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- Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

Versão jul.12 1
SUMÁRIO

FUNDAMENTOS DE DESENHO DE PROJETOS ............................................................. 3


1. SISTEMA ELÉTRICO .................................................................................................. 3
1.1 Geração ................................................................................................................ 4
1.2 Transmissão ......................................................................................................... 4
1.3 Distribuição ........................................................................................................... 5
2. SISTEMA DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS ............................................... 5
3. ELEMENTOS BÁSICOS DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA .............................................. 8
4. PONTOS DE UTILIZAÇÃO ....................................................................................... 19
5. TIPOS DE INSTALAÇÃO .......................................................................................... 20
6. ESQUEMAS DE LIGAÇÃO ....................................................................................... 23
7. PROJETO DE INSTALAÇÕES ELETRICAS PREDIAIS ............................................ 31
7.1 Desenho de Projeto ................................................................................................ 31
7.2 Etapas de Projeto ................................................................................................... 32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 34
ANEXO I .......................................................................................................................... 35
ANEXO II ......................................................................................................................... 41
ANEXO III ........................................................................................................................ 43
ANEXO IV ........................................................................................................................ 44
ANEXO V ......................................................................................................................... 50

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FUNDAMENTOS DE DESENHO DE PROJETOS

Essas notas de aula servem de base para o conhecimento das representações


convencionais utilizadas nos projetos de instalações elétricas prediais. Elas não contêm
informações para o dimensionamento das instalações, que serão vistas em outra
disciplina.
A NBR 5410:2004 estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações
elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o
funcionamento da instalação e a conservação dos bens. A NBR 5444:1989 estabelece os
símbolos gráficos referentes às instalações elétricas prediais.
Além das normas da ABNT, é necessário consultar as normas da companhia
concessionária responsável pelo abastecimento da localidade em que está situada a
edificação.
A primeira parte da apostila contempla uma introdução ao sistema elétrico, ao
sistema de instalações elétricas prediais e aos elementos componentes dessas
instalações. A seguir, são apresentados esquemas de ligação e um roteiro para o projeto
de instalações elétricas prediais. Nos anexos estão a simbologia para o projeto, as
recomendações de norma para o projeto, as potências dos aparelhos, esquemas de
ligação e diagramas unifilares e um glossário com termos técnicos.

1. SISTEMA ELÉTRICO
As três principais etapas do sistema elétrico de alimentação das instalações
residenciais, prediais, comerciais, rurais e industriais, segundo Cruz e Aniceto (2011), são
a geração, a transmissão e a distribuição da energia, conforme esquematizado na Figura
1.

Figura 1 – Sistema de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica


Fonte: Cruz e Aniceto (2011)

São comuns os geradores de tensão de 6,9 kV, 13,8 kV e 18 kV, classificados


como média tensão. Já nos de alta tensão, os valores típicos são: 69 kV, 138 kV e 230 kV
(Figura 2).

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Figura 2 – Diagrama de um sistema elétrico
Fonte: Creder (2011)

1.1 Geração
Na etapa de geração, a energia elétrica é produzida a partir de outro tipo de
energia, que pode ser, por exemplo:
 Hidrelétrica: uma barragem represa a água, formando um lago artificial e criando
um desnível para a queda d’água; a água passa por condutos forçados, faz girarem
as turbinas que acionam os geradores, produzindo energia.
 Termoelétrica: as turbinas são movidas por vapor a altíssima pressão, produzido
por qualquer produto que possa gerar calor aquecendo a água de uma caldeira,
como gás natural, carvão mineral, carvão vegetal, diesel, gasolina, biodiesel, etc.
 Nuclear: funciona como uma termoelétrica, porém a fonte de calor é nuclear; a
energia para mover a turbina é proveniente da fissão do núcleo dos átomos de
materiais radioativos como urânio e plutônio.
 Eólica: os ventos movimentam diretamente as pás dos geradores.
 Geotérmica: é utilizado o calor proveniente do interior da Terra.
 Solar: painéis fotovoltaicos têm a propriedade de criar uma diferença de potencial
elétrico por ação da luz; o efeito fotovoltaico faz com que essas células absorvam a
energia do sol e façam a corrente elétrica fluir entre duas camadas com cargas
opostas.

1.2 Transmissão
Na etapa de transmissão, a energia gerada é transportada até os centros
consumidores. Para que seja economicamente viável, a tensão gerada nos geradores
trifásicos de corrente alternada, geralmente de 13,8 kV, é elevada a valores que

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dependem da potência a ser transmitida e da distância dos centros consumidores (variam
de 69 kV a 750 kV). Assim, no início do sistema de transmissão, transformadores elevam
a tensão, evitando a perda excessiva de energia. Perto dos centros consumidores, as
subestações diminuem a tensão elétrica, para a distribuição.

1.3 Distribuição
A etapa de distribuição ocorre dentro dos centros de utilização (cidades, bairros,
indústrias). Começa na estação abaixadora, onde a tensão da linha é baixada para
valores padronizados nas redes de distribuição primária (13,8kV e 34,5 kV), que, apesar
de mais baixos, ainda são valores muito altos e não adequados para o consumidor final.
São usados transformadores abaixadores de tensão para passar da distribuição primária
para a secundária.
As redes de distribuição podem ser aéreas ou subterrâneas. Nas redes aéreas, os
transformadores abaixadores podem ser montados em postes ou em subestações
abrigadas; nas redes subterrâneas, os transformadores são montados em câmaras
subterrâneas (Figura 3).

Figura 3 – Rede aérea de distribuição e exemplo de ligação do ramal de entrada do consumidor


Fonte: Modificado de Creder (2011)

2. SISTEMA DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS


A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é uma autarquia (Agência
Reguladora) vinculada ao Ministério das Minas e Energia, com a finalidade de regular e
fiscalizar a produção, transmissão e comercialização de energia elétrica, em
conformidade com as Políticas e Diretrizes do Governo Federal. Apoiada no Código de

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Defesa do Consumidor, ela fiscaliza as empresas concessionárias privatizadas em suas
atividades de distribuição e comercialização de eletricidade no país.
De modo geral, o sistema de fornecimento para os consumidores é feito em baixa
tensão. Em função da carga instalada (consumo previsto para a edificação), o
fornecimento pode ser nas seguintes modalidades:
 Monofásico: dois fios (uma fase e um neutro).
 Bifásico: dois ou três fios (duas fases e um neutro, quando existir).
 Trifásico: três ou quatro fios (três fases e um neutro, quando existir).

Cada concessionária estabelece as faixas de potência que são atendidas por cada
modalidade. Dependendo de região, o fornecimento pode ser feito através de rede aérea
ou subterrânea. Para cada sistema, as concessionárias estabelecem padrão e exigências
que devem ser seguidas pelos instaladores/consumidores.
De modo geral, em qualquer instalação elétrica, seja ela residencial, predial,
comercial ou industrial, há um sistema de entrega de energia, medição e distribuição que
obedece a determinados padrões.
A seguir são apresentadas, de forma objetiva, as diversas partes que compõem a
primeira etapa da instalação, desde o ramal de ligação até o quadro de distribuição
(Figura 4).

Figura 4 - Sistema de entrega, medição e distribuição de energia


Fonte: Cruz e Aniceto (2011)

O ramal de ligação é o conjunto formado por condutores (até três fases e um


neutro) que liga o ponto de derivação da rede de distribuição secundária (DS), sob
responsabilidade da concessionária, ao ponto de entrega. (Cruz e Aniceto, 2011).

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O ponto de entrega é o limite da responsabilidade da concessionária quanto ao
fornecimento, operação e manutenção de energia, conectando o sistema elétrico às
instalações da unidade consumidora.
O ramal de entrada é o conjunto de condutores que entra no poste auxiliar do
consumidor, ligando o ponto de entrega ao quadro de medição (QM).
O quadro de medição (QM) possui o primeiro conjunto de dispositivos de proteção
da instalação elétrica, bem como o aparelho medidor de energia elétrica, em kWh. No QM
é instalado o sistema de aterramento, de onde se origina o condutor de proteção
equipotencial (PE).
Do quadro de medição (QM) sai o conjunto de condutores (até três fases, um
neutro e um PE) que segue até o quadro de distribuição (QD).
No quadro de distribuição (QD), encontram-se instalados os dispositivos de
proteção de todos os circuitos da instalação elétrica, os circuitos terminais, cuja função é
alimentar e/ou comandar os pontos de utilização, ou seja, os pontos onde são conectadas
as cargas de instalação: tomadas, lâmpadas, chuveiros, equipamentos de ar
condicionado etc.
Quanto à estrutura de distribuição dos circuitos, ela depende da finalidade, da
potência instalada e do tamanho da construção, conforme esquematizado na Figura 5.

Figura 5 – Exemplos de distribuição de circuitos terminais.


Fonte: Cruz e Aniceto (2011)

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Ainda de acordo com Cruz e Aniceto (2011), em função da complexidade da
instalação elétrica, pode-se ter, além do quadro de medição (QM), um único quadro de
distribuição (QD), como ocorre em uma casa de pequenas dimensões.
No caso de um sobrado com muitos cômodos, é comum ter o quadro de medição
(QM) e dois quadros de distribuição (QD), para que os dispositivos de proteção
(disjuntores, DR etc.) estejam mais próximos das cargas.
Tem-se, ainda, os casos dos edifícios residenciais ou comerciais, em que há um
quadro geral (QG) de onde partem dois circuitos de distribuição. O primeiro é destinado
ao quadro de medição (QM) e quadros de distribuição parciais (QD) relativos às áreas
comuns do prédio, cuja responsabilidade de manutenção é do seu condomínio; o segundo
é destinado a um quadro de distribuição onde se encontram os medidores e o sistema de
proteção geral de todas as unidades, dele derivando os quadros de distribuição terminais
(QD) de cada unidade, cuja responsabilidade é de cada condômino.
A definição desses elementos é feita na etapa de projeto, assim como a divisão da
instalação da casa, apartamento ou estabelecimento comercial em tantos circuitos
terminais quantos forem necessários para que tenham a proteção devida.

3. ELEMENTOS BÁSICOS DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA

Os elementos básicos que compõem as instalações elétricas prediais estão


apresentados a seguir.

