulamento.
Súmula n.° 288. A complementação dos proventos da aposentadoria é regida

pelas normas em vigor na data da admissão do empregado, observando-se as
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alterações posteriores desde que mais favoráveis ao beneficiário do direito.
O Tribunal Superior do Trabalho já firmou seu

em
entendimento sobre o assunto questão, através da decisão que

abaixo transcreve-se a ementa:
Ementa: RECURSO DE REVISTA. AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. APOSENTADOS E

PENSIONISTAS. CEF. Consoante a jurisprudência pacífica deste Tribunal
Superior, a norma interna, que instituiu o pagamento do benefício (auxílio-
alimentação) aos empregados jubilados, incorporou-se ao contrato de
trabalho dos funcionários da Caixa Econômica Federal, razão pela qual a
supressão unilateral pelo empregador produz efeitos apenas com relação aos
ID. f7285f5 - Pág. 53
Fls.: 63
empregados posteriormente admitidos, consoante o disposto nas Súmulas n°s

51 e 288 deste Tribunal. A matéria encontra-se atualmente sedimentada
no Precedente 250 da SDI do TST, de seguinte teor: A determinação
de supressão do pagamento de auxílio-'alimentação aos aposentados
e pensionistas da Caixa Ecorjômica Federal, oriunda do Ministério da
Fazenda, não atinge aqueles lex-empregados que já percebiam o
benefício. RECURSO DE REVISTA CONHECIDO E PROVIDO. - TRIBUNAL
SUPERIOR DO TRABALHO. 43 TURMA. PROCESSO RR N° 8334/2004-O34-12-
00-5. REL. MINISTRO ANTÔNIO JOSE DE BARROS LEVENHAGEM. PUBLICADO
No DJU Do DIA 10.03.2006. (grifâmos)
Portanto, devem ser declaradas nulas as alterações

contratuais ocorridas em novembro de 1992 e fevereiro de 1995,
respectivamente, uma vez que não se deu de forma consensual e
veio em prejuízo da Empregada, para que seja considerada na sua
futura complementação de aposentadoria a verba auxílio-
alimentação, em pecúnia, sob a denominação de “Reembolso
Despesa Alimentação" ou no minimo em tickets sob a denominação
de “tickets para a alimentação".
DOS ABONOS (ABONO SALARIAL, ABONO PECUNIÁRIO, ETC)_

'
A consideração dos abonos na base de cálculo para a

sua futura complementação de aposentadoria se justifica pelos
mesmos fundamentos supra.
Com efeito, aplica-se ao caso 0 §1° do artigo 457 da

CLT, na medida em que dispõe que os abonos pagos pelo empregador
integram o salário.
No
aspecto, interessante que se transcreva 0
entendimento do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 4a Região,
analisando especificamente a consideração dos abonos no cálculo da
complementação de aposentadoria. Vejamos:
A
oo ABoNo sALA|uA|. úN1co

Pretendem os recorrentes a reforma da decisão que indeferiu o pedido de
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
pagamento de integração do abono salarial fixo concedido pelo banco

reclamado através da convenção coletiva de trabalho dos anos de 2002/2003
e 2003/2004 para seus empregados da ativa, inclusive para os afastados por
doença, acidente do trabalho e licença maternidade. Entendem os autores
que, em face das normas regulamentares da reclamada, fazem jus à

integração do valor na complementação de aposentadoria.
O embasamento para a postulação origina-se no Protocolo da Convenção

Coletiva 2002/2003, juntada aos autos pelo autor (fl. 42) e Convenção
Coletiva 2003/2004 (fl. 84). Consta dos referidos documentos, a concessão de
um abono salarial único, a ser pago aos empregados ativos ou afastados por
doença, acidente do trabalho ou licença maternidade.
ID. f7285f5 - Pág. 54
Fls.: 64
õ<>
l
Impende concluir, portanto, que a garantia estabelecida em norma do
Regulamento do DAB deve ser observada, a fim de manter-se a
paridade salarial, independentemente do estabelecido na Convenção
Coletiva. Não porque se trate de aumento coletivo concedido ao
pessoal da ativa, mas por possuir nítida natureza salarial o abono que
nada mais é do que um auxílio monetário para fazer frente à
instabilidade econômica. (grifamos)
Em conseqüência é devido aos recorrentes em complementação de

aposentadoria, 0 abono previsto nas cláusulas 46a das Convenções
Coletivas de 2002/2003 e 2003/2004, dando-se, pois, provimento ao
recurso dos reclamantes. (grifamos)
- Tribunal Regional do Trabalho da 43 Região. Processo RO n° 00341-2004-
008-04-00-6. 63 Turma. Julgado em 30 de março de 2005 e publicado no DJ
de 13 de abril de 2005. Relatora Juíza Ana Rosa Pereira Zago Sagrilo.
ABoNo úN1co.
Inconformados com a condenação ao pagamento de diferenças de
complementação de aposentadoria relativas ao abono único previsto no
Protocolo Prévio à Convenção Coletiva de Trabalho de 2001/2002 (fl.260), os
reclamados recorrem. Reputam descabida a inclusão no valor da
complementação de aposentadoria da parcela "abono único" tendo em vista
que tal parcela, nos termos da norma coletiva que fundamenta a decisão
condenatória, é devida aos empregados ativos ou que estivessem afastados
por doença, acidente do trabalho e licença-maternidade em 31.08.2001, o
que não é o caso dos autores. Acrescentam que o pagamento dos abonos não
ocasionou aumentos coletivos ou espontâneos, e que o deferimento em tela
afrontar não só as disposições regulamentares que regem a matéria como
também o art. 1090 do CCB e o art. 5°, II, da CF/88.
Sem razão.
Como registrado no item anterior deste julgado, os reclamantes não

trouxeram as normas coletivas indicadas na petição inicial, o que deveriam ter
feito nos termos do parágrafo único do art. 872 da CLT, porquanto era seu o
ônus de comprovar a veracidade de suas alegações, na forma dos arts. 818
da CLT e 333, I, do CPC.
De qualquer sorte, a partir da análise de diversos processos

envolvendo a mesma matéria e o mesmo Banco-reclamado, tem esta
Turma Julgadora, a par de respeitáveis posicionamentos em sentido
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
contrário, firmado entendimento de que o abono único ê devido

também aos ex-empregados aposentados, por se tratar, na verdade,
de aumento geral para toda a categoria pago de uma só vez mediante
tributação para outros encargos sociais e previdenciários. Tal

entendimento fundamenta-se no fato de que não há motivo para
conceder abono único ao pessoal da ativa, a não ser para repor
perdas salariais ou sob a forma de reajuste indireto, ainda que sem
incorporação definitiva. Tanto é assim, que inclui os afastados por
interrupção do contrato de trabalho (doença, acidente do trabalho e
licença-maternidade), o que demonstra por si só a desvinculação da
parcela em relação à prestação laboral imediata, reforçando a
identidade de um aumento remuneratório disfarçado sob a
nomenclatura de "abono". (grifamos)
55
-
@>
ID. f7285f5 - Pág. 55
Fls.: 65
Sobre a matéria,.oportuno transcrever trecho da._fundazme-ntação de acórdão

da_lavra do .E×m° Juiz Leonardo Meurer Brasil, exarado no processo RO
01317-2003-023-04-00-6, julgado pelo Colegiado em 07.10.2004 e publicado
no_ DJ de 27.10.2004: 'fDe acordo com os fatos e provas trazidas aos autos,
tem-se como incontroversa a concessão de um abono único na vigência da
Convenção Coletiva de Trabalho nos- períodos de 2001/2002 (fl. 30) e de
2002/2003 (fl. 69). Diante desses fatos e da exegese das normas antes
transcritas, entende-se que Ao autor faz jus ao percebimento de tais abonos.
Conquanto, haja estipulação na convenção coletiva acerca do
pagamento do abono aos empregados ativos, o artigo 2° do referido
regulamento incluiu os abonos entre as parcelas componentes da
complementação dos proventos de aposentadoria.~ Acresçia-se, ainda,
que é pacífica a natureza salarial da parcela denominada abono."
(grifamos)
Assim também se posiciona a la Turma deste Tribunal, como se observa do

acórdão da lavra do E×m° Juiz Ricardo Hofmeister de Almeida Martins Costa,
proferido no processo RO 00959-2002-020-04-00-8, julgado em 26.01.2005 e
publicado no DJ de 04.02.2005, cuja ementa pede-se vênia para transcrever:
"DIFERENÇAS DE COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA/ ABONO
ÚNICO. Hipótese em 'que' o abono configura vantagem remuneratória
de caráter geral concedida aos empregados do banco, inexistindo
motivo para que tal benefício não seja estendido aos aposentados,
principalmente pela leitura do art. 12 do Regulamento do
Departamento de Aposentadoria e Benefícios (DAB), que estende aos
inativos os aumentos e reajustes salariais concedidos aos
empregados da ativa. Recurso desprovido".(grifamos)
Nega-se, pois provimento ao recurso ordinário dos reclamados.
- Tribunal Regional do Trabalho da 43 Região. Processo RO n° 01106-2002-

005-04-00-0. 5a Turma. Julgado em 17 de março de 2005 e publicado no DJ
de 08 de abril de 2005. Relatora Juíza Tânia Maciel de Souza.
~
Pelo exposto, .devida a integraçao das verbas pagas sob
as rubricas de abonos na base de cálculo da futura complementação
de aposentadoria, por tratarem-se de aumentos salariais disfarçados.
FUNÇÃO DE CONEIANÇA/CARGO COMISSIONADO EFETIVO/CARGO

COMISSIONADO NAO EFETIVO
Recebeu valor, mensal e habitualmente, sob
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
a
denominação de “função de confiança", posteriormente alterada a
nomenclatura para “cargo comissionado efetivo" ou “cargo
comissionado não efetivo", valores estes que sendo contraprestação
pelo trabalho prestado, deve_rão ser considerados pela Caixa na base

de cálculo da futura complementação de aposentadoria.
Nesta senda, cabe referir o disposto no artigo 457, §1°,

da CLT, in verbis.'
`
ID. f7285f5 - Pág. 56
Fls.: 66

l
i
Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os

efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador,
como contraprestação do serviço, as gorjetas que recebe.
§ 1°. Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as
comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e
abonos pagos pelo empregador.
Vejamos, ainda, o posicionamento do E. TRT da 45

Região acerca da matéria:
Ementa: COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. Diferenças resultantes da
inclusão, na base de cálculo, da parcela “função de confiança de assistente técnico
1". Inclusão nos proventos referentes à aposentadoria de parcela
caracterizada como aumento salarial disfarçado. (grífamos)
- Tribunal
Regional do Trabalho da 45 Região. Sa Turma. Processo RO n°
96.005792-7. Rel. Juiz Fernando Krieg da Fonseca. Publicado no DJU do dia
27.10.1997.
Ementa: ...dar provimento parcial ao recurso ordinário do reclamante para
condenar as reclamadas ao pagamento de diferenças de complementação de
aposentadoria pela consideração da vantagem gerencial, e prêmio por
desempenho gerencial, em parcelas vencidas e vincendas em valores a serem
apurados em liquidação de sentença.
- Tribunal Regional do Trabalho da 43 Região. Sa Turma. Processo RO n°
O0222.373/98-9. Rel. Juiz Carlos Alberto Robinson. Publicado no DJU do dia
07.05.2001.
~
Assim, devida a sua integraçao na futura
complementação de aposentadoria por tratar-se de aumento salarial
disfarçado, uma vez que tem a finalidade de recompensar a
empregada pelo exercício de um cargo mais técnico, e, inclusive, pela
habitualidade do pagamento.
COMPLEMENTO TEMPORÁRIO VARIÁVEL DE AJUSTE DE MERCADO -

