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APOSTILA
HIDRÁULICA DOS SOLOS
NOVEMBRO 2020
Apostila Geotecnia
Prof. M. Sc. Marcelo Rios
NOVEMBRO 2020
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
2 FASES SÓLIDO - ÁGUA - AR................................................................................. 3
2.1 Fase Sólida ...................................................................................................... 3
2.2 Fase Gasosa .................................................................................................... 3
2.3 Fase Líquida..................................................................................................... 3
2.3.1 Água Livre ................................................................................................. 3
2.3.2 Água Capilar ............................................................................................. 3
2.3.3 Água Adsorvida (adesiva) ......................................................................... 3
2.3.4 Água de Constituição ................................................................................ 3
2.3.5 Água higroscópica..................................................................................... 3
3 CAPILARIDADE ...................................................................................................... 4
3.1 Definição .......................................................................................................... 4
3.2 Teoria do tubo capilar....................................................................................... 4
3.3 Fórmula Empírica de Hazen ............................................................................. 5
3.4 Importância dos Fenômenos Capilares ............................................................ 5
4 PERMEABILIDADE DOS SOLOS ........................................................................... 6
4.1 Introdução ........................................................................................................ 6
4.2 Regime de escoamento nos solos ................................................................... 6
4.3 Ley de Darcy .................................................................................................... 8
4.4 Coeficiente de Permeabilidade ........................................................................ 8
4.5 A Velocidade de descarga e a velocidade real da água .................................. 9
4.6 Fatores que influenciam a permeabilidade .................................................... 10
4.7 Ordem de grandeza do coeficiente de permeabilidade .................................. 12
4.8 Determinação do Coeficiente de Permeabilidade .......................................... 12
4.8.1 Fórmulas empíricas................................................................................. 12
4.8.2 Ensaios de laboratório ............................................................................ 13
4.8.2.1 Permeâmetro de parede rígida ....................................................................... 13
4.8.2.2 Permeabilidade de parede flexível .................................................................. 15
4.8.3 Ensaios de Laboratório (sistemas de controle) ....................................... 16
4.8.3.1 Ensaio de carga constante (alto k): ................................................................. 16
4.8.3.2 Ensaio de carga variável: ................................................................................. 16
4.8.4 Ensaios de Campo (in situ) ..................................................................... 18
4.8.4.1 Ensaio de Bombeamento ................................................................................ 18
4.8.4.2 Ensaio de “Tubo Aberto” ................................................................................. 18
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4.8.4.3 Ensaio de “Tubo Aberto” com carga constante .............................................. 19
4.9 Permeabilidade em terrenos estratificados .................................................... 19
4.9.1 Fluxo paralelo à estratificação ................................................................ 19
4.9.2 Fluxo perpendicular à estratificação ....................................................... 20
5 PERCOLAÇÃO DE ÁGUA DOS SOLOS .............................................................. 21
5.1 Tipos de Escoamento..................................................................................... 21
5.2 Fluxo Unidimensional ..................................................................................... 21
5.2.1 Conceito de Carga .................................................................................. 22
5.2.2 Tensões Efetivas em um Solo com Fluxo Ascendente ........................... 25
5.2.3 Tensões Efetivas em um Solo com Fluxo Descendente ......................... 26
5.2.4 Força de Percolação ............................................................................... 27
5.2.4.1 Areia Movediça (QUICKSAND)......................................................................... 27
5.3 Fluxo Bidimensional ....................................................................................... 28
5.3.1 Rede de Fluxo ......................................................................................... 30
5.3.2 Resolução da Equação de Laplace ........................................................ 31
5.3.2.1 Determinação gráfica da rede de fluxo ........................................................... 31
5.3.2.2 Anisotropia ...................................................................................................... 42
6 FILTROS DE PROTEÇÃO .................................................................................... 43
6.1 Filtros em Geral .............................................................................................. 43
6.2 Critérios para o dimensionamento de filtros ................................................... 43
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1 INTRODUÇÃO
Na natureza existe um sistema de circulação de água que envolve processos de
precipitação (chuva ou neve), condensação e evaporação. Este sistema, denominado
ciclo hidrológico, está esquematicamente representado na Figura 1.
Parte do volume de água precipitado atinge diretamente o solo, parte cai em rios, lagos
e mares, e parte é interceptada pela vegetação. Do volume de água que é interceptado
pela vegetação, parte retorna para a atmosfera por evapotranspiração e o restante ou é
absorvido pela própria vegetação ou cai no terreno. Do volume de água que cai na
superfície do solo, parte infiltra e parte flui superficialmente (runoff) ou fica retido em
depressões superficiais. A infiltração de água no solo altera as condições de umidade
da região não saturada, podendo inclusive alterar a posição da superfície freática, e,
dependendo da estratigrafia, chega a gerar um fluxo sub-superficial.
