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AS S U N T O PAG
Mãos e dedos.................................................................................................................. 30
Lábios.............................................................................................................................. 43
Fronte.............................................................................................................................. 45
Nariz................................................................................................................................ 48
Boca................................................................................................................................ 52
Dentição.......................................................................................................................... 53
Mento.............................................................................................................................. 55
Orelha.............................................................................................................................. 57
Sobrancelhas................................................................................................................... 61
ASSUNTO: OBJETIVO:
- Processo de Identificação Humana. - Idt os principais processos de identificação humana.
- Classificar as raças humanas.
1. Introdução
Orientados pelos ensinamentos de alguns antropólogos e pelos polígrafos dos Cursos
realizados na Chefia do Serviço de Identificação do Exército, organizamos este pequeno trabalho
com o objetivo de facilitar ao máximo o ensimamento desta matéria, que tão importante quanto as
demais que compõem o Currículo do C Esp S/62, muito embora considera-se a Identificação
Datiloscópica como o meio mais seguro para obter-se a identificação do indivíduo. A importância
da presente matéria no Currículo do C Esp S/62, está no fato de que antes de se chegar a
Identificação Datiloscópica, a identidade do indivíduo poderá ser caracterizada pelo exame
descritivo ou retrato falado.
2. Desenvolvimento.
Antes de conhecermos os diversos processos de identificação para se estabelecer a identidade
de um indivíduo, aprenderemos o significado de IDENTIDADE, IDENTIFICADOR,
IDENTIFICANDO e IDENTIFICAÇÃO.
a. Identidade:
É um conjunto de caracteres que individualizam uma pessoa, animal ou coisa.
b. Identificador:
É o técnico que procede a identificação.
c. Identificando:
É a pessoa que está sendo identificada.
d. Identificação:
É o processo utilizado para se estabelecer a identidade de determinada pessoa.
Processo de Identificação
1- NOME
2- FISIONOMIA
3- FOTOGRAFIA
4- FERRETE
5- MUTILAÇÃO
6- SISTEMA ANTROPOMETRICO DE BERTILLON
7- SISTEMA DE MATHEIOS
8- SISTEMA DE ANFOSSO
9- SISTEMA DE CAPDEVILLE
10 - SISTEMA OFTALMOSCÓPIO DE LEVINSOHN
11 - SISTEMA RADIOGRAFICO DE LEVINSOHN
12 - SISTEMA OTOMETRICO DE FRIGÉRIO
13 - SISTEMA VENOSO DE TAMASSIA
14 - SISTEMA DE AMEUILLE
15 - SISTEMA ODONTOLÓGICO
16 - SISTEMA PAPILOSCÓPIO
17 - TIPO SANGUÍNEO E FATOR RH
18 - BACTERIAS
19 - RETRATO FALADO
20 - VOZ
Nome
Na vida prática a identificação é feita pelo nome, a primeira coisa que se procura saber a
respeito de uma pessoa é o seu nome. Na realidade prática, toda pessoa tem um nome pelo qual é
conhecida, o qual é, geralmente, designado como “nome de guerra”.
Nome: Termo ou termos com que designa qualquer pessoa, animal ou coisa.
Nome próprio: Prenome ou nome de batismo.
Sobrenome: Nome de família, apelido, nome que se acrescenta ao nome de batismo para
distinguir algumas pessoas que usam nome próprio idêntico.
Apelido: Alcunha ou cognome. Os apelidos e os sobrenomes, consideram-se também como
nomes próprios. Há os que adotam os chamados nomes artísticos, os quais são diferentes do seu
nome de batismo. Exemplo: Lima Duarte.
Nome civil: Compreende o nome e apelidos que servem para exprimir ou identificar o
indivíduo e a personalidade social da família. Tem grande importância na ordem civil, na qual
assegura a identificação do indivíduo e a conservação do grupo familiar. Geralmente, o nome é
derivado da filiação. O nome do filho é constituído pelo prenome, seguido dos nomes do pai e da
mãe, ou de um deles, permitindo assim, a composição do nome.
Pereira Braga diz que:
Nome e prenome servem para designar o primeiro nome individual;
Sobrenome são os outros nomes individuais;
Apelidos são os patronímicos ou os nomes de família”
Na composição do nome, observam duas ordens de elementos que são:
Elementos: Fixos e Contingentes
Elementos fixos: Compreendem o nome patronímico ou nome de família e o prenome.
-
identificação”.
Fisionomia
Fotografia
Ferrete
Este processo é definido nos seguintes termos: “marca feira com o ferro em brasa”.
Consta ter sido este o primeiro processo de identificação adotado. Inicialmente, foi
empregado para marcar os animais, o que se faz ainda hoje, posteriormente, passou a ser utilizado
para marcar os escravos que fugissem e os criminosos. Segundo Fernando Ortiz, este processo foi
bastante usado na França, até 1823.
Diz Hariy J. Myers II: “Em muitos países empregou-se o ferrete, a tatuagem, a mutilação, em
diferentes épocas e graus”.
Durante os tempos coloniais nos EUA, empregou-se o ferrete. Em 1658, as Leis de
“Plymouth Colony”, determinando o emprego do Ferrete, estabeleciam o uso de letras, como, por
exemplo, a letra “A” para os adúlteros, e assim por diante, o que, indubitavelmente, inspirou o
imortal “Scarlet Letter”, de Hawthome, em 1850.
Fitzroy escreveu que, William Penn, fundador da Pensilvânia, em 1698, aprovou o uso das
“letras de fogo” para certos crimes. Em 1718, os assassinos eram marcados com um “M” (murderer)
sobre o polegar esquerdo, enquanto os autores de felonia (traição, falsidade), eram marcados com
um “T” (treachery). O uso do Ferrete tinha dois propósitos: a punição e a identificação.
Mutilação
Mutilar, significa privar alguém de algum membro, cortar qualquer membro ou parte dele
(dos dicionários).
Ao lado do ferrete, empregou-se a mutilação, como processo de identificação.
Segundo Fernando Ortiz, em Havana, era costume cortar-se as orelhas dos escravos.
Enquanto que, na Rússia, cortavam-se as narinas dos criminosos.
Refere-se Harry J. Myers II:
“O Código de 1700 previa o emprego do ferrete e da mutilação, nos casos de rapto ou roubo,
quando houvesse ainda, um segundo crime”.
Se um casado praticasse sodomia, era castrado.
Um ato de 1718 previa a amputação das orelhas dos criminosos condenados. Não há dúvidas
que um homem sem as duas orelhas, estaria marcado para sempre, onde quer que ele fosse.
Encontramos o caso de um delinqüente, que apresentava as duas orelhas amputadas, por ter alterado
o valor de um documento de 2 para l0 “shillings”. Esses processos foram largamente empregados
durante o período de colonização dos EUA, de 1607 a 1763.
A propósito do emprego da mutilação e do ferrete, muitos autores mencionam as “Leis de
Manu”. Realmente, essas Leis previam a aplicação de penas corporais na Lndia, ao tempo em que as
mesmas vigoravam.
São as seguintes explicações para o autor dessas leis: Manu, o pensador, o homem tipo, ou
seja, o primeiro homem criado por Brahma.
Na época dos brãmanes, chegou a ser o nome genérico de quatorze personagens de origem
divina, ou semideuses.
O Código de Manu (ou Leis de Manu) constituem as fontes mais importantes do direito na
Índia. São os antigos livros sagrados que contém os ensinamentos e as doutrinas das escolas
bramânicas sobre os deveres civis e religiosos.
Este sistema foi apresentado em Paris no ano de 1882, e que consiste em três assinalamentos,
a saber:
1) Assinalamento Antropométrico;
2) Assinalamento Descritivo; e
3) Assinalamento das Marcas Particulares.
Estudaremos, separadamente, cada um desses assinalamentos:
Assinalamento Antropométrico
Assinalamento Descritivo
1º_ sexo;
2º_ fichas dos de maior idade e dos de menor idade;
3º_diâmetro ântero-posterior da cabeça, o que dava três subclassificações, a saber:
Bertillon adotava, ainda, um índice alfabético no qual constavam as fichas das pessoas
identificadas, tendo em cada ficha, referência a ficha antropométrica.
Alphonse Bertillon foi o primeiro homem a introduzir métodos científicos modernos em
criminologia.
A este respeito, assim se expressa Luiz de Pina:
“Contava Alphonse Bertillon 26 anos, quando concebeu a idéia de aplicar à Identificação
Criminal os processos da Antropologia, cujo progresso era admirável, debaixo da segura orientação
cientifica. O sábio Quetelet, com seus métodos antropológicos, interessou decisivamente o
funcionário da Prefeitura de Paris, desadornado de habilitações científicas e literárias”.
