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Identificação de minerais
A composição química e a organização estrutural da matéria cristalina
conferem aos minerais determinadas propriedades físicas e químicas que
Processos e materiais geológicos importantes em auxiliam na sua identificação.
ambientes terrestres A identificação de minerais é feita a partir da análise das suas propriedades.
A observação de algumas destas propriedades pode ser feita em campo mas
Rochas sedimentares há outras que requerem equipamento de laboratório. Podem utilizar-se
Minerais quatro tipos de técnicas para identificar um mineral.
Rocha – Material, geralmente no estado sólido, que ocorre naturalmente na
Análise dos caracteres físicos macroscópicos;
crosta terrestre, constituído por um ou mais minerais (macroscópicos ou
microscópicos). Estudo das propriedades óticas com o microscópio petrográfico;
Estudos por raios X;
Mineral – corpo sólido, natural, com composição química definida ou variável Ensaios químicos para determinar a sua composição.
dentro de certos limites, inorgânico e com textura cristalina característica.
Propriedades físicas
Minerais herdados – minerais que fazem parte de rochas sedimentares e Cor dos minerais:
que provieram de rochas preexistentes, tendo sido modificados fisicamente
Mineral idiocromático – mineral que apresenta cor constante
devido ao transporte. (quartzo, feldspatos e micas, anfíbolas, piroxenas,
calcite, etc…) Mineral alocromático – mineral que apresenta cor variável (quartzo)
Minerais de neoformação – minerais novos, que fazem parte de rochas A diversidade da cor pode ser devido à mistura de pequenas quantidades de
sedimentares e originados devido a reações químicas ocorridas na fase de certos pigmentos ou devido a variações na composição química, em que
sedimentogénese ou de diagénese. (calcite, dolomite, sílica, minerais de certos elementos são substituídos na rede cristalina por outros diferentes.
argila, halite e gesso) No entanto, a cor raramente é única para cada mineral, portanto a cor não
é uma propriedade muito fiável na identificação de minerais.
Cristal – corpo sólido homogéneo, formado por matéria mineral, com
estrutura geométrica específica (poliedro). Sob condições favoráveis de Risca ou traço:
formação apresenta partículas elementares agregadas de forma ordenada,
em três dimensões do espaço. Um cristal forma-se quando um mineral dispõe A risca é a cor do mineral quando reduzido a pó, ao contrário da cor é uma
de tempo e de espaço para ordenar as suas partículas, ou seja, quando a propriedade constante e diferentes variedades da mesma espécie mineral
matéria mineral não está sob a ação de fatores perturbadores. exibem sempre o traço da mesma cor. A cor do traço nem sempre coincide
com a sua cor.
1
Os minerais idiocromáticos de brilho metálico produzem traços com Diafaneidade/ Translucência:
cores fortes, habitualmente negra;
É a propriedade dee alguns minerais de se deixarem atravessar pela luz.
O minerais incolores têm risca branca;
Os minerais corados de brilho não metálico, no geral alocromáticos, Materiais hialinos – transparentes e incolores, os objetos vistos através
ou têm risca branca ou da cor do mineral mas mais clara; deles não perdem os seus contornos nem a cor.
A hematite, mesmo as variedades mais negras, metálicas, deixam
Segundo esta propriedade os minerais podem ser:
um traço vermelho cor de sangue.
Transparentes, quando é possível identificar objetos através deles;
A cor do traço pode ser determinada, caso o mineral tenha uma dureza
Translúcidos, quando deixam atravessar a luz mas não é possível
inferior à porcelana, por se riscar com o mineral uma superfície não polida
identificar objetos;
polida de uma porcelana.
Opacos, quando mesmo em lâminas delgadas não se deixam
Brilho ou lustre: atravessar pela luz.
2
Fratura: Dois minerais têm a mesma dureza se se riscam ou não se riscam
mutuamente;
Revela que todas as ligações são igualmente fortes, qualquer que seja a
Os termos da escala devem ser percorridos no sentido decrescente
direção considerada. As superfícies de fratura não se repetem
de dureza para se evitar o desgaste dos minerais mais duros;
paralelamente a si mesmas e podem apresentar diferentes aspetos.