Na pratica, o engenheiro deve prever pressões de água, vazões e, em determinados, é
um desafio obter uma resposta correta. Na Figura 2, observa-se uma situação em que
há nível dá água suspenso, nível d’água local e uma camada mais permeável na qual
as p[ressoes de água não estão regidas pelo os condicionantes locais, e sim por uma
carga de pressão mais elevada.
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Para se determinar as pressões de água e vazões, o engenheiro deve estabelecer um
modelo de fluxo e, a partir deste determinar estas respostas para o projeto, como
mostram a Figura 3, Figura 4 e Figura 5, e eventualmente, projetar os dispositivos de
drenagem.
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As águas livre, higroscópica e capilar são as que podem ser totalmente evaporadas pelo
efeito do calor, a uma temperatura maior que 100 oC.
3 CAPILARIDADE
3.1 Definição
Ascensão da água acima do nível freático do terreno, através dos espaços intersticiais
do solo, em um movimento contrário à gravidade.
F=P
𝜋𝑥𝑑 2
𝑇𝑠 𝑥 cos ∝ 𝑥 𝑑 𝑥 𝜋 = 𝛾𝑎 𝑥ℎ𝑐 𝑥
4
4𝑥𝑇𝑠
ℎ𝑐 = 𝑥 cos ∝
𝑑𝑥𝛾𝑎
Onde:
4
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Tipo de Solo hc (cm)
Areia Grossa hc < 5
Valores típicos de altura de
Areia Média 5 ≤ hc ≥ 12
ascensão capilar, de acordo
Areia Fina 12 ≤ hc ≥ 35
com o tipo de solo
Silte 35 ≤ hc ≥ 70
Argila hc ≥ 70
Observações:
Segundo Milton Vargas, em solos arenosos é comum a ascensão capilar atingir alturas
da ordem de 30 cm a 50 cm. Porém, em terrenos argilosos, a capilaridade pode alcançar
até 80 m de elevação.
Em São Paulo, foi constatada a ascensão capilar de 35 cm sob os pavimentos das pistas
do aeroporto de Congonhas.
Segundo Souza Pinto (2003), a altura de ascensão capilar máxima é de poucos
centímetros para pedregulhos, 1 a 2 m para areias, 3 a 4 metros para os siltes e dezenas
de metros para as argilas.
𝑐
ℎ𝑐 =
𝑒𝑥𝑑10
Onde:
c = constante de Hazen (0,1 < c < 0,5 cm2);
e = índice de vazios;
d10 = diâmetro efetivo em cm
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4.1 Introdução
A permeabilidade é a propriedade que o solo apresenta de permitir o escoamento de
água através dele. Todos os solos são mais ou menos permeáveis.
O conhecimento do valor da permeabilidade é muito importante em algumas obras de
engenharia, principalmente, na estimativa da vazão que percolará através do maciço e
da fundação de barragens de terra, em obras de drenagem, rebaixamento do nível
d’água, escavações e adensamento, etc.
Portanto, os mais graves problemas de construção estão relacionados com a presença
da água. O conhecimento da permeabilidade e de sua variação é necessário para a
resolução desses problemas. O coeficiente de permeabilidade pode ser determinado
através de ensaios de laboratório em amostras indeformadas ou de ensaios “in situ”.
Como pode ser visto na figura abaixo, o solo é um material natural complexo, constituído
por grãos minerais e matéria orgânica, constituindo uma fase sólida, envolvidos por uma
fase líquida: água. Há uma terceira fase, eventualmente presente; o ar, o qual preenche
parte dos poros dos solos não inteiramente saturados de água.
No caso das areias o solo poderia ser visto como um material constituído por
canalículos, interconectados uns aos outros, nos quais ou há água armazenada, em
equilíbrio hidrostático, ou água flui através desses canalículos, sob a ação da gravidade.
Nas argilas esse modelo simples do solo perde sua validade, uma vez que devido ao
pequeníssimo diâmetro que teriam tais canalículos e as formas exóticas dos grãos,
intervêm forças de natureza capilar e molecular de interação entre a fase sólida e a
líquida. Portanto, o modelo de um meio poroso, pelo qual percola à água, é algo tanto
precário para as argilas, embora possa ser perfeitamente eficiente para as areias.
Infelizmente a quase totalidade das teorias para percolação de água nos solos é
baseada nesse modelo.
