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Versão dez.12
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FUNDAMENTOS DE DESENHO DE PROJETOS
O abastecimento de uma instalação predial de água fria pode ser feito pela rede
pública ou por fonte particular. Quando feito pela rede pública, a água para o
abastecimento das cidades, de modo geral, passa pelos processos de captação,
tratamento, reservação e distribuição, conforme ilustrado na Figura 1. Dessa forma, essa
água é potável e própria para uso na alimentação e na higiene pessoal.
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1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO
O sistema de abastecimento nas edificações varia em função da pressão da água
na rede e da vazão disponível para distribuição, podendo ser direto, indireto,
hidropneumático ou misto.
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Quando a pressão não é suficiente, são projetados dois reservatórios: um inferior e
outro superior, como na Figura 4. Um sistema de bombeamento leva a água do
reservatório inferior para o superior. Esse sistema é o utilizado no Rio de Janeiro.
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2. COMPONETES DO SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA
O sistema predial de água fria compreende tubulações, reservatórios, equipamento,
peças de utilização e outros componentes que conduzem a água da fonte de
abastecimento aos pontos de utilização.
A Figura 7 ilustra, de forma geral, os componentes de uma instalação predial de
água fria em um sistema indireto com reservatórios inferior e superior, que serão
detalhados a seguir.
Esse sistema é composto basicamente da alimentação predial, dos reservatórios e
da distribuição para os pontos de consumo. Pode haver variações no sistema em função
das exigências das companhias concessionárias.
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Figura 8: Entrada de água fria.
Fonte: Carvalho Jr (2009)
2.2 Hidrômetro
Aparelho destinado a medir o consumo de água, instalado em abrigo próprio,
próximo ao muro frontal. As características desse abrigo devem seguir as especificações
da companhia concessionária (Figura 9)
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2.4 Reservatórios
Local de armazenamento da água proveniente do sistema de abastecimento. Pode
ser superior e/ou inferior e o volume deve ser calculado para um dia de consumo, no
mínimo. Recomenda-se que essa reserva não ultrapasse a três dias de consumo. É
necessário consultar as eventuais exigências da companhia concessionária local.
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Figura 11: Reservatório sob o telhado (< pressão de serviço).
Fonte: Carvalho Jr (2009)
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alternadamente e que permitem a retirada de uma delas para reparos ou manutenção. O
trecho que vai do reservatório inferior até a bomba é denominado recalque e o que vai da
bomba até o reservatório superior, sucção (Figura 9).
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2.6.2 Coluna de distribuição
Tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar os ramais, ilustrada na
Figura 16.
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Figura 17 - Reservatórios intermediários.
Fonte: Botelho e Ribeiro Jr. (1998)
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Figura 19 - Válvula redutora de pressão em andar intermediário.
Fonte: Botelho e Ribeiro Jr. (1998)
2.6.3 Ramal
Conforme ilustrado na Figura 20, é a tubulação derivada da coluna de distribuição e
destinada a alimentar sub-ramais.
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2.6.4 Sub-ramal
Tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização, ilustrada na figura 21.
Obs. : As definições dos termos mais comumente utilizados em instalações de água estão
no Anexo A.
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3. DESENHO DE PROJETO DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA
Geralmente os projetos de instalações hidráulicas são apresentados em plantas
baixas, esquemas verticais e isométricos. Os isométricos podem ser feitos para cada
conjunto de peças atendidos pelo ramal, como apresentado na Figura 23 e na Figura 24.
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3.1 Simbologia
A NBR 5626 não estabelece os símbolos a serem adotados nos projetos. A seguir
são apresentadas as simbologias mais comumente utilizadas, podendo, no entanto,
outros símbolos serem utilizados. É importante, portanto, que conste, nas plantas,
legenda com a simbologia adotada.
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ANEXO A
As instalações prediais de água fria (projeto, execução e manutenção) são regidas
pela NBR 5626 / 1998, da qual foram extraídas as seguintes definições.
água potável: Água que atende ao padrão de potabilidade determinado pela Portaria
nº 36 do Ministério da Saúde.
componente: Qualquer produto que compõe a instalação predial de água fria e que
cumpre individualmente função restrita. Exemplos: tubos, conexões, válvulas,
reservatórios,etc.
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contida em um aparelho sanitário ou qualquer outro recipiente que esteja sendo
utilizado.
diâmetro nominal (DN): Número que serve para designar o diâmetro de uma
tubulação e que corresponde aos diâmetros definidos nas normas específicas de cada
produto.
instalação predial de água fria: Sistema composto por tubos, reservatórios, peças de
utilização, equipamentos e outros componentes, destinado a conduzir água fria da
fonte de abastecimento aos pontos de utilização.
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metal sanitário: Expressão usualmente empregada para designar peças de utilização
e outros componentes utilizados em banheiros, cozinhas, áreas de serviço e outros
ambientes do gênero, fabricados em liga de cobre. Exemplos: torneiras, registros de
pressão e gaveta, misturadores, válvulas de descarga, chuveiros e duchas, bicas de
banheira. Ver também plástico sanitário.
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retrossifonagem, bem como outros tipos de refluxo como, por exemplo, aquele que se
estabelece através do mecanismo de vasos comunicantes.
separação atmosférica: Separação física (cujo meio é preenchido por ar) entre o
ponto de utilização ou ponto de suprimento e o nível de transbordamento do
reservatório, aparelho sanitário ou outro componente associado ao ponto de utilização.
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tubulação recoberta: Tubulação disposta em espaço projetado para tal fim. Permite o
acesso mediante simples remoção da cobertura, somente implicando destruição da
mesma em casos de cobertura de baixo custo.
usuário: Pessoa física ou jurídica que efetivamente usa a instalação predial de água
fria, ou que responde pelo uso que outros fazem dela, respondendo pelo correto uso
da instalação e por sua manutenção, podendo delegar esta atividade a outra pessoa
física ou jurídica. Recorre ao construtor nos casos em que há problema na qualidade
da instalação predial de água fria.
Além desses termos definidos em norma, há, ainda, alguns outros que podem ser
úteis:
pena d’água: aparelho antigo usado em pequenas instalações com o objetivo de limitar
a entrada de água na unidade consumidora. Apresenta um dispositivo estrangulador da
seção do tubo de entrada, limitando-o a 2 mm, resultando em grande perda de carga e
passagem de apenas 50 litros/hora.
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ANEXO B
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Exemplo 2: edifício (plantas, isométrico e esquema vertical)
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Exemplo 3 detalhes de banheiro
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CREDER, Hélio. Instalações hidráulicas e sanitárias. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
MELO, Vanderley de Oliveira; NETTO, José M. de Azevedo. São Paulo: Edgard Blücher,
2004.
SALGADO, Julio. Instalação hidráulica residencial: a prática do dia a dia. São Paulo:
Érica, 2010.
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