“Passava-se isto em 1879: - vinte anos antes, em 1859, fundara o grande Brocca, a Sociedade
de Antropologia de Paris; em 1832 estava criada a cadeira de Antropologia no Museu de história
Natural daquela cidade. Em 1876 o mesmo Brocca instituía, ali, a Escola de Antropologia e em
1865 realizava-se o primeiro Congresso Internacional de Antropologia (Spezzia). Já Brocca havia
delineado, em 1854, as Instruções Gerais para as Observações Antropológicas”.
“Bertillon com a sua genial criação, conseguiu chamar a si as autoridades policiais de Paris e,
no ano de 1882, é lhe permitido usar método na Prefeitura de Polícia da capital francesa. Assim se
criou o célebre Serviço de Sinalética Antropométrica de Paris”.
“Chamado para a chefia deste posto, publicava em 1885, o primeiro trabalho sobre o seu
sistema de identificação antropométrica. data desse ano, também, a primeira recomendação oficial
do sistema e três anos depois, em agosto de 1888, era decretada a sua obrigatoriedade”.
“Em 1893, ano da fundação definitiva do Serviço de Identificação Judiciária, sob a direção de
Bertillon, aparece nova edição de sua obra, muito ampliada e corrigida, com o título “ldentification
Antropometrique - Instructions Signelétique”. Nesse volume o autor trata da sinalética descritiva, da
sinalética por meio de marcas particulares e da sinalética antropométrica”.
“A Academia de Ciências de Paris, considerou o sistema antropométrico de Bertillon como,
“o primeiro sistema cientifico de identificação”. Este sistema foi adotado em quase todos os países
civilizados e predominou até o aparecimento da Datiloscopia e sua consagração como ciência
positiva de Identificação”.
Este último processo, a princípio olhado com certa desconfiança, passou a ser adotado
simultaneamente com o de Bertillon, até que se verificou sua superioridade.
Assim, a substituição do sistema de Bertillon pelo Datiloscópico foi lenta e, hoje, a
papiloscopia é adotada em todos os países.
2º_ Não é aplicável às pessoas que tenha mais de 65 (sessenta e cinco) anos, porque nessa
idade, notam-se diferenças nas medidas;
3º_ Apresenta certas dificuldades para a identificação das mulheres, em virtude da grande
quantidade de cabelos, o que tornam imprecisas as medidas dos diâmetros ântero-posterior e
transversal da cabeça;
4º_ É profundamente indiscreto, porque o identificando devia ficar quase despido, para esse
fim; e
5º_ As medidas nunca podiam ser tomadas com absoluta exatidão, mesmo porque eram
registradas em milímetros.
A despeito destas objeções, não se pode negar que apresentou e continua apresentando, pelo
menos certa utilidade, pois, o seu “Assinalamento Descritivo” visa a descrição da pessoa de modo a
ser reconhecida facilmente.
Assim é que, ainda hoje, se faz o que se denomina de “qualificação”, quando se identifica
uma pessoa pelo processo papiloscópico. Além disso, a polícia de investigações, em muitos casos,
recorre à repartição identificadora a fim de obter detalhes relativos à pessoa que procura e obter a
sua fotografia que é auxiliada por essa “descrição”.
Em algumas polícias adota-se, ainda, esse assinalamento, porém, alterado. O motivo, é o
mesmo que expusemos anteriormente, é necessário que a pessoa seja reconhecida pelos seus
caracteres exteriores para que, depois, sua identidade seja confirmada por outros meios mais
positivos. E, talvez sentindo a realidade desse fato, Bertillon incluiu as impressões digitais na sua
“ficha antropométrica” a título complementar.
Sistema de Matheios
Consiste este sistema nas medidas das diversas partes da face, tomadas sobre fotografias,
essas partes consideradas fixas a partir de certa idade, excluídos os casos de enfermidades e
deformações.
As fotografias ampliadas, sendo uma antiga e outra recente.
Na prática, o trabalho é executado da seguinte maneira:
1º_ Traça-se uma linha vertical que passa pelo dorso do nariz;
2º_ Traça-se duas linhas paralelas à primeira, passando uma em cada pupila; e
3º_ Com o auxílio de outras linhas horizontais, o traçado fica completo, procedendo-se então,
as medidas necessárias.
Sistema de Anfosso
Sistema de Capdeviile
Este sistema consistia na medida e na cor dos olhos, nos seguintes elementos:
1º_Medida da curvatura da córnea;
2º_Medida da distância interpupilar;
3º_ Medida interorbitária máxima;
4º_Notação da cor dos olhos; e
5º_Notação dos caracteres particulares dos olhos.
As medidas exigidas pelo sistema eram tomadas com o auxílio do “Oftalmômetro” de Javal e
Schlitz e pelo “Oftalmostatômetro”, criado pelo próprio Capdeville.
Sistema Oftalmoscópico de Levinsohn
Este sistema era baseado nas ramificações venosas do dorso da mão, sob o fundamento de que
são permanentes e variáveis de mão para mão e de pessoa para pessoa, além de visíveis e serem
inalteráveis voluntariamente ou não.
Essas ramificações venosas eram classificadas em cinco grupos:
1º_ Arco;
2º_ Configuração arboriforme;
3º_ Configuração reticulada;
4º_Configuração em forma de “V”; e
5º_ Reunião indistinta de dois ou mais tipos.
Sistema Ameuille
Sistema Papiloscópico
Baseia-se nas impressões papilares, sendo dividido em três grandes ramos: DATILOSCOPIA,
QUIROSCOPIA e PODOSCOPIA.
Datiloscopia_ A Datiloscopia tem tido aplicação mais ampla, pois a tomada das impressões
digitais é muito mais simples do que as duas outras regiões, além de que, os dez dedos que toda
pessoa possui, normalmente, oferecem elementos abundantes para classificação e sub-classificação,
donde as possibilidades de arquivamento de grande número de “Individuais Datiloscópicas”
Quiroscopia_ As impressões palmares não oferecem as mesmas facilidades das impressões
digitais, daí, estar o seu uso restrito aos arquivos monodatilares, como elemento complementar.
A expressão raça, ao que parece, provem de palavra italiana “razza”, cuja origem por sua vez
é incerta e discutível. Que estende-se pelo termo raça?
Para Fróes da Fonseca, raça seria o grupo humano de característico correlativos
hereditariamente transmissíveis e de tal modo repetidos dentro dele, que lhe imprimiriam feição
diversas dos mais agrupamentos congéneres.
A raça, diz DE QUATREFAGES, tem como ponto de partida uma variedade primitiva, cujos
característicos se tornaram hereditários.
Segundo Brocca, a palavra raça designa o conjunto de indivíduos bastante semelhantes entre
si, para que possa admitir que descendem de ancestrais comuns.
São inúmeras, afinal, as definições de raça. Mais prático, porém, que defini-la será estudar e
por em evidência os seus característicos. Ora, são de considerar-se como característicos raciais as
peculiaridades restritas a um grupo humano, suscetíveis de serem transmitidas por hereditariedade.
Por isso que transmissíveis de pais a filhos, furtam-se de algum modo os característicos raciais à do
meio. Não são, pois, de procuram-se entre as particularidades do sistema locomotor ou do aparelho
mastigador, por exemplo, que com relativa facilidade, se deixam influenciar pelos fatores
ambientais. Mas a forma do nariz, o tipo do cabelo, a feição dos lábios, estes sim, são característicos
raciais dos mais concludentes, por serem transmissíveis por hereditariedade e dificilmente se
modificam sob a ação dos agentes externos.
Entre os característicos raciais, apresentam E. Fischer, como sendo mais importantes, os
seguintes:
1) A proporção do pigmento, bem como a cor da pele, da íris e do cabelo;
2) O tipo do cabelo;
3) A forma do crânio e da face e de suas partes constituintes;
4) Peculiaridades outras, de ordem fisionômica, como sejam a forma do nariz, dos lábios, da
fenda palpebral, do pavilhão da orelha;
5) A estatura e as proporções do corpo humano.
ASSUNTO: OBJETIVO:
- Notações Cromáticas - Distinguir a cor da cútis, cabelos e olho esquerdo.
- Anomalias e particularidades. - Identificar anomalias e particularidades
1) se a pessoa tem traços nitidamente da raça branca, mas apresenta a sua pele queimada
pelo sol, diremos que ela é morena;
2) se a pessoa de tez morena, mesmo pelo efeito do sol, mas apresenta traços característicos
da raça negra, podemos classificá-la como parda clara, ou parda, ou parda escura, de
conformidade com a coloração mais fraca ou mais forte de sua pele.
Há também, o caso do chamado “negro aço”. É o indivíduo cujos genitores são de cor
negra, mas que foram gerados sem os pigmentos negros hereditários (pigmento nigrum). A pele é
branca, os cabelos carapinha loiros e, geralmente, de olhos claros, e, em alguns, azuis. Estes
elementos nunca chegam a atingir a cor morena por ação solar. São “albinos” e, como tais,
devem ser classificados assim no lugar correspondente à cútis na respectiva Ficha de Identidade.
Notação Cromática do Olho
Entre as características da criança, que com mais freqüência constituem enigma inesperado
para os pais, está a cor dos olhos e do cabelo, e, às vezes a da pele.