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Reynolds variou o diâmetro “D” e o comprimento “L” do conduto e a diferença de nível
“h” entre os reservatórios, medindo a velocidade de escoamento “v”. Os resultados
constam na Figura 8b, onde estão plotados, o gradiente hidráulico “i = h/l” versus a
velocidade de escoamento “v”. Verifica-se que há uma velocidade crítica “vc” abaixo da
qual o regime é laminar, havendo proporcionalidade entre o gradiente hidráulico e a
velocidade de fluxo. Para velocidades acima de “vc” a relação não é linear e o regime
de escoamento é turbulento. Ainda segundo Reynolds, o valor de “vc” é relacionado
teoricamente com as demais grandezas intervenientes através da equação:
𝑣𝑐 ∗ 𝐷 ∗ 𝛾
𝑅𝑒 =
𝜇∗𝑔
onde:
(a) (b)
Figura 8 - Experiência de Reynolds: (a) montagem; (b) resultados.
v=k∗i
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Vazão (Q):
Q = V𝑓 𝑥 𝐴𝑣
Onde:
Av = área de vazios;
Vf = velocidade real do escoamento.
Q=v𝑥𝐴
Onde:
v=kxi
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V𝑓 𝑥 𝐴𝑣 = v 𝑥 𝐴
A 𝑘𝑓
=
𝐴𝑣 𝑘
𝑘𝑓 𝑥 𝑖 𝑥 𝐴𝑣 = 𝑘 𝑥 𝑖 𝑥 𝐴
A 𝑉𝑡 1
= =
𝐴𝑣 𝑉𝑣 𝑛
No esquema à direita da Figura 10 esta área menor esta representada. Como a vazão
é igual em qualquer seção, temos:
Q = 𝐴𝑣 = 𝐴𝑓 𝑣𝑓
A relação entre a área de vazios e a área total é igual à relação entre os volumes
correspondentes, que é, por definição, a porosidade da areia, n.
Assim, a velocidade de fluxo pode então ser expressa como:
𝐴 𝑣
𝑉𝑓 = v =
𝐴𝑓 𝑛
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• Fluído - O tipo de fluído que se encontra nos poros. Nos solos, em geral, o fluído
é a água com ou sem gases (ar) dissolvidos.
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• Temperatura - Quanto maior a temperatura, menor a viscosidade d’água,
portanto, maior a permeabilidade, isto significa que a água mais facilmente
escoará pelos poros do solo. Por isso, os valores de “k” obtidos nos ensaios são
geralmente referidos à temperatura de 20°C, o que se faz pela seguinte relação:
𝑘𝑇 ∗ 𝜇𝑇
𝑘20 = = 𝑘𝑟 ∗ 𝐶𝑘
𝜇20
Onde:
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k (cm/s) = C . (D10)2
Onde,
k = coeficiente de permeabilidade
D10 = diâmetro efetivo das partículas
C = coeficiente que para solos arenosos é igual a 100.
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e = + ß . log k
= 10 . ß
ß = 0,01 . IP +
Onde,
k = coeficiente de permeabilidade
e = índice de vazios
IP = índice de plasticidade
= constante que depende do tipo de solo e de valor médio 0,05
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O permeâmetro do tipo célula de adensamento é formado por uma célula, pela qual o
fluxo d’água do corpo de prova é conectado ao ensaio Figura 14, Tavenas et al (1983),
afirma que uma das vantagens na utilização deste ensaio é a possibilidade de medir
além da condutividade hidráulica a tensão vertical efetiva inicial (’v0), índice de vazios
(e0), mas também a lei da variação de k em função do índice de vazios com o aumento
da tensão vertical efetiva.
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Em geral os permeâmetros de parede rígida apresentam como vantagens: (a)
Simplicidade de construção, operação e baixo custo da célula; (b) amostras com
dimensões maiores podem ser ensaiadas; (c) podem ser aplicadas as tensões verticais
nulas se desejado.
As principais desvantagens que estes permeâmetro apresentam são: (a) Problemas de
fluxo lateral nas amostras; (b) não há controle da tensão horizontal; (c) não é possível
confirmar o grau de saturação pelo parâmetro B; (d) não é possível obter a saturação
por contrapressão; (e) necessita-se de um grande tempo para ensaiar o material de
baixa permeabilidade.
O corpo de prova de solo é colocado no interior da célula triaxial envolvido por uma
membrana, e disposto entre a base e o pedestal, sendo confiando entre pedras porosas,
na parte superior e inferior do corpo de prova. A célula triaxial é preenchida com água,
aplicam-se tensões de confinamento, que comprimem a membrana flexível ao corpo de
prova. Desta forma o fluxo lateral (entre a membrana e o corpo de prova) é minimizado.