 Eletroduto (ou conduíte): é o tubo por onde passam os fios e cabos (condutores)
de uma instalação elétrica, de modo a protegê-los contra esforços mecânicos e
corrosão, além de proteger o ambiente contra incêndio em caso de
superaquecimento dos condutores ou em caso de ocorrência de arcos voltaicos.
Há diversos tipos de classificação dos eletrodutos, segundo determinadas
características construtivas:
 Material: metal (aço ou alumínio) e plástico (PVC ou polietileno)
 Elasticidade: rígido, flexível corrugado e flexível plano.
 Resistência Mecânica: leve, médio e pesado.
 Propagação de chama: propagante de chama e não propagante de chama.
A Figura 6, a Figura 7 e a Figura 8 apresentam exemplos de eletrodutos de diferentes
materiais.

Figura 6 – Eletroduto PVC flexível corrugado


Fonte: Cruz, 2011

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Figura 7 – Eletroduto rígido metálico
Fonte: Carbinox

Figura 8 –Eletroduto metálico flexível


Fonte: PL Tubos

 Caixas de Passagem e Derivação: são necessárias em diversos pontos da rede


de eletrodutos de uma instalação elétrica e usadas em situações como:
 Pontos de luz no teto ou parede;
 Pontos de instalação de interruptores, pulsadores (botão da campainha),
tomadas de força e de telefone;
 Pontos de antena de TV e de TV a cabo;
 Pontos para conector de rede de computadores;
 Pontos de emenda e derivação de condutores;
 Pontos para facilitar a enfiação de condutores em grandes distâncias.
Há vários tipos de caixa (Figura 9), para as mais diversas aplicações, como
interruptor, pulsador, tomada, ponto de luz no teto, arandela, passagem e ligações em
geral. Podem ser de embutir ou aparentes (condulete).

Figura 9 - Tipos de caixa de derivação e passagem (embutida e aparente)


Fonte: Cruz, 2011

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 Condutor Elétrico: Os condutores elétricos, quanto a sua construção, são
classificados em fios e cabos.
 Fio: condutor redondo sólido único, sendo também denominado condutor rígido,
pode ser de cobre ou alumínio, e ainda nu, esmaltado (película isolante de
esmalte) ou isolado. Em instalações elétricas residenciais, prediais e comerciais,
o fio utilizado é o de cobre isolado (Figura 10).

Figura 10 – Fio de cobre isolado


Fonte: Cruz, 2011

 Cabo: é composto de vários fios nus encordoados, sendo também denominado


condutor flexível, pode ser de cobre ou alumínio, e, ainda, nu ou isolado. Em
instalações elétricas, utiliza-se o cabo de cobre isolado que, construtivamente,
pode ser do tipo redondo normal (Figura 11) ou compacto (Figura 12).

Aplicações: Instalações elétricas


residenciais, prediais e industriais e redes
de distribuição aérea.

Figura 11 – Cabo redondo normal


Fonte: Cruz, 2011

Aplicações: Instalações de baixa e média


tensão, com seções maiores que 10 mm2.

Figura 12 – Cabo redondo compacto


Fonte: Cruz, 2011

OBS.: De acordo com norma NBR 5410, as cores dos fios e cabos nas instalações
elétricas de baixa tensão, variam conforme a função do condutor (fase, neutro ou
proteção):
 O condutor com isolação na cor azul-claro deve ser utilizado como condutor
neutro.
 O condutor com isolação verde-amarelo ou simplesmente verde deve ser
utilizado como condutor de proteção, também conhecido como terra.
 O condutor utilizado como fase poderá ser de qualquer cor, exceto as cores
citadas acima.

 Interruptor: O interruptor nada mais é do que um aparelho que, ligado a um


circuito elétrico, tem como função não somente interferir na circulação como

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também na distribuição de energia. Colocado geralmente numa parede, funciona
quando um toque de dedo muda a posição da tecla.
 Interruptor simples: interruptor de dois terminais e um contato. Possibilita o
comando de um ou mais pontos de luz, que estarão em paralelo, sendo
acionados simultaneamente. Podem ser de 1, 2 ou 3 seções, conforme Figura
13, Figura 14 e Figura 15.

Figura 13 – Interruptor de embutir de 1 seção,vista frontal e posterior


Fonte: Cruz, 2011

Figura 14 – Interruptor de embutir de 2 seções, vista frontal e posterior


Fonte: Cruz, 2011

Figura 15 – Interruptor de embutir, de 3 seções, vista frontal e posterior


Fonte: Cruz, 2011

 Interruptor Paralelo (ou three-way): interruptor de três terminais com um


contato. Possibilita o comando de um ou mais pontos de luz em dois
interruptores. Sua aplicação típica ocorre em escadas, em que normalmente é
necessário o comando da iluminação no piso inferior e também no superior.

 Interruptor Intermediário (ou four-way): interruptor de quatro terminais com dois


contatos (Figura 17). Possibilita o comando de um ou mais pontos de luz, em
três ou mais interruptores. São utilizados dois interruptores paralelos, e, entre
eles, um ou mais interruptores intermediários.

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Figura 16 – (a)Interruptor paralelo de uma tecla de embutir; (b) Interruptores paralelos em vista frontal, A – duas teclas,
B- bipolar, C – uma tecla, D - Três teclas; (c) Interruptores paralelos em vista posterior.
Fonte: Cruz, 2011

Figura 17 – Exemplo interruptor intermediário


Fonte: Cruz, 2011

 Campainha / Cigarra: Equipamento de sinalização mais simples e comum em


residências e apartamentos (Figura 18). Pode ser eletromagnética ou eletrônica.
 Eletromagnética: funciona baseada em um eletroímã acionado manualmente
pelo pulsador. Alguns tipos:
o Cigarra
o Campainha de tímpano
o Campainha tipo dim-dom

 Eletrônica: produz o som digitalmente e pode ser encontrado com fio ou sem fio.
A alimentação pode ser a pilha ou pela rede elétrica.

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Figura 18 – Modelos de campainha
Fonte: Cruz, 2011

 Minuteria: É um dispositivo elétrico (Figura 19), que permite manter acesas, por
um período definido de tempo, as lâmpadas de ambientes como corredores de
andares, garagens, etc. Permitem a instalação de sistemas coletivos ou individuais.

 Sistema Coletivo: Pode estar conectada a uma série de lâmpadas de alguns ou


de todos os andares, que serão ligadas ao mesmo tempo quando acionadas. O
número de lâmpadas a serem controladas depende da capacidade da
minuteria de cada fabricante e é função da soma das potências das lâmpadas
instaladas.

 Sistema Individual: Este sistema é mais econômico que o coletivo, e ao


contrário deste, permite ligar individualmente a iluminação (lâmpadas) de cada
andar ao ser acionado por um botão de comando ou por um sensor de
presença.
o Sensor de presença: São equipamentos que acionam a iluminação ao
detectar a presença de alguém ou de alguma coisa em movimento
(Figura 20). No mercado existem três tipos de tecnologia disponíveis:
 Infravermelho: sensíveis a fontes de calor (corpo humano)
 Ultrassom: emite ondas de ultrassom que são rebatidas de
volta ao receptor do sensor acionando a iluminação.
 Dual: combina as duas tecnologias em um só equipamento

Figura 19 – Minuteria
Fonte: Cruz, 2011

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Figura 20 – Sensor de presença
Fonte: Cruz, 2011

 Dimmer: Equipamento eletrônico que permite controlar a potência de uma carga


desde zero até o seu valor máximo nominal. Em ambientes residenciais e
comerciais, o dimmer é usado para controlar tanto a intensidade luminosa de uma
lâmpada como a velocidade de um ventilador de teto ou parede. Comercialmente,
são encontrados dimmers analógicos e digitais (Figura 21 e Figura 22).

Figura 21 – Modelos de dimmers analógicos (a) Controle Rotativo; (b) Controle Deslizante
Fonte: Cruz, 2011

Figura 22– Modelo de dimmer digital


Fonte: Cruz, 2011

 Disjuntor: Dispositivos que garantem, simultaneamente, a manobra e a proteção


contra correntes de sobrecarga e contra correntes de curto-circuito, interrompendo
a corrente. Permite o religamento sem necessidade de substituição de
componentes. De forma resumida, os disjuntores cumprem três funções básicas:
 Abrir e fechar os circuitos (manobra)
 Proteger a fiação, ou mesmo os aparelhos, contra sobrecarga por meio do seu
dispositivo térmico.
 Proteger a fiação contra curto-circuito por meio do seu dispositivo magnético.

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Quanto ao número de polos, podem ser:
 Monopolares ou unipolares (uma fase)
 Bipolares (duas fases)
 Tripolares (três fases)

Há, no mercado brasileiro, dois tipos de disjuntores: modelo NEMA (preto) e


modelo DIN (branco). Os modelos NEMA (Figura 23), utilizados quando não existe a
necessidade de uma resposta muito rápida do sistema, estão sendo substituídos pelos
disjuntores modelo DIN (Figura 24), que atuam mais rapidamente no sistema
(desligado quase que instantaneamente após a sobrecarga).

Figura 23 – Disjuntores tipo Nema (preto)


Fonte: Adaptado de Nova Luz Caxias

Figura 24 - Disjuntor tipo DIN (branco)


Fonte: Adaptado de Nova Luz Caxias

OBS.: Fuzíveis são dispositivos que têm a função de interromper a corrente, mas
ficam inutilizados quando realizam a interrupção. Por esse motivo, em instalações
elétricas prediais de baixa tensão, são mais utilizados os disjuntores
termomagnéticos devido ao fato de que a ocorrência de correntes de sobrecarga ou
curto-circuito desliga o circuito, mas permite o seu religamento tão logo o problema
seja solucionado, sem a necessidade de substituição do dispositivo de proteção.

 Dispositivo DR (Diferencial-Residual): São dispositivos contra a corrente de fuga à


terra em instalações de baixa tensão. Os DR de corrente nominal residual até 30mA.
são destinados à proteção de pessoas (choques decorrentes de falha de isolação de
aparelhos) e os de corrente nominal de 100mA ou superiores, à proteção patrimonial
pelas correntes de fuga à terra (consumo excessivo de energia elétrica ou incêndios).
Os dispositivos DR (Diferencial-Residual) são utilizados independentemente da
proteção convencional dos circuitos elétricos (disjuntores termomagnéticos), pois os
DR não são capazes de proteger contra sobrecargas e curtos-circuitos e a corrente de
fuga à terra tem valores que não sensibilizam os disjuntores termomagnéticos dos
circuitos. A norma NBR 5410 estabelece as situações me que o uso do dispositivo DR
é obrigatório.

