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ADVOCACIA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA ___ VARA DA


FAMÍLIA DA COMARCA DE -SP.

FULANO, brasileiro, casado, montador,


portador do documento de identidade RG 22222222, CPF 222222222,
residente e domiciliada na Rua, , CEP, na cidade de Mairiporã-SP, em anexo
(Doc.02), neste ato, por sua advogada que este subscreve (procuração em
anexo), ADVOGADA, brasileira, casada, regularmente inscrita na Ordem dos
Advogados do Brasil, Secção de São Paulo , sob o nº XXXX, com escritório
profissional na Avenida , CEP , Bairro , -SP, vem respeitosamente a presença
de Vossa Excelência propor AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO, observando-se
o procedimento comum, com as alterações previstas nos artigos 693 a 699 do
Código de Processor Civil, com pedido de liminar (artigo 300 CPC) em face de
XXXXXXXXX, casada, professora, residente e domiciliada na Rua F, Bairro M,
CEP , -SP, expondo e requerendo o que se segue:

1 – Das Preliminares
1.1 – Da Justiça Gratuita
Inicialmente, afirma o Requerente, na forma
e sob as penas da lei, que não possui condições de arcar com as despesas
processuais, sem prejuízo de seu sustento, razão pela qual faz jus ao benefício
da gratuidade da justiça, nos termos do artigo 4º da Lei 1.060/50, com redação
introduzida pela Lei 7510/86, conforme declaração e documentação probatória
em anexo (Doc. 03).

2 – DOS FATOS
O Requerente e a Requerida casaram-se
oficialmente em XXXXX, adotando o regime de Comunhão de Bens, e não
houve pacto antenupcial, como faz prova a inclusa cópia da Certidão de
Casamento (Doc. 01).

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Desta união ao casal advieram 03 (três)


filhos, sendo dois maiores de idade e capaz, e um menor de idade como
descrito a seguir, e com as certidões de nascimento em anexo (Doc.04).
1º filho- maior de idade e capaz, hoje com 27
anos.
2º filho-, maior de idade e capaz, hoje com
23 anos.
3º filho-, menor de idade, hoje com 16 anos.
Os cônjuges estão separados de fato há
desde o mês de , não tendo a autor interesse em reconciliação, insta informar
que a requerida encontra-se em outro relacionamento, e têm dois filhos de
outro relacionamento, bem com a requerente também já refez sua vida ao lado
de outra companheira.
Durante o casamento, o casal adquiriu um
veículo da marca, que em acordo amigável ficou com a requerida, e a mesma
deveria providenciar a transferência do bem, o que não o fez.
A Requerida foi procurada algumas vezes
para propor o divórcio de forma consensual, no entanto, nunca concordava,
alegando ser desnecessário, arrumava pretextos.
O filho, morava com a requerida até o final
do mês de , onde o requerente contribuía, conforme o combinado verbalmente,
com o valor de R$600,00 (seiscentos reais), para os alimentos do menor.
Ocorre, que a requerida expulsou da sua
casa, no final de l, o menor, deixando-o na rua. O menor procurou o requerido,
que imediatamente entrou em contato com a requerida, que confirmou o feito, e
disse não querer mais o filho sobre o mesmo o teto.
Desde então, assim que chegou o dia 10 de
maio, quando o requerente não realizou o depósito da pensão, a requerida
ficou transtornada, passou a fazer ameaças, inclusive ligando para o filhoMAIS
VELHO , fazendo chantagem e querendo o dinheiro e ameaçando o pai,
inclusive pede para que encaminhe o áudio para pai, e ainda alega que o filho
não precisa de nada, e que ele não presta, e não era para comprar nada para o
filho menor, mas o menor deveria continuar morando com o pai.