Quando não se dispõe de uma escala de Mohs, podem utilizar-se
Dureza: diferentes materiais:
A escala de Mohs apenas proporciona valores
É a resistência que o mineral oferece ao ser riscado (sulcado) por outro
relativos, sendo a determinação de valores
mineral ou por determinados objetos. É condicionada pela estrutura e pelo
absolutos complexa e implica a utilização de
tipo de ligações entre as partículas e, por isso, pode variar com a direção
aparelhos muito especializados. Na escala de
considerada. A sua determinação é feita em relação aos termos de uma
Mohs, o aumento da dureza absoluta entre os
escala de dureza, sendo a mais conhecida a escala de Mohs:
diferentes termos não é sempre o mesmo:
Densidade:
A densidade absoluta, ou massa volúmica. de uma substância traduz a massa
por unidade de volume. Depende da dureza das partículas que constituem o
mineral e do tipo de arranjo destas partículas. Para a identificação dos
minerais, recorre-se à densidade relativa, podendo utilizar-se qualquer um
dos métodos utilizados em física.
Propriedades químicas
Alguns testes podem ser utilizados para fazer o diagnóstico de minerais
como o teste do sabor salgado para a halite (NaCl) ou o teste da reação aos
Escala de Mohs - Escala de dureza constituída por 10 termos, colocados por
ácidos.
ordem crescente de dureza, começando pelo talco e terminando com o
diamante que é o corpo natural mais duro que se conhece. Reação aos ácidos:
A calcite e outros carbonatados reagem com o ácido clorídrico, fazendo
Qualquer mineral da escala risca todos os que estão abaixo dele, não
efervescência devido à libertação de CO2 durante a reação. No caso da
sendo riscado por eles;
calcite e a aragonite, a efervescência é abundante quando reagem a frio, já
Um mineral é mais duro que outro se, e só se, o riscar, sem se deixar
na dolomite só se verifica efervescência a quente ou quando o mineral é
riscar por ele;
reduzido a pó.
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propriedades
químicas físicas
reação aos
densidade óticas mecânicas
ácidos
influenciada diafaneidade/
não reagem risca ou traço cor brilho dureza fratura hábito clivagem
por... translucência
escura ou quase
vulgar
preta
4
Rochas sedimentares detríticas Meteorização
Formação das rochas sedimentares Tipos de meteorização física:
A formação de uma rocha sedimentar envolve várias etapas:
Crioclastia (quando a água congela nas diáclases, o seu volume
•É o conjunto de fenómenos que leva à alteração das características iniciais das
aumenta, fazendo aumentar a dimensão das fraturas);
rochas Atividade biológica (ex: raízes de árvores);
•Física ou mecânica - origina partículas cada vez mais pequenas
•Química - modifica os minerais das rochas Haloclastia (crescimento de minerais nas fraturas e nos poros das
Meteorização •Há formação de clastos/ detritos que irão constituir os sedimentos. rochas);
Ação da água;
Termoclastia (variações no volume das rochas provocadas por
variações na temperatura);
•Separação de pedaços de rocha da rocha-mãe Alívio de pressão (pode fazer com que a rocha se expanda e se
Erosão quebre)
•Geralmente, os materiais resultantes da meteorização não permanecem no seu Água (com diferentes substâncias dissolvidas;
local de formação
•A força exercida pelos agentes erosivos é, geralmente, suficiente para iniciar o
Oxigénio e dióxido carbono atmosféricos;
Transporte transporte Temperatura (influencia a velocidade das reações);
Seres vivos (produção de substâncias) – meteorização bioquímica.
