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AÇÃO PENAL
Att2.: O prazo para representação é de 6(seis) meses e, se inicia na data em que o ofendido, se capaz
ou seu representante legal vier a saber quem foi o autor do crime. Sendo o fendido menor de 18
anos, ou mesmo doente mental, ainda que maior de 18 anos, é evidente que o prazo para a
representação não fluirá para ele, posto que é incapaz de exercita -la.
Fluirá o prazo que é de natureza decadencial para quem o represente legalmente e soube quem fora
o autor do crime e, a partir da data que teve tal ciência, quando o prazo começará a correr
ininterruptamente.
Se o representante legal só veio ter ciência quando o ofen dido possuía mais de 18 anos e 6 meses,
este não poderá exercer a representação apesar de que há entendimento em contrário dominante no
sentido de conferir esse direito, assim entende Frederico Marques e também numerosos acórdãos.
Magalhães Noronha preceit ua não ser possível a representação tardia, no que é acompanhado por
Tourinho Filho, pois a ofendida ao completar 18 anos já é capaz para fazer a representação ou
exercer o direito de queixa, mesmo contrariamente à vontade de seu representante legal (arts. 34 e
50, parágrafo único do CPP). Prazo de contagem penal e decadencial, ou seja, uma vez inspirado o
prazo para a dar entrada à representação, ocorre a extinção da punibilidade, conforme previsto no
(art. 107, do CP).
Pois do contrário, haveria inusitad amente dois prazos decadenciais, o que é inconcebível.
Observe-se que o prazo decadencial de seis meses é ditado pela imperiosa necessidade de ordem
social e jurídica não se deixar abalar indefinidamente, permanecendo em suspenso a procedibilidade
e, ainda por ser razoável a presunção de ter cessado o interesse da pessoa ofendida.
Assim o STF já decidiu que a lei não pode dar ao representante legal direito que a vítima já não o
tenha e, não exerceu em tempo oportuno.
A Súmula 594 do STF acrescenta que “os d ireitos de queixa e de representação podem ser
exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante legal”. Prevalece o mesmo
prazo se morto o ofendido ou declarado judicialmente ausente.
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Como o direito de queixa ou de representação estão intimamente ligados ao direito de punir, pois o
seu não-exercício acarreta a decadência que corresponde a uma causa de extinção da punibilidade, e
como tudo que impeça ou dificulte o jus puniendi se insere portanto no âmbito da lei penal material.
Sendo o prazo para o exercício da representação ou queixa decadencial, este é fatal não sujeito a
interrupções e nem suspensões e quiçá admite prorrogação.
Att3.: EXCEÇÃO - Crimes de Imprensa – Tanto a contagem do prazo como o prazo decadencial
para o oferecimento da representação são diferentes, a Lei 5.250/67 é extravagante e trata da
Representação dos crimes de imprensa, estabeleceu o prazo de 03 meses quer para representação,
quer para queixa que começa a fluir a partir da data de publicação do escrito incrimi nado ou da
retransmissão da notícia incriminada.
1. O Ministério Público nessas ações pode oferecer denúncia substitutiva – Art. 29 do CPP.
2. Nestas ações não cabe perdão, que só é admissível nas ações privadas exclusivas – Art. 105,
CPB
3. O Ministério Público atua como ass istente litisconsorcial – Art. 16 e 29 do CPP.
Inércia do MP: Observe-se, entretanto, que só caberá a “ queixa subsidiária” quando o órgão
do Ministério Público quedar -se inerte. “A Ação Privada Subsidiária da Pública, sendo a única
exceção, prevista constitucionalmente à regra da titularidade exclusiva do Ministério Público sobre
a Ação Penal Pública, só se mostra cabível em casos de ausência de manifestação ministerial. Em
tendo sido pedido o arquivamento do inquérito, eventual seguimento à persecução c riminal somente
se apresenta possível, caso haja novas provas a embasar a abertura do mesmo, conforme disposto na
Súmula 524, do STF, segundo a qual, ‘arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a
requerimento do promotor de justiça, não pode a a ção penal ser iniciada sem novas provas.’ (STF,
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HC nº 84.659)
OBS: DILIGENCIAS PROTELATÓRIAS
OBS: MESMO APÓS O PRAZO O MP AINDA PODE OFERECER DENÚNCIA. O MP
SOMENTE PERDE O DIREITO DE OFERECER DENÚNCIA COM A PRESCRIÇÃO DO
CRIME.
