Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Introdução em Modelos Gerenciamento Ágeis
Objetivo
• Desenvolver o conhecimento da metodologia ágil, seus tipos e suas características, bem
como enfoque sob ótica do PMBOK e PRINCE2.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
Introdução em Modelos Gerenciamento Ágeis
Contextualização
Nossa situação-problema central proposta para a unidade é baseada em um Projeto
de Desenvolvimento de um App (aplicativo) SEJ para uma empresa de Seguros que quer
atingir o nicho de mercado do público jovem.
Nesta Unidade existem 3 abordagens que devem ser verificadas pelo aluno:
• Decidir quais dos tipos de modelos ágeis melhor se adequaria neste projeto.
• Decidir como os fundamentos do PMBOK podem auxiliar este projeto com enfo-
que ágil.
• Decidir como os fundamentos do PRINCE2 Agile podem auxiliar este projeto.
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O Manifesto Ágil
Por que os fundamentos do Manifesto Ágil surgiram como mudanças para a forma de
Gestão de Projetos?
Os 17 profissionais são: Kent Beck, Mike Beedle, Arie van Bennekum, Alistair
Cockburn, Ward Cunningham, Martin Fowler, James Grenning, Jim Highsmith,
Andrew Hunt, Ron Jeffries, Jon Kern, Brian Marick, Robert C. Martin, Steve Mellor,
Ken Schwaber, Jeff Sutherland e Dave Thomas.
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UNIDADE
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Por que os fundamentos do Manifesto Ágil surgiram como mudanças para a forma de Ges-
tão de Projetos? Principalmente porque os tipos tradicionais não apresentavam flexibili-
dade em questão de alterações de requisitos, bem como não apresentavam questões de
unidade com o cliente no desenvolvimento dos produtos e nem valorizavam as pessoas
participantes do projeto.
Scrum
A palavra Scrum tem origem no inglês, significa reinicio de jogada no rugby (é
um esporte coletivo de intenso contato físico originário da Inglaterra). O Scrum é um
framework criado para desenvolver e manter produtos complexos. Ele apresenta pi-
lares, eventos e artefatos com regras que os unem. Ken Schwaber e Jeff Sutherland
desenvolveram o Scrum e criaram o Guia do Scrum.
A transparência é considerada o primeiro pilar, pois define que o projeto deve ser
conhecido por todas as partes envolvidas.
Alguns exemplos:
• quando o Product Owner descreve por meio das User Stories as funcionalidades
para o produto;
• quando o cliente determina as prioridades dos sprints;
• quando o Scrum Master apresenta o planejamento dos sprints e o andamento dos
sprints backlogs;
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• quando o time comunica diariamente o andamento do trabalho na reunião diária;
• quando a equipe utiliza um kanban para atualizar e deixar explícito o andamento e
progresso do projeto;
• quando o incremento do produto é feito e o cliente pode dar um feedback antes da
entrega final do projeto.
A Inspeção é o segundo pilar, ela determina que o projeto deve ser sempre inspe-
cionado para que se tenha uma garantia de qualidade. Por ser um princípio decisivo,
pode ser utilizado dentro dos testes e também de cada sprint.
Por exemplo:
• no conceito de feito;
• na reunião de Revisão do Sprint com o product owner;
• nas estimativas play poker de Users stories;
• no final de cada reunião diária para verificar a adequação do grupo a User story;
• ao se verificar bugs e sua correção.
Por exemplo:
• no planejamento dos sprints, quando o Product Owner faz a priorização das
Users Stories;
• na reunião de Revisão da sprint, quando o Product Owner reprioriza as Users
Stories (itens do backlog).
Observando-se que ao iniciar um Sprint, a sua duração é fixa e não pode ser dimi-
nuída ou aumentada. Os outros eventos podem ser finalizados sempre que o objetivo do
evento é conseguido de modo a assegurar a utilização de uma quantidade adequada de
tempo, não existindo assim perdas no processo.
