IEADAM -ÁREA 49 PR. IRALDO WAGNER 1. Quem são os "Desigrejados?
São aquelas pessoas que por alguma razão, resolveram rejeitar a
prática litúrgica do culto, abandonar o templo e consequentemente a comunhão com os irmãos da fé, tornam-se em evangélicos nominais, isto é, sem vínculo eclesiástico.
2. Quais os principais motivos para alguém "desigrejar?
Descontentamento com a liderança local de sua congregação e
com a estrutura rígida das igrejas onde frequentavam; Decepção e frustração com promessas feitas em nome de Deus e que nunca se cumpriram; Práticas e ensinos questionáveis ministrados em ambientes eclesiásticos; Repulsa com os maus exemplos das lideranças (pastores, bispos e apóstolos).
3. O que dizem as estatisticas?
Em 2011, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) divulgou os números da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) realizada nos anos de 2008 e 2009, um dado chamou a atenção de lideranças religiosas: num intervalo de seis anos (de 2003 a 2009) cresceu de 0,7% para 2,9% o grupo de evangélicos sem vínculo com uma instituição religiosa. Em números absolutos, um aumento de aproximadamente 4 milhões de pessoas. Pela primeira vez na hsitória da Igreja Evangélica, ouve-se falar de "Evagélicos não praticantes".
Não temos dados de pesquisa mais recente, mas é fato que a
pandemia do Covid 19, tirou muita gente da comunhão nos templos e dos cultos, e os fez "ficar em casa" até o presente momento! Isto é o número certamente vai alem! 4. O que podemos fazer para isso ser mitigado?
A igreja precisa criar mecanismos pelos quais aqueles que
ingressaram na comunidade possam receber um acompanhamento adequado nos primeiros meses e anos de sua vida cristã. Isto é, investir mais e melhor no Discipulado!
As lideranças eclesiásticas, precisam ser sensíveis e receptivos em
relação às reivindicações e solicitações legítimas de seus fiéis, evitando assim uma evasão desnecessária. Para isso, é preciso ouvi- los com frequência, exercer o diálogo constante e, assim, realizar as correções nas normas e práticas que se façam necessárias, tendo em vista o bem-estar e a continuidade da participação dos membros. Isto é, investir mais e melhor na Visita aos membros e congregados!
As lideranças eclesiásticas, precisam atentar para uma verdadeira e
transparente práxis do seu ministério cristão, deixando prevalecer sempre através da atenção e respeito, do discipulado e do pastoreio, o dom mais sublime que existe: o amor. “(…) Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”. (1Co 13:1- 13). Isto é, investir mais e melhor no treinamento de novos lideres, dirigentes e pastores!
As respostas acima, não refutam o lado das justificativas do
desigrejados (o que será realizado nos próximos episódios), mas partem do pressuposto de que parte do problema, também é de resposabilidade da própria institucional e de sua morosidade em perceber a necessidade de acompanhar algumas e necessárias mudanças sócio-economicas e até políticas.
Este episódio não esgota o assunto. Aguarde outros episódios!