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A Utilização de RCD na Construção Civil

Eng. Civil Me. Vinício Cecconello


vcecconello@ucs.br
Definição RCD / RCC

• RCD é o termo utilizado na bibliografia internacional para tratar dos


Resíduos de Construção e Demolição;
• O CONAMA trata estes resíduo como RCC, ou seja, Resíduo de
Construção Civil.
Tijolos e Concretos Rochas e Madeiras e Outros
Blocos e Solos Compensa
Cerâmicos Argamass dos
as
Breve histórico da utilização de RCD

• A partir de 1928 começaram a ser desenvolvidas pesquisas de forma mais sistemática para
avaliar o consumo de cimento, a quantidade de água e o efeito da granulometria dos
agregados oriundos de alvenaria britada e de concreto;
• A primeira aplicação significativa de RCD só foi registrada após a segunda guerra mundial,
na reconstrução das cidades Européias, que tiveram seus edifícios totalmente demolidos e
os escombros ou entulho resultante foi britado para produção de agregado visando
atender á demanda na época (Wedler e Hummel, 1946 apud Levy e Helene, 1995);
• Em 1983 nos Estados Unidos, ouve deterioração de aproximadamente 9 km de uma
pavimentação em concreto, esses escombros foram britados e utilizados como agregado
para concreto e empregados na nova pavimentação (Mehta, 1999);
• As principais dificuldades na utilização de resíduo de construção e demolição (RCD) como
agregado são o custo da britagem, a graduação, o controle do pó e a devida separação de
alguns constituintes indesejáveis junto ao agregado (Mehta e Monteiro, 2014).
Nos dias atuais.... utilização de RCD

• Temos diversas indicações de uso destes materiais, como:


• Argamassas de assentamento de • Fabricação de concretos não estruturais;
alvenaria de vedação; • Obras de drenagens;
• Contrapisos; • Obras de base e sub-base de pavimentos;
• Solo-cimento; • Reforço e subleito de pavimentos;
• Blocos e tijolos de vedação; • Regularização de vias não pavimentadas;
• Fabricação de artefatos de concreto; • Aterros e acerto topográfico de terrenos;
• Blocos de vedação; • Obras de pavimentação;
• Pisos intertravados; • Drenagens;
• Terraplenagem.
• Manilhas de esgoto;

Fonte: Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção


Civil e Demolição.
Principais dificuldades da utilização de RCD
• Heterogeneidade, da origem: • Heterogeneidade, do material de origem:
• Resistência mecânica • Resistência mecânica
• Porosidade • Porosidade
• Distribuição de poros • Distribuição de poros
• Densidade • Densidade

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Principais dificuldades da utilização de RCD
RCD de Concreto
ANTES DEPOIS
RCD de Cerâmica

ANTES

DEPOIS
RCD de Cerâmica e Argamassa

ANTES

DEPOIS
Heterogeneidade

Figura 1: Composição do RCD em Porto Alegre (Lovatto, 2007).


10
Heterogeneidade

Figura 2: Composição do RCD em São Leopoldo (Lovatto, 2007).


11
Heterogeneidade

Figura 3: Composição do RCD em Novo Hamburgo (Lovatto, 2007).


12
Heterogeneidade

Figura 4: Separação por densidade do RCD em POA (Lovatto, 2007). 13


Heterogeneidade

Figura 5: Separação por densidade do RCD em São Leopoldo (Lovatto, 2007).


14
Heterogeneidade

Figura 6: Separação por densidade do RCD em NH (Lovatto, 2007).


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Justificativa para o uso de RDC em concretos

Demanda mundial de concreto em 2006:

• Concreto: 11 bilhões t/ano


• Água: 1,0 bilhão t/ano
• Agregado: 9 bilhões t/ano
• Cimento: 1,5 bilhões t/ano

• Projeção para 2050: 16 bilhões t/ano

Mehta e Monteiro, 2006


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Justificativa para o uso de RDC em concretos
Demanda mundial de concreto em 2014:

• Concreto: 33 bilhões t/ano


• Água: 2,7 bilhões t/ano
• Agregado: 27 bilhões t/ano
• Cimento: 3,7 bilhões t/ano

• Projeção em 2006 para 2050 era de 16 bilhões t/ano

Mehta e Monteiro, 2014


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Justificativa para o uso de RDC em concretos

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Figura 7: Produção mundial de cimento Portland (Mehta e Monteiro, 2014).
Utilização de RCD em Argamassas e Concretos
• Composição do Concreto :

Composição das Argamassas


• O concreto é formado pela mistura do cimento Portland com água, forma uma pasta com mais ou
menos fluidez. Essa pasta tem por finalidade envolver as partículas de agregados, areias e/ou pedras
britadas (ISAIA, 2005).