OBS: O PARTICULAR TEM 06 ME SES PARA ADENTRAR COM A AÇÃO.
Ação penal ex officio: Diante da regra insculpida na Constituição, de que ação penal é de
titularidade exclusiva do Ministério Público, ficaram, então, revogados os artigos 26 e 531
(REVOGADOS) do CPP, que admitiam a ação p enal instaurada ex officio pelo delegado de polícia
e pelo magistrado, nos casos de contravenções.
b) INDISPONIBILIDADE
Desistência: trata-se de consectário lógico do princípio da obrigatoriedade. Proposta a ação
penal, dela não pode o Ministério Públic o dela desistir (art. 42 do CPP).
Recursos: Referido princípio abrange a matéria recursal, isto é, interposto o recurso, dele
também não pode o MP desistir (art. 576 do CPP).
Exceção – Supensão Condicional do Processo : A Lei dos Juizados Especiais tro uxe uma
exceção ao princípio. Trata -se do instituto da Suspensão Condicional do Processo (art. 89), que
autoriza ao MP a requerer, mesmo após o oferecimento da denúncia, o sobrestamento do Processo
nos casos ali especificados.
c) OFICIALIDADE
Órgão Oficiais: por esse princípio, os órgãos incumbidos da persecução criminal devem ser
criados pelo próprio Estado. Órgãos oficiais, portanto. Nas ações públicas incondicionadas, quem
tem a titularidade da persecutio criminis in judicio é justamente o MP.
d) AUTORITARIEDADE
Autoridade: decorre do princípio da oficialidade, devendo ser uma autoridade o encarregado de
promover a ação penal. Nesse caso, o órgão do MP.
e) OFICIOSIDADE
Iniciativa ex officio: os órgãos encarregados da persecução devem agir de o fício, sem a
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f) INDIVISIBILIDADE
Ação dirigida a todos: necessidade de a ação abranger todos aqueles que praticaram o delito.
Vingança: pelo princípio, não pode o MP, por qualquer motivo, exercer seu direito de ação
contra uns, deixando de lado outros. Seria, inclusive, uma investida ao princípio da obrigatoriedade.
Divisibilidade: há, todavia, na doutrina e na jurisprudência (principalmente nessa), opiniões no
sentido de que o princípio em vigor é o da divisibilidade, pois consoante a dicção do art. 28 do
CPP, pode o MP deixar de promover a ação penal contra certo alguém, desde que apresente
g) INTRANSCENDÊNCIA
Responsabilidade penal: a ação só pode ser proposta contra quem cometeu o delito. Ou seja , o
responsável civil, segundo nosso ordenamento jurídico, não será responsabilizado penalmente pela
infração cometida por quem ele se responsabiliza.
b) crime contra a honra de funcionário público, em razão de suas funções (art. 141, II, c/c o art. 145,
par. único);
c) ameaça (147, par. único);
d) violação de correspondência (art. 151, §4º), correspondência comercial (art. 152, par. único);
e) furto de coisa comum (art. 156, §1º);
f) tomar refeição em restaurante, alojar -se em hotel ou utilizar-se de transporte sem ter recursos (art.
176, par. único);
g) corrupção de preposto e violação de segredo de fábrica ou negócio (art. 196, §1º, X a XII, c/c o
§2º);
h) crimes contra o costume quando os pais da vítima não tiverem condições para arcar com as
E) FORMA DA REPRESENTAÇÃO
Ausência de forma específica: Embora não tenha a representação forma especial ou específica,
o CPP determina que certos preceitos sejam seguidos (art. 39).
Informalidade: O STF já determinou, em inúmeros julgados, que a representação não deve se
pautar por formalismo extremo, sendo bastante a demonstração inequívoca do ofendido de que
pretende ver o infrator proce ssado. Serve, portanto, como representação, as declarações do ofendido
apontando quem é o ofensor, o boletim de ocorrência.