Uma linha de drenagem é conectada na parte inferior do corpo de prova (onde entrará
o fluxo d’água), e outra na parte superior (onde sairá o fluxo). As principais vantagens
do permeâmetro de parede flexível são: (a) saturação da amostra por contrapressão e
tem-se a possibilidade de verificar o parâmetro B = ∆u / ∆σ; (b) possibilidade de controle
das tensões principais; (c) realizar ensaios com materiais de baixa condutividade
hidráulica; (d) ensaios mais rápidos; (e) a membrana que envolve a amostra reduz o
risco de percolação lateral devido à tensão de confinamento aplicada; (f) as mudanças
volumétricas e deformações podem ser medidas. Citam-se como principais
desvantagens: (a) os custos da célula e dos equipamentos envolvidos para realização
dos ensaios são elevados; (b) problemas de compatibilidade química da membrana com
líquidos utilizados na percolação; (c) dificuldades de execução do ensaio com tensões
de compressão muito baixas; (d) problemas de difusão através da membrana.
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4.8.3 Ensaios de Laboratório (sistemas de controle)
Os métodos de ensaio de condutividade hidráulica são nomeados em função do sistema
de aplicação de carga hidráulica, que podem ser do tipo: carga constante, carga variável
e vazão constante (Daniel, 1994).
Neste ensaio a amostra é submetida a uma carga hidráulica constante durante o ensaio
(permeâmetro de nível constante). O coeficiente de permeabilidade é determinado pela
quantidade de água que percola a amostra para um dado intervalo de tempo. A
quantidade de água é medida por uma proveta graduada, determinando-se a vazão (Q),
conforme mostra a Figura 16. Este permeâmetro é muito utilizado para solos de
granulação grossa (solos arenosos).
Q=v.A
v=k.i
Q=k.i.A
Q = k . h/L . A
𝑄∗𝐿 𝑉∗𝐿
k= =
ℎ∗𝐴 ℎ∗𝐴∗𝑡
k = permeabilidade
v = velocidade
i = gradiente hidráulico
Q = vazão
L = comprimento
A = área da amostra
h = diferença de nível
V = volume
t = tempo Figura 16 – Permeâmetro de carga constante
Em se tratando de solos finos (solos argilosos e siltosos), o ensaio com carga constante
torna-se inviável, devido à baixa permeabilidade destes materiais há pouca percolação
de água pela amostra, dificultando a determinação do coeficiente de permeabilidade.
Para tais solos é mais vantajoso a utilização de permeâmetros com carga variável,
conforme mostra a Figura 17.
h = f (t)
Q = V/t = k . i . A
V=K.i.A.t
dV = k . i . A . dt (na amostra) dV = - a . dh (na bureta)
k . i . A . dt = - a . dh
k . h/L . A. dt = - a . dh
𝑘∗𝐴 𝑑ℎ
. 𝑑𝑡 = −
𝐿∗𝑎 ℎ
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Realizando-se a integração entre h1 e h2 e t1 e t2
𝑡2 ℎ2
𝑘∗𝐴 𝑑ℎ
∫ . 𝑑𝑡 = − ∫
𝑡1 𝐿∗𝑎 ℎ1 ℎ
𝑘∗𝐴
. (𝑡 − 𝑡1 ) = −𝑙𝑛𝑒 ℎ2 + 𝑙𝑛𝑒 ℎ1
𝐿∗𝑎 2
𝑎∗𝐿
k= ∗ 𝑙𝑛𝑒 (ℎ1 /ℎ2 )
𝐴. (𝑡2 − 𝑡1 )
𝑎∗𝐿
k= ∗ 2,3 log(ℎ1 /ℎ2 )
𝐴. (𝑡2 − 𝑡1 )
k = permeabilidade
a = área da bureta
A = área da amostra
L = comprimento da amostra
dV = volume elementar
dh = altura elementar
h = leituras na bureta
t = tempo correspondente às leituras h
Figura 17 – Permeâmetro de carga variável
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4.8.4 Ensaios de Campo (in situ)
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4.8.4.3 Ensaio de “Tubo Aberto” com carga constante
É indicado para terrenos em que a permeabilidade é tão alta, areias grossas e
pedregulhos, de modo a dificultar a medida exata do abaixamento do nível d’água.