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Utilização de RCD em Argamassas e Concretos
• Composição atual:

consumo energético
e geração de CO2

Em média uma tonelada de cimento consome aproximadamente 100-120 KWh de energia e emite em torno de 800 kg de
CO2eq, o que representa entre 5% e 6% das emanações totais do planeta (ISAIA, 2011).

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Utilização de RCD em Argamassas e Concretos
• Composição atual:

consumo energético ≥ 75% do volume


e geração de CO2

Os agregados ocupam pelo menos 75% do volume do concreto (Neville, 1997; Sbrighi Neto, 2011),

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Utilização de RCD em Argamassas e Concretos

• Composição atual do material

consumo energético ≥ 75% do volume A/Agl


e geração de CO2

Diretamente relacionada a durabilidade e resistência do concreto.

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Utilização de RCD em Argamassas e Concretos
• Composição atual do material

consumo energético ≥ 75% do volume A/Agl


e geração de CO2

A utilização de concretos e argamassas pode ser afetadas pela falta de recursos naturais;

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Utilização de RCD em Argamassas e Concretos
• A resistência dá uma indicação da qualidade do concreto pelo fato de estar relacionada com a pasta de
cimento endurecida, a porosidade da matriz, que é a estrutura da pasta de cimento endurecida, e a zona de
transição entre a matriz e o agregado graúdo (Neville e Brooks, 2010).

Fc do agregado

Fc da pasta

Figura 8 – Ilustração da fissuração microestrutural do concreto CONVENCIONAL quando submetido a ft (a) e fc (b). (HANAI,
2005 apud ANDRADE e TUTIKIAN, 2011).
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Utilização de RCD em Argamassas e Concretos
• A resistência dá uma indicação da qualidade do concreto pelo fato de estar relacionada com a pasta de
cimento endurecida, a porosidade da matriz, que é a estrutura da pasta de cimento endurecida, e a zona de
transição entre a matriz e o agregado graúdo (Neville e Brooks, 2010).

Figura 9 - Micrografia da zona de transição do concreto com agregado convencional e concreto leve com argila expandida
25
(Rossignolo e Agnesini, 2011).
Pesquisas utilizando de RCD em Argamassas e
Concretos

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Utilização de RCD em Concretos
Metodologia utilizada por Vieira (2003):
Coleta do RCD e moagem nas frações granulométricas miúdas e graúdas.

Figura 10: Agregado reciclado miúdo e graúdo (Vieira, 2003). 27


Utilização de RCD em Concretos

Figura 11: Fc em relação a substituição e relação a/c , substituição do a. miúdo (Vieira, 2003). 28
Utilização de RCD em Concretos

Figura 12: Fc em relação a substituição e relação a/c , substituição do a. graúdo (Vieira, 2003). 29
Utilização de RCD em Concretos
Metodologia utilizada por Cabral (2007):
Coleta do RCD, separação da argamassa, concreto e
cerâmica, moagem nas frações granulométricas
miúdas e graúdas.

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Figura 13: Agregado utilizados (Cabral, 2007).
Utilização de RCD em Concretos

Figura 14: Fc em relação a substituição substituição do a. graúdo e miúdo (Cabral, 2007). 31


Utilização de RCD em Concretos

Figura 15: Fc em relação a substituição substituição do a. graúdo e miúdo (Cabral, 2007). 32


Utilização de RCD em Concretos

Figura 16: Fc em relação a substituição substituição do a. graúdo e miúdo (Cabral, 2007). 33


Utilização de RCD em Concretos

Conclusões:

O acréscimo de resistência observado com o uso de agregado muído de


cerâmica vermelha pode ser explicado devido a atividade pozolânica que
ocorre, melhorando a zona de transição dessas misturas (Schulz e Hendricks,
1992, Leite, 2001, Khatib, 2005 apud Cabral, 2007).

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Utilização de RCD em Concretos
Metodologia utilizada por Rizzotto (2017):
Utilização do RDC cerâmico em substituição a aos agregados graúdos.

Figura 17 - Rompimento dos agregados convencionais e Figura 18 - Absorção de água do agregado cerâmico no
cerâmicos. decorrer do tempo.
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Utilização de RCD em Concretos

Figura 19 - Valores de resistência à compressão aos 28 dias Figura 20 - Valores de resistência à tração por compressão
diametral aos 28 dias
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Utilização de RCD em Concretos

Figura 21 - Valores de absorção de água por capilaridade Figura 22 - Valores de absorção de água por imersão
Utilização de ARC em Argamassas e Concretos

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Utilização de RCD em Argamassas
Metodologia utilizada por Cecconello, Marquetto e Rosa, 2012:

Argamassa 01 AN:
• Considerada como referência. Agregado miúdo constituído por areia natural (ANP) e fator a/c 0,72.