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Há, no mercado, dispositivos DR (Figura 27e Figura 28) e dispositivos DR
acoplados a disjuntores (Figura 28).
 Interruptor DR: Interruptor acoplado ao dispositivo DR (Figura 25), conjuga
duas funções:

Figura 25 - Interruptor DR
Fonte: Manual Prysmian, 2006

Figura 26 – Dispositivo DR
Fonte: Siemens

 Disjuntor DR: dispositivo constituído de um disjuntor termomagnético


acoplado a um outro dispositivo, o Diferencial-Residual ou DR (Figura 27).
Sendo assim, ele conjuga as duas funções:

Figura 27 – Disjuntor Termomagnético conjugado


Fonte: Manual Prismyan

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Figura 28 - Disjuntores DR
Fonte: Siemens

 Quadro de Distribuição ou Quadro de Distribuição de Luz (QD ou QDL): local


onde se concentra a distribuição de toda a instalação elétrica, ou seja, onde se
instalam os dispositivos de proteção, manobra e comando.
Recebe os condutores do ponto de entrada (ramal de alimentação) que vêm
do medidor ou centro de medição. Dele partem os circuitos terminais (para os
pontos de utilização) que alimentam as diversas cargas de instalação (lâmpadas,
tomadas, chuveiros, torneira elétrica, condicionador de ar, etc.), conforme
esquemas da Figura 30 e da Figura 31. Podem ser de sobrepor ou de embutir.
Quanto ao material, podem ser metálicos ou de PVC (Figura 29).

Figura 29 - Quadros de distribuição


Fonte: Indústria Gomes

 Localização do QD: deve ser instalado observando-se os seguintes critérios:

 Locais de fácil acesso;


 Proximidade geométrica das cargas, possibilitando uma simetria entre as
cargas da instalação;
 Devem estar próximos aos centros de carga da instalação (ponto ou região
onde se verifica a maior concentração de potência); e
 Instalação em locais seguros, não permitindo acesso a terceiros.

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Figura 30 – Esquema de quadro de distribuição com entrada bifásica
Fonte: Manual Prysmian, 2006

Figura 31 – Esquema de quadro de distribuição com entrada trifásica


Fonte: Lima Filho, 2011

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4. PONTOS DE UTILIZAÇÃO
Os pontos de utilização são pontos de consumo de energia elétrica, formados
principalmente por tomadas e pontos de luz.

 Tomada: A NBR 14136:2002 estabeleceu um novo padrão brasileiro de tomadas e plugues


que possuem o terminal de proteção PE ao centro e um rebaixo na tomada para que o
plugue encaixe de tal modo que não haja risco de contato elétrico de uma pessoa com os
seus terminais energizados (Figura 32 e Figura 33).
Nesse padrão, foram previstos dois tipos de tomada: de10 A e de 20 A. O
mesmo foi feito com os plugues. A tomada de 20 A possui orifícios de diâmetros
maiores que os da tomada de 10 A, assim como o plugue de 20 A possui terminais de
diâmetros maiores que os do plugue de 10 A. Desse modo, um plugue de 20A não
pode ser conectado a uma tomada de 10 A, tratando-se, portanto, de um mecanismo
de proteção contra sobrecarga.

Figura 32 – Polaridade das tomadas nos padrões antigo e novo


Fonte: Cruz, 2011

Figura 33 – Tomadas e plugues atuais (a) Padão 10A; (b) Padrão 20A
Fonte: Cruz, 2011

Quanto à altura, as tomadas se classificam em baixa, média e alta. As tomadas


baixas têm altura de 0,30m em relação ao piso acabado, as médias, 1,30m e as altas
2,00m.

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 Ponto de luz no teto: Há luminárias de sobrepor e de embutir, para diferentes tipos
de lâmpada (Figura 34 e Figura 35).

Figura 34 – Luminárias de sobrepor


Fonte: Itaim Iluminação

Figura 35 – Luminária de embutir


Fonte: Abalux e Ventluz

 Ponto de luz na parede: Geralmente são utilizadas luminárias de sobrepor, também


denominadas arandelas, conforme Figura 36.

Figura 36 – Luminárias de sobrepor na parede


Fonte: Incolustre

5. TIPOS DE INSTALAÇÃO
As instalações elétricas residências são, na maior parte dos projetos, embutidas
nas alvenarias, laje ou piso. Em alguns casos, são projetadas instalações aparentes
usando o sistema de conduletes, canaletas, bandejas ou calhas.

 Embutida: Atualmente, o sistema mais comum utiliza eletrodutos flexíveis e caixas


de PVC (Figura 37).

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Figura 37 – Exemplo instalação embutida
Fonte: Eng. E CIA ( Blogspot)

 Caixa de Embutir: É instalada embutida na parede, teto ou piso e faz parte da


rede de eletrodutos embutidos. Ela pode ser de PVC (Figura 38) ou de metal. A
de PVC é utilizada em parede e teto, enquanto a metálica deve ser utilizada
embutida no piso. Algumas variedades:
 Retangular
 Quadrada
 Octogonal
 Sextavada

Figura 38 – Caixas de derivação e passagem / Instalação


Fonte: Cruz, 2011 e Tigre

 Aparente com conduletes: Mais utilizadas em instalações industriais, comerciais e


oficinas, podem ser de alumínio injetado ou de PVC.
 Caixa Aparente (Condulete): Há diversos modelos de derivações, permitindo a
conexão de mais de um eletroduto e várias possibilidades de mudança de
direção (Figura 39).

Figura 39 – Exemplos de condulete em PVC e em alumínio


Fonte: Tigre e Wetzel

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 Aparente com Canaletas: É usual utilizar o termo canaleta ao se referir a
eletrocalhas sobre paredes, em tetos ou suspensos. Podem ser metálicas ou em
PVC (Figura 40).

Figura 40 – Canaleta DLP


Fonte: Pial.

 Aparente em Eletrocalha: É um elemento de linha elétrica fechada e aparente, com


cobertura desmontável, podendo ser lisa ou perfurada (Figura 41). Destina-se a
envolver por completo os condutores elétricos providos de isolação.

Figura 41 – Eletrocalhas
Fonte: Cruz, 2011

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 Aparente em Bandeja: Suporte de cabos constituído por base contínua, com abas
(rebordos) e sem tampa, podendo ser ou não perfurada (Figura 42).

Figura 42 – Bandeja não perfurada e bandeja perfurada


Fonte: Cruz, 2011

Obs.: A diferença entre bandeja e eletrocalha está, portanto, na tampa. A eletrocalha


tem tampa (conduto fechado), enquanto a bandeja não tem tampa (conduto aberto)

Figura 43 - Diferença entre bandeja e eletrocalha


Fonte: Moreno

6. ESQUEMAS DE LIGAÇÃO

No projeto de instalações elétricas, são representados os eletrodutos e os


condutores que passam em cada um deles. Em edifícios, são considerados três trechos: o
que liga a chave geral ao quadro geral do prédio, o que liga o quadro geral do prédio ao
quadro de distribuição do apartamento e o que interliga o quadro de distribuição do
apartamento aos pontos de consumo.
Os circuitos terminais, ou seja, os que partem do Quadro de Distribuição de Luz –
QDL e alimentam os pontos de luz, as tomadas e os aparelhos fixos, são formados,
basicamente, pelos seguintes condutores: neutro, fase, retorno e de proteção (terra).
O fio neutro vai aos pontos ativos dos circuitos fase-neutro. O fio fase vai
diretamente às tomadas, aos interruptores simples e a um dos interruptores paralelos (no
caso de ligações em three-way ou four-way). O retorno é um condutor-fase que, depois de
passar por um interruptor ou jogo de interruptores (three-way ou four-way), “retorna”, “vai”
para o ponto de luz. Há ainda os condutores que interligam os interruptores three-way ou
four-way entre si: eles também são denominados retorno, ou alternativos, por alguns
autores.
Nos projetos, a representação dessas ligações é feita por meio de diagramas
unifilares. Para facilitar a compreensão, a seguir são apresentados alguns esquemas de
ligação, os respectivos diagramas multifilares e os diagramas unifilares.

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6.1 Ligação de uma lâmpada comandada por interruptor simples

Figura 44 – Esquema ligação simples


Fonte: Prysmian, 2006

Figura 45 – Diagrama unifilar: ligação de uma lâmpada com um interruptor simples.


Fonte: Cruz e Aniceto, 2011

6.2 Ligação de duas lâmpadas comandada por um interruptor simples de duas seções.

Figura 46 – Diagrama multifilar: duas lâmpadas e um interruptor de duas seções


Fonte: Cavalin, 2011

Figura 47 – Diagrama unifilar: ligação de duas lâmpadas com um interruptor simples de duas seções.
Fonte: Cruz e Aniceto, 2011, 2011

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6.3 Ligação de três lâmpadas comandada por um interruptor simples de três seções.

Figura 48– Diagrama multifilar: três lâmpadas e um interruptor de três seções


Fonte: Cavalin, 2011

6.4 Ligação de mais de uma lâmpada com interruptor simples

Figura 49 – Esquema de ligação: duas lâmpadas e um interruptor simples


Fonte: Prysmian, 2006

Figura 50- Diagrama multifilar: duas lâmpadas e um interruptor simples


Fonte: Cavalin, 2011

25
Figura 51 – Diagrama unifilar: ligação de duas lâmpadas com um interruptor simples.
Fonte: Cruz e Aniceto, 2011, 2011

6.5 Ligação de lâmpada comandada de dois pontos (interruptores paralelos ou Three-way)

Figura 52 - Esquema de ligação: uma lâmpada e dois interruptores (paralelo ou three-way)


Fonte: Prysmian, 2006

Figura 53 - Esquema de ligação: uma lâmpada e dois interruptores (paralelo ou three-way)


Fonte: Cavalin, 2011

Figura 54- Esquema de ligação: uma lâmpada e dois interruptores (paralelo ou three-way)
Fonte: Cavalin, 2011

26
Figura 55 - Diagrama multifilar: uma lâmpada e dois interruptores (paralelo ou three-way)
Fonte: Cavalin, 2011

Figura 56 - Diagrama unifilar: uma lâmpada e dois interruptores (paralelo ou three-way)


Fonte: Cruz e Aniceto, 2011, 2011

6.6 Ligação de lâmpada comandada de três ou mais pontos (paralelos + intermediários


ou Four-way)

Figura 57 - Esquema de ligação: uma lâmpada e três interruptores


Fonte: Prysmian, 2006

27
Figura 58- Diagrama multifilar: uma lâmpadas e três interruptores (four-way).
Fonte: Cavalin, 2011

Figura 59 - Esquema de ligação: uma lâmpadas e três interruptores (four-way).