Contudo, sendo a coloração um fator superficial e de natureza bem definida, ela nos
proporciona um dos meios mais simples de estudo e de análise da ação dos genes.
Para começar, a cor não é uma substância concreta, mas um efeito do reflexo da luz sobre
diversas matérias. Quando falamos portanto, da produção de cores diversas por genes diversos, o
que portanto, queremos dizer é que determinados genes tomam parte na produção de diferentes
pigmentos. O efeito colorido deste pigmentos não tem importância para a natureza. Quando se
forma pigmento na pele, olhos ou cabelo, é em geral com um fim protetor. O pigmento depositado
na íris, por si transparente, do olho, fornece uma sombra protetora para a retina; o pigmento cutâneo
protege a derma subjacente. Até o pigmento do cabelo protege as células pilosas e o couro cabeludo.
É no olho que encontramos a maior variedade de coloridos. Acreditam os genetícistas que os
primeiros seres humanos tinham todos, olhos negros ou escuros, e por modificações sucessivas pelo
tempo afora, os genes do pigmento ocular primitivo foram provocando as variações responsáveis
por todos os matizes claros hoje encontrados.
Para dar lugar aos efeitos coloridos, os genes não misturam os pigmentos, nem são formados
pigmentos distintos, correspondentes as cores oculares que conhecemos. Existem na verdade apenas
1ou 2 pigmentos oculares fundamentais, com algumas variações dos mesmos. A aparência do olho é
devida a quantidade destes pigmentos e a maneira pela qual eles se acham distribuídos na íris.
A Íris
Na íris se acham duas faixas ou zonas em forma de cinto, cuja coloração difere geralmente: a
primeira, chamada circuito interno, confinando-se com a pupila; a segunda, denominada circuito
externo, mais próxima da esclerótica.
Na maioria das íris, nota-se uma substância mais ou menos alaranjada, que se denomina
pigmento do olho. Quanto mais abundante é o pigmento, tanto mais a cor da íris se aproxima do tipo
denominado castanho, e na maioria dos casos, o pigmento se condensa no circuito interno.
Quando se fala na determinação da cor dos olhos, tem-se em consideração a coloração
propriamente da íris, considerando o exame do olho esquerdo (olho esquerdo do identificando) e
não ambos conjuntamente.
A pupila é sempre de um preto uniforme, seja qual for a cor da íris. O olho na raça negra
difere dos da raça branca. No negro a íris é de uma cor tão escura, que quase se confunde com o
preto da pupila. No olho do negro, todas as suas partes tem o mesmo tom. A esclerótica é sempre
injetada de amarelo e por isso se compreende que o órgão visual que na raça humana tão
poderosamente contribui para que acentua a fisionomia, seja, sempre no negro, baço (sem brilho),
inexpressivo e sem vivacidade. No europeu, a cor da íris é de tal modo acentuada que
imediatamente reconhecemos se o indivíduo tem os olhos castanhos ou azuis.
Considerando-se que a coloração, às vezes, difere de um para outro, o exame deve ser feito
apenas na irís esquerda, excetuando-se caso de faltar o olho esquerdo ou que este por qualquer
motivo não possa ser examinado. No caso, a observação recairá no olho direito, cumprindo, porém,
anotar que o exame foi feito no olho direito e por que motivo.
Para que o exame do olho seja feito sempre de um modo uniforme, o primeiro cuidado do
examinador deve consistir em colocar-se frente ao examinado, a uns 30 cm de distância, em tal
posição que o olho receba em cheio a luz uniforme (não os raios solares) e, convidando o
examinado a encarar nos olhos do examinador, este com o polegar e o indicador afastará as
pálpebras do olho do identificando, e observará as cores entre o circuito interno e circuito externo
que define a tonalidade de cor do olho.
1- AZUL
2- AZUL CLARO
3- VERDE
4- ESVERDEADO
5- CASTANHO CLARO
6- CASTANHO MEDIO
7- CASTANHO ESCURO
Os homens dão preferência, segundo se diz, às louras. Deve haver alguma verdade nesta
asserção, senão como explicar o grande número de mulheres que freqüentam os salões de beleza,
para tingir o cabelo?
Mais ainda do que o cabelo louro, o cabelo vermelho tem o seu valor social, o que poderia
levantar a questão, para os pais em perspectiva: Quais as possibilidades do seu filho ter cabelo louro
ou vermelho?
Como o aluno já terá percebido, a cor do cabelo de cada um dos pais não fornecerá, por si só,
a resposta do problema. É preciso verificar quais os genes da cor do cabelo, de que ambos são
portadores.
A pigmentação do cabelo obedece aos mesmos princípios gerais que a dos olhos. Muitas vezes
até (se bem que nem sempre) os dois fenômenos estão ligados. No cabelo, trata-se da pigmentação
das células pilosas, e, da mesma forma que nos olhos, a atuação fundamental dos genes
cromatógenos pode ser modificada por genes intrometidos ou pelo ambiente.
O elemento principal da coloração do cabelo é do ponto de vista químico, um pigmento
escuro denominado melanina. Se o gene cromatógeno chave provocar um depósito intenso de
melanina nas células capilares, o resultado será cabelos negros, se for um pouco menos, castanho
muito escuro, menos ainda, castanho claro; e muito diluído, cabelo louro. A coloração do cabelo
depende ainda da modalidade de construção das células capilares, da quantidade de ar nelas contida,
e da proporção de óleo natural. O cabelo vermelho é devido a um gene suplementar, que produz um
vermelho difuso. Acha-se freqüentemente presente, com o gene chave da melanina.
Se o gene da melanina for muito ativo, tornando o cabelo negro ou castanho escuro, a ação do
gene vermelho será completamente aclipsada. (Tem sido aventada a hipótese, porém, de que um
gene vermelho latente possa trair a sua presença nos indivíduos de cabelo negro, pelo brilho do
mesmo). Quando o gene da melanina for mais fraco, o gene vermelho consegue manifestar-se,
dando uma coloração vermelha-escura ou castanho. Se o gene castanho escuro for fraco ou estiver
ausente, o resultado será um cabelo fracamente vermelho.
Quando aos efeitos do gene vermelho sobre o gene louro, não temos tanta certeza.
Teoricamente, deverá dominá-lo, mas temos casos em que pais louros tem filhos de cabelo
vermelho. Com raras exceções, porém, o gene louro é francamente subordinado a todos os de cores
escuras.
Chegamos portanto as seguintes conclusões:
Se o identificando tiver cabelo louro, terá latentes os dois genes de cabelo louro.
Se o identificando tiver cabelo vermelho, terá latentes um ou dois genes escuros, além de
genes louros ou escuros.
Se tiver cabelo escuro, terá latentes os dois genes de cabelo escuro, ou um escuro e um outro
de matiz qualquer.
Os genes das cores fundamentais do cabelo encontram-se entre todos os povos, embora, de
forma alguma, nas mesmas proporções, mesmo entre os negros, e muitas vezes entre os latinos,
encontram-se cabelos vermelhos. Apesar de não serem raros os indivíduos louros entre os latinos e
outro povos de cabelo escuro, não dispomos de meios para saber até que ponto o gene louro possa
ter aparecido entre eles, por mutação ou pelo cruzamento das raças. A teoria da mutação parece a
mais plausível, no caso dos índios louros encontrados entre certas tribos de cabelo preto, sobretudo
no Panamá.
O cabelo branco pode ser devido a diversos fatores, genéticos ou outros. Na sua forma mais
notável, é devido ao gene albino, o qual, conforme vimos, rouba também aos olhos a sua coloração.
O cabelo branco poderia também ser devido ao gene louro excessivamente débil, ou a gene ou
estado “inibidor”, que desvirtuasse o processo de pigmentação do cabelo. As pessoas de cabelo
branco desse tipo, muito comuns entre os Noruegueses. Suecos, etc, diferem dos albinos no fato de
possuírem pigmentação normal dos olhos e da pele. E por fim, há cabelo branco devido a idade,
enfermidades, etc. Em todas as colorações do cabelo, existe mesmo a possibilidade constante de que
outros fatores venham o modificar a atuação do gene chave.
A idade representa um papel muito importante na cor do cabelo do que na dos olhos. Os genes
da cor do cabelo podem custar a revelar-se. Muitas vezes as mães se lamentam por terem visto os
cachos dourados dos seus filhinhos tomarem mais tarde um castanho escuro. De outra parte, uma
criança nascida com cabelo preto pode ter o segundo crescimento dos cabelos muito mais claro.
O cabelo claro tende a escurecer da infância para a idade adulta. Isto se estende também ao
cabelo vermelho. É muito raro que o cabelo da criança fique mais claro com a idade. A exposição
constante ao sol, o alvejamento pela água salgada, os agentes químicos ou outros meios artificiais,
poderão naturalmente embranquecer ou alterar a coloração do cabelo, assim como o clima.