Argamassa 02 ARC:
• Substituição total da areia natural por agregado miúdo reciclado de concreto (ARCP) fator a/c livre até
chegar-se a consistência de 240mm + 5mm. O fator a/c alcançado foi 0,99.

Argamassa 03 ARC + aditivo:


• Substituição total da areia natural por agregado miúdo reciclado de concreto (ARCP), relação a/c 0,72, ou
seja, a mesma quantidade de água da primeira argamassa, porém acrescentou-se aditivo plastificante para
conseguir chegar ao índice de consistência estipulado. O percentual de aditivo adicionado chegou a 7,73%.

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Utilização de RCD em Argamassas

Figura 23: Resistência a compressão e à tração.

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Utilização de RCD em Argamassas

Figura 24: Porosimetria.

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Utilização de RCD em Argamassas

Conclusões sobre o estudo:

Redução na resistência a compressão e aumento do diâmetro do poros.

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Utilização de ARC associado a adições

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Utilização de RCD em concretos
Metodologia utilizada por Cecconello, Fedumenti e Sartori (2013):

Utilização do ARC associado a CCA

A utilização de ARC em novos concretos correspondente ao agregado graúdo tem sido utilizada com sucesso
(MEHTA e MONTEIRO, 2013);

A CCA é uma pozolana eficaz e pode contribuir para as propriedades físicas e mecânicas do concreto (GIVI et. al.
2010);

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Utilização de RCD em concretos

Variáveis de resposta:
• Resistência à compressão;
• Resistência à tração;
• Carbonatação (Sartori, 2013);
• Ação de íons cloreto (Fedumenti, 2013)

Variáveis de
resposta:
• Taxa de absorção;
• Porosidade capilar;
• Porosidade total; Relação água/aglomerante – 0,64
• Retração.
Utilização de RCD em concretos
• Cimento: CP II-F-32
• massa específica de 3,11 g/cm³ (abril e maio)
• blaine (cm2/g) 3.850 abril e 3.720 maio;

• Aditivo superplastificante:
• MC-PowerFlow 1180;

Micrografia da CCA – 4.500x


• CCA:
• alto teor de sílica: 94,99%
• perda ao fogo: 2,12%
• picos de quartzo e cristobalita
• dimensão média da partícula de 6,22 μm
• massa específica 2,12 g/cm3

Difratograma de Raios X da CCA - 4.500x


Utilização de RCD em concretos
• Agregado Miúdo Natural (AMN) • Agregado Graúdo Natural (AGN)
• massa unitária: 1,52 g/cm³ • massa unitária: 1,40 g/cm³
• massa específica: 2,55 g/cm³ • massa específica: 2,67 g/cm³
• dimensão máx. 6,3 mm
• dimensão máx. 12,5 mm

• Agregado Reciclado de Concreto (ARC)


• resíduo laje pré-fabricada (35MPa)
• britador de mandíbulas:
• passante na peneira # 19 e retido na
peneira # 4.8
• massa unitária: 1,13 g/cm³
• massa específica: 2,21 g/cm³
• dimensão máx. 12,5 mm
• curva de absorção: 10 min ≈ 6% valor Curva de absorção do ARC
adotado
Utilização de RCD em concretos

• Teor de argamassa 55%;

• Adotado - abatimento de tronco de cone 100 ± 20 mm;


• Ajuste com aditivo superplastificante;

• CCA e ARC – substituição em massa com compensação de


volume

• Pré-molhagem ARC:
• adicionado o ARC e o agregado graúdo natural
• água pré – molhagem +10% água amassamento
• proteção para evitar evaporação
• 10 minutos de descanso
• absorção água compensação

• Moldagem por meio de vibrador de imersão;


Utilização de RCD em concretos
Ensaios: compressão de corpos de prova cilíndricos tração por compressão diametral
• Nas idades de 7, 28, 63, 91 e 112 dias:
• Retiradas da cura saturada, secadas superficialmente;
• Realizado ensaio de módulo de elasticidade dinâmica;
• Realizado ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos;
• Aos 28 dias;
• Realizado o ensaio de tração por compressão diametral;

Ensaios: taxa de absorção, porosidade capilar, porosidade total


• Desenvolvido pelo grupo de pesquisa;
• Calculados os valores;
• Aos 28 dias;
• Relação água/aglomerante 0,64;
Utilização de RCD em concretos

Ensaios: MIGRAÇÃO DE CLORETOS

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Utilização de RCD em concretos
Ensaios: Carbonatação acelerada

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Utilização de RCD em concretos

Ensaio de retração por secagem

• Corpos de prova 75 x 75 x 285mm;


• Sala com temperatura de 21°C ± 2°C e UR 60% ± 10%;
• As leituras foram realizadas nas idades 1, 4, 7, 14, 28, 63, 91 e 112 dias, sendo:
Resistência à compressão – ANOVA (todos os fatores significativos)