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4.9.2 Fluxo perpendicular à estratificação
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5.2.1 Conceito de Carga
𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜
ℎ𝑝 = =
𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜
. (𝑏 . 𝑐 ) . 𝑙 .𝑉
= ℎ𝑃 =
𝑎 . (𝑏 . 𝑐 ) . 𝑙 𝑎 . 𝑉 𝑎
𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑣𝑎çã𝑜
ℎ𝑒 = =
𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑚 .𝑔 .𝑧 𝑚 .𝑔 .𝑧
= ℎ𝑒 = 𝑧
𝑎 . 𝑉 𝑚 .𝑔
𝑣2
ℎ = ℎ𝑝 + ℎ 𝑒 + ℎ𝑐 ℎ= +𝑧+
𝑎 2 .𝑔
ℎ𝑝 + ℎ𝑒 + ℎ𝑣 = 𝑐𝑡𝑒 ℎ𝐴 = ℎ𝐵
𝐴 𝑉𝐴2 𝐵 𝑉𝐵2
+ 𝑍𝐴 + = + 𝑍𝐵 +
𝐴 2𝑔 𝐵 2𝑔
ℎ𝐴 = ℎ𝐵 + ℎ
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De maneira geral, nos problemas de fluxo em meios porosos, a perda de cara devida à
velocidade é desprezível. Assim, pode-se obter:
𝐴
ℎ𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ℎ𝑝 + ℎ𝑒 + 𝑍𝐴 = ( 𝐵 + 𝑍𝐵 ) + ℎ𝐴𝐵
𝐴 𝐵
Exemplo 1:
Ponto A Ponto B Ponto C
he = H he = h he = 0
hp = 0 hp = (H – h) hp = H
ht = he+hp = H ht = he+hp = H ht = H
Exemplo 2:
Ponto A Ponto B
he = hc he = 0
hp = -hc hp = 0
ht = he+hp = 0 ht = 0
hp = 0 hp = 0,6m hp = -0,6m hp = 0
ht = 4,2m ht = 4,2m ht = 0 ht = 0
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Observações:
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5.2.2 Tensões Efetivas em um Solo com Fluxo Ascendente
he = z + L he = L he = 0 he = z + L he = L he = 0
hp = 0 hp = z hp = z + L hp = 0 hp = z hp = z + L + h
ht = z + L ht = z + L ht = z + L ht = z + L ht = z + L ht = z + L + h
u=0 u = a . z u = a . (z + L)
=0 = a . z = sat . L + a . z
’ = 0 ’ = 0 ’ = sat . L + a . L - a . (z + L) = sub . L
u=0 u = a . z u = hp . a = a . (z + h + L)
=0 = a . z = sat . L + a . z
’ = 0 ’ = 0 ’ = sat . L + a . z - a . (z + h + L) = sub . L - a . h
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5.2.3 Tensões Efetivas em um Solo com Fluxo Descendente
he = z + L he = L he = 0 he = z + L he = L he = 0
hp = 0 hp = z hp = z + L hp = 0 hp = z hp = z + L - h
ht = z + L ht = z + L ht = z + L ht = z + L ht = z + L ht = z + L - h
u=0 u = a . z u = a . (z + L)
=0 = a . z = sat . L + a . z
’ = 0 ’ = 0 ’ = sat . L + a . Z - a . (z + L) = sub . L
u=0 u = a . z u = hp . a = a . (z + L - h)
=0 = a . z = sat . L + a . z
’ = 0 ’ = 0 ’ = sat . L + a . z - a . (z + L - h) = sub . L + a . h
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5.2.4 Força de Percolação
É uma força que atua nas partículas, tendendo a carregá-las. Só não o faz porque o
peso das partículas a ela se contrapõe, ou porque a areia é contida por outras forças
externas.
Quando uma areia é submetida a uma condição de fluxo que resulta em tensão efetiva
nula, a resistência do solo torna-se zero, há um afofamento do material, rompe-se o
equilíbrio dos grãos e o solo experimenta uma situação de instabilidade.
A tensão efetiva é nula quando a pressão neutra se iguala à tensão total. Para que isto
ocorra existem duas situações:
Onde:
P = L . sat . A E = L . a . A f = h . a . A
(peso do solo saturado) (Empuxo) (força de percolação)
O gradiente hidráulico necessário para provocar a condição de areia movediça pode ser
determinado
por:
P – (E + f) = 0
Sub . L = h . a
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𝑠𝑢𝑏
~ 1,0, de forma que um gradiente hidráulico unitário causará condição de areia
𝑎
movediça em um solo não carregado.
Só ocorre o estado de areia movediça quando o gradiente atua de baixo para cima. No
sentido contrário, quanto maior o gradiente, maior a tensão efetiva.