5
Oxidação O oxigénio atmosférico dissolvido na Oxidação da pirite Sedimentação
água reage com os iões dos minerais (transformando-se em
redução A deposição dos materiais ocorre quando deixa de haver ação dos agentes
produzindo óxidos. A oxidação é o hematite)
processo pelo qual um átomo ou ião perde 4FeS2 + 3O2 ⟶ 2Fe2O3 + de transporte. Quando os sedimentos se depositam. Vão formando
eletrões. Este processo tem importância 8S superfícies horizontais mais ou menos paralelas – estratos ou camadas.
na alteração de minerais com teores de
ferro elevados. Diagénese
Erosão A diagénese compreende:
Os principais agentes erosivos são a água e o vento. A água pode originar
Compactação (diminuição do volume);
estruturas como as chaminés de fada e como as ravinas (sulcos profundos
Desidratação (diminuição da quantidade de água);
no solo. A ação erosiva do vento é feita, principalmente de dois modos:
Cimentação (agregação de sedimentos, com ajuda de uma substância
remoção de partículas sedimentares, deixando a rocha sã sujeita a
precipitada);
meteorização; desgaste das rochas pelo vento e pelos materiais soltos por
Recristalização (alteração da estrutura cristalina; ocorre devido a
ele movidos.
alterações das condições de pressão e temperatura, e circulação da
água e outros fluidos onde estão dissolvidos iões; ex:
recristalização da argonite, formando a calcite).
6
5. Crivagem (separação dos sedimentos segundo a escala
granulométrica)
Areias
6. Pesagem das frações
As areias variam em vários aspetos:
7. Morfoscopia
Cor – dependendo dos sedimentos que as constituem e da sua 8. Análise dos resultados
abundância, que por sua vez são dependentes das rochas-mãe dos
Alteração do granito e paisagens graníticas
sedimentos;
O granito é composto por minerais de Feldspato, quartzo, biotite e
Grau de arredondamento – as arestas dos sedimentos vão ficando
moscovite.
mais arredondadas devido ao atrito e a choque, logo, quanto maior
for a duração do transporte, maior o grau de arredondamento. O granito é um plutonito – formou-se pelo arrefecimento lento do magma
Granulometria – varia conforme a natureza da fonte e o regime em profundidade.
hidrodinâmico.
Com o afloramento do maciço granítico, as tensões litosféricas a que estava
sujeito diminuem, podendo provocar o surgimento de planos de fratura em
que não há movimento relativo dos blocos – diaclases. As diaclases também
podem ter origem tectónica ou no arrefecimento do magma e na sua
consolidação (como resultado da diminuição do volume).
Granosseleção – a variação da energia do agente transportador seleciona os Os feldspatos são mais suscetíveis à meteorização do que os restantes
sedimentos pelo tamanho e densidade. minerais primários do granito. A meteorização química dos feldspatos é
traduzida na seguinte equação química:
Estudo das areias:
2KAISi3O8 + H2CO3 + H2O ⟶ K2CO3 + Al2Si2O5(OH)4 + 4SiO2
1. Recolha da amostra
2. Quarteamento Junto da rocha podem acumular-se areias graníticas – saibro.
3. Lavagem
4. Secagem
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Formação de Caos de blocos: Principais características das paisagens graníticas:
1. A alteração do granito é mais intensa ao longo das superfícies mais Afloramentos graníticos de grande extensão afetados por sistemas
expostas aos agentes de meteorização, que com o tempo rão de fraturas – diáclases;
desaparecer, tornando os blocos graníticos mais arredondados. Relevos com declive acentuado;
2. O arredondamento dos blocos de granito aumenta a área de Substrato rochoso despido ou coberto por finas camadas de solo
circulação das águas e o seu tempo de permanência em contacto com arenoso;
os mesmos, intensificando-se a meteorização química da rocha. Blocos graníticos arredondados, sobrepostos, e espalhados de
3. Os blocos tornam-se mais pequenos, arredondados e espalhados forma caótica na paisagem – caos de blocos.
pela paisagem.
Princípios da Estratigrafia
Estratigrafia – ramo da geologia que se ocupa do estudo, descriçã,
correlação de idades e classificação de rochas sedimentares.