CTVA
Recebeu a parte Reclamante valores mensais e
habituais sob a denominação de complemento temporário variável
ajuste de mercado - CTVA, valores estes que deverão ser
considerados pela Caixa na base de cálculo da futura
complementação de aposentadoria.
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Inequívoca a natureza salarial de referidas verbas,

que resta claro pela leitura do art. 457 da CLT, já mencionado. m~Oo
posicionamento do E. TRT da 4a Região acerca da matéria também

o mesmo:
~
COMPLEMENTAÇAO DE APOSENTADORIA. Diferenças resultantes da inclusão,
na base de cálculo, da parcela “função de confiança de assistente técnico 1".
Inclusão nos proventos referentes à aposentadoria de parcela
caracterizada como aumento salarial disfarçado. (grífamos)
- Tribunal Regional do Trabalho da 43 Região. 53 Turma. Processo RO n°
96.005792-7. Rel. Juiz Fernando Krieg da Fonseca. Publicado no DJU do dia

27.10.1997.
ID. f7285f5 - Pág. 57
Fls.: 67
(...) dar provimento parcial ao recurso ordinário do reclamante para condenar

.
.
as reclamadas. ao pagamento _de diferenças de complementação de
aposentadoria pela consideração da vantagem gerencial, e prêmio por
desempenho gerencial, em parcelas vencidas e vincendas em valores a serem
apurados em liquidação de sentença.
- Tribunal Regional do Trabalho da 45 Região. 55 Turma. Processo RO n°
O0222.373/98-9. Rel. Juiz Carlos Alberto Robinson. Publicado no DJU do dia

07.05.2001.
Importa salientar que a própria CEF trata a verba

denominada de CTVA como sendo de natureza salarial, pois serve de
base de cálculo para FGTS e para as parcelas devidas à Previdência
Oficial.
Dessa forma, e a fim de se evitar tautologia, reporta-se

'
'
aos termos dos itens abordados acima no que se referem às

diferenças da verba CTVA e de sua integração e futura incorporação,
as quais, adimplidas, em parcelas vencidas e vincendas, deverão
também ser consideradas para fins de cálculo da complementação de
aposentadoria. ›
~
Assim, devida a sua integraçao na futura
complementação de aposentadoria, uma vez que tem a finalidade de
V
recompensar a parte Reclamante pelo exercício de um cargo mais

técnico e, inclusive, pela habitualidade do pagamento.
Ressalta-se, por oportuno, que aparte Reclamante

aderiu ao Novo, Plano da FUNCEF, que já considera o CTVA para fins
l
de base de cálculo da futura complementação de aposentadoria, fato

inequivocamente, a natureza salarial da
gue,,,,al,i,ás_,_,Wçlemonstraj,
parcela. Entretanto, esta verba não foi considerada quando estava
vinculada ao Plano de Benefícios REG/REPLAN. Assim, oque se- busca
é ogpagamento dasidiferenças pela não consideração da verba^CT\/A
naquele momento. E o que desde já requer. ,
HORAS EXTRAS HABITUAIS

As horas extras foram prestadas com habitualidade,
tendo, em conseqüência, caráter salarial, razão pela qual devem
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
incorporar ao contrato de trabalho e complementar a sua

aposentadoria.
Neste sentido já se manifestou o Colendo Tribunal

Superior do Trabalho. Senão vejamos: _
Súmula 45: A remuneração do serviço suplementar, habitualmente prestado,

integra o cálculo da gratificação natalina prevista na Lei n'.° 4.090 de 1962.
Súmula 115: O -valor das horas extras habituais integra a remuneração do
trabalhador para o cálculo das gratificações semestrais.
Súmula 172: Computa-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras
habitualmente prestadas.
ID. f7285f5 - Pág. 58
Fls.: 68
Orientação Jurisprudencial 89: O valor das horas extras habitualmente

prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas, independente da
limitação prevista no caput do art. 59, da CLT.
Como se verifica, em todos os casos acima resta como

certo que as horas extras habituais integram o salário para todos os
efeitos legais.
Ainda, cabe descrever a jurisprudência deste Egrégio

Tribunal Regional do Trabalho, in verbis:
Ementa: coMP1.EMENTAçÃo os APOSENTADORIA. É devida

complementação de aposentadoria ao reclamante, em face do
deferimento de horas extras durante a contratualidade, as quais não
foram computadas para o cálculo do benefício.
- Tribunal Regional do Trabalho da 43 Região. 53 Turma. Processo RO n° 95.001337-4.
Rel. Juiz Dirson Solano Dornelles. Publicado no DJU do dia 22.01.1996. (grifamos)
"(---)
COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA, INTEGRAÇÃO DAS HORAS EXTRAS,
AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO E “TODO E QUALQUER ABONO" PAGO PELA CEF NO
Peníooo 1MPREscR1To.
(---)
No que tange às horas extras, irreparável a decisão proposta em sentença,
cujos fundamentos ora se adotam como razões de decidir: "Não há, pois,
como fugir à evidência de que o adiciona/ de horas extras, desde que pago
com habitua/idade, implica que aquele trabalhador, habitualmente, /abora em
condições desvantajosas e, por isso, percebe o adicional correspondente,
constituem a própria contraprestação pecuniária, estando intrinsecamente
ligada ao denominado salário - padrão. Integra, sem nenhuma sombra de
dúvida a remuneração do obreiro para todo o qua/quer fim de Direito. Ora,
dentre as parcelas referidas como integrantes do salário de contribuição está
o salário padrão. Qual seria o fundamento jurídico ou a autorização legislativa
para entender que o salário padrão refere-se apenas a contraprestação das
horas laboradas até o limite legal se, no caso concreto, resta provado que a
autora era obrigada a laborar bem além deste limite?"
Assim, considerando que as horas extras integram o salário padrão, são
devidas em complementação de aposentadoria.
(-~-)"
Tribunal Regional do Trabalho da 4a Regnião -
Acórdão n° OO755-2001-741-
04-O0-4 RO - Recorrentes CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF E FUNDAÇÃO
-
DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS - FUNCEF e Recorridos OS MESMOS E

JANETE AGOSTINI, da 83 Turma, Relatora Dra. Maria Helena Mallmann
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Sulzbach, public. em 24.07.2003.
Outro aspecto que deve ser salientado relativamente a

tema é o fato de que o Regulamento dos Planos de Benefícios da
este
FUNCEF conceitua o salário de contribuição como “a gemgneragão
do associado sobre a qual incidirá con_tr.i.b.u.iç.ã.o .social para a
FUNCEF". No entanto até a edição da norma de serviço n° 001
de 1994, as horas extras eram computadas para fins de
complementação de aposentadoria, e, a partir de 01 de dezembro
de 1993, com a edição “ardiIlosa" de referida norma de serviço, as
horas extras foram excluídas da composição da remuneração mensal,
para efeito de concessão de benefícios.
ID. f7285f5 - Pág. 59
Fls.: 69
Portanto, é notório e inquestionável que as reclamadas

reconheciam o caráter salarial das horas extras e as consideravam
para fins de complementação de aposentadoria.
~
Logo, a alteração contratual ocorrida, com a ediçao da
norma de serviço 001 de 1994, veio em prejuízo do empregado, pois
arbitrariamente e unilateralmente suprimiu parcela nitidamente
salarial da base de cálculo do salário de contribuição para a FUNCEF.
Sequer foi questionado ao Autor se aceitava ou não tal alteração
contratual à época, mas de qualquer sorte, mesmo que tivesse
havido tal anuência a mesma não teria validade posto que os
I
~ ~ I
sao irrenunciaveis e qualquer alteraçao

1
direitos trabalhistas
contratual lesiva ao empregado, deve ser declarada nula, nos termos
do disposto no artigo 468 da CLT.
Ressalta-se que o Autor já contribuía para a FUNCEF

desde a sua admissão, em 1989. Assim, não pode ser prejudicado por
alteração regulamentar posterior que diminua direitos ou vantagens
até então vigentes. Não é outro o sentido da súmula n° 51 do TST,
que se transcreve abaixo e deve ser aplicada no presente caso:
Norma regulamentar. Vantagens e opção pelo novo regulamento. Art. 468 da
CLT - I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens
deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a
revogação ou alteração do regulamento. (grifamos)
~
Sobre este ponto, já há decisao do egrégio Tribunal
Regional do Trabalho da 4a Região, em acórdão que foi confirmado
em decisão de'Agravo de Instrumento em Recurso de Revista pelo C.
TST, datada de 05.02.2010, que se transcreve:
(...) COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. Pretende o autor obter o

pagamento de diferenças de complementação de aposentadoria, porque na
composição do cálculo vem auferindo proventos em valores inferiores aos
devidos, não computadas sequer as horas extras prestadas, embora com
caráter habitual. Pede que a responsabilidade pelo pagamento não seja
restrita à primeira ré, devendo ser imposta igualmente à FUNCEF. Com razão.
O Regulamento dos Planos de Benefícios da FUNCEF conceitua o salário de
contribuição como "a remuneração do associado sobre a qual .incidirá
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
contribuição social para a FUNCEF" (fl. 562). A norma de serviço n° 001/94

(fl. 602) excluiu, a partir de 1° de dezembro de 1993 as horas suplementares
da composição da remuneração mensal, para efeito de concessão de
benefícios. Se anteriormente a essa data as horas extras eram computáveis,

para fins de complementação de aposentadoria e considerada a admissão do
reclamante em 1977, anteriormente à edição da norma interna que restringiu
o direito, incide a regra da Súmula n° 51 do TST, assegurando ao autor as
diferenças de complementação de aposentadoria: "As cláusulas
regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas
anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou
alteração do regulamento”. Dou provimento ao recurso adesivo, para acrescer
à condenação o pagamento de diferenças de complementação de
aposentadoria, pelo cômputo das horas extras habituais. '
60
ID. f7285f5 - Pág. 60
Fls.: 70
-
Tribunal Regional do Trabalho da 4a Região. 83 Turma. Processo RO n°
01282-2004-771-O4-OO-7. Rel. Juiz Carlos Alberto Robinson. Publicado no
DJU do dia 13.12.2005. (grifamos)
Nesta senda, cabe ao Poder Judiciário corrigir

injustiças,sendo o que se espera no caso em tela, uma vez que foi o
empregador que se omitiu de cumprir sua obrigação principal, não
sendo justo beneficiar-se com seu ato ilícito.
Assim, deve ser declarada nula a alteração contratual

lesivaacima denunciada, e, deve ser considerada as horas extras na
base de cálculo da complementação de aposentadoria, pelos motivos
acima expostos.
Conclusão:
Por todo o exposto, cabe ao Poder Judiciário evitar

injustiças, sendo o que se espera no caso em tela.
Portanto, em decorrência da natureza alimentar, da

habitualidade, do pagamento a título de contraprestação pelo
trabalho prestado e, principalmente, à luz do Princípio da Vedação do
Retrocesso Social, postula que além das verbas já previstas para a
sua futura complementação de aposentadoria, também seja
determinado por este Juiz, no efeito declaratório/mandamental que
sejam consideradas as verbas denominadas de auxílio-alimentação
(em pecúnia-“reembolso despesa alimentação" ou, no mínimo, em
tickets - "tickets para a alimentação") e abonos (abono salarial,
abono pecuniário, etc), as verbas denominadas de “Função de
Conflança" (posteriormente alterada para "Cargo Comissíonado
Efetivo” ou "Cargo Comissíonado Não Efetivo"), CTVA (complemento
temporário variável ajuste de mercado), como também décima
terceira cesta alimentação, adicional de penosidade, diferença de
mercado/porte, vp-gip/sem. salário + função, promoções por
merecimento, adicional de transferência, e, ainda, os valores
postulados pelas horas extras prestadas com habitualidade, em
parcelas vincendas.
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Por fim, requer sejam os Reclamados condenados

solidariamente, ou, no mínimo subsidiariamente, em relação ao
pedido de complementação de aposentadoria, em virtude da Segunda