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itens priorizados que estão sendo elaborados. Estes eventos são elaborados para con-
ceber ações de transparência e inspeção. A omissão de quaisquer um desses eventos
acarretará numa diminuição da transparência e também existirá perda para se inspe-
cionar e adaptar.
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O Product Backlog é uma lista organizada dos itens necessários para o produto.
O Product Backlog deve ser uma lista única para consulta dos requisitos, sendo o
Product Owner o responsável por este artefato, bem como: seu conteúdo, a sua dispo-
nibilidade e seu formato ordenado.
Já o Sprint Backlog deve ser considerado como os itens internos do Product Backlog.
O Sprint Backlog deve ser elencado para o Sprint (que deve durar de 2 a 4 semanas).
Extreme Programming
O Extreme Programming é também chamado de XP, foi criado em 1997 por Kent
Beck, sua metodologia apresenta foco em agilidade de equipes e qualidade de projetos,
sendo uma metodologia baseada em comportamentos e atitudes.
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• coragem; e
• coach.
No Pair Programming, todo o desenvolvimento do código do sistema deve ser escrito por
dois programadores conjuntamente, ocorrendo maior produtividade e menos erros. Com o
rodízio de pares, pode-se melhorar a comunicação e o relacionamento entre o time.
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• Acompanhador (tracker);
• Cliente.
Lembra-se que conversamos sobre o MSF na unidade anterior? O que significa MSF? Quan-
do foi criada? E para que serve?
Princípios:
• Parceria com clientes;
• Comunicação aberta;
• Visão compartilhada;
• Qualidade é muito importante para o trabalho;
• Metodologia ágil com adaptação a mudança;
• Fluxo de valor.
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Gerenciamento
de Programa –
Gerente do Projeto
Gerenciamento
do produto – Arquitetura
Analista – Arquiteto
de Negócio
MSF
Experiência do
Desenvolvimento
usuário – Analista
– Desenvolvedor
do Negócio
Operações de
atualização –
Teste – Teste
Gerente de
atualização
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O MSF na versão 4.0 foi publicado em duas metodologias:
• Uma tradicional, o MSF for CMMI Process Improvement;
• Uma ágil, o MSF for Agile Software Development.
O Lean Manufacturing foi criado por Taiichi Ohno, engenheiro da empresa Toyota,
no Japão, no pós-segunda guerra mundial, sendo seus precursores: Sakichi Toyoda,
fundador do Grupo Toyoda em 1902; Kiichiro Toyoda, filho de Sakichi Toyoda, que en-
cabeçaram as operações de manufatura de automóveis entre 1936 e 1950; em conjunto
também com Eiji Toyoda.
Sistema Kanban
O Sistema Kanban foi criado por Taiichi Ohno, em 1953, e possui o significado de
“cartão visual”. Muitas vezes é confundido com o Sistema Toyota de Produção devido
ter sido criado pelo mesmo autor.
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No Kanban pode-se definir limites de tempo que os cartões podem ficar em determi-
nados estágios, ou seja, delimitar o tempo para cada atividade.
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A estrutura do livro PMBOK continua dividida em 03 partes igual no enfoque
ágil, apresentando:
• Guia do conhecimento em gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK);
• Padrão de Gerenciamento de Projetos;
• Apêndices, glossário e índice remissivo.
As fases do Gerenciamento do Projeto pelo PMBOK com enfoque ágil são 04:
• Início do projeto;
• Organização e preparação;
• Execução do trabalho;
• Terminar o projeto.
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Ocorreram uma melhor organização das entradas, ferramentas e técnicas e saídas:
• Componentes do Plano;
• Exemplos de documentos;
• Atualizações de documentos;
• Significa analisar o projeto para determinar quanta ênfase colocar em casa proces-
so (com base no escopo e tamanho do projeto).