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Ambientes de sedimentação biogénicos: Soterramento do cadáver por sedimentos finos que protegem o
cadáver de predadores e da decomposição e fixam com mais detalhe
Ambiente Processo químico Sedimento
as formas do organismo;
Mar profundo Organismos com Sílica
(Planície abissal) concha Existência de partes duras no organismo – são mais fáceis de
Marinho
Mar pouco Organismos com Calcite fossilizar;
profundo concha Temperatura baixa – dificulta a decomposição.
Continental Pântanos Plantas Turfa
Fósseis Tipos de fossilização:
Paleontologia – ciência que estuda os fósseis. Mineralização – substituição da matéria orgânica por matéria mineral
Somatofóssil – resto do corpo dos seres vivos. (impregnação das partes esqueléticas dos organismos com sais minerais
transportados pelos fluídos que circulam nas rochas sedimentares), sendo
Icnofóssil – vestígios da atividade dos seres vivos. frequente a manutenção da forma e detalhe do organismo inicial. É o
Fósseis de fácies – permitem obter informações sobre os paleoambientes. processo mais comum de fossilização, sendo que os fósseis mais comuns
apresentam apenas partes duras.
São fósseis de organismos que viveram em ambientes com condições muito
específicas. Exemplo: corais. Moldagem – os seres vivos/ vestígios são cobertos por sedimentos. Após a
degradação dos tecidos, resta o molde. Pode ser externo ou interno.
Fósseis de idade – fósseis que permitem datar rochas; São fósseis de seres
Também existem moldes dos moldes externos/internos.
vivos que existiram em grande número durante intervalos de tempo
relativamente curtos na história da Terra e que tiveram um ampla Conservação – muitos tecidos do organismo, incluindo os mais moles, podem
distribuição geográfica. Exemplo: Trilobite – Paleozoico; Amonite - ser conservados no gelo ou no âmbar.
Mesozoico
Fósseis vivos – casos em que os organismos não sofreram grandes
Fossilização - conjunto de fenómenos físicos e químicos que permitem a transformações e portanto as suas formas fossilizadas são praticamente
formação de um fóssil. Dependo do tipo de ser vivo e do ambiente onde viveu, idênticas a seres vivos atuais.
e da quantidade de oxigénio.
Rochas sedimentares quimiogénicas
Condições ideais de fossilização: Evaporitos – rochas sedimentares geradas pela precipitação de sais de
Ambiente aquático calmo, ou qualquer outro ambiente em que haja metais alcalinos (essencialmente sódio e potássio) e alcalino-terrosos
um soterramento rápido do cadáver que impede a (cálcio e magnésio), motivada pela evaporação de águas hipersalinas.
destruição/predação do cadáver;
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A precipitação química ocorre quando uma substância se separa do liquido Ca2+ + 2HCO3- ⟶ CaCO3 + H2O + CO2
em que se encontrava dissolvida ou suspensa.
A diminuição do teor de CO2 nas águas (em consequência do aumento da
Evaporitos de água livre – resultantes da evaporação da água no fundo de temperatura da água, da diminuição da pressão atmosférica ou da agitação
bacias marinhas, lagunares ou lacustres das águas – determina que o equilíbrio químico se desloque no sentido da
formação de CO2 e, consequentemente, da precipitação de calcite.
Evaporitos capilares – evaporitos formados por ascenção capilar de
aquíferos ricos em sais dissolvidos e subsequente evaporação subaérea. O CO2 pode reagir com a água formando ácido carbónico, fazendo com que
as águas fiquem mais ácidas. As águas acidificadas provocam a meteorização
Evaporitos primários – gerados na fase de sedimentação
química dos calcários, formando o hidrogenocarbonato de cálcio, que é
Evaporitos secundários – resultam da diagénese, quer precoce quer tardia solúvel.
por efeitos de variações de pressão e/ou temperatura e da percolação de
soluções intersticiais.
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F- Coluna Fatores que conduzem à diminuição do teor de CO 2: Aumento de
temperatura; diminuição da profundidade (diminução da pressão e aumento
G- Algar
de luminosidade); agitação das águas; evaporação.