Independentemente, porém, das modificações superficiais, as partículas de pigmento continuarão aí,
de modo que ao microscópico poderá dizer se sempre, se um determinado louro é verdadeiro ou
artificial.
A alteração da cor do cabelo proveniente da idade é conseqüência do processo de
descoramento. Não só o pigmento, mas ainda o conteúdo do óleo e a estrutura do cabelo sofrem. A
época em que a pigmentação do cabelo começa a manifestar-se parece freqüentemente ser
governada pela hereditariedade. Quando um pai encanece cedo, muitas vezes o filho encanece na
mesma idade.
Sistema Piloso
O estudo dos pêlos e cabelos tem a máxima importância e o seu conhecimento não deve ser
desconhecido pelo identificador.
Não se confundem os cabelos “castanhos escuros” com os de cor preta pura (asa de corvo).
Os cabelos pretos, de cor negra pura (asa de corvo) são comuns entre os nossos silvícolas, dos
mestiços e dos negros, sendo que nos primeiros a cor é mais uniforme e de um símile perfeito.
Como dizia José de Alencar, Iracema tinha os cabelos tão negros como as asas de graúna.
O cabelo da raça negra, conquanto muito preto, não tem brilho e o viço muito peculiares ao
negro asa de corvo, devido, naturalmente, ao fato observado por Brocca, isto é, que o aspecto de
uma mecha de cabelos resulta ao mesmo tempo de sua cor, dos reflexos múltiplos dos fios que a
compõem e de suas sombras lineares.
Previsão da Cor do Cabelo
Se um dos pais tiver o cabelo: Sendo a cor do cabelo do O filho terá o cabelo:
outro ascendente:
Escuro ou preto: Qualquer cor Escuro quase com certeza
Anomalias e Particularidades
Anomalias da Pele
Albinismo
É uma anomalia de organização que consiste na diminuição ou ausência da matéria corante da
pele. Pode ser total ou parcial. Não há tratamento que a cure; minora, porém, com a idade. Previne-
se o deslumbramento da vista de que sofrem os albinos, pelo emprego de óculos ou estenopeicos.
Dá-se este último nome aos óculos, ordinariamente, cujos vidros são substituídos por lâminas
metálicas tendo no centro uma pequena abertura circular.
Vitíligem ou Vitiligo
Consiste no descoramento parcial da pele, em malhas brancas e irregulares, lisas e canícies
dos pêlos correspondentes. Não há indicação contra essa afecção.
Anomalias do Olho
Daltonismo
A anomalia de visão, no caso particular das cores, chama-se Daltonismo.
Dalton, foi um dos grandes sábios do seu tempo (1766-1844). Tendo Juan
Dalton verificado que sua visão era para as cores, diferentes dos demais,
examinou o espectro solar e logo se convenceu de que em vez das 7 cores, não
via senão 3: o amarelo, o azul e a púrpura. Dizia ele: “Meu amarelo encerra o
vermelho, o laranja e o verde de todo mundo. Meu azul confunde-se de tal
maneira com a púrpura que vejo nos dois, uma mesma cor. A parte que tem o
nome de vermelha, mal me parece uma sombra ou ausência de luz”.
Nas clínicas oftalmológicas registam-se muitas variedades quanto à percepção defeituosa das
cores pelo olho humano:
a) ACROMOPSIA_ É chamada assim, quando haver a cegueira total para todas as cores.
b) ANERITROPSIA _ É chamada assim, quando haver cegueira apenas para o vermelho.
c) ACROPSIA _ É chamada assim, quando haver a cegueira para o verde.
d) ANIANTINOPSIA_ É chamada assim, quando haver cegueira para o violeta.
O Daltonismo (DISCROMATOPSIA) é mal congênito, isto é: o indivíduo já nasce com os
olhos talhados para confundir as cores; desde que a criança começa a ver, erra nas cores, tomando o
verde pelo vermelho, ou não suspeitando haver gradações entre um e outro tom.
Nas populações em que o casamento consangüíneo é freqüente, a proporção de Daltonismo é
mais elevada. Seja como for o Daltonismo é mal dos homens: enquanto neles a proporção de casos
verificados, oscila de 3 a 8%, já. nas mulheres a cifra não vai além dos 0,4%, isto é, 4 casos para
mil mulheres.
Segundo alguns cientistas, o Daltonismo pode também ser adquirido por uma infecção grave
ou intoxicação crônica, de onde uma nebrite ótica retro bulbar, então aparecem, às vezes, alterações
do senso cromático. Isso pode acontecer em conseqüência de certas sinusites, em afecções dentárias,
na esclerose em placas e sobretudo, na ambliopia dos grandes fumantes, que são ao mesmo tempo
inveterados alcoólatras.
A história também pode ter sua culpa no caso, bem como as comoções. Ficou registrada nos
anais da ciência, aquela observação referente a um médico que caíra de um cavalo, depois do caso,
nunca mais pode distinguir pela cor, uma rosa das folhas verdes do ramo.
Finalmente, chega-se a conclusão, através de estudos realizados por cientistas, que o
Daltonismo pode se apresentar nos indivíduos, de duas maneiras, a saber:
1ª) Daltonismo Absoluto - O portador desta anomalia, confunde as cores.
2ª) Daltonismo Relativo - O portador desta anomalia, só consêgue perceber grosseiramente as
cores.
Astigmatismo
Esta anomalia consiste na impossibilidade de seu portador ver ao mesmo tempo as imagens
nos dois planos, horizontal e vertical. Essa anomalia pode ser corrigida com lentes, que funcionam
como vidros planos no sentido de suas geradoras e como convergentes no sentido perpendicular às
geradoras. O olho normal, desprovido de Astigmatismo, recebe o nome de ANASTIGMATICO.
Presbitismo
Vista cansada, defeito das pessoas que somente percebem objetos à distância; defeito
produzido pelo excessivo achatamento do cristalino (corpo transparente que tem mais ou menos a
forma de uma lente e fica localizado imediatamente detrás da pupila). Corrige-se pelo uso de óculos
com lentes convexas.
Miopia
Vista curta, as pessoas portadoras desta anomalia, só conseguem ver os objetos à pequena
distância. É corrigível com o uso de lentes côncavas.
Hipermetropia
A hipermetropia é o inverso da miopia. O poder de convergência é insuficiente e o globo
ocular muito achatado. Corrige-se a hipermetropia com lentes convexas, que convergem e
concentram os raios luminosos.
Procidência
É o abaixamento da região palpebral superior, esquerda ou direita, ou ainda de ambas.
Estrabismo
Esta anomalia consiste no desvio da íris para o canto externo do olho ou para a região
lacrimal. O Estrabismo pode ser:
DIREITO DIVERGENTE
ESQUERDO DIVERGENTE
DIREITO CONVERGENTE
ESQUERDO CONVERGENTE
AMBOS CONVERGENTES
AMBOS DIVERGENTES
Outros Defeitos Classificados como Anomalias
-Olho de vidro
-Falta de olho (por amputação ou extração)
-Amaurose_ É a perda total da vista, sobretudo sem haver obstáculo de acesso dos raios
luminosos ao fundo dos olhos.
- Ambliopia_ É quando há só enfraquecimento da vista, sem lesão apreciável.
Particularidades do Cabelo
Nas fichas utilizadas pelo Serviço de Identificação do Exército, os identificadores deverão
anotar, sempre entre parênteses e após a forma do cabelo, da barba e do bigode, as seguintes
particularidades:
a) Grisalhos
b) Ligeiramente grisalhos
Os cabelos grisalhos apresentam mais ou menos a metade dos fios com a cor natural e a outra
metade embranquecidos.
Os cabelos ligeiramente grisalhos apresentam alguns fios embranquecidos, entre os da cor
natural.
Independentemente do ponto de vista cromático ou de particularidades, o sistema piloso
apresenta uma série de fatores que se presta a notação complementares, referente a:
- Forma do cabelo - Liso, ondulado, crespo e carapinha ou acarapinhado.
- Implantação do cabelo - Circular, retangular, triangular ou em ponta.
- Grau de pilosidade - Falta ou abundância.
- Calvície - Pelada ou falta de cabelo.
- Forma da barba - Lisa ou crespa.
- Corte e uso habitual da barba - Raspada ou rapada
Aparada
Cavanhaque
Suiça
Andó
Mosca
Etc.
- Natureza - Lisos
Ondulados
Crespos
Carapinha
Calvície - Frontal
Parietal
Coronal
Ocipital
Fronto-parietal
Fronto -coronal
Fronto-ocipital
Corono-ocipital
Tonsural
Total
Aparada
Cavanhaque
Suíça
Mosca
Pêra
ANDÓ MOSCA
ASSUNTO: OBJETIVO:
- Cabeça: - Descrever a divisão e subdivisão da cabeça.
- Divisão - Identificar anomalias e particularidades.