Fonte: Cavalin, 2011

Figura 60 - Diagrama unifilar: ligação de uma lâmpada com três interruptores (four-way).
Fonte: Cruz e Aniceto, 2011, 2011

28
6.7 Ligação de pontos de tomadas de uso geral (monofásicas)

Figura 61 – Esquema de ligação de tomadas em geral


Fonte: Prysmian, 2006

6.8 Ligação de tomadas de uso específico


6.8.1 Monofásica

Figura 62– Esquema de tomadas de uso específico (monofásica)


Fonte: Prysmian, 2006

6.8.2 Bifásica

Figura 63– Esquema de tomadas de uso específico (bifásica)


Fonte: Prysmian, 2006

29
Cruz e Aniceto (2011) apresentam a sequência da instalação dos condutores dos
três circuitos de um escritório comercial: circuito 1 (Figura 64), circuitos 1 e 2 (Figura 65) e
circuitos 1, 2 e 3 (Figura 66). Outros exemplos de ligação estão no Anexo IV.

Figura 64 – Esquema unifilar do circuito 1 de um escritório comercial


Fonte: Cruz e Aniceto (2011)

Figura 65 - Esquema unifilar dos circuitos 1 e 2 de um escritório comercial


Fonte: Cruz e Aniceto (2011)

30
Figura 66 - Esquema unifilar dos circuitos 1, 2 e 3 de um escritório comercial
Fonte: Cruz e Aniceto (2011)

7. PROJETO DE INSTALAÇÕES ELETRICAS PREDIAIS


No projeto de instalações elétricas, são estudas as possíveis soluções para atender
às necessidades apresentadas. Analisando as possibilidades, o projetista escolhe a
solução que apresenta as melhores condições técnicas e econômicas.
No desenvolvimento do projeto, é necessário:
o Quantificar, determinar os tipos e localizar os pontos de utilização;
o Dimensionar e definir o tipo e o caminhamento dos eletrodutos e condutores;
o Dimensionar, definir o tipo e a localização dos dispositivos de proteção, de
comando, de medição de energia e demais acessórios.

7.1 Desenho de Projeto


Além das normas da ABNT, o projeto deve ser apresentado de acordo com as
normas da companhia concessionária local. De modo geral, é composto de plantas,
esquemas, detalhes, memorial descritivo, memória de cálculo e detalhes.
O desenho é feito usando a simbologia adequada nas plantas baixas dos
pavimentos, as quais são redesenhadas com algumas simplificações para não
sobrecarregar o desenho. A planta de arquitetura é representada com linha estreita (fina)
e a instalação com linha média ou larga.
A Figura 67apresenta um modelo desse tipo de planta, conforme estabelecido pela
NBR 5410.

31
Figura 67 - Projeto de Elétrica
Fonte: Extraída da NBR 5444/1989

A simbologia adotada deve ser a da NBR 5444/1989, e os símbolos utilizados são


desenhados e identificados em uma legenda à direita da prancha, acima do carimbo.
Nessa área também são anotadas as observações como bitolas não cotadas. Os
símbolos da norma são os apresentados no Anexo I.

7.2 Etapas de Projeto


1. Fazer o levantamento das cargas (potências), a partir das potências mínimas a
serem instaladas para os pontos de iluminação, de tomadas de uso geral (TUG) e
tomadas de uso específico (TUE), de acordo com a NR 5440/2004 (ver Anexo II).

O levantamento pode ser apresentado no seguinte quadro-resumo.

32
Dimensões Tomadas
Potência
TUG TUE
de
Dependência Área Períme- Pot. Pot.
ilumina- Potência
(m2) tro (m) Quant unit total Descrição
ção (VA) (W)
(VA) (VA)

Obs.: Quando não houver informação sobre a potência de algum aparelho, usar valores
aproximados, como os apresentados no Anexo III.

2. Desenhar os pontos de luz, tomadas, interruptores e quadro de distribuição na planta


baixa, usando a simbologia da NBR 5444.
3. Dividir os circuitos, considerando as orientações da norma NBR 5410:
3.1. Circuitos de iluminação separados dos circuitos das TUG.
3.2. Os circuitos de iluminação e de TUG devem ter até 1200 VA.
3.3. Prever circuito de 3 tomadas de 600 W (total 1800 W) para cozinha/área de
serviço.
3.4. Prever circuitos independentes para cada equipamento com corrente nominal
superior a 10 A. É o caso de chuveiros, ar condicionados, etc.
3.5. Completar o quadro com os circuitos:

Circuito Descrição Tensão (V) Potência Fases

Obs.: Apenas como exercício, será considerada a potência calculada e não serão
considerados os fatores de demanda e utilização.

4. Identificar os circuitos de cada ponto na planta baixa.

5. Traçar os eletrodutos interligando o quadro de distribuição aos pontos de consumo.


Atenção com o número máximo de eletrodutos em cada caixa de passagem.

6. Traçar o diagrama unifiliar, isto é, indicar os condutores de cada circuito (fase, neutro,
retorno, proteção), verificando o número máximo de condutores por eletroduto.

Obs.: Nos exercícios dessa disciplina não serão calculadas as seções dos condutores, a
bitola dos eletrodutos e nem as proteções dos circuitos. Esses elementos são calculados
em disciplina específica.
Obs: Traçado de prumadas:
Nos edifícios de apartamentos e escritórios, os consumidores terão alimentadores
independentes. Do local dos medidores partem tantos circuitos quantas forem as
unidades autônomas. O itinerário da tubulação deve ser o mais curto possível e com o
menor número de curvas. A prumada deve ficar em áreas comuns (corredores, por
exemplo).

33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
 Cavalin, Gerald; Cervelin, Severino. Instalações Elétricas Prediais: Conforme
Norma NBR 5410:2004. 21ª edição rev. e atual. São Paulo: Érica, 2011.
 Cruz, Eduardo Cesar Alves; Aniceto, Larry Aparecido. Instalações Elétricas:
Fundamentos, prática e projetos em instalações residenciais e comerciais.1ª
edição. São Paulo: Érica, 2011.
 Lima Filho, Domingos Leite. Projetos de Instalações Elétricas Prediais. 12ª
edição. São Paulo: Érica, 2011
 Negrisoli, Manoel E.M.. Instalações elétricas: Projetos prediais em baixa tensão.
São Paulo: Edgard Blücher, 1986.
 Niskier, Julio. Manual de instalações elétricas. 1ª edição. Rio de Janeiro: LTC,
2005.
 Pial. Catálogo de Produtos Pial Legrand 2010/2011.
 Prysmian Energia Cabos e sistemas do Brasil. Instalações Elétricas
Residenciais. 2006. Disponível em: <www.prysmian.com.br>. Acesso em jun.
2012.

Material disponível na internet:


 Abalux Iluminação. Disponível em
<http://www.abaluxiluminacao.com.br/abalux.php/pt/catalogo/sublinha/43.html>.
Acesso em 30 ago. 2012.
 Carbinox. Disponível em < http://www.carbinox.com.br/>. Acesso em 30 ago. 2012.
 Folha de são Paulo – http://www.mercolux.com.br
 Incolustre. Disponível em <
http://www.incolustre.com.br/vs3/area_externa.php?linha=22>. Acesso em 30 ago.
2012.
 Itaim Iluminação. Disponível em <http://www.itaimiluminacao.com.br>. Acesso em
30 ago. 2012.
 Moreno, Hélio. Artigo: Bandeja x Eletrocalha. Disponível em <
http://www.osetoreletrico.com.br/web/colunistas/hilton-moreno/457-bandejas-x-
eletrocalhas.html>. acesso em 20 ago.2012.
 Nova Luz Caxias. Disponível em
<http://www.novaluzcaxias.com.br/produtos.php?cdcategoria=10#>. Acesso em 17
ago.2012.
 PL Tubos. Disponível em http://www.pltubos.com.br/tubos-flexiveis_plsio.php.
Acesso em 30 ago. 2012
 Ventluz. Disponível em
http://www.tprince.net/ventluz/produtos/embutidos/album/index.html. Acesso em 30
ago.2012.
 Wetzel. Disponível em http://www.wetzel.com.br/pt/eletro/index.php. Acesso em 30
ago.2012.

34
ANEXO I

Simbologia para instalações elétricas prediais conforme NBR 5444:89.

35
36
37
38
39
40
ANEXO II

Informações extraídas da NBR 5410/2004, para previsão de carga e pontos de utilização


em locais de habitação.

41
42
ANEXO III

43
ANEXO IV

Representações de ligações dos pontos de consumo para diferentes situações, extraído


do livro Instalações Elétricas de Julio Nislier e A.J. Macintyre (2008).

44
45
46
47
48
49
ANEXO V

 TERMINOLOGIA – Glossário de termos técnicos disponível em


<http://www.fazfacil.com.br/reforma_construcao/eletricidade_glossario_1.html>

 Ampère (A): Medida da quantidade de corrente elétrica que passa por um condutor. Cada
disjuntor dentro do quadro de distribuição tem a amperagem identificada, que corresponde à
quantidade de energia do circuito a que ele serve.
 Amperímetro: Aparelho destinado a medir o valor de uma corrente elétrica.
 Acumulador de Energia: Mais comumente conhecido como bateria ou pilha, podendo ser
recarregadas ou não. Utilizadas em iluminação de emergência e em No Breaks, que tem como
função suprir a energia de um circuito ou restabelecer um nível mínimo aceitável de luz na
ausência da fonte de energia principal da rede elétrica.
 Aterramento: É o ato de se conectar intencionalmente um circuito elétrico de baixa impedância
com a terra, em caráter permanente ou temporário. Este ato possui função protetora contra
choques elétricos.
 AWG: Sigla de American Wire Gauge, denominação norte-americana utilizada para bitola
(espessura) de fios e cabos elétricos. Utiliza-se no Brasil no momento o padrão de série métrica
em mm².
 Benjamin: Extensão elétrica múltipla para ampliar o número de tomadas disponíveis num ponto.
 Cabos e fios: Condutores de corrente elétrica para o ponto de consumo. A capacidade de
corrente dos dois é a mesma, desde que a seção (espessura do cobre) seja igual. Ambos levam
revestimento plástico isolante, mas, enquanto o fio é único, o cabo é constituído de um conjunto
de filamentos. O fio geralmente custa menos, e o cabo pode ser instalado com maior facilidade.
Seja qual for a opção, o importante é que o produto seja antichamas e de boa procedência.
 Capacitância: Grandeza escalar que caracteriza a propriedade que tem um sistema de
condutores e de dielétricos a estes associados, de armazenar energia quando é submetido a um
campo elétrico.
 Capacitor: Dispositivo elétrico utilizado para introduzir capacitância num circuito. Este
dispositivo permite corrigir o fator de potência. Como consequência, teremos uma maior
eficiência energética, devido ao melhor aproveitamento de carga da rede elétrica. Na iluminação
os capacitores usados são os de partida. Os capacitores cerâmicos também filtram a distorção de
harmônicas. Este dispositivo permanece energizado depois de acionado, mesmo que o circuito
seja desligado posteriormente. Como nem todos os fabricantes embutem os fios aconselha-se que
nas trocas e manutenções seja descarregada a carga remanescente, com um simples "triscar" das
pontas dos cabos de saída.
 Carga Instalada: Soma das potências nominais dos equipamentos elétricos instalados na
unidade consumidora, em condições de entrar em funcionamento, expressa em quilowatts (kW).
 Circuito: Conjunto de condutores elétricos que servem a determinado número de pontos. Há
aparelhos com maior potência, como chuveiros elétricos, que exigem circuito só para eles.
 Circuito Elétrico: Segmento de condutores elétricos que compõem uma seção de uma rede
elétrica maior. Conjunto de equipamentos elétricos alimentados por uma mesma fonte e
protegidos pelos mesmos disjuntores ou fusíveis.