Reclamada - FUNCEF - depender da Primeira Reclamada - CEF -,
estando ambas vinculadas a uma mesma obrigação contratual, uma
vez que a criação da Segunda Reclamada destina-se a viabilizar o
pagamento de complementação de aposentadoria aos ex-empregados
da Primeira Reclamada, complementação esta assegurada
unicamente por força dos contratos de trabalho firmados com Caixa
Econômica Federal.
ID. f7285f5 - Pág. 61
Fls.: 71

_ _ ________ ______ _ __ _ _
‹
Diante do exposto, requer seja declarada a observância

e integração das parcelas acima referidas no cálculo do benefício
futuro, denominado de complementação de aposentadoria do Autor.
2o. nos |=RuTos PERCEBIDÓS NA Posse DE MÁ-FÉ

A narrativa acima, dando conta da realidade fática
ocorrida (a qual restará cabalmente comprovada), evidencia que o
Banco, intencional e sistematicamente, deixou de pagar verbas
salariais.
Por esse ato, encontra-se na posse de tais verbas,

cientede sua irregularidade, uma vez que nosso ordenamento
jurídico é cristalino na definição dos direitos trabalhistas e ante a
ordem do artigo 39 da LICC: “Ninguém se escusa de cumprir a lei,
alegando que não a conhece".
Sabedora da irregularidade de referida posse,
caracterizada a parte reclamada como possuidora de má-fé, pois,
conforme Roberto Mattoso Camara Filho, “a má-fé é estado de
scientia, diz Pontes de Miranda, de modo que está de boa'-fé quem,
`por ter adquirido posse conhece a causa possessionis e ignora que
ela não fosse suficiente à aquisição iusta'. Então, ò que ignora que
adquiriuviolentamente ou clandestinamente, ou precariamente, crê
que adquiriu sem vício, e.g., pela ocupação da coisa adéspota'”.5
Pretende o recebimento dos frutos que o reclamado
auferiu pela posse de má-fé, uma vez que este, não pagando os
direitos oportunamente, pôde usar o dinheiro para emprestar a
terceiros, no mercado financeiro, auferindo notória vantagem.
Entende que essa verba deve incidir a partir do

inadimplemento de cada uma das parcelas.
Referida verba há de ser deferida a partir das

diferenças entre as taxas praticadas pelo banco aos empréstimos que
concede a pessoas físicas, usuários, tanto em financiamentos como
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
em razão dos saldos por contrato de abertura de crédito em contas

correntes e as taxas com que remunera este mesmo capital, tomado
em empréstimo de poupadores, a qual corresponde, deduzidos todos
os custos operacionais, em média, a 4,66% (quatro virgula sessenta

e seis -por cento) ao' mês.
5
CAMARA FILHO, Roberto Matoso - Posse e ações possessórias - Rio de Janeiro - Forense - 1998
- página 92.
62
ID. f7285f5 - Pág. 62
Fls.: 72
Nesse sentido, doutrina Tito Fugêncio: “A

responsabilidade, ou se trate de frutos colhidos ou percebidos ou dos
que eram de ser percebidos e por culpa não o foram, data do
momento em que Q possuidor se constitui de má-fé”.6
O
pedido tem por fundamento que a ninguém é lícito
tirar proveito da própria torpeza. O Banco, não pagando os direitos
devidos Í está tirando vantagem dos empréstimos que faz do dinheiro
~
que, como demonstrado, ja nao lhe pertence.
1
Estruturando solidamente a presente tese, enraizado no

artigo 114 da Constituição Federal, prevê o artigo 1.216 do Código
Civil, subsidiariamente aplicável por força do artigo 89, parágrafo
único, da CLT, que “o possuidor de má-fé responde por todos os
frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa
sua, deixou de perceber, desde o momento em que se
constituiu de má-fé".
Insta ressaltar que, independente de ter ou não colhido

tais frutos, por determinação legal e considerando sua atividade, o
Banco está efetivamente obrigado a entregá-los a quem Iesou, ou
seja, sua responsabilidade é objetiva.
Não se trata de simplesmente atualizar o crédito

trabalhista, pois essa atualização é ditada através de lei própria, bem
como a incidência de juros, mas sim de deferir verba que repare o
mau vezo de usar de dinheiro alheio para angariar proveito próprio,
pois se apossou, consciente e sistematicamente, de verbas salariais
devidas por lei. Assim, a devolução dos frutos percebidos na posse de
má-fé, tem como escopo garantir a validade do artigo 1.216 do
Código Civil e coibir essa prática, ilegal e injusta, de sonegar salários.
Transcreve-se ementa e parte do brilhante acórdão do

Relator Juiz Valdir de Andrade Jobim, no RO 93.014306.0, da 4.a
Turma, do Egrégio TRT da 4.a Região, contida na Revista de
Jurisprudência Trabalhista de maio de 1995, págs. 67, 72 e 73, a qual
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
pode ser utilizada analogamente:

“BANCOS - INDENIZAÇÃO MONETÁRIA” “Sendo o dinheiro não alcançado
ao empregado, como contraprestação do seu trabalho, produto gerador de
lucros significativos para as instituições financeiras, é razoável a

condenação ao pagamento de uma indenização monetária
correspondente aos ganhos auferidos pelo reclamado, enquanto
inadimplente nas suas obrigações decorrentes do pacto laboral. Recurso do
reclamado a que se nega provimento." (grifamos)
ô
FUGÊNCIO, Tito - Da posse e das ações possessórias - Rio de Janeiro - Forense - 1997 - página
175.
_ Wez ›¬-*_ _____ __ _ _ ____ __¡

ID. f7285f5 - Pág. 63
Fls.: 73
'
›
Transcreve-se trecho importante da lavra do Relator:

"
O recorrente é uma instituição financeira que atua no mercado captando
dinheiro de terceiros e emprestando-o a outros. O lucro destas operações é
evidente, se considerarmos as diferenças entre as taxas de remuneração do
dinheiro captado e as cobradas pelo produto emprestado. Induvidosamente, é
estimulante às instituições financeiras que praticam estes tipos de operação
de crédito o inadimplemento de suas obrigações pecuniárias, decorrentes do
contrato de trabalho."
Enquanto permanece in~e com seu empreq_a_do, lucra
extraordinariamente, na megjgg em que estes recurggs acabam
emprestados a terceiros ao gzgçç-vg pra ticado no mercado."
“O autor, com perspicácia, bem colacionou aos autos trechos do discurso de
posse do insigne Ministro MARCELO PIMENTEL como Presidente do Tribunal
Superior do Trabalho. Pelos reflexos decorrentes deste importante
pronunciamento, que bem reflete o entendimento deste Relator, é que se
transcreve aquelas palavras para, expressamente, integrarem o texto deste
acórdão: .
À Justiça Trabalhista deveria aplicar juros de mercado sobre os montantes

questionados judicialmente pelos trabalhadores.' `.... que a legislação
trabalhista está bastante defasada, e que isto vem acarretando acúmulo de
processos, porque os empregados, com muita razão, se sentem lesados em
seus direitos.' `... quando os proventos de um empregado forem questionados
judicialmente, os empregadores deveriam ser obrigados a depositar, em
dobro, a quantia em discussão. Sobre este valor, ao invés de incidirem juros
de apenas 6%, fixados em lei há meio século, deveriam pesar juros de
mercado.' `Há 50 anos, cobrar juros de 12% era crime, usura. Hoje, o próprio
Governo o faz e autoriza a cobrança de mais de 40% para financiar até
alimentos. `Juros, lucros ou perdas e correção monetária confundem-se na
'
prática e só se distinguem na retórica oficial dos números que sustentam

determinada política econômica (Zero Hora, 22.12.1986, pág. 38).
“Há uma inversão evidente de valores, onde o capital e o lucro
g
representam maior valor na sociedade atual do que o trabalho em

sentido estrito. A correção desta inversão de valores, repugnável à
sensibilidade das relações humanas e à sociedade organizada para o
bem-estar do próprio homem, passa pela determinação do
reequilíbrio entre as forças produtivas da riqueza e concomitante
justiça aplicada às relações de capital e trabalho. "Impõe-se,
sobremaneira, a confirmação da sentença atacada." (grifamos)
Com
a mesma sabedoria transcreve-se mais um
brilhante trechodo acórdão de número 20050653398, do Relator Juiz
Sergio Winnik, no processo n° 01190200301502001 da 153 Vara do
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Trabalho de São Paulo, SP.

“A decisão de origem merece confirmação. Com efeito, tratando-se de
instituição bancária, é razoável a aplicação da pena pecuniária correspondente
aos lucros auferidos com a inadimplência, na medida em que há um desnível

extraordinário entre o que se paga ao reclamante pela inadimplência e os
ganhos obtidos com os empréstimos aos preços praticados no mercado.
Conforme bem leciona o eminente juiz Valdir de Andrade Jobim, do E. TRT da
4a Região, no acórdão citado pelo autor, "há uma inversão evidente de
valores, repugnável à sensibilidade das relações humanas e à sociedade
organizada para o bem estar do próprio homem, passa pela determinação do
reequilíbrio entre as forças produtivas da riqueza e concomitante justiça
aplicada às relações de capital e trabalho"". (apud fls.12) (grifamos)
64
ID. f7285f5 - Pág. 64
Fls.: 74
Transcrevemos também parte da brilhante sentença

prolatada pela Juíza Carmen Gonzalez, no processo O0264.002/97-O,
da 2a Junta de Conciliação e Julgamento de Porto Alegre, RS.
“Procede a pretensão do demandante. A divergência da atualização referente

aos débitos trabalhistas e os juros praticados pelas instituições financeiras é
notória, de qualquer forma, restou demonstrada no laudo contábil (fl. 128,
quesitos 16 e17). Assim, o Juízo adota o mesmo posicionamento da 4° Turma
do TRT da 4a Região (Acórdão 93.014306-O), citado pelo autor (fls. 13-14),
reconhecendo que o fato do empregador obter lucros no mercado sonegando
valores devidos aos seus empregados, estimula a inadimplência.
Por conseguinte, é devida no valor equivalente ao percentual auferido pelo
demandado pelo não pagamento dos valores devidos ao reclamante,
observando as taxas de mercado (fixadas em índices equivalente aos
percentuais de juros atribuídos aos contratos com pessoas físicas de “cheque
especial" praticados pelo Banco demandado), no período entre a exigibilidade
da parcela e o transito em julgado da reclamatória". (grifamos)
~
Conforme mais um brilhante entendimento do Egrégio

TRT da 023 Região, transcrevemos trecho do acórdão de
número 20070665022, do Relator Ricardo Artur Costa e Trigueiros,
da 43 Turma.
"In casu, entendo não haver incompatibilidade do instituto invocado pelo
autor com o processo do trabalho. É que em se tratando a empresa Ré, de
instituição financeira, faz do dinheiro negado aos empregados matéria prima
para a ampliação de seus ganhos, obtidos mediante empréstimo ao mercado
sob juros alentados, produzindo-se grave distorção, colocando em segundo
plano as verbas trabalhistas vindicadas que por sua natureza alimentar estão
atreladas às necessidades de sustento e sobrevivência. Daí porque na
situação específica dos autos cabe a indenização por perdas e danos
pretendida, com aplicação subsidiária do artigo 402 do Código Civil,
autorizada pelo artigo 769 da CLT".
Também comunga com este pedido o Meritíssimo Juízo,

da 33 Vara do Trabalho de Jundiaí, SP, Dr. Jorge Luiz Souto Maior,
que assim se manifestou na sentença do processo de n.°367/2002-5,
que Cristina Aparecida Spósito Zanichelli move ao Banco do Estado
de São Paulo S/A - Banespa, Banco Santander Brasil S/A e Banco
Santander S/A:
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
“tem razão a reclamante.