• Visto que o Monitorar atende ao Check do ciclo PDCA, enquanto o Controlar aten-
de ao Act do ciclo PDCA;
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Foco no
aumento de
valor
Foco no
Planejamento
Fundamentos do PRINCE2
Enfoque Ágil ou PRINCE2 Agile
Lembra-se que conversamos sobre o PRINCE2 na unidade anterior? O PRINCE2 é igual ao
PRINCE2 Agile?
O PRINCE2 Agile foi publicado pela AXELOS em junho de 2015. Ele é um fra-
mework de gerenciamento ágil de projetos que combina a flexibilidade e capacidade de
resposta ágil com a governança do PRINCE2. E fornece estrutura, controle e controle
ao trabalhar com conceitos, métodos e técnicas ágeis. Ele foi projetado para auxiliar os
profissionais a se adaptar aos controles de gerenciamento para trabalhar em um ambien-
te ágil, ajudando a compreender os requisitos de governança do PRINCE2, bem como a
interface do PRINCE2 com as formas de trabalho ágeis.
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• Funciona com qualquer abordagem ágil estabelecida;
• A pontualidade e que atinja os prazos de forma mais consistente;
• Ser um projeto de colaboração que é corporativo;
• Permissão de dimensionar para seus requisitos e pragmatismo precisos;
• Aumentar a confiança das partes interessadas;
• Às ferramentas adicionais para gerenciar e reagir aos requisitos em constante mudança.
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• Log diário;
• Registro de Emissão;
• Registro de lições;
• Registo de Qualidade; e
• Registro de riscos.
Nele usa-se o termo ‘revisão’ para uma finalidade específica ao utilizar a técnica de
revisão de qualidade, enquanto é usado frequentemente ao utilizar o desenvolvimento ágil.
Quanto ao painel do projeto ou Sistema Kanban, este deve determinar quanto tempo
de duração de um estágio antes de decidir o que o compõe. Deve priorizar um requisito
(ou user stories) que precisa ser satisfeito para atingir uma saída que deve cumprir um
“timebox”, senão a entrega não se torna efetiva.
Lembre-se que muitas vezes o sprint zero ou iteração zero ou descoberta (também
chamados de sprints iniciais) pode ser usado para a entrega inicial.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Agile Manifesto for Software Development | Agile Alliance
http://bit.ly/2ZyUVqf
The Scrum Guide
http://bit.ly/2ZyVikD
What is Extreme Programming (XP)? | Agile Alliance
http://bit.ly/2ZAfdzt
Implementação Do Sistema De Manufatura Enxuta (Lean Manufacturing) Na Embraer
LINDGREN, P. C. C. Implementação Do Sistema De Manufatura Enxuta (Lean
Manufacturing) Na Embraer. Monografia (MBA em Gerência de Produção e Tecno-
logia) – Departamento de Economia, Contabilidade, Administração e Secretário
Executivo, Universidade de Taubaté, Taubaté, 2001.
http://bit.ly/2ZwMpYJ
Kanban
http://bit.ly/2ZAgzdH
The PMI Talent Triangle
http://bit.ly/2Ltcv4V
Business Analysis Practice Guide | PMI
http://bit.ly/2LuOeeK
PRINCE2 Agile | PRINCE2 | AXELOS
http://bit.ly/2Lr7tpv
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Referências
AMARAL, D. C. et al. Gerenciamento ágil de projetos: aplicação em produtos
inovadores. São Paulo: Ed. Saraiva, 2011.
AXELOS. Managing successful projects with PRINCE2. Norwich: TSO, 2017. (The
Stationery Office).
CRUZ, F. Scrum e Agile em Projetos: guia completo. 2. ed. São Paulo: Brasport, 2018.
FOGGETTI, C. Gestão ágil de projetos. São Paulo: Education do Brasil, 2014. (Coleção
Bibliografia Universitária Pearson).
SABBAGH, R. Scrum: Gestão ágil para projetos de sucesso. São Paulo: Editora
Casa do Código, 2014.
SUTHERLAND, J.; SCHWABER, K. The scrum guide. The definitive guide to scrum:
The rules of the game. Scrum. org, v. 268, 2017.
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