- Subdivisão
-Anomalias e particularidades
Como elemento subsidiário de identificação Datiloscópica foi adotado o exame das partes
descobertas do corpo humano. É fato que a adoção na ficha desses elementos, não deve ser
considerado como recurso imprescindível, a prova mais precisa da identificação humana. No
entanto, como nem sempre na vida prática, o indivíduo tem necessidade da perícia Datiloscópica
para certos comuns na sociedade, basta tão somente, o reconhecimento de sua identidade por meios
claros e simples, ao alcance de qualquer leigo, foi introduzido com complemento, parte do processo
adotado por Bertillon, no tocante ao retrato falado. Lendo-se na ficha de identidade os dados
sinaléticos de um indivíduo, poder-se-á fazer rapidamente uma idéia da formação e constituição do
mesmo.
Além do mais, existem certas particularidades visíveis a olho nu em certas pessoas que as
distinguem, em qualquer ocasião, servindo como sinal identificativo. Passou-se então a integrar a
individual Datiloscópica com o exame das partes visíveis do identificando.
I) Parte Anterior
1 Região Frontal
-
3 Região Nasal
-
9 Região Mentoniana
-
10 Região Supraioidéia
-
11 Região Infraioidéia
-
1 - Região Frontal
2 - Região Orbitária (direita e esquerda)
3 - Região Nasal
4 - Região Malar (direita e esquerda)
5 - Região Masseterina (direita e esquerda)
6 - Região Auricular (direita e esquerda)
7 - Região Bucinadora (direita e esquerda)
8 - Região Labial (superior e inferior)
9 - Região Mentoniana
10 - Região Supraioidéia
11 - Região Infraioidéia
12 - Região Carotidiana (direita e esquerda)
13 - Região Supraclavicular (direita e esquerda)
Particularidades da Cabeça
Como particularidade da cabeça deverão ser anotados os diversos tipos de calvícies, que são
as seguintes:
ASSUNTO: OBJETIVO:
- Olhos: - Descrever a divisão dos olhos.
- Divisão
-Anomalias e particularidades - Identificar anomalias e particularidades dos olhos
Olho
Divisão
Neste capítulo estudaremos apenas a divisão do olho, como complemento da identificação. O
olho, para fins de estudo, foi dividido em 11 partes, que são:
1_ ARCADA SUPERCILIAR.
2_ REGIÃO PALPEBRAL SUPERIOR.
3_ REGIÃO PALPEBRAL INFERIOR.
4_ REGIÃO LACRIMAL.
5_ CANTO EXTERNO.
6_ ESCLERÓTICA (branco do olho).
7_ÍRIS (cinta circular colorida).
8_ PUPILA (pequeno círculo preto, parte central da íris).
9_ CIRCUITO INTERNO (da íris).
10_ClRCUITO EXTERNO (da íris).
11_CANTO INTERNO.
Cuidados a serem observados no exame dos olhos:
Tendo-se chegado a conclusão que a coloração, às vezes difere de um para outro olho, o
exame deve ser feito apenas na íris esquerda, desprezando-se a direita, salvo quando acontecer a
falta do olho esquerdo ou que este por qualquer motivo não possa ser examinado. Neste caso, o
exame recairá no olho direito, devendo, porém o examinador anotar que o mesmo foi feito na íris do
olho direito e por qual o motivo.
Para que o exame dos olhos seja sempre feito de um modo uniforme, o primeiro cuidado do
examinador deverá consistir em colocar-se de frente ao examinando, a uma distância de 30 cm e em
tal posição que o olho receba em cheio a luz uniforme (não os raios solares) e, convidando o
examinando a encarar os olhos do examinador, este com o polegar e o indicador, afastará as
pálpebras do olho do identificando e observará a região entre o Circuito Interno e Circuito Esterno
-
da íris.
ASSUNTO: OBJETIVO:
- Mãos e dedos: - Descrever a divisão e subdivisão das mãos.
- Identificar anomalias das mãos e dedos.
- Registrar as anomalias nos documentos de Identificação.
Mãos
Divisão
Para efeito de anotação de marcas particulares e anomalias a mão foi dividida em duas partes
principais, pelo método do Dr. Pires de Lima, adotado pelo Serviço de Identificação do Exército:
1- REGIÃO ANTERIOR OU PALMAR
2- REGIÃO POSTERIOR OU DORSAL
Subvisão
A região PALMAR subvidi-se em 8 (oito) Regiões:
1- FACE ANTERIOR DA MUNHECA OU PULSO (CARPO)
2- REGIÃO HÍPOTENAR
3- REGIÃO PALMAR
4- REGIÃO TENAR
5- PREGAS DÍGITO-PALMARES
6- FALANGE OU PRIMEIRA FALANGE
7- FALANGINHA OU SEGUNDA FALANGE
8- FALANGETA OU TERCEIRA FALANGE
da diferenciação e nomenclaturas dos vícios das mãos, classifica-as nos seis grupos seguintes:
3 - ANQUILOSE TOTAL_ Quando a articulação se acha soldada de tal modo, que o membro ou
órgão está impossibilitado de movimento.
HIPERDACTÍLIA............................................................ HPRD
MEGALODACTÍLIA...................................................... MEGA
MACRODACTÍLIA......................................................... MACR
CAMPODACTÍLIA......................................................... CAMP
HIPOFALANGE.............................................................. HPOF
HEXADACTÍLIA............................................................ HEXD
OCTADACTÍLIA............................................................. OCTD
ÉCTROCÍRIA................................................................... ECTR
............. HIPODATÍLIA................................................................. HPOD
BRAQUIDACTÍLIA......................................................... BRQD
MICRODACTÍLIA.......................................................... MICR
HIPERFALANGE............................................................ HPRF
SINDACTÍLIA................................................................. SIND
HEPTADACTÍLIA.......................................................... HEPT
HEMIMELIA................................................................... HEMI
HIPERDATÍLIA ou HEXADATÍLIA
DIDATÍLIA ou HIPODATÍLIA
Mão em pinça de lagosta ou em chave inglesa.
Apenas 02 (dois) metacarpianos correspondem
ao índice e auricular, este com falangeta sem
unha.
MICRODATÍLIA,, HIPOFALANGIA e
CAMPODATÍLLA
SINDATÍLIA, BRAQUIDATÍLIA e
CAMPODATÍLIA
OCTODATÍLIA
SINDATÍLIA e BRAQUIDATÍLIA
HEPTADATÍLIA POLIDATÍLIA
-
Algumas Enfermidades
GOTA
A gôta é uma enfermidade causada pela
incapacidade de certos organismos de destruir ou
eliminar de maneira normal o ácido úrico.
Marcas Particulares
As marcas particulares que o indivíduo apresentar nas partes descobertas (mãos e cabeça)
devem ser anotadas nas fichas de identidade.
As marcas particulares mais comuns são os Nevos Maternos ou Manchas Pigmentares, as
quais tem uma coloração firme (quase sempre), isto é, continuam da mesma cor desde o nascimento
até a velhice.
As Manchas Pigmentares ou Nevos Maternos apresentam varias cores: escura, violeta,
vermelha, branca, roxa, etc, diferindo de forma e dimensão, sendo que algumas se tomam notáveis
pelo tamanho e em outros se manifesta a Hipertricose (pêlos), que se denominam de Nevos Pilosos.
Os quistos de várias espécies, verrugas de diversas cores e conformações, as pintas, as
manchas sardentes, são outros tantos sinais particulares que devem ser devidamente anotados.
Inútil insistir sobre o valor sinalético das amputações, das desarticulações e qualquer outra
deformação de órgão ou membro.
O exame do pescoço, nos oferece muitas vezes a descoberta de marcas e fístula, escrófulas,
rugas occipitais, etc.
Havendo indivíduos que possuem grande quantidade de marcas particulares, cicatrizes e
tatuagens, basta que se anotem quatro ou cinco principais e das mais visíveis na vida ordinária.
Cicatrizes
No exame das cicatrizes, marcas particulares e tatuagens, o identificador, deve começar pela
cabeça, passando depois para a mão direita e desta para a esquerda. Nas mãos inicia-se o exame pela
face palmar, passando em seguida para a dorsal.
O critério que deve primar nesse assinalamento é o caráter permanente, imutável, da marca ou
cicatriz. O pior que poderia fazer um identificador seria anotar, qualquer marca ou cicatriz que com
o tempo, viesse a desaparecer. E na dúvida ou receio quanto a sua perenidade, o melhor é não
anotar, ou mencioná-la apenas. Exemplo: recente, nova ou em cicatrização, para futuros confrontos,
sabido que as cicatrizes de segundo grau, sempre deixam na pele o cunho de sua passagem, por mais
perfeita que seja a cicatrização e a recomposição dos tecidos.
É de capital importância a localização exata das cicatrizes nas regiões em que se encontram,
sendo imprescindível que o identificador as anote com precisão, esclarecendo, inclusive as suas
origens, que podem ser: de Corte, Intervenções Cirúrgicas, Inflamações e Queimaduras. As
provenientes de operações são denominadas de Post-Operatórias e assim que deverá ser anotada nas
fichas de identidade.