O procedimento dos reclamados, ao não pagarem à reclamante seus direitos
trabalhistas, proporcionou-lhes um enriquecimento sem causa, na medida em
que se serviu do dinheiro, que seria utilizado no pagamento do crédito
trabalhista, para efetuar empréstimos pessoais, mediante o recebimento de

juros bem acima dos limites legais
O fundamento jurídico para esta indenização está na própria base do direito
de que ninguém pode se beneficiar da própria torpeza. Não é da lógica do
direito permitir que uma pessoa se enriqueça, impunemente, à custa do
desrespeito ao direito de outra pessoa.
Assim, condenam-se os reclamados a pagarem à reclamante uma indenização
equivalente a 20% sobre o valor atualizado do montante total da condenação
desta recIamação".
ID. f7285f5 - Pág. 65
Fls.: 75
~ A ~
Nao é diferente no ambito da discussao judicial, pois o
Banco, ao tempo em que se utiliza de todas as formas disponíveis de
insurgência, tanto na fase de conhecimento como na de execução do
crédito emanante do processo I lucra Í e muito, nesse ínterim, com a
~
utiiizaçao do numerario do bancario.
I I
A
Assim, o Judiciário como um todo, passa a fazer parte

do método utilizado pelo Bancc, de Dostergar o máximo possível o
,
desfecho da lide, até a exaustão, para que consiga, dessa forma

espúria, angariar tantos dividendos de tal recurso, 'que possivelmente
passe a não representar mais nada em termos de custos para seus
cofres.
Nesta linha, o Douto Juiz da 38.5 Vara do Trabalho da 2ë

Região, Dr. Paulo Eduardo Vieira de Oliveira, expendeu sentença em
18 de fevereiro de 2002, no processo n.° 81/2002, que Aparecido do
Carmo Martins move ao Banco do Estado de São Paulo S/A e Banco
Santander S/A., asseverando:
`
Efetivamente os bancos têm se utilizado de forma inescrupulosa do

mercado financeiro para auferir maiores lucros, o que facilmente observado
pela análise dos balanços anuais que a cada ano lucros maiores que o
anterior.
` '
Enquanto isso e ao mesmo tempo, se negam a pagar direitos trabalhistas

básicos, como horas extras, aos empregados que a ele se dedicam por anos e
anos.
Assim, para que se restabeleça o equilíbrio entre as partes e para que ao
menos durante um espaço de tempo se faça justiça, é justa a condenação da
reclamadavao pagamento de uma indenização que minore os efeitos do não
pagamento das verbas devidas ao autor à época própria e ao mesmo tempo
sirva de “estímulo” para que tal pagamento passe a ser feito daqui por diante.
Já é fadiga ter de buSCar na Justiça, osdireitos que

deveriam ser voluntariamente reconhecidos no curso da relação de
emprego, e penoso em situações em que a prescrição ceifa parte
desses direitos. Temos ainda que considerar o tempo que, não
obstante olvidados esforços do Poder Judiciário para reduzi-lo,
continua em patamar constrangedor. Mas, de todas essas realidades
se beneficia aquele que deixou de pagar, e, durante todo esse
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
período- qual seja entre a prestação do serviço e a-efetiva paga do

direito - obtém lucro. Portanto, a menos que os dignos Magistrados
Trabalhistas passem a acolher pleitos como este ou apliquem pesadas
penas à escancarada litigância de má-fé, o quadro jazerá imutável.
ID. f7285f5 - Pág. 66
Fls.: 76
af
~
Por todo o exposto, reclama a devoluçao dos frutos
financeiros gerados pela posse de má-fé, levando em conta para sua
aferição, a aplicação do percentual liquido, de 4,66 %, (quatro vírgula
sessenta e seis por cento) ao mês, a partir da data da constituição de
cada uma das parcelas deferidas na presente ação, ou, no mínimo, a
partir do aforamento da presente ação e até sua liquidação, se esse
for o entendimento de Vossa Excelência. Salienta que o percentual
que reclama, é extraído da média do lucro líquido obtido pelas
instituições financeiras nos empréstimos pessoais concedidos às
pessoas físicas.
Importa esclarecer que este pedido não se confunde e

nem é sucessivo á aplicação dos juros legais e legislação consolidada
(Lei 8.177/91).
Entretanto, caso Vossa Excelência entenda de fixar

outro parâmetro para a condenação do item em apreço, requer leve
em consideração, que não se trata de permitir ao devedor a forma
menos onerosa de satisfazer sua obrigação, mas sim, de devolver ao
lesado que é, no fim das contas o verdadeiro titular da soma
sonegada, a expectativa de sucesso naquilo que (sem ter dado
causa) foi frustrado realizar.
21. DOS ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS
As diversas lesões aos direitos importaram em outra

lesão,qual seja o acúmulo dos créditos ora pleiteados, com o
pagamento devendo ocorrer em uma única oportunidade.
Quanto aos encargos previdenciários, a Instituição

Reclamada é a responsável pelo inadimplemento desta obrigação
_
social, foi ela quem não pagou, quem não tomou as providências
legais na época oportuna. A retenção salarial dos encargos
previdenciários só é possível na época própria do recolhimento.
Portanto, a falta de recolhimento oportuno alforria o empregado.
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Assim, nos termos do artigo 33, § 5°, parte final, da Lei

n.° 8.212/91, o empregador deve ficar diretamente responsável pelo
valor da contribuição previdenciária que não reteve de modo
oportuno e regular.
Quanto ao ônus do encargo do Imposto de Renda,

aplica-se,claramente, o princípio da irredutibilidade salarial,
assegurado no artigo 7°, inciso VI, da Constituição Federal.
ID. f7285f5 - Pág. 67
Fls.: 77
. Tivessem sido feitos os recolhimentos mês a mês, por

certo a faixa de contribuição seria a isenta, ou então, -a mínima. No
entanto, a incidência do encargo pela soma globalizadadas parcelas
da ação, ou, em outras palavras, pelo volume pecuniário total das
parcelas da ação, provoca a incidência de modo progressivo,
alcançando a faixa mais elevada de contribuição.
Não pode imperar tese contrária, sob a argumentação

que este desconto está previsto em lei, pois esta norma revestida de
hierarquia de lei ordinária não tem o condão de afastar princípio
constitucional. Além disso, não é justo que seja repassado ao
trabalhador o efeito da inadimplência de seu empregador.
Por cautela, sendo eventualmente atribuída a

responsabilidade de retenção deste encargo fiscal, imposto de renda,
requer que este montante seja acrescido no valor final da
condenação, a título de indenização, ou que sua incidênciase dê
apenas em relação aos valores mensais, ou seja, individualizados, de
sorte a .corresponder ao quantum que deveria ter sido auferido
mensalmente, responsabilizando o Banco pelas diferenças que «o
acúmulo ocasionou. _
Neste sentido posiciona-se a jurisprudência:

EMENTA; ...INDENIZAÇÃO Do 1M_PosTo.DE RENDA - evidencia-sedano
ao empreqado, indenizável ggjprma dos arts. 159 e 1059 do Códiq_9_
Civil, na retenção fiscal incide_u_te sobre o total do crédito trabaIhista,_
o que decorre das infrações cometidas pelo empreqador." (grífamos)
- Tribunal Regional do Trabalho da 43 Região. Processo RO
n° 01047561/97-2. Rel Juiz José Cesario Figueiredo Teixeira. Publicado no DO
de 07.02.2000.
EMENTA: DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. Sendo nulo o
contrato de trabalho, não se cogita de descontos previdenciários. Quanto aos
descontos fiscais, não devem §_g_r autorizados,__po'is a incidência do
imposto de renda decorre ú_|3_jca e exclusivamente da mora do
empregador. (grífamos) - Tribunal Regional do Trabalho da 43 Região.
Processo RO n° 01387291/96-3. Relatora Juíza Ione Salin Gonçalves.
Publicado no DO de 25.10.1999.
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Ainda, no que diz respeito ao pedido de que as

contribuições se deem mês a mês observando-se as tabelas e
alíquotas das épocas próprias, a Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional, através do Ato Declaratório PGFN n° 1, de 27 de março
de 2009, publicado no DOU em 14 de maio de 2009, determinou:

O PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL, no uso da competência
legal que lhe foi conferida, nos termos do inciso II do art. 19, da Lei n°
10.522, de 19 de julho de 2002, e do art. 5° do Decreto n° 2.346, de 10 de
outubro de 1997, tendo em vista a aprovação do Parecer PGFN/CRJ/N°
287/2009, desta Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, pelo Senhor
Ministro de Estado da Fazenda, conforme despacho publicado no DOU de
13/05/2009, DECLARA que fica autorizada a dispensa de interposição de
ID. f7285f5 - Pág. 68
Fls.: 78
recursos e a desistência dos já interpostos, desde que inexista outro

fundamento relevante: "nas ações iudiciais zque, visem obter a
declargão de%_qu.e, no cáIcu_Io,.,_do imposto_J:en_d.a incidente sobre
rendimentos .__p_ãqos acumuJ_a_djamente, d.ev,em____ser levadas em
consideräão.a.s.:¡tAB£.LAs E Ai.fíuo'rAs pAs.._ÉeocAs ,PRoPR1As A
QUE SEREFE,I}EM.TAIS RENDIUENTOS, DEVENDQ O CALCULO SER
MENSAL E NA.O“GLOBAL.". (grifamos)
~
Destarte, cabe a Instituiçao Reclamada o recolhimento
dos encargos previdenciários e fiscais, por seu valor final decorrer
única e exclusivamente de sua mora, sendo devido à parte
reclamante o valor total do cálculo de liquidação de sentença,
respeitando o princípio constitucional da irredutibilidade salarial. E o
que desde já requer.
Reclama, caso outro venha a ser o entendimento desse

Juízo, seja a parte reclamada ao pagamento de uma
condenada
indenização equivalente aos descontos fiscais, a ser acrescida ao
valor final da condenação, ou, sucessivamente, seja responsabilizada
pelas diferenças que o acúmulo ocasionou, para assim haver efetivo
reparo do dano sofrido, com fundamento nos artigos 186, 389 e 927
do Código Civil.
Ressalta-se por oportuno, que caso Vossa Excelência

entenda que deve ser descontado dos créditos da parte Reclamante o
encargo fiscal da presente demanda, o que se admite apenas a título
de argumentação, desde já requer, que a incidência do tributo fiscal
se dê pelo valor nominal e que os juros de mora sejam excluídos da
base de cálculo do referido tributo, conforme determina o inciso I, do
parágrafo 1°, do artigo 46 da Lei 8.541 de 23 de dezembro de 1992.
Nesse sentido é a decisão da 3a Turma do Tribunal

Superior do Trabalho. Vejamos:
~
DESCONTOS FISCAIS. JUROS MORATORIOS. EXCLUSAO. Os juros
1
moratórios detêm natureza indenizatória, consistindo em penalidade imposta

ao devedor pelo atraso no pagamento de títulos devidos ao credor. A exclusão
desses juros da base de cálculo do imposto de renda decorre de determinação
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
legal, inserta no art. 46, §1°, I, da Lei n° 8.541/92. Recurso conhecido e não
provido. (RR 45835-2002-900-O9-OO, Relatora Juíza convocada Wilma
Noqueira de A. Vaz da Silva, DJU de 05.09.2003)
Pela procedência do pedido.
22. nos i~|oNoRÁR1os AbvocA1'íc1os