H- Ressurgência do rio
Não esqueléticos
Componentes
das rochas Pisólitos
carbonatadas Micrite (Calcite
microcristalina)
Ortoquímicos
Esparite (Calcite
espática)
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Pisólitos – semelhantes, em termos de tamanho, a ervilhas; alguns são de reagissem com o oxigénio. Lenta e progressivamente, foram-se formando
origem microbiana, marinhos de água pouco profundas ou lacustres, outros camadas de materiais vegetais mortos, que iniciou o processo de
são de origem algal, gerados em plataformas carbonatadas, em águas frias decomposição e submergiu nas águas ácidas dos pântanos circundantes. A
e a profundidade até 100m. escassez de oxigénio impediu a continuação da decomposição por bactérias
aeróbias. Ao fim de milhares de anos, esta matéria, por estar exposta a
elevadas temperaturas e pressões, transformou-se em turfa.
Carvão
Quanto maior o teor em carbono, maior a energia libertada por combustão.
Formação do carvão:
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Rocha-mãe – É a rocha na qual ocorre todo o processo evolutivo que leva Calcários biogénicos
à transformação dos detritos orgânicos em hidrocarbonetos. Observação Tipo de Caracterização
macroscópica rocha
Rocha-armazém ou rocha-reservatório – São formações geológicas A maioria do calcário presente nas águas pouco
(arenitos, conglomerados, rochas carbonatadas) porosas e permeáveis que profundas é formado a partir de bioclastos. O
calcário foi inicialmente secretado pelos organismos
recebem e armazenam o petróleo e o gás natural que migram da rocha-mãe.
para produzir os seu revestimento, sendo depois
Calcário
fragmentado pelas correntes e acumulado como
Rocha-cobertura – são formações geológicas impermeáveis, geralmente
detrito de origem biológica. Os organismos também
conhecidas por rochas argilosas, que impedem a migração e a dispersão do podem modificar as condições do meio e causar a
petróleo até à superfície. Também pode ser chamada de teto precipitação dos minerais carbonatados.
Armadilha petrolífera – estruturas geológicas favoráveis a acumulações Calcário Formado a partir dos recifes, por acumulação dos
consideráveis de petróleo. recifal esqueletos e revestimentos dos organismos.
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Rochas magmáticas A junção da água aos materiais mantélicos desloca o ponto de fusão para
Magma temperaturas mais baixas. Este processo pode ocorrer em limites
convergentes das placas em que a água é conduzida juntamente com os
Magma – material de origem profunda, formado por uma mistura complexa
sedimentos da placa subductada.
de silicatos em fusão, com uma percentagem variável de gases dissolvidos,
podendo conter cristais em suspensão. O material fundido, por ser menos denso, ascende e origina rochas
magmátcias extrusivas ou cristaliza em profundidade gerando rochas
Formação de magmas:
magmáticas intrusivas.
Em regiões tectonicamente ativas, o aumento de temperatura com a
Gradiente geotérmico - variação da temperatura (ºC) por kilómetro de
profundidade é muito acentuado. Para além disto, a diminuição da pressão
profundidade (ºC/km)
e a hidratação dos materiais constituintes do manto e da crusta pode
contribuir para a sua fusão. Grau geotérmico - profundidade necessária para a temperatura aumentar
por 1ºC (m/ºC)
Quer a diminuição de pressão
resultante do movimento Tipos de magma
divergente das placas nas Os tipos de magma são definidos com base na sua acidez que é determidada
zonas de rifte, quer a pela percentagem de sílica que compões o magma. Quanto mais sílica tiver o
diminuição de pressão que se magma, mais ácido será.
verifica nas plumas térmicas,
ao atingirem níveis mais
superfíciais, conduzem à fusão
das rochas originando magmas.
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Os diferentes tipos de magma também são distinguíveis pela quantidade de Deste modo é possível associar os diferentes tipos de magma a diferentes
gases neles dissolvidos: tipos de vulcanismo, e portanto, a diferentes condições de formação:
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Formação de cristais em profundidade
Diferenciação magmática – processo, que, a partir do mesmo magma, leva à
formação de magmas com diferentes composições químicas.