O exame das marcas particulares, cicatrizes, etc, segundo o método de Vucetich, limita-se
somente as partes descobertas ou visíveis na vida ordinária, sendo dispensável o desnudamento da
pessoa para qualquer outra pesquisa nas regiões cobertas pelo vestuário.
Para avaliar-se a distância de uma cicatriz à linha mediana, toma-se como referência o ponto
da cicatriz que mais próximo ficar, da supra citada linha. Numa cicatriz oblíqua interna, o ponto
mais próximo da linha mediana é a sua extremidade superior; numa oblíqua externa, a inferior.
Tatuagens
A mania da tatuagem, registrada principalmente nos países da Europa e também nos Estados
Unidos (onde sempre foi popular) chegou ao Brasil timidamente, depois dos hippies e através das
crianças, que entram na onda da tatuagem industrializada, que é removível com álcool ou acetona e
muitas vezes com água.
O uso de tatuagem entre os brasileiros é pouco freqüente; no entanto, damos algumas notas
sobre este singular ornamento humano.
A tatuagem, define Lacassagne, é quando matéria corante, vegetal ou mineral, são
introduzidos sob a epiderme para efeito de produzirem uma coloração ou desenhos, de longa
durabilidade. São inteiramente indeléveis.
As substâncias mais empregadas e mais duradouras são a tinta da China e o vermelhão, o
carvão de madeira pilado e dissolvido na água e a tinta azul comum.
Mayrac, chega às seguintes conclusões sobre a tatuagem:
“A tatuagem apresenta-se raramente na mulher. Ela é apanágio quase exclusivo da “ rameira,
e mais freqüente entre os criminosos”.
A tatuagem costuma facilitar a identificação de pessoas, para as autoridades policiais, e é por
essa razão que tem levado muitos a mandarem retirá-las através de cirurgia plástica.
A destatuagem (meio para fazer desaparecer a tatuagem), ainda não foi resolvida. Todos os
processos até agora usado são inseguros e falhos. Dizem os clínicos que a intervenção cirúrgica é
paliatíva.
Assim, pois, quer exista a tatuagem, quer tenha sido tentada ou mesmo operada a
destatuagem, a pele oferecerá sempre campo seguro para observação do operador. Nessa observação
cuidadosa, que num, quer noutro, é que assenta o critério do exame pericial.
1. Cabeça
a) Cicatriz de corte, oblíqua interna, com 3 cm na região bucinadora direita, a 5 cm mais ou
menos da linha mediana.
*
b) Cicatriz de origem ignorada, curva externa, com mais ou menos 5 cm na região malar
esquerda, a 3 cm mais ou menos da linha mediana.
c) Cicatriz de queimadura, de forma irregular, com mais ou menos 3 cm na região frontal, lado
esquerdo, a 3 cm mais ou menos da linha mediana.
d) Nevo materno, cor castanha e de forma oval, com mais ou menos 2 cm na região malar
direita, a 3 cm mais ou menos da linha mediana.
2. Mãos
a) Cicatriz de corte oblíqua interna, com mais ou menos 3 cm, na região tenar, a 4 cm mais ou
menos do pulso, da mão direita.
b) Cicatriz de origem ignorada, curva superior, com mais ou menos 5 cm, na região hipotenar,
a 4 cm mais ou menos no pulso, da mão esquerda.
c) Tatuagem representando uma caveira, encimada por dois punhais cruzados, na região
hipotenar, a 3 cm do pulso, da mão direita.
d) Cicatriz vertical, post-operatória com mais ou menos 3 cm, interessando às a e a falanges do 1 2
ASSUNTO: OBJETIVO:
- Lábios - Analisar a morfologia dos lábios.
- Identificar as particularidades dos lábios.
Lábios
Exame e Particularidades
Para fins de exame, a Região Labial, dividi-se em Superior e Inferior, Externa e Interna.
Somente a parte Externa ou seja a visível, é que interessa ao exame morfológico.
3_ A altura labial, ou melhor, a saliência visível da mucosa apresenta dois casos: Lábios sem
bordos e lábios de bordos desenvolvidos.
4_ A espessura, isto é, o desenvolvimento dos bordos superior e inferior. Se a espessura for
-
mínima, os lábios apresentam-se colados à arcada dentária. Apreciados ainda em espessura os lábios
podem ser Delgados ou Espessos.
Lábios - Resumo
1) DIVISAO............................................................ - Superior (interna - fig. 1 - A)
Inferior (externa - fig. 1 - B)
Lábio Leporino
Quando o lábio apresenta uma fissura vertical, semelhante ao de uma lebre. Embora a maior
incidência registrada seja no lábio superior, essa anomalia pode também ocorrer no inferior.
Apresenta-se ainda, com uma ou duas fissuras (bipartido). É uma anomalia de origem congênita.
ASSUNTO: OBJETIVO:
- Fronte - Analisar a morfologia da fronte.
- Identificar as particularidades da fronte.
Fronte
Exame e Particularidades
Fronte – Resumo
DIMENSÃO........................................................... - Altura (A - B)
Largura (C - D)
A altura e a largura da fronte são apreciadas sob o ponto de vista de uma seriação tricotômica,
em PEQUENA, MÉDIA e GRANDE.
Nota: A ARCADA SUPERCILIAR DESENVOLVIDA ou ARCO SUPERCILIAR, é a
proeminência oblíqua externa frontal, sobre a qual se implantam as sobrancelhas.
Nariz
Exame e Particularidades
Côncavo (fig. 1, 2 e 3)
FORMA.............................. Reto (fig. 4, 5 e 6)
Dorso........................................ Convexo (fig. 7, 8 e 9)
Adunco (fig. 10, 11 e 12)
Sinuoso (fig. 13, 14 e 15)
Esborrachado
Desviado à direita
Desviado à esquerda
Do Dorso.................................. Largo
Achatamento do lado direito
Achatamento do lado esquerdo
PARTICULARIDADES Delgado ou franzino
Grossa
Fina
Da Base.................................... Pontuada
Bilobada
Desviada
Forma da Raiz
A forma da raiz do nariz é apreciada segundo o maior ou menor espaço inter-ocular e sob esta
relação pode ser ESTREITA ou LARGA (esta classificação é tomada de frente ao identificando), e
classifica-se também a forma da raiz do nariz como ALTA, BAIXA ou MUITO BAIXA (esta
classificação é tomada de perfil do identificando), isto é, em forma DESCRESCENTE até quase o
meio do dorso, como exemplo a dos negros, alguns de tal modo que dificulta a descrição da linha
dorsal, que mais se assemelha a um “S”.
Côncavo (fig. 1, 2 e 3) - A parte óssea desce em obliqüidade mais ou menos retilínea; depois a parte
inferior correspondente a base, avança para a frente e o conjunto do perfil, descreve uma linha
côncava em prognatismo bucal.
Convexo (fig. 7, 8 e 9) - O dorso desenha uma curva de convexídade, quase uniforme, desde a raiz
até a base..
Adunco (fig. 10, 11 e 12) - A parte óssea apresenta uma convexidade curta e acentuada, daí segue
sem flexão até a base, em linha mais ou menos reta. Bertillon denominou-o BUSQUE.
Sinuoso (fig. 13, 14 e 15) - A parte superior torna-se côncavo no meio e volta a ser convexa até a
ponta. Todavia esta não é mais que uma variedade das formas típicas, segundo o conjunto da linha
dorsal.
Formas da Base
A base é a linha da parte inferior do nariz que forma um ângulo com o lábio superior, ou seja,
o ângulo naso-labial.
Dimensões do Nariz
As dimensões não se anotam por medidas métricas tomadas a compasso ou com outro
instrumento qualquer, mas unicamente a olho, aplicando-se os termos PEQUENO, MEDIO ou
GRANDE e, em casos extraordinários, MUITO PEQUENO ou MUlTO GRANDE.
A apreciação da ALTURA nasal não é baseada na maior ou menor elevação do dorso em
relação ao plano da face (o que seria um erro), mas unicamente pela extensão da linha imaginária
que se traçasse entre uma das asas até a raiz, isto é, transversalmente.
Deste modo evitam-se os possíveis enganos na apreciação dos narizes caídos (base abaixada)
com aparência de mais alto do que são realmente, ao passo que os de base levantada tem aspecto de
mais curtos.
A LARGURA nasal é a maior distância transversal compreendida entre as duas asas. Neste
caso o nariz é examinado de frente.
A SALIÊNCIA nasal é apreciada entre as duas asas, supondo-se uma linha transversal.
Particularidades do Nariz
As particularidades nasais referem-se especialmente à linha dorsal e à base. Neste caso, o
exame e feito de frente. Estas particularidades são:
Esborrachado
Desviado à direita
Desviado à esquerda
Largo
DA LINHA DORSAL.........................................