Por força do artigo 133 da Constituição Federal, o
advogado torna-se necessário para a efetivação do pedido de
prestação judicial. Vejamos:
ID. f7285f5 - Pág. 69
Fls.: 79

l
O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por

.
seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei, _
Assim, tem-se que o obreiro compelido a recorrer ao

Poder Judiciário para obter o cumprimento da legislação trabalhista
~
fica desonerado dos honorários do respectivo procurador, que' serao
atribuídos à parte contrária.
O
princípio do acesso à justiça determina que o
processo deve ser eficiente para tutelar a integralidade do direito do
cidadão e não apenas parte dele, "o que ocorre quando as despesas
do processo, nas quais se incluem os honorários advocatícios, tenham
que ser suportadas pela parte que tem razão e também quando se
nega à parte o direito de escolher, livremente, o advogado para
patrocinar sua causa.”
Esse também é o entendimento do Juiz Relator `Jorge

Luiz Souto Maior, em acórdão proferido no processo
ROS 01107-2001-018-15-00-O, da 11a Turma do Egrégio TRT da 15a
Região, que transcrevemos:
“Em primeiro lugar, existe o princípio da sucumbência no processo do

trabalho, tanto que a improcedência total dos pedidos sujeita o reclamante ao
pagamento das custas processuais e a improcedência de pedido, cuja
instrução requereu prova técnica, sujeita a parte sucumbente ao pagamento
dos honorários periciais. Assim, não procede o argumento de que o princípio
da sucumbência não se aplica no processo trabalhista.
Em segundo lugar, há de se lembrar que o fundamento básico da prestação
jurisdicional justa consiste em que a parte que tem razão não seja penalizada
com qualquer custo processual, revertendo-se estes para a parte perdedora.
Em terceiro lugar, sob a perspectiva do conceito de processo efetivo, ou seja,
aquele que é eficiente para dar a cada um o que é seu por direito e nada além
disso, a presença do advogado é fator decisivo para que a consecução deste
ideal. Com efeito, nos processos trabalhistas, não raramente, discutem-se
temas como: interrupção da prescrição; ilegitimidade de parte, em
decorrência de subempreitada, sucessão, terceirização, grupo de empresas;
litispendência; personalidade jurídica; desconsideração da personalidade
jurídica; tutela antecipada; ação monitória; contagem de prazos; nulidades
processuais; ônus da prova etc...
Em quarto lugar, mesmo sob o prisma da interpretação literal não se justifica
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
o entendimento dos Enunciados 219 e 329, do TST. Os textos legais (arts. 14

e 16, da Lei n. 5.584/70 e art. 791, da CLT) não desautorizam,
expressamente, a condenação em honorários quando o reclamante for
assistido por advogado particular. A ilação neste sentido é plenamente
injustificável sob o prisma interpretativo, pois que confere uma ampliação ao

texto legal sem o menor fundamento.
Em quinto lugar, mesmo vigente o artigo 791, não se pode deixar de
reconhecer que sua aplicabilidade, na realidade das Varas do Trabalho
demonstra-se, nitidamente, excepcional, e sendo assim não pode constituir o
fundamento para se criar uma regra, qual seja a de negar a condenação em
honorários advocatícios no processo do trabalho. As exceções, por óbvio, não
podem ser fundamento para ía formulação das normas gerais.
Em sexto lugar, destaque-se, com especial relevo, que a Lei n. 10.288/01,
derrogou os dispositivos da Lei n. 5.584/70, referente à assistência judiciária
, 70
ID. f7285f5 - Pág. 70
Fls.: 80
. .
5%
gratuita, nos quais se incluem os artigos 14 e 16, por ser posterior e ter
l
regulado de forma distinta a mesma matéria. Com efeito, a Lei n. 10.288/01,
acrescentou ao artigo 789, da CLT, o parágrafo 10, com o seguinte teor: “O
sindicato da categoria profissional prestará assistência judiciária gratuita ao
trabalhador desempregado ou que perceber salário inferior a 5(cinco) salários
mínimos ou que declare, sob responsabilidade, não possuir, em razão dos
encargos próprios e familiares, condições econômicas de prover a demanda."
Mais tarde, a Lei n. 10.537, de 27 de agosto de 2002, trouxe novo
regramento para o artigo 789, da CLT, e simplesmente não repetiu a regra
contida no parágrafo 10 mencionado. Com isto, a matéria pertinente à
assistência judiciária ficou sem regulamento específico na Justiça do Trabalho,
pois não existe em nosso ordenamento jurídico o fenômeno da repristinação,
conforme previsão expressa da LICC, fazendo com que para tal matéria se
recorra, necessariamente, à Lei n. 1.060/50, que nenhuma ligação faz, por
óbvio, à assistência sindical, perdendo, por completo, o sentido de se vincular
o pagamento de honorários advocatícios no processo do trabalho somente em
tal hipótese.
Ademais, o parágrafo 3°., do artigo 790, cuja redação também foi dada pela
Lei 10.537/02, confere ao juiz a possibilidade de conferir a todos, partes ou
não (visto fixar emolumentos), os benefícios da assistência judiciária gratuita,
sem qualquer vinculação à assistência sindical.
E, por fim, impõe-se lembrar a nova roupagem dada pelo atual Código Civil,
em vigor de janeiro de 2003, ao instituto do inadimplemento das obrigações.
O novo Código não se limita a fixar que descumprimento da obrigação sujeita
o inadimplente ao pagamento de perdas e danos, que eram, na sistemática do
antigo Código, nas obrigações de pagamento em dinheiro, limitados aos juros
de mora e custas (arts. 1.056 e 1.061, do antigo Código). O novo Código é
bem mais severo com o devedor inadimplente e nos termos do artigo 389, o
devedor que não cumpre a obrigação de pagar, no prazo devido, responde por
perdas e danos, mais juros, atualização monetária e honorários advocatícios.
Este dispositivo enfraquece ainda mais o entendimento que não considerava
devidos os honorários advocatícios no processo do trabalho. Ora, como se vê
do novo texto legal, os honorários não decorrem simplesmente da
sucumbência no processo, mas do próprio inadimplemento da obrigação (art.
389, do novo Código Civil).
Reforce-se este argumento com a observação de que as perdas e danos, nos
termos do artigo 404, em casos de obrigações de pagar em dinheiro (caso
mais comum na realidade trabalhista) abrangem atualização monetária, juros,
custas e honorários, sem prejuízo de pena convencional que se não houver e
não sendo os juros suficientes para suprir o prejuízo dão margem ao juiz para
conceder indenização suplementar.
O entendimento de que no processo do trabalho não há condenação em
honorários advocatícios, trata-se, portanto, de posicionamento que fere
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
preceitos constitucionais e não se sustenta diante dos preceitos jurídicos que

lhe dizem respeito, ainda mais diante das alterações legislativas impostas
pelas leis 10.288/01, 10.537/O2 e pelo novo Código Civil, além de corroborar
os mais rudimentares princípios da lógica e os ideais do movimento de acesso
à justiça.
Assim, reformando a sentença de origem, condeno a reclamada a
arcar com os honorários advocatícios do patrono do reclamante,
arbitrados em 20% sobre o valor da condenação." (grifamos)
Nesta senda, oportuno que o judiciário trabalhista

reforme o entendimento mantido até então, no sentido de que na
Justiça do Trabalho só incide o princípio da sucumbência quando a
parte obreira estiver assistida por sindicato.
ID. f7285f5 - Pág. 71
Fls.: 81

l
N
. relação advogado
Afinal, .a cliente é «uma relaçao de
confiança, pelo que não pode o empregado estar -adstrito
exclusivamente ao advogado ou advogados do seu Sindicato para, .ao
escolher um destes, beneficiar a entidade patronal inadimplente e
omissa, dispensando-a de arcar com os sagrados honorários
advocatícios.
Não deve a parte obreira ser sacrificada em ressarcir os

advogados que escolheu pelas despesas e honorários destes,
_
principalmente por ser um direito constitucional de qualquer cidadão

eleger o seu defensor.
Por oportuno, o Código Civil em vigor desde janeiro

de 2003 alterou o entendimento anteriormente adotado pela
jurisprudência.
Pela nova ordem, aquele que causar dano a outrem fica

obrigado a repará-Io. Vale dizer~q;ue o infrator da lei trabalhista deve
reparar o dano: não significa reparar apenas parte do dano. O
infrator tem de reparar “o dano", isto é, o dano inteiro. Se o
trabalhador receber as verbas trabalhistas que faria jus normalmente
e, dessas verbas, tiver que descontar os custos que teve. para
ingressar com a açao, nao terá sido reparado odano por ele sofrido
em sua integralidade, mas apenas parte do dano.
Neste sentido manifestou seu posicionamento, também,
o Juiz Relator Roberto Basilone Leite, através do acórdão proferido no
processo RO-V 00393-2003-011-12-00-O-18, do Egrégio TRT da 12.6
Região, in verbís:
“O trabalhador não pode ser condenado a arcar com as despesas de

honorários advocatícios, pois foi obrigado a contratar advogado por culpa do
empregador, que lhe sonegou as verbas a que tinha direito. Por outro lado,
não há fundamento jurídico nem ético para se obrigar o advogado a trabalhar
de graça em benefício - em última análise - de um infrator da lei (isto é, do
perdedor da ação, que ficará assim isento de arcar com as despesas que
acarretou para sua vítima).
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
Portanto, o mínimo que o infrator tem de pagar são as verbas trabalhistas a

que o empregado faz jus e as despesas que este teve para cobrar
judicialmente tais verbas - incluídos aí, obviamente, os honorários de seu
advogado."
_ _ _
f~" __
ID. f7285f5 - Pág. 72
Fls.: 82
1;
Pelo exposto, postula, através de seus procuradores, a
concessão de honorários advocatícios, na ordem de 20% sobre o
valor bruto da condenação, com fundamento no artigo 133 da
Constituição Federal de 1988 e nas Leis n.°s 1.060/50, 10.288/01
e 10.537/02, sendo esta a melhor exegese do artigo 14 da Lei
n. 5.584/70. Em sendo outro o entendimento deste MM. Julgador,
requer, de forma sucessiva, uma indenização de 20% sobre o valor
bruto da condenação, para repor o desembolso de 20% da verba
honorária dispensada aos patronos signatários e assim haver efetivo
reparo do dano sofrido, com fundamento nos artigos 389, 404 e 927
do Código Civil.
23.DA FQRMA De ATUALIZAÇÃO oo DÉBr[o TRABA|.|j1sTA -

AP|.1cAçAo DE 1ND1cEs DE ATuAL1zAçAo MQNETARIA E
JuRos
~
As parcelas deferidas na presente ação terao de sofrer
a atualização monetária segundo o percentual devido no próprio mês
da prestação do serviço, não sendo justo que a atualização se dê no
mês seguinte ao vencido.
Aliás, a própria reclamada pagou o salário no mês da
prestação dos serviços, sendo injusta qualquer alteração em face da
condenação da presente ação.
Com relação à correção e juros legais, postula a

aplicação da Lei 8.177/91, a qual contempla os índices mensais de
atualização dos créditos trabalhistas.
Relativamente aos juros legais, requer a aplicação de

um por cento ao mês, de forma capitalizada.
A incidência de juros e correção monetária não deve ser

confundida com a verba de indenização pecuniária, tratando-se, esta,
de pleito indenizatório, conforme já foi objeto de abordagem anterior.
24. oAs PuB|.1cAçõEs, No'r1|=1cAçõEs E DEMA1s ATos

Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
PROCESSUAIS
Requer, que todas as publicações, notificações e
demais atos processuais sejam feitos exclusivamente em nome dos

Drs. CeIsQ-Ferrar:eze - OAB/SP 219.041 A, Gilberto Rodrigues
de Freitas - OAB/SP 191.191 A, cujo endereço profissional se
encontra indicado no cabeçalho da presente peça vestibular, devendo
inclusive seus nomes serem anotados na capa dos autos, sob pena de
nulidade dos atos processuais, com fulcro no art. 236, § 1° do Código
de Processo Civil.
ID. f7285f5 - Pág. 73
Fls.: 83
25. DAS PARCELAS QUE RECLAMA `
FACE AO EXPOSTO, propõe a presente- ação,

requerendo seja regularmente processada até a sentença final. queçva
julgue integralmente procedente, condenando-se os Reclamadosz
PRELIMINARMENTE: A
seja deferida a antecipação de tutela pleiteada, até o

-
trânsito em julgado final da presente ação em todos os graus de

_
recurso, no sentido de assegurar ao reclamante que a Caixa esteja

impedida de alterar as funções, bem como, transferi-lo para cargo
inferior, agência ou mesmo rebaixa-lo, incluindo-se a manutenção da
remuneração, sob pena de multa, na razão de triplicidade do salário
padrão por mês de descumprimento, ou outro índice que o juízo
achar justo, sem prejuízo de execução de obrigação específica capaz
de obter resultado prático equivalente à tutela ora requerida,
consoante autoriza o art. 461 do CPC;
No efeito decIar¿|_t_ç'z_riQ: _
N
a declaraçao da responsabilidade solidária, ou no
mínimo subsidiária da FUNCEF, em relação ao pedido de
complementação de aposentadoria, por fazerem parte do mesmo
grupo econômico, nos termos da fundamentação;
~
declarar a nulidade da alteraçao contratual lesiva
.
havida, quando da mudança da jornada contratual de 6 (seis) para 8

(oito) horas diárias, com a conseqüente declaração de que são
devidas todas as horas extras prestadas a partir da sexta horadiária,
nos termos da fundamentação retro;
declaração da nulidade das exigências da Reclamada
_
-
para a adesão da parte Reclamante ao Novo Plano de Cargos e

Salários e ao Plano de Funções Gratificadas 2010, nos termos da
fundamentação;
seja declarada e determinada por este Juiz a
-
observância das verbas já previstas pela Funcef, bem como as

buscadas na presente ação, quais sejam: auxílio-alimentação (em
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
pecúnia-"reembolso despesa alimentação" ou, no mínimo, em tickets

- "tickets para a alimentação"), abonos (abono salarial, abono
pecuniário, etc), "Função de Confiança” (posteriormente alterada
para "Cargo Comissionado Efetivo” ou "Cargo Comissionado Não

Efetivo"), CT\/A (complemento temporário variável ajuste de
mercado), como também décima terceira cesta alimentação, adicional
de penosidade, diferença de mercado/porte, vp-gip/sem. salário +
função, promoções por merecimento, adicional de transferência, caso
sejam deferidas e, ainda, os valores postulados pelas horas extras,
prestadas com habitualidade, em parcelas vincendas, nos termos
da fundamentação;
l
Í fz-
ID. f7285f5 - Pág. 74
Fls.: 84
)O
declaração da nulidade da classificação ilógica

-
atribuída ao reclamante, face aos critérios ilegais e irracionais e pelas

discriminações na adoção de diferentes "mercados", bem como pela
criação no novo PGF 2010, dos “portes da agências", feita
unilateralmente pela Caixa Econômica Federal, nos termos da
fundamentação; _
- declarar que as verbas "CTVA - complemento

temporário variável ajuste de mercado -, auxílio-alimentação (em
pecúnia - “reembolso despesa alimentação" - ou, no mínimo, em
tickets - “tickets para a alimentação"), auxílio cesta-alimentação,
abonos (abono salarial, abono pecuniário, etc), as horas extras e os
repousos semanais remunerados, bem como as demais verbas
salariais aqui postuladas" por terem natureza salarial deveriam ter
integrado o salário de participação para a FUNCEF até o saldamento e
também após o saldamento, em parcelas vencidas e vincendas, nos
termos da fundamentação;
que haja determinação judicial para que a parte

-
Reclamada incorpore em 100% no mínimo da função exercida ao

salário da parte Reclamante, no momento em que preencher os
demais requisitos à percepção do adicional de incorporação da
função, devendo ser determinadas as devidas retificações no histórico
funcional e “Simulador do adicional de incorporação" da obreira junto
à Caixa, a fim de que passe a recebê-lo, quando tiver direito, com o
reflexo no cálculo das horas extras, férias acrescidas de um terço,
décimos terceiros salários, gratificações semestrais, licenças prêmio,
particular), ATS (adicional por tempo de serviço), CTVA
e recolhimentos para o FUNCEF, nos termos da fundamentação;
seja declarada a incorporação da parcela denominada

-
CTVA (complemento temporário variável ajuste de mercado) ao

salário da parte Reclamante, em 100% (cem por cento), e após, o
reflexo no cálculo das férias acrescidas de um terço, dos décimo
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
terceiro salários, das gratificações semestrais, licenças prêmio, VP -

função/cargo em comissão efetivo, além do FGTS e recolhimentos
para o FUNCEF, nos termos da fundamentação;
declaraçao judicial da natureza salarial das verbas

CTVA e do APPA, nos termos da fundamentaçao;
ID. f7285f5 - Pág. 75
Fls.: 85
declaração judicial no sentido de .determinar a

-
manutenção~ das parcelas CTVA e do APPA como integrantes da

remuneraçao do Autor, e ,não como verbas paga a título .de
gratificação de função, bem como no ca-so de vir a acontecer; o
descomissionamento futuro do Autor, o que não se crê, requer a
manutenção do valor da CTVA e do APPA em seu salário, nos termos
da fundamentação acima; _
- ~
~ ~ ~
decaraçao e determinaçao da incorporaçao da
a
. .
parcela denominada CT\/A (complemento temporário variável ajuste

de mercado) ao salário do Reclamante, nos termos- da
fundamentação; A
~ ~
a declaraçao de nulidade da contrataçao de serviço
.
suplementar, horas extras, em razão de que remuneram apenas a

jornada normal de trabalho, nos termos da fundamentação supra;
- seja determinado que a FUNCEF junte aos autos o
Termo de Opção pelo Saldamento, sob pena de CONFISSÃO;
`
declaração da nulidade das alterações contratuais

-
`
havidas.em novembro de 1992 e fevereiro de 1995, que alteraram a

forma de pagamento do auxílio alimentação, nos termos da
fundamentação;
- declarar a nulidade da alteração contratual lesiva
gerada com a edição da norma de serviço n° 001/94, nos termos da
fundamentação;
na hipótese de não ter havido custeio sobre alguma

-
das parcelas remuneratórias acima apontadas, a exemplo das horas

extraordinárias buscadas na presente ação, requer que a
responsabilidade sobre o seu recolhimento tardio seja imputada única
e exclusivamente à primeira reclamada, porquanto foi ela quem não
contraprestou corretamente tais valores, bem como não descontou
quaisquer valores da folha de pagamento da reclamante no momento
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
oportuno, nos termos da fundamentação;
- para que seja determinado, no caso de entendimento

de que o encargo fiscal' deva ser descontado dos créditos da parte
reclamante, que a incidência do tributo fiscal se dê pelo valor nominal

e que os juros de mora sejam excluídos da base de cálculo do
~
referido tributo, nos termos da fundamentaçao;
No efeito condenatório, ao pagamento, em

parcelas vencidas e vincendag, de:
ID. f7285f5 - Pág. 76
Fls.: 86
horas extraordinárias, contadas a partir da sexta hora

-
diária,nos termos___clo pedido sobre horas extras, diante da declaração de

nulidade da alteração contratual lesiva havida, quando da mudança da
jornada contratual de 6 (seis) para 8 (oito) horas diárias, nos termos da
fundamentação;
- horas extraordinárias, contadas a partir da sexta hora
diária e segundo a média declinada no corpo da presente ação,
considerando para o cálculo das mesmas todas as parcelas salariais,
inclusive as laboradas no intervalo que antecede a jornada
extraordinária, em sábados e domingos, tais como: salário padrão,
APIP/IP - conversão, adicional por tempo de serviço, VP - gratificação
semestral/adicional por tempo de serviço, cargo em comissão efetivo,
cargo comissionado não efetivo, CT\/A (complemento temporário
variável ajuste de mercado), repouso semanal remunerado, cargo
comissionado assegurado, VP - vantagem pessoal, VP - GIP - tempo de
serviço, VP - GIP - sem. salário mais função, abonos/rendimentos,
abono pecuniário, abono salarial, abono salarial - indenização,
gratificação de natal - décimo terceiro salário, licença-prêmio -
conversão, décima terceira cesta alimentação, adicional de penosidade,
gratificação de função/função de confiança, diferença de
mercado/porte,vp-gip/sem. salário + função, promoções por
merecimento, adicional de transferência, pagamento PRX/PLR, verbas
denominadas auxílio refeição e auxílio cesta alimentação, bem como,
com base na Súmula n° 264 do Colendo TST, todas as verbas de
natureza remuneratória cujas nomenclaturas (rubricas) constantes dos
holerites tenham sido alteradas ao longo do período imprescrito em
razão de reestruturações internas ou organizacionais havidas na Caixa,
com adoção do divisor 150 e inserção do adicional constitucional de 50%
sobre as duas primeiras horas extraordinárias pleiteadas e o adicional
de 100% sobre as subseqüentes, bem como a dobra legal em face das
jornadas laboradas aos sábados e domingos, por força de Norma
Coletiva, nos termos da fundamentação;
- reflexo das horas extras, pela sua habitualidade, após a
integração das acima arroladas nos repousos semanais
parcelas
remunerados (inclusive em
sábados e feriados - em face de norma
coletiva), e, posteriormente a esse agregamento, pelo aumento da
média remuneratória:
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
a)nas férias acrescidas de um terço;

b)nos décimo terceiro salários;
c)nas licenças prêmios;
d)nas gratificações semestrais;

d)nas APIP's (ausências permitidas por interesse
particular);
e)nas ATS (adicional por tempo de serviço);
f)VP vantagem pessoal;
-
g)gratificação de função/função de confiança;

i)CTVA (compl. temp. variável ajuste de mercado);
i)FGTS e recolhimentos para a FUNCEF, nos termos da
fundamentação;
ID. f7285f5 - Pág. 77
Fls.: 87
caso Vossa Excelência entenda por dar validade aos