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Séries de Bowen Após a cristalização completa dos minerais que constituem os dois ramos, a
fração magmática resultante pode apresentar elevadas concentrações de
sílica e de metais leves como o potássio e o alumínio. Assim, até ao
esgotamento do magma residudal, cristalizam o feldspato potássico, a
moscovite e o quartzo.
Série contínua – minerais do grupo das plagioclases, verificando-se uma característica das rochas intrusivas pois há tempo para o
alteração nos iões das plagioclases, sem alteração da estrutura cristalina. desenvolvimento dos minerais no processo de arrefecimento e
solidificação do magma no interior da crusta; exemplos: gabro,
Plagioclases - minerais constituídos por alumínio, silíca e quantidades diorito, granito.
variáveis de sódio e cálcio. São os dois últimos que se substituem na rede Textura afanítica – os minerais não são visíveis a olho nu; é
cristalina formando vários tipos de plagioclases. característica de rochas extrusivas uma vez que os minerais não
têm tempo para se desenvolverem (a lava arrefece e solidifica
Anortite – plagioclase 100% cálcica (primeira a cristalizar)
rapidamente); exemplos: basalto, andesito e
Albite – plagioclase 100% sódica (última a cristalizar) riólito.
Textura vítrea – sem desenvolvimento
Série descontínua – minerais ferromagnesianos; à medida que se dá o
cristalino; decorre de um arrefecimento
arrefecimento, o mineral anteriormente formado reage com o magma
brusco que ocorre à superfície; exemplo:
residual dando origem a um mineral com uma composição química e com uma
obsidiana.
estrutura cristalina diferentes. Terminada a cristalização da biotite, o
magma residual, caso exista, já não tem ferro e magnésio: a partir deste
patamar térmico, os minerais que se formarem não têm ferro nem magnésio.
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Quanto à cor Deformação das rochas
Rocha leucocrata – rocha rica em minerais félsicos (de cor clara)
Deformação das rochas
resultante da solidificação de magma rico em sílica (magma ácido)
A deformação das rochas é, juntamente com o vulcanismo e os sismos, uma
Rocha melanocrata – rocha rica em minerais máficos (de cor escura)
manifestação do dinamismo interno da Terra. É originada por tensões que
resultante da solidificação de magma básico
afetam o volume e/ou a forma das rochas. 𝜀 = ∆𝑙/𝑙
Rocha mesocrata – Rocha que não apresenta predominância de
minerais félsicos ou máficos (resultante de magma intermédio)
Tipos de tensão
Tensão – força exercida por unidade de área
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Comportamento dos materiais rochosos Elementos característicos das falhas
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Tipos de falhas Dobra – deformação em que se verifica o encurvamento de superfícies
Falha inversa – o teto sobe em relação ao muro; forma- originalmente planas. Resultam da atuação de tensões de compressão em
se num estado de tensão compressivo rochas com comportamento dúctil.
Falha de desligamento – os
movimentos dos blocos são
essencialmente horizontais e paralelos à direção do
plano de falha; forma-se em regime de deformação de
cisalhamento.
Falhas associadas
Graber – fossa tectónica
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Atitude das camadas da dobra
Tipos de dobras
Critério de
Classificação Características
classificação
Diretriz – interseção do
Antiformas (dobras Concavidade da dobra
positivas) orientada para baixo plano da camada com um
Disposição espacial plano horizontal
Sinformas (dobras Concavidade da dobra
dos elementos da
negativas orientada para cima
dobra Direção da camada –
Concavidade orientada
Dobras neutras ângulo formado pela
na horizontal
diretriz com a direção
As camadas no núcleo
Anticlinal N-S geográfica
Idade relativa dos são as mais antigas
estratos da dobra As camadas no núcleo Inclinação dos estratos – ângulo formado pela pendente (linha de maior
Sinclinal
são as mais recentes declive) com o plano horizontal
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Rochas metamórficas Fatores de metamorfismo
Metamorfismo – conjunto de processos físicos e/ou químicos através dos Temperatura
quais rochas pré-existentes são modificadas, no estado sólido, em rochas Por ação do calor, sem que haja fusão, certos minerais tornam-se instáveis.