1) 2)

9%
5%

3) 4) Estabilização aos 63 dias

18%

38%
Resistência à compressão - ANOVA (todos os fatores significativos)

1)
> 0% ARC e 0% CCA > 0% ARC e 0% CCA
Resistência a tração - ANOVA (todos os fatores significativos)

1) 2)

20%
10% 10% 8%

3) 4) > 0% ARC e 0% CCA

13%
26%
Taxa de absorção de água e Porosidade capilar

1) 58%

10% CCA e ARC


25%

20% CCA e
ARC
2)

57%
20%
CCA
Taxa de absorção – Regressão

Modelo proposto

Onde:
TA é taxa de absorção por capilaridade (mm/h1/2);
CCA é cinza de casca de arroz (0%;10%;20%);
AAgl = relação água/aglomerante (0,42;0,53;0,64).

ANOVA do modelo r²=0,86;


“p” menor que 0,01
99% de confiança
Taxa de absorção – Regressão
Porosidade total - ANOVA (CCA*ARC não apresentou significância)

1) 2) p=0,093741

14%

20%

49% 50%
Penetração de Íons Cloreto – ASTM C1202

Modelo proposto por Fedumenti (2013)

Q = b0 + b3 × CCA + b11 × A/AGL2 + b33 × CCA2 + b12 × A/AGL × ARC + b13 × A/AGL × CCA +
b23 × ARC × CCA

Onde:
Q= carga total passante pelo método ASTM C1202 (Coulombs);
CCA = teor de cinza de casca de arroz (0, 10 e 20%);
A/AGL = relação água/aglomerante (0,42; 0,53 e 0,64);
ARC = teor de agregado reciclado agregado reciclado de concreto (0, 25 e 50%).

ANOVA do modelo r²=0,92;


“p” menor que 0,01
99% de confiança
Penetração de Íons Cloreto – ASTM C1202

O coeficiente de migração aumenta com a


substituição de ARC, e reduz com a adição
de CCA.

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Fedumenti (2013)
Carbonatação Acelerada

Modelo proposto por Sartori (2013)

Ec=(b1+b2*ARC+b3*CCA+b4*AAgl+b34*(CCA/AAgl)+b42*((AAgl*ARC)^2)+b423*((AAgl^2)*(A
RC^0,05)*(CCA^0,5))+b2*(1/(1-(ARC^2))))^(Tempo^b5)

ANOVA do modelo r²=0,89;


“p” menor que 0,01
99% de confiança
Carbonatação Acelerada

0%ARC 25%ARC

50%ARC
A profundidade de carbonatação aumenta
com a substituição de ARC, e reduz com a
adição de CCA.
Profundidade de carbontação tem maior
relação entre o aumento da relação a/agl
do que as demais variáveis.

Sartori (2013)
Retração – Regressão múltipla não linear

Modelo proposto por Cecconello (2013):

RT = 7,17931 - 0,00430583 * CCA + 7,22409 * ARC + 0,00103218 * IDD - 7223,64 *


((ARC+1) / (CCA+1000)) - 0,0000189459 * ((IDD+1) / (CCA+0,1)) - 0,00713954 * ARC *
CCA
Retração – Regressão
1) 2)

3)
1) Maior refinamento dos poros;
2) Retas quase que paralelas;
3) Redução no volume total de poros, maior
interação entre CCA e ARC;
Retração – Regressão
1) 2)

3)
1) Curvas paralelas com a introdução de CCA;
2) Redução da retração com 20% de CCA;
3) Redução da retração com 20% de CCA;
Utilização de RCD em concretos

Conclusões:

• A utilização RCD ou ARC afetam na resistência do concreto.


• Devido a resistência do agregado.

• A utilização RCD ou ARC afetam a durabilidade do concreto.


• Aumento da porosidade.

• A associação com materiais pozolanicos podem contribuir na resistência e


durabilidade do concreto.
• Concretos estruturais e não estruturais.
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Utilização de RCD em concretos
• Conclusões:

• Validade do uso de RCD e ARC em compósitos não estruturais.


• Concretos
• Base
• Sub-bases
• Equipamento urbanos não estruturais
• Argamassa
• Contrapiso
• Acentamento para vedação
• Blocos

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Utilização de RCD em concretos

• Aplicações

Piso de alta resistência do


Edifício do meio ambiente
Laboratório de Cardinton BRE
do BRE (Inglaterra)
Utilização de RCD em concretos

• Aplicações

Unidades residenciais Eclusa de Berendrecht para


(Alemanha) ampliação do porto de Antuérpia
(Bélgica, 1987-1988)
Obrigado!
A Utilização de RCD na Construção Civil
Eng. Civil Me. Vinício Cecconello
vcecconello@ucs.br

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