O combate à situação de areia movediça pode ser feito reduzindo-se o gradiente
hidráulico ou aumentando-se a tensão sobre a camada susceptível.
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𝜕2ℎ 𝜕2ℎ 𝜕2ℎ 1 𝜕𝑠 𝜕𝑒
𝑘𝑥 . 2
+ 𝑘𝑦 . 2
+ 𝑘𝑧 . 2
= . (𝑒 . +𝑆. )
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝑒+1 𝜕𝑡 𝜕𝑡
Onde:
kj = permeabilidade na direção j;
h = carga hidráulica total;
S =grau de saturação;
E = índice de vazios;
t = tempo
𝜕2ℎ 𝜕2ℎ 1 𝜕𝑠 𝜕𝑒
𝑘𝑥 . 2
+ 𝑘𝑦 . 2
= . (𝑒 . +𝑆. )
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝑒+1 𝜕𝑡 𝜕𝑡
𝜕2ℎ 𝜕2ℎ
𝑘𝑥 . 2 + 𝑘𝑦 . 2 = 0
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝜕2ℎ 𝜕2ℎ
+ =0
𝜕𝑥 2 𝜕𝑦 2
b) e é variável e S é constante
(i) e decrescente → Adensamento
(ii) e crescente → Expansão
c) e é constante e S é variável
(iii) S decrescente→ Drenagem
(iv) S crescente → Embebimento
OBS: Os casos (b), (c) e (d) são denominados fluxo transiente (quantidade de água que
percola varia com o tempo)
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• Fluxo é estacionário;
• Solo Saturado;
𝜕𝑒
• Não ocorre nem compressão, nem expansão durante o fluxo: = 0;
𝜕𝑡
• Solo homogêneo;
• K igual nas duas direções kx = ky;
• Validade da Lei de Darcy
Temos:
𝜕 2ℎ 𝜕 2ℎ
+ = 0 → 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝐿𝑎𝑝𝑙𝑎𝑐𝑒
𝜕𝑥 2 𝜕𝑦 2
A Rede de fluxo é uma representação gráfica dos caminhos percorridos pela água.
Consiste, basicamente, em traçar na região em que ocorre o fluxo, dois conjuntos de
curvas conhecidas como linhas de fluxo (trajetórias das partículas) e por linhas
equipotenciais (linhas de igual carga total).
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5.3.2 Resolução da Equação de Laplace
1 – 2: linha equipotencial
6 – 7: linha equipotencial
Este método foi proposto pelo físico alemão Forchheimer. Consiste no traçado a mão
livre de diversas linhas de escoamento equipotenciais, respeitando-se as condições de
que elas se interceptam ortogonalmente e que formem figuras “quadradas”.
A sua obtenção desta maneira tem inclusive a vantagem de despertar a sensibilidade
de quem a constrói para o problema em estudo.
As redes montadas por figuras com a/L constante e, em particular, “quadradas”
(a/L = 1), implicam no atendimento às condições que lhes são impostas, isto é, por cada
canal de fluxo passa a mesma quantidade (Q) de água e entre duas equipotenciais
consecutivas ocorre a mesma queda de potencial (h).
A construção gráfica é feita por tentativas, a partir da definição das “condições limites”,
isto é, às condições de carga e de fluxo que, em cada caso, limitam a rede de
percolação. Por exemplo, no caso da pranchada, na figura acima, a linha contornando
a pranchada e o fundo da camada permeável são linhas de fluxo e a superfície do
terreno representa as linhas equipotenciais inicial e final. Naturalmente o traçado das
redes requer experiência e prática de quem o utiliza. Geralmente o traçado baseia-se
em outras redes semelhantes obtidas por outros métodos.
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✓ Observar sempre a aparência geral da rede; não tentar ajustar detalhes até que
toda a rede esteja aproximadamente correta
✓ Numa superfície livre de fluxo, os quadrados são incompletos; deve ser mantida
a condição de iguais quedas de carga entre pontos de interseção de
equipotenciais.
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indicam as “condições limites”, constituídas por duas linhas de fluxo e duas linhas
equipotenciais, como são mostradas na Figura 19.
Para este caso, a rede de fluxo tem a configuração mostrada na Figura 20. Numerosas
linhas de fluxo e linhas equipotenciais poderiam ser traçadas, como as do exemplo, em
que se obtém nd = 12 quedas de potencial e nf = 5 canais de fluxo.