50
 Conduite (ou eletroduto): Canal por onde passam os condutores elétricos. Existem os flexíveis,
mais usados nas construções e que têm preços menores, e os rígidos, geralmente utilizados
quando a rede é aparente ou em lajes concretadas.
 Comando em Grupo: Dispositivo utilizado para comutar vários pontos de luz, ampliando a
capacidade de potência do comando automático.
 Comando Individual: Dispositivo utilizado para comutar o circuito de um único ponto de luz.
 Comutador: Mecanismo que proporciona o efeito de intercambiar circuitos. Este dispositivo de
manobra mecânico, elétrico ou eletrônico, realiza a função principal de transferir a ligação
existente de um condutor ou circuito para outros.
 Condições de Operação: Condições informadas pelo fabricante, dentro das quais o
equipamento pode funcionar.
 Condições Nominais de Operação: Condições que caracterizam a operação de um sistema ou
equipamento elétrico, dentro da faixa de variação permitida para os seus valores nominais.
 Condutor Elétrico: Produto normalmente metálico utilizado para transportar a energia elétrica e
distribuí-la numa rede ampla. Neste conceito enquadramos os fios, cabos e cordoalhas. Mas,
também são condutores quaisquer objetos que possuam esta propriedade e que por descuido na
instalação, façam contato com um circuito elétrico, energizando-se, podendo provocar choques
elétricos, corrente de fuga ou até incêndios.
 Conectores: Dispositivos de aplicação rápida, utilizados para realizar emendas ou ligações
elétricas através de meio mecânico (parafusos, compressão, travas etc.).
 Consumo de Energia: Quantidade de energia elétrica utilizada por um consumidor, que é
oferecida e medida pela distribuidora do sistema elétrico num determinado período. A grandeza
que a define é o kWh (Quilowatt-hora), e sua unidade base é o Watt.
 Contato: Interface de duas superfícies condutoras que se tocam fechando um circuito elétrico.
Contatos NF ( Normalmente Fechados ) e NA ( Normalmente Abertos ), que designam a posição
padrão de funcionamento.
 Corrente Alternada: Corrente periódica, cujo valor médio é igual a zero. Esta corrente oscila
polaridades positiva e negativa num mesmo condutor. A frequência deste fenômeno de
alternância periódica é medida em Hertz (Hz). Padrão Brasileiro 60 Hz. Corrente habitualmente
encontrada em toda rede elétrica distribuída pela malha de uma Distribuidora de Energia:
Residências, Condomínios, Comércio, Clubes, Estádios, Indústria e demais edificações.
 Corrente Contínua: Corrente cujo valor é independente do tempo. Não provoca oscilações de
polaridades. Por definição é uma corrente em que o componente essencial é a continuidade.
Encontrada em circuitos com baterias, pilhas e acumuladores de energia em geral. Ex: Veículos,
Barcos, Aviões, Aparelhos à pilha e similares.
 Corrente de Curto Circuito: É uma corrente muito elevada e várias vezes superior a corrente
limite nominal dos condutores, que é gerada por um curto circuito. Esta corrente pode ser
originária da rede elétrica ou de algum equipamento elétrico com as fases cruzadas. Como
consequência deste fenômeno é gerado um sobreaquecimento intenso no circuito,
proporcionando o risco de incêndios e queima prematura de aparelhos elétricos.
 Corrente de Fuga: Corrente de condução que, devido a isolamento imperfeito, percorre um
caminho diferente do previsto, e flui para elementos condutores estranhos a instalação. Note que
os isolamentos, mesmo os mais perfeitos, proporcionam alguma corrente de fuga, mas a
qualidade do serviço de isolamento manterá esta corrente em níveis aceitáveis. As distorções de
corrente de fuga, devido a trabalhos mal feitos, causam perdas de energia, gerando consumo

51
desnecessário que refletirá na conta de energia. Corrente de Partida
Valor de "pico" da corrente que resulta da aplicação da tensão em condições especificadas,
ocorrendo em alguns instantes à partir do acendimento de uma lâmpada.
 Corrente Elétrica: Fluxo de carga elétrica de um condutor. Unidade Ampére.
 Curto Circuito: Ligação intencional ou acidental entre dois ou mais pontos de um circuito com
impedância desprezível. Este termo também se aplica onde dois ou mais pontos que se
encontram sob diferença de potencial. A consequência direta é uma sobrecorrente instantânea
elevada e perigosa para o circuito. Utilizar sempre disjuntores para proteção dos circuitos
elétricos que desligam a rede na eventualidade deste fenômeno.
 Demanda: Média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitada ao sistema elétrico pela
parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo
especificado. Esta medida é utilizada exclusivamente nas unidades consumidoras do Grupo "A"
que recebem tensão de alimentação à partir de 2,3 kV, ou quando atendidas em tensão inferior a
2,3 kV à partir de um sistema subterrâneo de distribuição de energia elétrica.
 Demanda de Ultrapassagem: Parcela da demanda medida que excede o valor da demanda
contratada, expressa em quilowatts (kW). Existe uma possível folga em relação à demanda
contratada, dependendo do perfil da unidade consumidora, permitindo ultrapassar a demanda
medida real até um limite entre 5% a 20% em relação ao valor de contratação.
 Demanda Faturável: Valor da demanda de potência ativa, identificado de acordo com os
critérios estabelecidos e considerada para fins de faturamento, com aplicação da respectiva tarifa,
expressa em quilowatts (kW).
 Demanda Contratada: Demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente
disponibilizada pela concessionária no ponto de entrega conforme valor e período de vigência
fixadas no contrato de fornecimento e que deverá ser integralmente paga, seja ou não utilizada
durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW).
 Demanda Medida: Maior demanda de potência ativa, verificada por medição, integralizada no
intervalo de 15 (quinze) minutos durante o período de faturamento, expressa em quilowatts
(kW).
 Densidade de Potência: É a razão total da potência instalada em watts num ambiente para cada
metro quadrado de área deste mesmo ambiente (W/m²). Esta medida é muito útil para futuros
cálculos de dimensionamento de aparelhos de ar condicionado. Quanto menor o valor
encontrado, menor o acúmulo de calor e menor o consumo de energia do ar condicionado.
 Descarga Elétrica: Processo causado por um campo elétrico, que muda abruptamente todo ou
em parte de um meio isolante para meio condutor.
 Dimmer: Dispositivo para automação das luzes que pode ser mecânico ou elétrico. O primeiro é
colocado nos interruptores e controla apenas a intensidade da luz. O elétrico funciona via cabo
ou frequência, pode ser manejado por controle, painel ou computador. Além da intensidade da
luz, oferece outras funções, como programar a hora em que uma lâmpada deve acender.
 Disjuntor: Localizado dentro do quadro de distribuição, é a chave que corta a passagem de
corrente elétrica se ela for excessiva para o circuito. Sua função é proteger a instalação.
 DR (dispositivo de corrente diferencial residual): Aparelho que detecta fugas de corrente
(vazamento de energia dos condutores). Quando isso acontece ele desarma e evita que a pessoa
tome um choque. Geralmente fica ao lado do quadro de distribuição. Sua instalação é
recomendada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) desde 1999.

52
 Eletricidade: Manifestação de uma forma de energia associada a cargas elétricas, estáticas ou
dinâmicas. Seus principais agentes são os elétrons dos átomos e os materiais condutores. Por este
motivo os melhores condutores são aqueles com instabilidade de elétrons.
 Eletrodo: Parte condutora de um dispositivo elétrico destinada a constituir uma interface
condutora com um meio de condutividade diferente. Ex: Algumas lâmpadas de descarga
possuem este dispositivo internamente, dispensando o uso de ignitores de partida associados ao
reator.
 Energia: Grandeza escalar que caracteriza a aptidão de um sistema físico para realizar trabalho.
 Energia Aparente: É a soma vetorial entre a energia ativa e a energia reativa, sendo a energia
total que um equipamento elétrico consome ou produz.
 Energia Ativa: Energia elétrica que pode ser convertida em outra forma de energia, gerando
trabalho. Ou ainda, energia efetivamente utilizada por um equipamento elétrico para realizar sua
função.
 Energia Reativa: Energia elétrica que circula continuamente entre os diversos campos elétricos
e magnéticos de um sistema de corrente alternada, sem produzir trabalho. Seu uso ocorre em
função do baixo fator de potência de alguns equipamentos, que por falta do capacitor apropriado,
não armazenam energia necessária para produzir sua indução e/ou ignição inicial. Esta
modalidade de energia hoje no Brasil ainda não é cobrada de consumidores residenciais Classe B
(Classificação tarifária).
 Espectro eletromagnético: É a escala de comprimentos de onda existentes. É composto por:
Ondas Largas; Ondas Médias; Ondas Curtas; Ondas ultracurtas; Televisão; Radar;
Infravermelho; Luz Visível; Ultravioleta; Raios X; Raios Gama e Raios Cósmicos. Ver
Comprimento de Onda; Radiação Eletromagnética e Interferência Eletromagnética.
 Espeto de Jardim: Conjunto que agrega um corpo com vedação de borracha para acomodação
de uma lâmpada, e um espeto de fixação na terra com pequena extensão de cabo para instalação
elétrica. Esta peça foi criada para aproveitar o potencial de iluminação de destaque das lâmpadas
do tipo PAR20 e PAR38 refletoras, que possuem vidros prensados de boa resistência a choques
mecânicos e térmicos.
 Estabilizador de Tensão: Regulador de tensão que mantém constante a tensão aplicada a um
circuito elétrico receptor, a despeito das variações de tensão, dentro de limites especificados, que
ocorram no circuito alimentador.
 Estrutura Tarifária: Conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de consumo de energia
elétrica e/ou demanda de potência ativas de acordo com a modalidade de fornecimento.
 Estrutura Tarifária Convencional : Estrutura caracterizada pela aplicação de tarifas de
consumo de energia elétrica e/ou demanda de potência independente das horas de utilização do
dia e dos períodos do ano.
 Estrutura Tarifária Horo-Sazonal: Estrutura caracterizada pela aplicação de tarifas
diferenciadas de consumo de energia elétrica e de demanda de potência de acordo com as horas
de utilização do dia e dos períodos do ano. Atualmente existem dois subgrupos ( AZUL e
VERDE ).
 Fase Elétrica: Termo genérico que se refere tanto a uma tensão de fase como a um condutor
fase. Situação relativa de duas ou mais grandezas senoidais de mesma frequência quando a
defasagem entre elas é igual a zero. Em corrente alternada é equivocado dizer polo positivo ou
negativo, pois existe uma frequência de variação de polaridade de 60 Hz, ou 60 variações por
segundo. Somente é válido mencionar a polaridade da fase elétrica em circuitos de corrente

