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A METAFÍSICA DA PUNHETA

Não apenas um remédio


contra a falta de buceta,
nem tampouco contra o tédio
quando a coisa fica preta.

É preciso ter em mente


que a bem batida punheta
é um ato transcendente,
uma fuga do planeta.

Um orgasmo evanescente
que nos liberta do mal
de sermos, tão somente,
um homem com um pau.

A punheta, de repente,
nos faz um ser caralhal,
que, num dia intermitente,
num dia tão normal,

faz sozinho, simplesmente,


um completo bacanal,
e come, impunemente,
uma linda atriz global,

ao mesmo tempo em que sente,


rastejante e sensual,
da Feiticeira a língua quente
roçando o escrotal.

No dia em que eu, doente,


por medo ou por vergonha,
deixar, subitamente,
de bater a minha bronha,

serei, inegavelmente,
um tremendo morde-fronha.
Que alguém me poupe
de uma vida tão medonha.

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