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 (𝑝𝑒𝑠𝑜)
𝑢 (𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜) =
á𝑟𝑒𝑎
𝑝𝑒𝑠𝑜 = 𝑣𝑜𝑙 . 𝛾𝑎 = 1 × 1 × ℎ × 𝛾𝑎
𝑝𝑒𝑠𝑜 = ℎ × 𝛾𝑎
𝛾𝑎 ×ℎ
𝑢= = 𝛾𝑎 × ℎ
1×1
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Neste caso, observa-se que a água percola da esquerda para a direita em função da
diferença de carga total existente. Observa-se que as 11 linhas equipotenciais são
perpendiculares às 4 linhas de fluxo, formando elementos aproximadamente quadrados.
A rede é formada por 5 canais de fluxo (nf = 5) e por 12 quedas equipotenciais (nd = 12).
Nota-se que os canais de fluxo possuem espessuras variáveis, pois a seção disponível
para passagem de água por baixo da estaca prancha é menor do que a seção pela qual
a água penetra no terreno. Logo, a velocidade será variável ao longo do canal de fluxo.
Quando o canal se estreita, sendo constante a vazão, a velocidade será maior, gerando
um gradiente hidráulico maior (Lei de Darcy). Consequentemente, sendo constante a
perda de potencial de uma linha equipotencial para outra, o espaçamento entre as
equipotenciais deve diminuir. Sendo assim, a relação entre as linhas de fluxo e
equipotenciais se mantém constante.
A partir do traçado da rede de fluxo, pode-se calcular a vazão percolada. Assim:
Isolando um elemento da rede de fluxo, como aquele mostrado na Figura 21, o qual é
formado por linhas de fluxo distanciadas entre si de “b” no plano do desenho e de uma
unidade de comprimento no sentido normal do papel.
Δℎ𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜
𝑖=
𝑙𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜
Δℎ
A área no elemento é igual a: A = b . l. Portanto: 𝑞 = 𝑘. ( ) . (𝑏. 𝑙 ).
𝑙
No traçado da rede de fluxo, como o elemento é um quadrado, tem-se: b = l, sendo
assim:
𝑞 = 𝑘. Δℎ
ℎ
Δℎ =
𝑛𝑑
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Realizando as devidas substituições, tem-se a vazão em cada canal de fluxo, dada pela
expressão abaixo:
ℎ
q = k.
𝑛𝑑
A vazão total do sistema de percolação (Q), por unidade de comprimento, é dada pela
vazão do canal (q) multiplicada pelo número de canais de fluxo (nf). Portanto:
𝑛𝑓
Q = q. 𝑛𝑓 ⇒ Q = k. h.
𝑛𝑑
Onde:
h = perda de carga total;
𝑛𝑓
⁄𝑛𝑑 = fator de forma, que depende da rede traçada.
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A Figura 23 ilustra um traçado de rede de fluxo feito à mão livre, sob um vertedouro de
concreto, tendo na fundação (extremidades) duas cortinas (paredes) verticais até uma
determinada profundidade
Já na Figura 24, publicado por Massad (2003), de uma escavação em solo homogêneo,
apresenta-se a rede de fluxo para a metade à direita da seção (a ser duplicada para a
esquerda, por haver simetri.a no exemplo) em que há uma perda de carga de 6,0m em
12 quedas de potencial (nq = nd =12) – adotado 6 canais de fluxo (nc = nf = 6) ao se
traçar a rede de fluxo.
Interessante observar que na área mais estreita do fluxo, abaixo da escavação, as linhas
de fluxo estão mais próximas e na área externa mais distante, mantida a mesma
quantidade de linhas de fluxo
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A abaixo ilustra diferentes exemplos de traçados de rede de fluxo (4 para fluxo confinado
e 2 para fluxo não confinado*). Observe como os elementos impermeáveis (cortinas -
paredes ou tapetes) ou permeáveis (filtros - material drenante) influenciam a trajetória
das linhas de fluxo
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Em resumo para uma rede de figuras “quadradas”, temos:
h 𝑄 ℎ
h = ; Q = Q = k . .𝑎 .1
𝑁𝑑 𝑁𝑓 𝑁𝑑 . 𝐿
h ℎ ℎ 𝑎
𝑖= = Q=k. . .𝑁 → 𝑎 = 𝐿
𝐿 𝑁𝑑 . 𝐿 𝑁𝑑 𝐿 𝑓
Q = k . i . A 𝑁𝑓 𝑁𝑓
Q = k .h . 𝑜𝑢 Q = k . h . .𝐶
𝑁𝑑 𝑁𝑑
Exemplo 6: Calcular a vazão de água que atravessa o solo por baixo da cortina de
estacas.