Achatamento do lado direito
Achatamento do lado esquerdo
Delgado ou franzino
Grossa
DA BASE................................................... Fina
Pontuada
Bilobada
Desviada
A membrana que divide as fossas nasais podem ser cobertas ou descobertas. As narinas
podem ser: DILATADAS ou CONTRAIDAS, DELGADAS, MÓVEIS ou ESPESSAS.
FORMA DA RAIZ
ESTREITA LARGA
Boca
Exame Descritivo
A boca é um dos órgãos da face que serve para imprimir certas particularidades às feições do
indivíduo. Pela sua variedade, é um elemento importante para a identificação, de vez que ela se
apresenta, geralmente, com detalhes notáveis. A sua conformação, se bem que obedecendo a uma
forma comum, não deixa, entretanto, de fornecer certas anomalias, as quais vem aumentar os
elementos sinaléticos para o levantamento da identidade.
O exame da boca deve ser feito olhando-se o identificando de frente.
Como ensina Bertlllon, a boca, em seu estado normal, é um dos órgãos expressivos da feição
fisionomia, e, por sua conformação, presta ao mesmo tempo um série de observações interessantes
para a filiação morfológica.
Os cantos da boca, denominados COMISSURAS, assim como seu grau de abertura,
oferecem elementos diversos para a análise deste órgão, considerado sob três aspectos:
- Normais (fig. 3)
Ambas levantadas (fig. 4)
INCLINAÇÃO DAS COMISSURAS............................................. Ambas abaixadas (fig. 5)
Abaixada à direita (fig. 6)
Abaixada à esquerda (fig. 7)
Dentição
criminoso, pelas marcas dos dentes deixadas em um pedaço de bolo, creme, etc, repasto feito antes
ou após praticado o crime (o que tem sido muito comum). Estas marcas, moldadas em parafina,
oferecem reproduções magníficas para exame de confronto.
É certo que até o presente momento não foi solicitado ao Serviço de Identificação do Exército
a intervenção de seus técnicos nesses casos, mas nunca é demais estender até esse ponto os
conhecimentos pertinentes à nossa especialidade, pois, mesmo à guisa de ilustração, eles servirão
para prestigiar cada vez mais aquele órgão e, quiçá, em momento oportuno, honrá-lo como o técnico
desempenho dado à perícia acaso solicitada.
Os dentes, órgãos da mastigação, compõem-se de uma substância óssea chamada marfim.
Cada dente compreende duas partes:
1) A COROA, no exterior das gengivas; e
2) A RAIZ, profundamente encravada no osso maxilar.
Na 1ª dentição (chamada dentes de leite) a criança tem somente 20 (vinte) dentes, faltando-lhe
os grandes-molares.
Mento
1_ INCLINAÇÃO OU PROJEÇÃO;
2_ ALTURA;
3_ LARGURA;
4_ CARÁTER FORMAL; e
5_ PARTICULARIDADES.
Quanto a inclinação, examinando em seu perfil, pela linha de obliqüidade, partindo do bordo
do lábio inferior e em direção ântero-posterior, o mento pode ser: VERTICAL (fig. 2), FUGITIVO
(fig. 3) ou SALIENTE (fig. 4).
Quanto a altura, apreciada da linha bucal até a base do mento, pode ser classificada em:
ALTO (fig. 2) e BAIXO (fig. 5), observadas as letras A B fig. 1. —
Quanto a largura, pode dar lugar a série: Mento PEQUENO ou PONTUDO (fig. 6) e
GRANDE ou LARGO (fig. 7).
Quanto ao caráter formal, isto é, a sua forma, o mento pode ser: LISO ou PLANO (fig. 6) e
REDONDO ou RETUNDO (fig. 5). E preciso, porém, ter em vista que o que dá esta última feição
ao mento não é a linha de projeção acentuada do maxilar, característica do queixo saliente, mas
exclusivamente a abundância de tecido camoso que o reveste, formando uma eminência
arredondada à feição de polpa.
Como particularidades (examinando de frente) anota-se: mento em SULCO (fig. 8), mento
em CO VINHA CIRCULAR (fig. 9) ou mento BILOBADO (fig. 10).
Mento - Resumo
Vertical (fig. 2)
INCLINAÇÃO........................................................................... Fugitivo (fig. 3)
Saliente (fig. 4)
Alto(fig.2)
ALTURA(A- B fig. 1)..............................................................
Baixo (fig. 5)
FORMA...................................................................................... Liso(fig. 6)
. Redondo ou retundo (fig. 5)
Orelha
1 - FOSSA TRIANGULAR
2 - ESCAFA
3 - TRAGUS
4 - AMTITRAGUS
5 - CHANFRADURA INTERTRÁGICA
6 - HÉLIX
7 - ANTI-HÉL1X
8 - CIMBA
9 - CAVUM
10- LÓBULO
O pavilhão da orelha é formado por uma dobra de pele, mantida em posição mediante uma
lamela cartilagínea, em torno do meato acústico externo. E um órgão rudimentar e como tal sujeito a
grandes variações individuais.
A espécie de debrum em relevo que circunda a orelha, denomina-se HELIX; em conjunto,
desenha a hélix como que um ponto de interrogação revirado, termina em depressão, que é a concha
da orelha. A porção da concha que fica acima da terminação da hélix, recebe o nome de CIMBA, a
que fica abaixo o de CAVUM. Imediatamente para diante do cavum, encontra-se o orifício do
conduto auditivo externo.
Inscrito na hélix, depara-se com um segundo relevo, a anti-hélix, que se bifurca
superiormente, delimitando a chamada FOSSA TRINGULAR. Entre a hélix e a anti-hélix, na borda
livre da orelha, assinala-se um sulco mais ou menos profundo, denominado de ESCAFA ou FOSSA
NAVICULAR.
A porção inferior da orelha, a que é de uso perfurar-se, tem o nome de LÓBULO. Acima
deste fica a CHANFRADURA INTERTRÁGICA.
Nos animais, o pavilhão da orelha funciona como trombeta acústica. No homem, como órgãos
rudimentar, é antes um aparelho de proteção do meato acústico externo. As diferenças no pavilhão
da orelha, de um para outro indivíduo, decorrem da forma e das curvaturas da cartilagem, que
também é responsável pela orientação do mesmo pavilhão, conquanto nem todos os relevos da
cartilagem se imprimam em seu revestimento cutâneo. De resto, o pavilhão da orelha cutâneo já se
acha formado no início do 3º mês de vida intra-uterina, antes do aparecimento da cartilagem de
sustentação.
Se do ponto de iserção superior da orelha, for tirada uma reta à extremidade superior e
posterior do antitrágus, divide-se o pavilhão da orelha em dois segmentos, um póstero-superior e
outro antero-inferior. O segmento antero-inferior ou porção básica do pavilhão compreende a parte
inicial da hélíx e da anti-hélix, o tragus e o antitragus e o lóbulo da orelha. O segmento póstero-
superior ou região apical da orelha, correspondendo a parte livre do pavilhão é justamente a mais
variável em seu aspecto morfológico, não somente no homem deve ser considerado de fato órgão
rudimentar, por isso que sofre um processo de involução em seu desenvolvimento ontogenético.
Mostra a Embriologia, que em dado momento passa ele por uma fase que é definitiva em certos
símios, mas a involução prossegue e consiste essencialmente do enrolamento da hélix com projeção
para fora da anti-hélix e no alongamento da linha de iserção da orelha com redução correspondente
do pavilhão, que será tanto mais móvel quanto mais extensa for a referida linha.
Em conseqüência desse processo de involução, não apresenta o pavilhão um dispositivo a que
se possa chamar com propriedade ápice ou ponta da orelha. Entretanto, não terá passado
despercebido a muitos observadores uma espécie de saliência que se encontra ora na borda livre da
orelha, em sua porção superior, ora na hélix ainda, mas voltada para a fossa navicular: é o
TUBÉRCULO DE DARWIN, na realidade o vestígio da autêntica porta da orelha.
Nota: Nas figuras seguintes, serão apresentados os diversos tipos de orelhas encontrados nos
homens.
ASSUNTO: OBJETIVO:
- Sobrancelhas - Analisar a morfologia das sobrancelhas
- Idt as particularidades das sobrancelhas.
Sobrancelhas
Exame Descritivo
O exame das sobrancelhas deve ser feito de frente e em ambas. Analisaremos inicialmente a
sua composição.
As sobrancelhas são compostas de:
A cabeça ou ponta interna da sobrancelha se limita com a raiz nasal, onde geralmente é
volumosa (A – A da fig. 1).
O corpo ou parte intermediária da sobrancelha, é a parte do centro, compreendida entre a
cabeça e a cauda (B – B da fig. 1).
A cauda ou ponta externa da sobrancelha, é a parte que se prolonga até as têmporas (C – C da
fig. 1).
A análise das sobrancelhas deve ser feita tendo em vista as suas características, que são as seguintes:
1_ IMPLANTAÇÃO
2_ DIREÇÃO
3_ FORMA GERAL
4_ DIMENSÃO (comprimento e largura)
5_ ABUNDÂNCLA ou ESPESSURA
6_ PARTICULARIDADES
Obs.: Quando do exame das sobrancelhas, o identificador deve observar as variedades de cor,
para isso, usa a notação cromática do sistema piloso.