53
contínua. Razão entre a demanda média e a demanda máxima da unidade consumidora, ocorridas
no mesmo intervalo de tempo especificado.
 Fator de Demanda: Razão entre a demanda máxima num intervalo de tempo especificado e a
carga instalada na unidade consumidora.
 Fator de Potência: Razão da potência ativa pela potência aparente. Medida de desempenho no
aproveitamento otimizado da energia elétrica oferecida pela distribuidora de energia. O fator de
potência no Brasil é definido como alto a partir de 0,92 (ABNT).
 Fator de Uniformidade: É a relação entre o menor e o maior valor de iluminância em uma área
considerada, e é expressa pela fórmula U = E min. / E média, onde E = ilumância. Quanto mais
próximo o fator de uniformidade estiver de "1", mais homogêneo será a iluminância do local.
 Fita Isolante: Fita adesiva com revestimento apropriado para utilizar em isolamento elétrico de
emendas ou ligações de fios e cabos.
 Fusível: Em quadros de distribuição mais antigos, em vez de disjuntores, a chave que corta a
passagem de corrente elétrica pode ser um fusível. Sua função também é proteger a instalação
elétrica; quando há sobrecarga, o fusível rompe (queima) e deve ser substituído.
 Gerador de Energia Elétrica: Máquina que converte energia mecânica, solar ou química em
energia elétrica, segundo parâmetros pré-estabelecidos.
 Gerenciador de Demanda: Aparelho que gerencia e limita o uso de energia de um circuito
elétrico. Sua finalidade é o controle do uso da energia elétrica num dado tempo, programando
sua capacidade máxima limite para este circuito. O dispositivo a partir daí só permitirá a
passagem da corrente máxima suficiente para atender ao nível máximo de potência programado.
Este sistema racionaliza o uso da energia, garantindo uma cota periódica de energia controlada.
 Grau de Proteção: Conjunto de medidas de construção aplicada aos invólucros de
equipamentos elétricos para proporcionar proteção no meio ambiente. Em luminárias o grau de
proteção, em escalas distintas, permite o uso seguro em locais expostos a gases; vapores; pó;
água; fuligem e até atmosferas explosivas. Simbolizado pela sigla IP.
 Grupo Motor-Gerador: Conjunto de um ou mais motores acoplados mecanicamente a um ou
mais gerados de energia elétrica.
 Haste de Aterramento: Ferragem constituída por haste metálica rígida que se crava no solo
para fins de aterramento de um circuito elétrico.
 Hertz: Unidade de medida de frequência alternada de um fenômeno periódico na medida de um
segundo. Símbolo Hz.
 Horário de Ponta (P): Período definido pela concessionária dentro dos limites estipulados pela
ANEEL e composto por 3 (três) horas diárias consecutivas, exceção feita ao sábados, domingos
e feriados nacionais, considerando as características do seu sistema elétrico. Corresponde ao
horário em que o consumo de energia elétrica se amplia substancialmente.
 Horário Fora de Ponta (F): Período composto pelo conjunto das horas consecutivas e
complementares àquelas definidas no horário de ponta.
 Impedância: Grandeza escalar igual ao quociente do valor eficaz da tensão pelo valor eficaz da
corrente. Ressaltamos que uma impedância é composta por uma resistência e por uma reatância
(indutiva ou capacitiva). Em cálculos de circuitos elétricos em corrente alternada, é fundamental
a determinação das correspondentes impedâncias, principalmente para a obtenção das correntes
de curto-circuito. Sigla Z.
 Inversor: Transmutador de energia elétrica que converte corrente contínua para corrente
alternada.

54
 Isolação Elétrica: Impedir a condução de corrente entre duas partes condutoras por meio de
materiais isolantes entre elas. O material isolante forma uma banda de espessura, largura e
comprimento tais, que impedem a passagem de elétrons entre as partes isoladas até um
determinado limite de resistência.
 Isolação Térmica: Conjunto dos materiais utilizados para diminuir as transferências de calor
entre dois meios físicos.
 Jampe: Em inglês jumper. Pequeno trecho de condutor, não submetido à tração, que mantém a
continuidade elétrica de duas pontas descontinuas de outros condutores. Atentar para a qualidade
do isolamento desta conexão, pois nestes pontos as ocorrências de corrente de fuga são mais
críticas.
 Joule: Unidade de medida de energia, igual a energia transportada (potência em Watts) por 1
segundo em uma corrente elétrica invariável de 1 ampére, sob uma diferença de potencial
constante igual a 1 Volt. Símbolo J. Esta grandeza é referencial para emissão de calor.
 kVA: Unidade de medida de potência aparente na base unitária de 1000 VAs, diferencia-se de
Watts, pois é a soma vetorial da potência ativa com a reativa.
 kWh ( Quilowatt-hora ): Símbolo universal que define a unidade base de medida de consumo
de energia elétrica. Corresponde a 1000 Watts de consumo em uma hora.
 Lâmpada Elétrica: Fonte de luz primária artificial construída para emitir radiação óptica
visível. Inventor: Thomas Edson em 1879. Desde sua criação a lâmpada evoluiu
significativamente, apresentando na atualidade uma diversidade de opções diferentes.
Basicamente os conceitos de construção de uma lâmpada possuem as seguintes vertentes, por
ordem de eficiência menor para a maior: Incandescentes; Halógenas; Mistas (tubo de descarga e
filamento); Gás Xenônio; Descarga de baixa pressão (Fluorescentes); Descarga de alta
intensidade (Vapor de Mercúrio, Vapor Metálico e Vapor de Sódio); Indução Magnética e LED
(Diodo Emissor de Luz).
 Lâmpada Dicróica: Esta lâmpada reflete a luz da ampola halógena em seu interior com abertura
de facho exato, e redireciona mais de 60% do calor gerado pelo filamento para trás da lâmpada
pela propriedade do dicroísmo, esta característica, aliás, acabou por definir o seu nome. Obs: As
lâmpadas similares com refletores de alumínio, não são dicroicas, pois não possuem a
propriedade do dicroísmo.
 Lâmpada Fluorescente de Cátodo Frio: É um conceito alternativo de construção de lâmpada
fluorescente, onde temos um cátodo cilíndrico de ferro de amplas dimensões, comparado aos
eletrodos com tungstênio do sistema quente, que proporcionam longa vida. São recobertos com
uma camada de óxidos emissores de elétrons que bombardeiam a camada interna de fósforo do
tubo da lâmpada. Em operação o eletrodo atinge uma temperatura térmica de 150ºC. Possuem a
metade da capacidade de emissão de uma fluorescente de catodo quente, necessitando do dobro
do tamanho. Devido à tendência mundial de compactação das lâmpadas e luminárias, este
sistema caiu em desuso.
 Lâmpada Fluorescente de Cátodo Quente: É um conceito consagrado de construção de
lâmpada fluorescente onde temos eletrodos negativos de tungstênio espiralados, recobertos com
uma camada de óxidos emissores de elétrons, que bombardeiam a camada interna de fósforo do
tubo da lâmpada. Em operação o tungstênio atinge uma temperatura térmica de 950ºC. Existem
dois tipos básicos de sistema desenvolvidos: Com Preaquecimento, que são as de uso mais
abrangente e comum no Brasil e no mundo, compostas pelo sistema convencional com starter e
partida rápida. Temos ainda o sistema de operação Sem Preaquecimento, que é identificada pela

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existência de um único pino em cada extremidade da lâmpada, encontradas em aplicações
especiais, mais comuns na Europa e EUA. Em operação o tungstênio no sistema de catodo
quente atinge uma temperatura térmica de 950ºC.
 Lâmpada Halógena: Lâmpada incandescente mais evoluída contendo gases halógenos para
proporcionar uma maior vida média e útil. Possuem bulbo de quartzo, que é mais resistente as
altas temperaturas térmicas e pressões atmosféricas. Consiste no uso do efeito do ciclo halógeno
de transmutação do gás com o filamento de tungstênio renovando o filamento e limpando o tubo
de quartzo. Possuem luz um pouco mais branca na faixa de 3000 K, e geram mais calor que as
incandescentes comuns. Necessitam de cuidados especiais no manuseio para não criar fissuras no
bulbo e explodir pela diferença de atmosferas interna e externa.
 Lâmpada Incandescente: Primeira lâmpada elétrica, inventor Thomaz A. Edson em 1879.
Consiste basicamente de um filamento espiralado até três vezes de tungstênio, que é levado à
incandescência pela passagem de corrente elétrica (efeito Joule). Este filamento é encapsulado
num bulbo de vidro com vácuo ou gás inerte selado pela base que realiza o contato elétrico.
Apesar de sua importância histórica, as possibilidades de tecnologia para otimizar sua
produtividade já se esgotaram. Sua eficiência energética e luminosa é a pior de todas as
lâmpadas existentes. Por outro lado, é uma excelente fonte de calor limpo, pois converte
aproximadamente entre 80% a 90% da energia consumida em calor, o restante é que se converte
em luz visível.
 Lâmpada Refletora: Independente do conceito de construção e operação de uma lâmpada, a
indústria de lâmpadas ao longo dos anos vem adaptando alguns conceitos de lâmpadas distintas
para versões refletoras. Na verdade, basta "revestir" a lâmpada com um vidro soprado ou
prensado em formato cônico, ou semi-cônico com material reflexivo interno para proporcionar o
efeito de projeção da luz. Com este artifício as lâmpadas adquirem maior poder de intensidade
luminosa, com ganhos de rendimentos significativos.
 Ligação Elétrica: União de partes condutoras entre si. Circuito ou condutor que liga terminais
ou outros condutores. Ou ainda, Maneira de ligar circuitos ou equipamentos elétricos.
 Ligação Eletromecânica: Ligação elétrica feita por meios mecânicos com conectores próprios
que não a solda.
 Ligação em Paralelo: Ligação de dispositivos de modo que todos eles sejam submetidos à
mesma tensão.
 Ligação em Série: Ligação de dispositivos de modo que todos eles sejam percorridos pela
mesma corrente.
 Linha de Distribuição: Linha elétrica que é parte de um sistema de distribuição. Normalmente
utiliza média tensão, devendo antes de conectar as redes dos usuários, passar por um
transformador que converte para baixa tensão padrão do local, no Brasil (127V ou 220V).
 Linha de Transmissão: Linha elétrica destinada à transmissão de energia elétrica. É o meio de
transmitir a energia gerada nas usinas por diversas regiões. Normalmente utiliza alta tensão e se
conecta com subestações transformadoras.
 Malha de Distribuição: Conjunto de linhas de um sistema de distribuição ou de uma parte deste
sistema, interligadas de modo a formarem um circuito fechado, alimentado em dois ou mais
pontos, e ao qual são conectadas linhas de alimentação e/ou de consumidores.
 Manobra: Termo técnico que define mudança na configuração elétrica de um circuito, feita
manual ou automaticamente por dispositivo adequado e destinado a essa finalidade.