Resolução:
Dados:
Nf = 4
Nd = 8
h= 900 – 150 = 750cm
C=5000cm
Assim:
Q = 0,94 cm³/s
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Exemplo 7:
Para a cortina, com 100 m de comprimento, representada na figura abaixo, calcular:
a) A quantidade de água que percola, por mês, através do maciço permeável
b) A pressão neutra ou poropressão no ponto A, em que está instalado um piezômetro.
Resolução: Por se tratar de fluxo bidimensional, em que a área atravessada pela água
não é constante, faz-se necessário traçar previamente a rede de fluxo do problema.
Optando por traçar 2 linhas de fluxo, obtém-se a mão livre o traçado abaixo
qtotal = 10,5x10-3 cm3/seg x 104 cm = 105 cm3 /seg (considerado os 100m de cortina)
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b) Cálculo da pressão neutra ou poropressão ou pressão de água no ponto:
Exemplo 8:
Para o vertedouro de concreto da Figura abaixo, já desenhada uma rede de fluxo,
calcule a “subpressão” (pressão da água junto à sua fundação), em função do peso
específico da água considerado “ w ”. Apresente o cálculo para os 6 pontos destacados
(a, b, c, d, e, f), em kN/m2 (kPa). Apresente também um gráfico esquemático com os
valores obtidos
Resolução:
Carga hidráulica do sistema de fluxo: Diferença de NA (entrada/saída) → h = 7,0m
Perda de carga entre duas equipotenciais traçadas → ∆h = 7,0 / 7 = 1,00m
Observe que até o ponto “a” → 1 queda: ∆h= 1,00 (valor de perda de carga na
percolação até o ponto). Então, calculando a altura do nível da água dentro do
piezômetro (tubo):
Hpiezométrica = 6,0 + 2,0 = 8,0m (como pode-se observar diretamente nas cotas do
desenho)
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Logo, 𝑢𝑎 = ℎ𝑝 𝑥 𝛾𝑎 = 8,0 𝑥 𝛾𝑎 𝑘𝑁/𝑚²
Para os outros pontos, há perda de carga de 1,00m a cada ponto, logo, tem-se:
𝑢𝑏 = ℎ𝑝 𝑥 𝛾𝑤 = 8,0 𝑥 𝛾𝑤 𝑘𝑁/𝑚²
𝑢𝑐 = ℎ𝑝 𝑥 𝛾𝑤 = 8,0 𝑥 𝛾𝑤 𝑘𝑁/𝑚²
𝑢𝑑 = ℎ𝑝 𝑥 𝛾𝑤 = 8,0 𝑥 𝛾𝑤 𝑘𝑁/𝑚²
𝑢𝑒 = ℎ𝑝 𝑥 𝛾𝑤 = 8,0 𝑥 𝛾𝑤 𝑘𝑁/𝑚²
𝑢𝑓 = ℎ𝑝 𝑥 𝛾𝑤 = 3,0 𝑥 𝛾𝑤 𝑘𝑁/𝑚²
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5.3.2.2 Anisotropia
𝑘𝑦
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑙𝑎 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑥 = √
𝑘𝑥
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6 FILTROS DE PROTEÇÃO
“Até o meio da barragem faço tudo para a água não chegar. A partir
daí faço tudo para a água sair da maneira que quero”
“Arthur Casagrande”
O projeto de um filtro deve ter como base fundamental a granulometria do material a ser
empregado. Esta granulometria deve ser tal que:
Com o objetivo de atender aos requisitos citados em 6.1, com base na sua experiência
profissional, Terzaghi propôs, em 1922, relações entre os diâmetros d15 e d85 do material
de base, com o diâmetro D15, do material de filtro, expressas pelas duas inequações:
𝐷15 𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜
>4𝑎5 relação de permeabilidade
𝑑15 𝑠𝑜𝑙𝑜
𝐷15 𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜
<4𝑎5 relação de estabilidade (“piping ratio”)
𝑑85 𝑠𝑜𝑙𝑜
𝐷50 𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜
< 25
𝑑50 𝑠𝑜𝑙𝑜
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Para se evitar o movimento de partículas do solo dentro do filtro, e um coeficiente de
uniformidade do filtro não superior a 20, para assegurar que não haja segregação.
• D(15) do filtro / D(15) da base maior ou igual a 5. ( O filtro não deve ter mais de
5% de grãos passando na peneira No 200 – diâmetro igual a 0,075 mm.);
• D(15) do filtro / D(85) da base menor ou igual a 5;
• D(85) do filtro / diâmetro dos furos no tubo de drenagem ( ou da malha do poço
de alívio) maior ou igual a 2
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