-
registros ponto, o que sinceramente não se espera, requer as diferenças

de horas extras marcadas e não pagas corretamente, no que se ,refere a
quantidade de horas adimplidas, a base de cálculo utilizada, os reflexos
e o divisor, conforme pleiteado nos dois pedidos acima, nos termos da
fundamentação;
requer que as reclamadas sejam compelidas a
-
integralizar a “reserva Matemática" e a recalcular o valor "saldado",

considerando a seguintes verbas: CTVA, horas extras e os repousos
semanais remunerados, auxílio-alimentação (em pecúnia - “reembolso
despesa alimentação" - ou, no mínimo, em tickets - "tickets para a
alimentação"), auxílio cesta-alimentação, abonos (abono salarial, abono
pecuniário, etc), bem como as demais verbas salariais aqui postuladas,
sob pena da conversão da obrigação e da incidência de multa, sem
prejuízo da obrigação de indenizar os prejuízos causados, nos termos da
fundamentação;
V seja a primeira reclamada condenada a recolher as
-
diferenças pela desconsideração das parcelas remuneratórias postuladas

na presente ação para fins de base de cálculo do valor das contribuições
mensais para a FUNCEF após o saldamento, em parcelas vencidas e
vincendas, para que, na data em que for requerer seu benefício de
complementação de aposentadoria, o valor constante em sua conta na
FUNCEF.seja o valor correto, com a posterior integração destas
diferenças para fins do cálculo do benefício previdenciário futuro, nos
termos da fundamentação;
~ ~
caso este juizo nao entenda pela consideraçao de
. 1 .
alguma das parcelas remuneratórias reclamadas para fins de futura

complementação de aposentadoria, o que se admite apenas a título de
argumentação, postula, sucessivamente, no mínimo, que seja a
reclamada condenada a pagar uma indenização equivalente ao futuro
prejuízo/diminuição financeira que o reclamante irá sofrer, diante da
desconsideração, na sua complementação de sua aposentadoria, de
alguma das verbas postuladas nesta exordial, com base nos
artigos 389, 404 e 927 do Código Civil Brasileiro, nos termos .da
fundamentação;
pagamento da verba denominada complemento
-
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
temporário variável ajuste de mercado - CTVA - no valor pago em junho

de 2010 antes de sofrer a redução, em parcelas vencidas e vencidas,
bem como seja incorporada tal verba ao salário, frente à incorporação
ao salário da parte Reclamante pela habitualidade e por ser salarial,

acrescidos de juros e correção monetária até a data do efetivo
pagamento, com reflexos no cálculo das férias acrescidas de um terço,
décimos terceiros salários, horas extras pagas e não pagas, gratificações
semestrais, licenças prêmio, VP - vantagem pessoal, APIP'S (ausências
permitidas por interesse particular), ATS (adicional por tempo de
serviço), gratificação de função/função de confiança, além do FGTS e
recolhimentos para o FUNCEF, nos termos da fundamentação;
ID. f7285f5 - Pág. 78
Fls.: 88
llfl
l
do intervalo que precede a jornada extraordinária não
-
concedido, acrescido do adicional de 50%, sem prejuízo do pedido de

horas extras iaboradas neste intervalo, ou, sucessivamente, o
pagamento proporcional ao tempo reduzido do intervalo para
repouso, com o adicional de 50%, sempre com reflexo nos repousos
semanais remunerados (incluindo sábados e feriados - em face de
previsão normativa), e, posteriormente a esse agregamento, pelo
aumento da média remuneratória, reflexo no cálculo das férias
l
acrescidas de um terço, dos décimo terceiro salários, das horas
VP vantagem pessoal, APIP'S (ausências permitidas por interesse
-
particular),ATS (adicional por tempo de serviço), gratificação de

ajuste de mercado), além do FGTS e recolhimentos para o FUNCEF,
nos termos da fundamentação;
a concessão da incorporação equivalente a 100% no

-
mínimo do valor da gratificação de função, uma vez que a parte

Obreira preenche os requisitos legalmente exigidos para tanto, ou,
sucessivamente, a condenação da Reclamada ao recálculo do
“adicional compensatÓrio" pago ao Reclamante, aplicando-se a norma
posterior (MN RH 151), eis que mais benéfica à norma posterior,
sempre com os reflexos em férias acrescidas do terço constitucional,
décimo terceiros salários, domingos e feriados (por força da
Convenção Coletiva de Trabalho), auxílio cesta alimentação e auxílio
refeição, gratificações semestrais, licenças prêmio, VP - vantagem
(adicional por tempo de serviço), CTVA (complemento temporário
variável ajuste de mercado), além do FGTS e recolhimentos para o
FUNCEF, nos termos da fundamentação;
o pagamento das diferenças, desde a sua redução, e

-
a integração da parcela denominada CTVA (complemento temporário

variável ajuste de mercado) ao salário da parte Reclamante e, ainda,
a declaração da incorporação da referida verba a sua remuneração no
importe maior já percebido, e, após, os seus reflexos sobre os
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
repousos semanais remunerados (incluindo sábados e feriados - por

força de previsão normativa) e, posteriormente a esse agregamento,
pelo aumento da média remuneratória, reflexo no cálculo de férias
mais um terço, décimos terceiros salários, horas extras pagas e não

`

confiança, além do FGTS e recolhimentos para o FUNCEF, gfl
parcelas vencidas e vincendas;
79
l
.
ID. f7285f5 - Pág. 79
Fls.: 89

Í
‹
~
pagamento da decima terceira cesta alimentaçao
I z . z
durante o período compreendido pelas convenções coletivas

de 2007/2008 e 2008/2009, com juros e correção monetária até a
data do efetivo pagamento, e a sua devida integração nos repousos
semanais remunerados (inclusive sábados e dias feriados - por força
de previsão normativa), e, após, o reflexo no cálculo das férias
acrescidas do terço constitucional, décimos terceiros salários, horas
VP vantagem pessoal, APIP'S (ausências permitidas por interesse
-

ajuste de mercado), além do FGTS e recolhimentos para o FUNCEF;
horas laboradas em viagens a trabalho, com a

-
redução e acréscimo da hora noturna, considerando para o cálculo

das mesmas todas as parcelas salariais, tais como: salário padrão,
APIP/IP - conversão, adicional por tempo de serviço, VP - gratificação
semestral/adicional por tempo de serviço, cargo em comissão efetivo,
cargo comissionado não efetivo, CTVA (complemento temporário
variável ajuste de mercado), repouso semanal remunerado, cargo
comissionado assegurado, VP - vantagem pessoal, VP - GIP - tempo
de serviço, VP - GIP - sem. salário mais função, abonos/rendimentos,
abono pecuniário, abono salarial, abono salarial - indenização,
gratificação de natal - décimo terceiro salário, licença-prêmio -
conversão, décima terceira cesta alimentação, adicional de
penosidade, gratificação de função/função de confiança, diferença de
mercado/porte,vp-gip/sem. salário + função, promoções por
merecimento, adicional de transferência, pagamento PRX/PLR, verbas
denominadas auxílio refeição e auxílio cesta alimentação, com adoção
do divisor 150 e inserção do adicional constitucional de 50% sobre as
duas primeiras horas extraordinárias pleiteadas e o adicional de
100% sobre as subseqüentes, forte no Precedente Normativo n.° 03
do TRT da 4.a Região, cuja aplicação analógica reclama, bem como a
dobra legal em face das jornadas laboradas aos sábados e domingos,
por força de Norma Coletiva, bem como as parcelas integrantes do
cálculo das horas extras, os respectivos adicionais convencionais e
legais, sempre com reflexo nos repousos semanais remunerados
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
(incluindo sábados e feriados - em face de previsão normativa), e,

posteriormente a esse agregamento, pelo aumento da média
remuneratória, reflexo no cálculo das férias acrescidas de um terço,
décimo terceiro salários, horas extras pagas e não pagas,

CTVA (complemento temporário variável ajuste de mercado), além do
FGTS e recolhimentos para o FUNCEF, nos termos da fundamentação;
ID. f7285f5 - Pág. 80
Fls.: 90
- reflexo das verbas denominadas auxílio refeição e

auxílio cesta alimentação nos repousos semanais remunerados
(inclusive sábados e feriados -
~
em face de norma coletiva) nos I
termos da fundamentaçao;
diferenças de férias acrescidas de um terço, décimos

-
terceiros salários, horas extras pagas e não pagas, gratificações

tempo de serviço), gratificação de função/função de confiança, CT\lA
e recolhimentos para o FUNCEF, pela integração das verbas
denominadas auxílio refeição e auxílio cesta alimentação, após seu
reflexo nos repousos semanais remunerados, nos termos da
fundamentação;
pagamento das diferenças salariais oriundas de

-
discriminações pela adoção de diferentes "mercados", a serem

adimplidas tendo como base a remuneração do cargo de Mercado
“IA", acrescidas de juros e correção monetária desde a data do
efetivo prejuízo até a data do efetivo pagamento, com reflexos sobre
os repousos semanais remunerados (incluindo sábados e feriados -
por força de previsão normativa) e, posteriormente a esse
agregamento, pelo aumento da média remuneratória, reflexo em
décimos terceiros salários, horas extras pagas e não pagas, férias
acrescidas do terço constitucional, gratificações semestrais, licenças
pagamento das diferenças salariais oriundas da

-
discriminação com base na remuneração adimplida aos ocupantes da

mesma função do autor, porém em agências classificada pela CEF,
como sendo de PORTE I (rubrica adimplida no contracheque sob a
nomenclatura de “PORTE UNID - FUNÇAO GRATIFICADA EFETIVA"),
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
acrescidas de juros e correção monetária desde a data do efetivo

prejuízo até a data do efetivo pagamento, em parcelas vencidas e
vincendas, com reflexos nos repousos semanais remunerados
(inclusive sábados e feriados - por força de previsão normativa) e,
posteriormente, pelo aumento da média remuneratória, reflexo no

cálculo de férias acrescidas de um terço, décimos terceiros salários,
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Fls.: 91
o pagamento doadicional de penosidade, em parcelas

-
vencidas e vincend-as, no percentual de 40%, sobre o saláriobase

auferido, o que se requer por aplicação analógica, ao adicional- de
penosidade pago aos empregados da FEBEM, conforme norma interna
instituída pela mesma, ou mesmo, outro valor a ser arbitrado pelo
sábio entendimento de Vossa Excelência;
que o valor do adicional de penosidade seja integrado

-
a remuneração para fins de cálculo de férias acrescidas de um terço,

décimos terceiros salários, horas extras pagas e não pagas, além do
FGTS, gratificações semestrais, licenças prêmio, -VP - vantagem
mercado), além do FGTS e recolhimentos para o FUNCEF, em
parcelas vencidas e vincendas;
- a concessão das promoções por merecimento desde a
data em que foram estagnadas, com reflexos no cálculo das férias

,
acrescidas de. um terço, dos décimo terceiro salários, das horas

ajuste de mercado), além do FGTS e recolhimentos para o FUNCEF;
c
- a manutenção da verba FUNÇÃO CONFIANÇA/CARGO
colvl1ssÃo EFETIVO como base oc cálculo da parcela vl>-
_
Elvl
GIP/SEM. SALARIO + FUNÇÃO, requerendo, portanto, o recálculo
dessa parcela desde novembro de_1998, a fim de serem pagoslao
Autor os valores dele suprimidos, considerando parcelas vencidas e
vincendas, com juros e correção monetária até a data do efetivo
pagamento, bem comoseus reflexos em férias acrescidas do terço
constitucional, décimo terceiros salários, horas extras pagas e não
pagas, domingos e feriados (por força da Convenção Coletiva de
Trabalho), auxílio cesta alimentação e cesta refeição, gratificações
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321

tempo de serviço), gratificaçãode função/função de confiança, CTVA
e recolhimentos para o FUNCEF;
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Fls.: 92
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wi
- o pagamento de R$ 2.000,00
(dois mil reais),
referente às despesas com a transferência e o retorno, bem como, o
adicional de transferência, de Dezembro de 2004 a Outubro de 2007,
no total de 25% sobre a sua remuneração, nos termos do artigo 469
da CLT, este, com reflexo em férias acrescidas de um terço, décimo
terceiro salários, horas extras pagas e não pagas, gratificações
e recolhimentos para o FUNCEF;
pagamento do FGTS e recolhimentos para o FUNCEF

-
sobre a parcela reclamada na presente ação, qual seja: horas

extraordinárias, intervalo que antecede a jornada extraordinária,
décima terceira cesta alimentação, adicional de penosidade,
gratificação de função/função de confiança, diferença de
mercado/porte, CTVA (complemento temporário variável ajuste de
mercado), vp-gip/sem. salário + função, promoções por
merecimento, adicional de transferência, verbas denominadas auxílio
refeição e cesta alimentação, nos termos da fundamentação;
juros e atualização monetária, considerando o índice