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 Manobra: Ato de executar uma alteração no circuito elétrico, ligando e desligando ou até
redirecionando as várias partes deste circuito.
 Manutenção Corretiva: Manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane. Destinada a
recolocar um item em condições de executar sua função. É importante salientar que o mais
recomendável é a manutenção preventiva. Na ausência do procedimento ideal, a manutenção
corretiva é o trabalho que é normalmente realizado pelos responsáveis em órgãos
governamentais; empresas; clubes; condomínios e residências. No aguardo do evento da queima
de lâmpadas e reatores, o nível de iluminamento ou iluminância decresce ao longo do tempo,
ficando abaixo do mínimo necessário, afetando com isto a acuidade visual das pessoas.
 Manutenção Preventiva: Manutenção efetuada em intervalos predeterminados ou de acordo
com critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do
funcionamento de um equipamento. Em iluminação, a manutenção preventiva prevê uma troca
regular de lâmpadas de acordo com sua vida útil, mesmo antes da queima. Este procedimento é
recomendado, pois as lâmpadas depreciam seu fluxo luminoso ao longo do tempo. Quando o
fluxo está abaixo de 75% do valor nominal do projeto é o ponto ótimo de troca. À partir deste
momento a iluminância vai caindo prejudicando a acuidade visual das pessoas.
 Medidor de Energia ( Ativa e Reativa ): Instrumento destinado a medir energia ativa (reativa),
integrando a potência ativa (reativa) em função do tempo na unidade de consumo de kWh. As
medições são realizadas pelo equipamento e controladas por funcionários da distribuidora de
energia. Imprescindível ficar atento a medições por média que são prejudiciais aos
consumidores, pois não permitem aferir a economia de energia realizada. A cobrança por média
tem tempo limite de 90 dias ou 3 contas de energia.
 Medidor de Energia ( Com Indicador de Demanda ): Medidor de energia elétrica que também
indica o mais alto valor da demanda num intervalo de tempo pré determinado. Este dispositivo é
utilizado em instalações com demanda contratada, Classe A (Classificação Tarifária), como:
Indústrias; Shopping Centers; Supermercados; Grandes Condomínios; Estádios e edificações de
porte similares.
 Medidor de Fator de Potência: Instrumento destinado a medir a razão da potência ativa para
potência aparente de um circuito elétrico. As distribuidoras de energia realizam MTFPs
(Medições Transitórias de Fator de Potência).
 Multímetro: Instrumento multiescala e multifunção destinado a medir tensão, corrente e às
vezes outras grandezas elétricas, como a resistência, por exemplo.
 Neutro: Condutor de um sistema monofásico, bifásico ou trifásico ligado permanentemente sem
passagem de corrente. Termo genérico que se refere tanto ao ponto neutro como ao condutor
neutro. Algumas instalações não possuem neuro (ligação delta). Por exemplo: ligações fase à
fase, que não possuem neutro.
 Nível de Isolamento: Conjunto das tensões suportáveis nominais atribuídas a um equipamento
ou vários elementos de um sistema elétrico. Determina a tensão de ensaio de laboratório que o
isolamento de um dispositivo elétrico deve ser capaz de suportar em condições especificadas.
Todo material de instalação elétrica, mesmo os descritos isolantes, podem conduzir eletricidade,
à partir de um dado valor de tensão que rompa com a sua propriedade isolante, destruindo então
o elemento isolador. Atenção! Existe a possibilidade de incêndio ao se romper um material
isolante com sobretensão.

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 Ohm: Unidade de medida de resistência elétrica, que é a resistência de um elemento passivo de
um circuito no qual circula uma corrente elétrica invariável de 1 ampére quando existe uma
diferença de potencial de 1 Volt entre seus terminais. Símbolo (W).
 Perfilado: Eletrocalha ou bandeja de dimensões reduzidas. Produto utilizado para criar sistemas
pendentes em locais de pé direito relativo alto, para instalar luminárias, acomodar reatores e
passar cabeamentos.
 Polaridade Elétrica: Situação relativa dos potenciais de dois pontos que se encontram em
oposição de cargas positiva e negativa. Na frequência de oscilação em Hertz, ocorrem 60
variações de polaridade em um segundo, padrão brasileiro.
 Potência: Indica o consumo e o fornecimento de energia elétrica em um circuito de corrente
alternada, a qual é igual ao produto da tensão e da corrente. Quando se referir a uma potência
elétrica, não utilizar o termo "wattagem" que é incorreto. Unidade de Medida Watt, Símbolo W,
unidade referencial para consumo de energia elétrica kWh.
 Potência Aparente: a soma vetorial entre a potência ativa (utilizada para o trabalho em si), e a
potência reativa (utilizada para dar partida no equipamento). Unidade de Medida (VA).
 Potência de Alimentação: Soma das potências nominais de todos os equipamentos de utilização
existentes ou previstos na instalação, ou ainda um segmento considerado da instalação,
suscetíveis de funcionar simultaneamente. O valor desta soma é um norteador do
dimensionamento dos circuitos de proteção ( disjuntores e fusíveis ).
 Potência de Entrada: Potência total recebida por um dispositivo elétrico ou por um conjunto de
dispositivos.
 Potência de Saída: Potência transferida por um dispositivo elétrico sob uma forma e uma
finalidade especificadas. Também denominada "Potência Útil".
 Potência Disponibilizada: Potência que o sistema elétrico da concessionária deve dispor para
atender às instalações elétricas das unidades consumidoras, segundo os critérios estabelecidos na
Resolução nº456 da ANEEL. Esta potência está configurada em dois grupos distintos:
* Unidade Consumidora do Grupo "A" com tensão de alimentação a partir de 2300V e
* Unidade Consumidora do Grupo "B" com tensão de alimentação abaixo de 2300V.
 Potência Instalada: Soma das potências nominais dos equipamentos elétricos de mesma espécie
de uma instalação que, após concluídos os trabalhos, estão em condições de entrarem em
funcionamento.
 Potenciômetro: Elemento resistivo cujo contato deslizante, permite a regulagem contínua da
resistência de saída, entre quase zero e o valor máximo do elemento resistivo. O potenciômetro
pode ser usado como regulador de tensão e potência, continuamente regulável pelo movimento
circular ou linear do cursor, tanto em correntes contínuas como alternadas. Não há economia de
energia caso utilizemos o potenciômetro (reostato ) pura e simplesmente como dímmer.
 Propagação da Luz: Inúmeras experiências demonstram que a luz se propaga em linha reta e
em todas as direções, em qualquer meio homogêneo e transparente. Chama-se raio luminoso a
linha que indica a direção de propagação da luz. O conjunto de raios que parte de um ponto é um
feixe. Se o ponto de onde procedem os raios está muito distante, os raios são considerados
paralelos. Numa casa às escuras, uma pequena abertura numa janela nos permite observar a
trajetória reta da luz. Do mesmo modo, se fizermos alguns furos nas paredes de uma caixa opaca
e acendermos uma lâmpada em seu interior, percebemos que a luz sai por todos os orifícios, isto
é, ela se propaga em todas as direções.

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 Pulso de Tensão: Variação abrupta e de curta duração de uma grandeza física, seguida de
retorno rápido ao estado inicial. Operação realizada por ignitores e starters para provocar a
partida de acendimento de algumas lâmpadas de descarga e fluorescentes.
 Quiliwatts-hora (kWh): Medida do consumo de energia. O cálculo da conta de energia é
baseado nela. Unidade de medida de potência ativa em circuitos elétricos de corrente alternada
igual a 1000 watts num período de uma hora. Símbolo kWh.
 Quadro de distribuição: Equipamento elétrico destinado a receber energia através de uma ou
mais alimentações e a distribuí-la a um ou mais circuitos, podendo também desempenhar
funções de proteção, seccionamento, controle e/ou medição. Caixa onde estão os disjuntores ou
os fusíveis da qual partem os circuitos que abastecem a residência.
 Qualidade: Esta expressão tão difundida não é perfeitamente clara ao consumidor em geral. Um
produto que é concebido com esta premissa, atenderá à normas de segurança, técnicas do seu uso
específico e a legislação pertinente em vigor. Conterá o acúmulo de tecnologia que o fabricante
pôde agregar ao longo de anos de pesquisa, experimentação e sugestões dos clientes e
revendedores. Portanto, o antigo ditado "O barato sai caro" é muito apropriado. Ao comprar um
equipamento elétrico o menor custo associado a ele será o de aquisição, sendo muito maior o
custo de eletricidade, o qual o usuário comum não enxerga. Temos ainda, o custo de manutenção
e o de reposição do produto.
 Queda de Tensão: Diferença entre as tensões existentes em dois pontos ao longo de um circuito
em que há corrente. Ou também, a diferença entre as tensões em dois pontos ao longo de uma
linha elétrica num dado instante. As quedas de tensões frequentes comprometem todos os
equipamentos elétricos que não possuem auto regulagem, abreviando sua vida útil ou
provocando queimas prematuras e inoperância dos dispositivos elétricos.
 Ramal de Ligação: Conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de derivação
da rede da concessionária e o ponto de entrega.
 Rede Bifásica: Rede de distribuição elétrica composta por duas fases e um neutro.
 Rede de Distribuição Secundária: Rede de distribuição de sistema trifásico das empresas de
energia elétrica. É utilizada normalmente para alimentação de vias e prédios públicos ou
privados, geralmente fornecendo tensão de 220V entre fases, podendo ser aérea ou subterrânea.
 Rede Monofásica: Rede de distribuição elétrica composta por uma fase e um neutro.
 Rede Trifásica: Rede de distribuição elétrica composta por três fases e um neutro.
 Relé Fotelétrico: Dispositivo de controle de iluminação pública e externa que opera por
comutação de contatos comandados pelo acionamento de uma célula fotelétrica. Este dispositivo
contribui para a conservação de energia, pois automatiza a operação de pontos de luz dentro de
um nível pré-determinado.
 Resistência de Isolamento: Valor da resistência elétrica, em condições especificadas, entre duas
partes condutoras separadas por materiais isolantes.
 Resistência Elétrica: Grandeza escalar que caracteriza a propriedade de um elemento de
circuito de converter energia elétrica em calor, quando percorrido por uma corrente elétrica.
Unidade (ohm) que determina a resistência de passagem de uma corrente elétrica de 1 ampére
sob uma tensão de 1 volt.
 Resistor: Dispositivo elétrico utilizado para introduzir resistência em um circuito.
 Rigidez Dielétrica: É um valor de tensão que define a propriedade dos materiais isolantes e seus
distanciamentos relativos, para suportar durante um certo período curto de tempo sobretensões,