Sobrancelhas Resumo
Unidas (fig. 2)
Separadas (fig. 3)
IMPLANTAÇÃO.............................................................................
Altas (fig. 4)
Baixas (fig. 5)
Retilínea (fig. 8)
FORMA GERAL............................................................................. Arqueada (fig. 9)
Sinuosa (fig. 10)
Glaucoma
Moléstia dos olhos que consiste em grande enfraquecimento da vista, deformação da pupila e
cor esverdeada no fundo do olho.
No princípio os doentes vêem os objetos como se estivessem cercados por nevoeiro, pouco a
pouco a vista turva-se e a visão desaparece.
Sobrevêm dores no interior do olho e aumenta da secreção de humor híalóide. Apalpando o
olho através da pálpebra superior, verifica-se que a sua dureza aumentou a ponto de se a comparar a
uma bola de mármore Este fenômeno característico mostra a verdadeira natureza da moléstia que é
devida à secreção exagerada do humor hialóide Examinando o interior do olho com o
oftalmoscópio, acha-se na pupila do nervo ótico uma escavação devida a compressão feita pelo
humor.
Esclerotite
Retinite
Inflamação da retina. A retina é a mais anterior das membranas do olho. Membrana nervosa,
delgada, meio transparente, colocada entre o corpo vítreo e a coróide. É o órgão essencial da
percepção luminosa. Quando inflama, a retina perde a transparência, examinada com o
oftalmoscópio, apresenta chapas esbranquiçadas ou pontos de distância. A causa da retinite é,
ordinariamente, um estado patológico que acomete todo o organismo (diabetes, albuminúria,
debilidade geral). É caracterizada pela cor viva no fundo da órbita, fotofobia interna, espectros
luminosos coloridos de vermelho, verde ou amarelo, vista curta.
Caruncula Lacrimal
Pequeno tumor na margem livre das pálpebras, do tamanho de um grão de milho ou de feijão,
transparente ou avermelhado, pouco móvel ou imóvel, duro, indolente. Resulta da hipertrofia de
uma glândula da conjuntiva.
Fístula Lacrimal
Abertura de um saco lacrimal pela qual se derramam pelo rosto as lágrimas em vez de
seguirem as vias naturais. Começa com um tumor no ângulo interno do olho. O tumor abre-se e
fornece, a princípio pus, e depois um líquido mucoso-purulento misturado com lágrimas. A fístula
lacrimal é devida, no maior número de casos, à inflamação do canal das vias lacrimais, que produz
um estreitamento ou obliteração do canal lácrimo-nasal.
Albugem ou Belida da Córnea
As belidas ou manchas da córnea transparente são efeitos de um derramamento de abcesso de
uma ferida. São superficiais, médias ou profundas. As primeiras compreendem o nefélio à névoa.
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Entrópio
É o viramento da pálpebra para dentro, donde resulta que os cabelos da pestana se voltem
contra o olho e produzem dor e inflamação. Este estado depende ordinariamente da retração da
conjuntiva palpebral, conseqüência de conjuntivites crônicas
Ectrópion
É o viramento de uma das pálpebras para fora e principalmente da inferior. É ocasionado pelo
aumento de volume da cojuntiva devido à inflamação crônica ou é produzido por cicatrizes, quando
uma porção da pálpebra foi destruída por ferida, queimadura, ulceração, varíola, etc. A cicatriz
consecutiva a estas lesões atrai para fora a margem livre da pálpebra e daí, sobrevem o
ECTROPION.
Lupo
Tubérculo lívido, indolente, solidário ou em grupo que aparece sobretudo no rosto e no nariz,
seguidos de úlceras corrosivas ou de alteração da pele sem ulceração.
Lipoma
Tumor formado pela hipertrofia do tecido célulo-gorduroso. Ordinariamente é de volume que
varia do de uma avelã ao de um ovo e as vezes muito maior. É constituído por um envoltório
celuloso, unido levemente aos tecidos vizinhos e que enviam pela face interna prolongamentos que
se cruzam reciprocamente e formam compartimentos de diversos tamanhos cheios de substâncias
gordurosas, amarela e mole. Quando essa substância se aproxima do sebo pela cor e consistência, o
tumor toma o nome de ESTRATOMA. Os lipomas e os estratomas forma-se de ordinário na nuca e
sobre as regiões laterais do pescoço, etc, as vezes existem nos interstícios dos músculos, e, nesse
caso, são profundos.
Cianose
Na sua acepção mais larga, esta palavra designa a coloração azul da pele, que se observa na
cólera e outras afecções das quais há estagnação de sangue nos vasos capilares. É um sintoma
passageiro, mas existe uma moléstia contínua, a qual se dá mais especialmente o nome de
CIANOSE AZUL. Resulta dos vícios de conformação que permitem a mistura de sangue negro com
sangue vermelho. Os vícios de conformação podem ter lugar no coração ou na origem das veias e
das artérias.
De todas as anomalias cardíacas que produzem a cianose, a comunicação das duas aurículas é
a mais freqüente. A cianose desenvolve-se ordinariamente logo depois do nascimento, outras vezes
algumas semanas, alguns meses ou mesmos anos depois.
Paralisia
Perda absoluta ou diminuição da sensibilidade e do movimento. Pode ser GERAL ou
PARCIAL. Chama-se HEMIPLEGIA quando ocupa um lado do corpo. PARAPLEGIA quando
afeta a metade inferior do corpo.
As paralisias são sintomas de alguma lesão do cérebro, na medula espinhal ou dos nervos, mas
as vezes resultam de simples perturbações das funções nervosas, sem lesões apreciáveis de nenhum
órgão, estas são as verdadeiras neuroses.
A hemiplegia é ordinariamente um sinal de qualquer lesão do hemisférico oposto. A paraplegia
anuncia ordinariamente a existência de alguma moléstia na medula espinhal.
Hemiplegia Parcial ou Paralisia do Rosto
É devido à paralisia do nervo facial. Conhece-se pela imobilidade e insensibilidade do lado
correspondente ao rosto. A sobrancelha é imóvel, a testa do lado paralisado sem rugas, o olho aberto
sem poder fechar-se, a boca desviada do lado oposto, dificultando pronunciar as letras “Q”, “U”,
“B” e “F”. A paralisia pode ser dupla, não há então falta de simetria entre os dois lados do rosto,
mas só o desaparecimento das rugas naso-labiais e das rugas da testa. A imobilidade do rosto dá à
fisionomia, uma aparência característica, parece que o doente tem uma máscara sobre o rosto.
Bócio
Tumor no pescoço, que consiste no desenvolvimento anormal da glândula tireóide.
Fístulas
Úlcera em forma de canal estreito, profundo, mais ou menos sinuoso, que sempre mareja
matéria e que é entretida pelo estado mórbido local ou pela presença de corpo estranho.
Pé Torto
Desvio do pé, no qual a planta não pode apoiar-se inteiramente sobre um plano horizontal.
Distinguem-se quatro principais variações, a saber:
PÉ VARO: O pé sobre a margem externa. A planta está voltada para dentro. É o desvio mais
comum.
PÉ EQUINO: Também chamado Pé de Cavalo. O pé está na extensão forçada, toca no solo
pelos dedos ou pela extremidade dos metatarsos. A planta está voltada para trás.
PÉ VALGO: É o desvio oposto ao Pé Varo. O pé descansa sobre a margem interna. A planta
está virada para fora.
PÉ TALO: Do latim TALUS, calcanhar. Desvio oposto do Pé Eqüino. O pé apoia-se sobre o
calcanhar.
Calva Tinhosa
São áreas na cabeça, despida de cabelo, brancas, lisas, suborbiculares e lavrantes, também
conhecidas coma Pelada, tinha pelante ou descalvante.
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Quando se ver o cabelo cair em diferentes pontos da cabeça sem nenhuma moléstia e deixar a
pele lisa e brilhante, estes estado constitui a PELADA. Esta enfermidade é produzida por um
vegetal parasita, de umidade externa, visível por meio de microscópio que se desenvolve no
folículo, isto é, na glândula que dá nascimento ao cabelo. Este vegetal penetra no cabelo, cresce com
ele e, uma vez chegado a dois ou três milímetros, acima da epiderme, ocasiona a ruptura do mesmo
e produz a calvície.
Gibosidade
Também chamada de CORCUNDA, é a curvatura da coluna vertebral com saliências exterior
(Giba, corcova, corcunda, cifóse).
*BIBLIOGRAFIA*
REVISÃO:
Sgt Com CARLOS JUAREZ BEZERRA – EsIE (Instrutor do C Esp S/62, em 1999)
CAPA:
Sgt Inf MARCO AURELIO DA SILVA TROVISCO (Instrutor do C Esp S/62, 97/99)