-
de atualização
~
do próprio mês da prestação do serviço, conforme
fundamentaçao retro;
devolução dos frutos financeiros gerados pela posse

-
de má-fé, levando em conta para sua aferição, a aplicação do

percentual liquido de 4,66 %, (quatro vírgula sessenta e seis por
cento) ao mês, a partir da data da constituição de cada uma das
parcelas deferidas na presente ação, ou, no mínimo, a partir do
aforamento da presente ação e até sua liquidação, nos termos do
artigo 1.216 do Código Civil contemporâneo, sem prejuízo da
incidência da Lei 8.177/91, conforme fundamentação;
recolhimento dos encargos previdenciários e fiscais

-
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
por conta da parte reclamada, ou, sucessivamente, caso outro venha

a ser o entendimento desse juízo, seja condenada ao pagamento de
uma indenização equivalente-aos descontos fiscais, acrescido ao valor
final da condenação, ou, no mínimo, seja responsabilizada pelas

diferenças que o acúmulo ocasionou, para assim haver efetivo reparo
do dano sofrido, nos termos da fundamentação;
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Fls.: 93
honorários advocatícios, na ordem de 20% sobre o

-
valor bruto da condenação, com fundamento no artigo 133 da

Constituição Federal de 1988 e nas Leis n°s 1.060/50, 10.288/01
e 10.537/02, sendo esta a melhor exegese do artigo 14 da Lei
n° 5.584/70. Em sendo outro o entendimento deste MM. Julgador,
requer, de forma sucessiva ao pedido imediatamente superior, uma
indenização de 20% sobre o valor bruto da condenação, para repor o
desemboiso de 20% da verba honorária dispensada aos patronos
signatários e assim haver efetivo reparo do dano sofrido, forte nos
artigos 389, 404 e 927 do novo Código Civil, nos termos da
fundamentação;
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finalmente, a procedencia da açao, condenando _ se a
_
. .
Reclamada ao pagamento das parcelas reclamadas, custas

processuais e honorários periciais, ressalvando-se que, caso Vossa
Excelência entender como compromisso legal o de prestar oito horas
diárias (ao invés de seis como postulados), requer sejam deferidas
horas extras excedentes à oitava diária, com aplicação do
divisor 200, segundo a média acima declinada.
26. DOS REQUERIMENTOS

REQUER a notificação citatória dos Reclamados, para
que contestem a presente ação, querendo, sob pena de declaração de
revelia e aplicação da pena de confissão ficta em relação aos fatos
alegados;
REQUER a produção de provas, depoimento pessoal dos

representantes legais dos Reclamados, sob pena de confessos,
testemunhas, periciais (acaso esse Juízo entenda mister) e outras
eventualmente necessárias;
REQUER sejam os Reclamados intimados a juntarem
aos autos, com as contestações, todos os documentos que entendam
necessários às suas defesas, sob pena de preclusão;
Assim requer seja o Banco compelido a juntar

todos os comprovantes de pagamentos da parte Autora de
todo o pacto laboral, bem como o seu histórico funcional, a fim
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
de que sejam demonstrados os seus direitos, sob pena de

CONFISSAO;
Requer, que todas as publicações, notificações e

demais atos processuais sejam feitos exclusivamente em nome dos
Drs. Celso Ferrareze - OAB/SP 219.041 A, Gilberto Rodriques
de Freitas - OAB/SP 191.191 A, nos termos da fundamentação
acima.
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Fls.: 94
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27. DO VALOR DA CAUSA
Dá à causa, para fins legais, o valor estimativo de
R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Campinas, SP, 12 de agosto de 2011.
Pp.
Bel. Celso Ferrareze OAB/SP 9.041-A
re
Pp.
R OAB/
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Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056321
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ID. f7285f5 - Pág. 85
Fls.: 95

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ID. f7285f5 - Pág. 86
Fls.: 96
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nomeia e constitui seus bastantes procuradores, independente da ordem

de nomeação, Dr. CELSO FERRAREZE, brasileiro, advogado, inscrito na
OAB/SP sob n.° 219.041-A, Dr. GILBERTO RODRIGUES DE FREITAS,
brasileiro, Advogado, inscrito na OAB/SP sob n.° 191.191-A, ambos
sócios da Sociedade Civil, FERRAREZE & FREITAS ADVOGADOS, sob o
CNPJ 07.072.190/0002-82, estabelecida em Campinas, SP, com
endereço profissional à Rua Dr. Silvio de Morais Sales, n.° 33, Cambuí,
CEP: 13.025-690, onde recebem intimações, outorgando-lhes os mais
amp lo s po d eres em d irei t o a dmitlo
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Trarfaihista a fa d0(ai
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podendo os p ocuradores, aforar ação ou medidas cautel es que sejam

di
necessárias, interpor recursos, aeordar, discordar, receber valores, dar
quitações, receber valores através de alvarás judiciais, substabelecer,
acompanhar o processo até o final da decisão, trânsita em Julgado, em
qualquer instância, executar provisoriamente a sentença através do
aforamento do pedido de execução provisória, praticando enfim, todos os
atos úteis e necessários ao born e fiel desempenho do presente mandato.
o O a¬I_y¿a1:á¬=,,iu.diela1, oriundo desse progcsesso,

poduenáogeräeqfeegue somente ao osutorgante,
cos|_r_Lauco1_1diçsã.o¬d_e_gue dos um ogtorgaoos (ou
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Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056322
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Assinado eletronicamente por: ANDREIA CRISTINA MARTINS DAROS VARGAS - 18/10/2021 15:39 - a1c4439
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Assinado eletronicamente por: ANDREIA CRISTINA MARTINS DAROS VARGAS - 18/10/2021 15:39 - a1c4439
ID. a1c4439 - Pág. 2
Fls.: 98
SUBSTABELECIMENTO
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Os advogados constituídos à defesa de
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nos autos da Açao Reclamatoria Trabalhista que move em face
de __Qz.fzzi.Q.. 9.» 9<›J5'f'® %m_Qz
substabelecem, com reservas, aos advogados e estagiários:
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- Dra. Andreia Cristina Martins Daros, OAB/RS 74.050 e OAB/SP 294.669

suplementar; .
- Dra. Carla Rodrigues OAB/SP 218.562;

- Dra. Vivian Bonfim Barbeta OAB/SP 243.080;
- Dra. Ana Catharina Gobbi Silveira Zanella, OAB/SC 22.361 e OAB/SP
287.761 Suplementar;
- Dra. Raqueli Maldaner, OAB/RS 75.669;
- Dra. Anna Carolina Victorino Matos de Andrade, OAB/SP 300.748;
- Dra. Júlia Guimarães Teixeira, OAB/SP 272.118;
- Dra. Mariana Veronez de Lima, OAB/SP 289.372;
- Dra. Fabiana Arcieri da Rocha Costa, OAB/SP 305.678;
- Dra. Marina de Sousa Saraiva Corrêa Vianna, OAB/SP 276.822;
- Dra. Katerine Vaz Brozeli, OAB/SP 305.828;
os poderes confiados, exceto os pertinentes a acordar, dar e receber

quitação, receber valores ou alvarás, responsabilizando-se pelos atos
praticados pelos estagiários substabelecidos, ressaltando que os
advogados substabelecidos não poderão receber intimações e ou
notificações em seus nomes, requerendo que as notificações e
publicações sejam exclusivamente no nome de um dos advogados
substabelecentes:
Dr. Celso Ferrareze OAB/SP 219.041-A

Dr. Gilberto Rodrigues de Freitas, OAB/SP 191.191-A
e remetidas ao endereço constante nos autos, qual seja, à Rua Dr. Silviode
Moraes Salles, n.° 33, CEP 13.025.160, Campinas - SP.
Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056323
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Assinado eletronicamente por: ANDREIA CRISTINA MARTINS DAROS VARGAS - 18/10/2021 15:39 - 5d98d30
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Assinado eletronicamente por: ANDREIA CRISTINA MARTINS DAROS VARGAS

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- 18/10/2021 15:39 - 5d98d30

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ID. 5d98d30 - Pág. 2
Fls.: 100

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Assinado eletronicamente por: ANDREIA CRISTINA MARTINS DAROS VARGAS - 18/10/2021 15:39 - cafe7a5
ID. cafe7a5 - Pág. 1
Fls.: 101

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Fls.

CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 18/10/2021

Documento assinado pelo Shodo

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO TRABALHO DA

MARIA OLÍMPIA DE CARVALHO, brasileira, divorciada,

AÇÃO DE EXECUÇÃO PROVISÓRIA EM AUTOS

Documento assinado pelo Shodo

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, inscrita no CNPJ sob o n°

01. DAS PEÇAS NECESSÁRIAS A FORMAÇÃO DA PRESENTE AÇÃO

Esta parte reclamante vem apresentar todas as peças

Deste modo, requer o recebimento da presente ação, a fim de

02. DO PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA

Informa a reclamante que ainda no processo físico houve

Sendo assim, requer a autora, respeitosamente, o

03. DA INDICAÇÃO DE PERITO ASSISTENTE

Entendendo o Juízo nomear perito de sua confiança para

Documento assinado pelo Shodo

04. DA NATUREZA DA EXECUÇÃO PARA A RECLAMADA

Informa que há recurso pendente de julgamento no C.TST

Assim, não há óbices para eventuais liberações de

05. DOS REQUERIMENTOS

Requer-se que todas as publicações, notificações e demais atos

06. DO VALOR DA CAUSA

Dá à causa, para fins legais, o valor estimativo de

Campinas, SP, 18 de outubro de 2021.

Documento assinado pelo Shodo

Documento assinado pelo Shodo

Volumes Documentos Apensos Volumes de Apensos

Advo gado: Fernanda Maria Boni Piloto (233166-SP-D - Prc.FIs.: 485)

Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056320

Documento assinado pelo Shodo

Em 14/07/2014 13:11 - AssineJus ID: 041834.0915.056320

Documento assinado pelo Shodo

“'ST'¢^ RTord- ooo1180-s3.2o11.5.1s.o12s

CEP 13487-230 LIMEIRA - SP '

DA INICIAL 22/os/2011 15z49: 54 PRo'I'ocoLo

Distribuído para 2* VARA DO TRABALHO DE LIMEIRA

RECDOf 2a)Funcef - Fundação dos Economiários Federais (Id 120755)

A data, hora e local da audiência a ser designada serão objeto de

Para empregados: NIT (número de inscrição do trabalhador perante o

Para empregadores (Pessoa Física): CEI (número de matrícula perante o

Para empregadores (Pessoa Jurídica, exceto entes públicos): cópia do_-'

contrato social e alterações, código do ramo de atividade econômica. ‹

Não comparecendo, a reclamação trabalhista será arquivada, cabendo ao

Documento assinado pelo Shodo

Documento assinado pelo Shodo

Advocacia Trabalhista Bancária Especializada

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA

MARIA o|.íMP1A DE cARvA|..Ho, brasileira,

filha de Laurinda Castilho Carvalho, residente e

seus procuradores, infra assinados, os guais recebem

AçÃo RECLAMATÓRIA TRABALHISTA, coM

Documento assinado pelo Shodo

cA1xA EcoNôM1cA FEDERAL, inscrita no CNPJ

que a seguir expõe:

A parte Autora vem postular direitos que lhe restaram

Segue abaixo .notícia extraída do site do E. TST,

A retirada da gratificação de caixa executivo de um funcionário no mesmo

Superior do Trabalho negou provimento' a agravo de instrumento da CEF

integrações. A CEF foi 25 de maio e, na tarde do

Em nova ação trabalhista, o empregado pediu sua reintegração à função e