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Existem as gravações do ocorrido, onde a


requerida relata que vai cometer infrações com o veículo, só para prejudicar o
requerente. Relata ainda que vai pedir ajuda para a família do requerente, pois
acredita que tem direito a pensão do filho, mesmo ele não estando morando
com ela.
Ameaça ainda que irá até a empresa onde o
requerente trabalha e irá fazer “barracos”, somente para prejudicar o
requerente, para que ele venha a perder o emprego.
A requerida já protagonizou vários
momentos delicados para o requerente, inclusive quando soube que o este
havia procurado o OAB, para conseguir advogado pela assistência judiciária,
tudo ficou mais sério, a ponto do requerente ficar com medo de esperar na fila
da OAB, e resolveu procurar advogado particular.
A requerida não concorda com o divórcio, e
não quer realizar a transferência do veículo para o seu nome, mas continua a
usar o bem, o que pode prejudicar o requerido.
3 – DA PENSÃO ALIMENTICIA
As necessidades do filho menor do casal são
muitas e notórias, englobando despesas, entre outras, com alimentação,
moradia, vestuário, educação e lazer.

4- DA ALTERAÇÃO DO NOME
Que em razão do divórcio, a Requerida
passará a usar o nome de solteira, ou seja, XXXXXXXX.

5- DOS PEDIDOS
Ante o exposto, considerando que a
pretensão do autor encontra arrimo no artigo 226, §6º, da Constituição Federal,
com redação que lhe deu a Emenda Constitucional nº66/2010, requer:
a) Inicialmente o deferimento dos
benefícios da justiça gratuita, vez que se declara pobre no sentido jurídico do
termo, conforme declaração anexa (Doc. 03);
b) Intimação do representante do
Ministério Público para que acompanhe o feito;
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c) Seja citado a Requerida, no endereço


retro mencionado, para, querendo contestar a presente ação, no prazo legal,
advertindo-lhe sobre a aplicação das penas de revelia e confissão em caso da
não apresentação de defesa em tempo hábil;
d) A concessão, in limine litis, de liminar
que “determine” a imediata transferência do veículo da marca Fiat e que o
veículo fique sem uso até a sua transferência, a contar da data do recebimento
desta petição, devendo ser advertida no sentido de manter o veículo sem uso,
caso ocorram multas, a requerida deverá ser responsabilizada, inclusive
penalmente.
e) A concessão, in limine litis, de liminar
da guarda provisória do filho ao genitor, mediante compromisso; dispensando-
se a constatação de “mandado de constatação” em razão da boa fé e em razão
da expulsão do filho e das ameaças feitas ao requerente.
f) A fixação dos alimentos provisórios
devidos pela ré ao filho menor no valor de 2/3 (dois terços) do salário mínimo
nacional, intimando a ré para que efetue o pagamento mediante depósito na
em nome do requerente.
d) A produção de meio de prova, composta
pelos documentos juntados, testemunhal, arrolado ao final e depoimento
pessoal da Requerida;
e) A lavratura da respectiva escritura pública
de Divórcio Direto com a decretação do divórcio do casal, emitindo-se o
competente mandado e declarando que:
I- a Requerida voltará a usar o nome de
solteira qual seja: XXXXXXXXX”.
II- As partes dispensam reciprocamente
pensão alimentícia, vez que possuem meios próprios de subsistência;
III- A genitora pagará pensão alimentícia
mensal para o filho no valor de 1/3 (um terço) de seus rendimentos líquidos,
incluindo-se férias, 13º salário, horas extras e FGTS, mediante desconto em
folha de pagamento quando empregada, e ½ salário mínimo com vencimento
para todo dia 10 (dez), no caso de desemprego, ou emprego sem vínculo.

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IV- Expeça-se o oficio para desconto em


folha de pagamento para empregadora “

f) Ao Oficial do Serviço de Registro Civil das


Pessoas Naturais a prática de todos os atos registrais em sentido amplo;
Nos termos do artigo 319, inciso VII do
Código de Processo Civil, o Requerente registra que não se opõe à designação
de audiência de conciliação.
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil
reais), apenas para efeitos de alçada.

Nesses termos, pede deferimento.


Mairiporã, 06 de novembro de 2021.

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