metamórficas, com constituições mineralógicas e/ou texturais e/ou Nestas condições ocorre a quebra de algumas ligações e a formação de
químicas diferentes das que existiam originalmente. Ocorre no interior da outras dando origem a minerais mais estáveis nas temperaturas mais
terra em condições de pressão e temperatura elevadas (superiores às de elevadas. Assim há uma modificação da estrutura cristalina sem fusão da
diagénese e inferiores às de magmatismo). Se houver alteração da rocha, havendo, por isso, metamorfismo
estrutura cristalina sem que haja variação da composição química há uma
Pressão/ tensão
situação de polimorfismo.
Tensão litostática – a intensidade das forças é igual em todas as direções,
ocorre, por exemplo, como resultado da deposição de camadas. Há uma
diminuição do volume e um aumento da densidade da rocha.
Tipos de metamorfismo
Metamorfismo de impacto
Metamorfismo de Contacto
Metamorfismo de contacto - Tem caráter localizado, ocorre a baixas
pressões numa zona de contacto com intrusão magmática, que aquece e
liberta fluidos para as rochas adjacentes, alterando a sua composição
mineralógica. O grau de metamorfismo diminui com a distância à intrusão.
Os fatores dominantes de metamorfismo são a temperatura e os fluídos.
26
Metamorfismo de afundamento
27
Minerais metamórficos:
Mineralogia do metamorfismo
Ao serem expostos a condições de pressão e temperatura mais elevadas,
alguns minerais tornam-se instáveis, transformando-se em minerais
diferentes, mais estáveis nessas mesmas condições.
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Grau de metamorfismo (paleobarómetros e paleotermómetros), e identificar diferentes graus de
metamorfismo.
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Isógradas – linhas que delimitam diferentes zonas metamórficas; definidas Textura
pelos pontos onde ocorrem pela primeira vez determinados minerais-índice. Textura – determinada pelo tamanho, forma e arranjo dos minerais que
constituem a rocha.
Rochas metamórficas
Rochas metamórficas – formadas por recristalização no estado sólido de Textura não foliada/granoblástica - Os minerais não apresentam nenhuma
materiais pré-existentes) Frequentemente as rochas metamórficas orientação preferencial, e são, normalmente, equidimensionais. Exemplo:
encontram-se dobradas, o que sugere génese num estado de deformação maioria das rochas resultantes de metamorfismo de contacto.
dúctil
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Tipos de foliação Sequência quartzo-feldspática – originada a partir de rochas graníticas e
riolíticas
Tipo de Clivagem Bandado
Xistosidade
foliação ardosífera gnáissico Gnaisses > magmatitos
Grau de
Baixo grau Médio grau Elevado grau Sequência carbonatada – originada a partir dos calcários
metamorfismo
Granularidade Fina Média-alta Média-alta Calcários > mármores (metamorfismo regional)/ corneanas carbonatadas
Menor fissilidade (metamorfismo de contacto
Apresenta
Fissilidade que clivagem Reduzida
fissilidade
ardosífera Sequência carbonácea – desenvolvida a partir de carvões fósseis
Orientação Fenómenos de Os minerais de
paralela de recristalização e cor clara são Antracite > grafite
moscovite e maior separados dos
Exemplos de rochas metamórficas:
minerais de desenvolvimento dos minerais de cor
Organização
argila, cristais de micas, escura, formando
formando quartzo e feldspatos. bandas
folhas finas e Superfícies alternadas destes
baças brilhantes minerais.
Exemplos Ardósia, filito micaxisto gnaisse
Sequências metamórficas
Sequência metamórfica – conjunto de rochas metamórficas derivadas do
mesmo tipo de rocha original, correspondentes a sucessivos graus
crescentes de metamorfismo.
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Exploração sustentada de recursos geológicos
Recursos geológicos
Recursos energéticos
Recursos minerais
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