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sem ocasionar um arco elétrico entre os pontos, nem provocar danos físicos como rupturas e
perfurações neste material analisado.
 Seccionamento: Ação destinada a interromper a alimentação de toda ou de uma parte
determinada de uma instalação elétrica, separando-a de qualquer fonte de energia elétrica, por
razões de segurança.
 Sentido da Corrente: Sentido do movimento das cargas elétricas positivas que constituem a
corrente, ou sentido oposto as cargas negativas.
 Sobrecorrente: Corrente elétrica cujo valor excede o valor nominal suportável. Para condutores,
o valor nominal é a capacidade máxima de condução de um valor de corrente medido em
ampéres.
 Sobretensão: Tensão cujo valor excede o maior valor nominal especificado. Este fenômeno é o
motivo da queima de equipamentos elétricos em instalações diversas, devido a variação indevida
de tensão gerada por falha da rede da distribuidora.
 Subestação: Parte das instalações elétricas da unidade consumidora atendida em tensão primária
de distribuição que agrupa os equipamentos; condutores e acessórios destinados à proteção,
medição; manobra e transformação de grandezas elétricas.
 Subtensão: Tensão cujo valor é inferior ao valor nominal mínimo de trabalho de um
equipamento elétrico.
 Supressores de surto: Dispositivo que tem a finalidade de evitar que surtos de tensão
danifiquem os equipamentos dispostos na continuidade do mesmo circuito elétrico. Os
supressores absorvem a energia dissipada na ocorrência de surto de tensão não permitindo que
esta carga de energia excedente atinja outros equipamentos.
 Surto de Tensão: Onda de Tensão transitória que se propaga ao longo de um sistema elétrico,
caracterizada por elevada taxa de crescimento inicial, seguida de decréscimo mais lento da
tensão.
 Seção (bitola): Espessura de um fio ou cabo, que corresponde à capacidade de condução de
energia. Quanto maior, mais energia suporta.
 Tarifa Convencional – Grupo: Estrutura caracterizada pela aplicação de tarifas de consumo de
energia elétrica e/ou demanda de potência independentemente das horas de utilização do dia e
dos períodos do ano.
 Tarifa de Energia: É o preço da unidade de energia elétrica expressa em função de kWh
consumidos e/ou da demanda de potência ativas que recai sobre uma unidade consumidora.
 Tarifa de Energia Binômia – Grupo: Conjunto de Tarifas de fornecimento constituído por
preços aplicáveis ao consumo de energia elétrica ativa e à demanda faturável.
 Tarifa de Energia Monômia – Grupo: Conjunto de tarifas de fornecimento de energia elétrica
constituída por preços aplicáveis unicamente ao consumo de energia elétrica ativa.
 Tarifa de Ultrapassagem: Tarifa aplicável sobre a diferença positiva entre a demanda medida e
a contratada, quando exceder os limites estabelecidos.
 Tarifa Horo-Sazonal Azul – Grupo: Modalidade estruturada para aplicação de tarifas
diferenciadas de consumo de energia elétrica de acordo com as horas de utilização do dia e os
períodos do ano, bem como de tarifas diferenciadas de demanda de potência de acordo com os
horários de ponta (dias úteis) e fora ponta (quaisquer dias).

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 Tarifa Horo-Sazonal Verde – Grupo: Modalidade estruturada para aplicação de tarifas
diferenciadas de consumo de energia elétrica de acordo com as horas de utilização do dia e os
períodos do ano, bem como de uma única tarifa de demanda de potência.
 Temperatura Ambiente: Temperatura do ar ou de outro meio no qual um componente da
instalação elétrica é previsto para ser instalado.
 Temperatura de Trabalho: É uma faixa de temperatura térmica em que um dispositivo elétrico
pode operar mantendo suas características funcionais. Ao ultrapassar os limites estipulados pelo
fabricante, estarão comprometidos: os circuitos elétricos; a funcionalidade, e a própria
integridade do produto.
 Tensão de Trabalho: Valor de tensão à qual os contatos estão sujeitos quando algum aparelho
elétrico é alimentado na tensão nominal, sob condição de utilização normal ou de falha provável
de alguns de seus componentes. A faixa limite de variação aceitável de tensão, normalmente é da
ordem de +/- 10%, para não comprometer a integridade de um equipamento elétrico.
 Tensão Elétrica: Unidade de grandeza escalar que determina a diferença de potencial entre dois
pontos. A tensão elétrica regular é o ideal num circuito para manter a integridade de
funcionamento dos diversos equipamentos elétricos. Devido à ocorrência de flutuações de
tensão, todos os equipamentos são afetados causando defeitos e/ou queima prematura. O contato
com condutores ligados a rede sem isolamento e de diferentes tensões, provoca curtos circuitos.
Unidade de medida Volt, símbolo V.
 Tensão Nominal: Tensão atribuída a um aparelho pelo seu fabricante e que serve de referência
para o projeto, o funcionamento e a realização dos ensaios de laboratório.
 Tensão Primária de Distribuição: Tensão disponibilizada no sistema elétrico da concessionária
com valores padronizados superiores a 2300V.
 Tensão Secundária de Distribuição: Tensão disponibilizada no sistema elétrico da
concessionária com valores inferiores a 2300V.
 Terminal : Parte condutora de um dispositivo elétrico com o qual se conecta um condutor
correspondente a um circuito elétrico externo.
 Termostato: Dispositivo de acionamento por sensibilidade térmica, podendo ligar, desligar
equipamentos diversos ou até regular seu funcionamento através da temperatura.
 Terra: Massa condutora da terra cujo potencial elétrico, em qualquer ponto, é
convencionalmente considerado igual a zero.
 Transformador: Equipamento elétrico estático que, por indução eletromagnética, transforma
tensão em correntes alternadas entre dois ou mais enrolamentos sem mudança de frequência. Ex:
Os transformadores para lâmpadas halógenas de 12V, são do tipo "abaixador", pois a tensão do
enrolamento primário (127V ou 220V) é superior à do enrolamento secundário (12V).
 Transformador Eletrônico: Conceito mais moderno de dispositivos de acendimento de
lâmpadas de baixa tensão como as lâmpadas halógenas de 12V e as lâmpadas
dicroicas.Composto basicamente por componentes eletrônicos tipo: diodo; resistores; filtros
entre outros. Principais vantagens: São silenciosos; devido seu funcionamento ser em alta
frequência; mais compactos; mais leves; emitem menos calor no ambiente; consomem menos
energia e possuem vida útil elevada.
 Usina Elétrica: Empreendimento com instalações destinadas a gerar energia elétrica, em larga
escala, por conversão de outra forma de energia.
 Usina Eólica: Usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por conversão da energia dos
ventos.

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 Usina Geotérmica: Usina termelétrica na qual a energia térmica é extraída diretamente de zonas
favoráveis da crosta terrestre.
 Usina Heliotérmica: Usina termelétrica na qual a energia elétrica é obtida por conversão da
energia do sol, diretamente por efeito fotovoltaico, ou indiretamente, por transformação térmica.
 Usina Hidrelétrica: Usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por conversão de energia
gravitacional da água.
 Usina Maré Motriz: Usina elétrica que utiliza a diferença entre níveis d'água, devida à
amplitude das marés, transformando a energia em moldes similares a usina hidrelétrica.
 Usina Nuclear: Usina termelétrica que utiliza reação nuclear como fonte de energia térmica, que
por sua vez é convertida em elétrica. É uma fonte distinta das demais pela possibilidade de
armazenamento de energia para épocas futuras.
 Usina Termelétrica: Quaisquer usinas elétricas nas quais a energia elétrica é obtida por
conversão de energia térmica obtidas de fontes distintas.
 VA: Unidade de medida de potência aparente, diferencia-se de Watts, pois é a soma vetorial da
potência ativa com a reativa.
 Valor Mínimo Faturável: Valor referente ao custo de disponibilidade do sistema elétrico
aplicável ao faturamento de unidades consumidoras do Grupo "B", de acordo com os limites
fixados por tipo de ligação:
* Monofásico e bifásico a 2 (dois) condutores, valor equivalente a 30 kWh
* Bifásico a 3 (três) condutores, valor equivalente a 50 kWh
* Trifásico, valor equivalente a 100 kWh.
 Voltímetro: Instrumento destinado a medir o valor de uma tensão elétrica.
 Volt (V): Unidade que mede a tensão elétrica da ligação. As tensões podem ser 110V ou 127V e
220V, dependendo do que a concessionária deixou disponível no poste. Unidade de grandeza
elétrica entre os terminais de um elemento passivo de circuito que dissipa a potência de 1W
quando percorrido por uma corrente de 1A. Símbolo V.
 Watímetro: Instrumento destinado a medir o valor de uma potência elétrica ativa.
 Watt: Potência desenvolvida quando se realiza, de maneira contínua e uniforme, o trabalho de 1
Joule em 1 segundo. Símbolo W. Nunca confundir com a emissão do fluxo luminoso de uma
lâmpada.
 Watt (W): Potência, o consumo de energia do aparelho ou lâmpada.

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