Eficácia Objetiva da representação: se o ofendido ou seu representante legal representa contra
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F) DESTINATÁRIO DA REPRESENTAÇÃO
Juiz, MP e Autoridade Policial: Conforme o art. 39, caput, do CPP, a representação poderá ser
G) RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO
Deve se dar de forma expressa, apesar de existir uma corrente minoritária que admite a tácita
Até o oferecimento da denúncia: A retratação da representação só poderá ser efetuada antes do
oferecimento da denúncia (art. 25 do CPP), e somente será aceita se realiza da exatamente por quem
a fez.
Retratação da retratação: a lei processual penal não prevê tal hipótese, razão porque boa parte
da doutrina não a admite. Guilherme de Sousa Nucci, Mirabete Lauria Tucci e Damásio aceitam,
desde que dentro do prazo decadenc ial dos 06 meses para o oferecimento da representação e que se
dê de boa-fé. Tourinho Filho nega, pois, afirma que a retratação tem o mesmo efeito do perdão
judicial, logo extingue a punibilidade.
H) NÃO-VINCULAÇÃO DO MP À REPRESENTAÇÃO
Opinio delicti: feita a representação, não significa que a ação penal será obrigatoriamente
proposta. Deverá o órgão do MP debruçar -se sobre os elementos de informação existentes e formar
sua convicção. Dependendo do caso, poderá requisitar diligências à autoridade polic ial, propor a
ação penal ou, até mesmo, requerer o arquivamento das peças de informação.
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C) RETRATAÇÃO DA REQUISIÇÃO
A Requisição é irretratável, justamente porque a lei não prevê o instituto, ao contrário do que
faz expressamente com a representação do ofendido (art. 25 do CPP).
OBS: Guilherme de Sousa Nucc i aceita, entendendo ser possível aceita -la por analogia.
D) NÃO-VINCULAÇÃO DO MP À REQUISIÇÃO
Da mesma forma com o que ocorre com a representação do ofendido, não há qualquer
obrigatoriedade do órgão do MP em propor a ação penal só porque houve a requi sição do Ministro
da Justiça.
A opinio delicti continua sendo de exclusividade do MP que, conforme sua convicção, instaurará
a ação penal, requisitará diligências, ou, até mesmo, poderá pedir o arquivamento do inquérito.
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G) DESTINATÁRIO DA REQUISIÇÃO
O Ministério Público, por ser o titular da ação penal, é o destinatário da requisição.
6.1) CONCEITO
Como se sabe, o Estado é o exclusivo titular do jus puniendi.
Na ação privada, o Estado transfere a legitimidade para propor a ação à vítima ou ao seu
representante legal.
Ação Privada x Ação Pública: A diferença fundamental entre ambas está na legitimidade
ativa.
Ação penal pública: legitimidade ativa é do MP.
A ação Penal privada: a legitimidade é do ofendido ou do seu representante legal.
Jus puniendi do Estado: Registre-se que o Estado continua sendo o titular do jus puniendi, só
que, por questões de política criminal, outorga ao particular o direito de ação.
Substituição processual: Ocorre, no caso, uma legitimação extraordinária, uma substituição
processual.
6.2) FUNDAMENTO
Strepitus Judicii: impedir que o escândalo do processo cause ao ofendido um mal ainda maior
que a eventual impunidade do infrator.
6.3) TITULAR
Regra geral: na dicção do art. 100, §2° do CP, o titular do direito de queixa pertence ao
ofendido ou ao seu representante legal.
Art. 33 do CPP: Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado
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mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de
queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do
Ministério Público, pelo Juiz competente para o processo penal.
Art. 31 do CPP: No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial,
o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão
A doutrina e a jurisprudência tem considerado o rol do art. 31 taxativo, não podendo ser
ampliado para, por exemplo, incluir o curador do ausente ou o amásio da ofendida.
Art. 37 do CPP: As fundações, associações, ou sociedades legalmente constituídas poderão
interpor ação penal, devendo ser representadas p or quem os respectivos contratos ou estatutos
designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores e sócios -gerentes.
De se salientar, conforme maciço entendimento doutrinário e jurisprudencial, que o art. 35, que
a) OPORTUNIDADE OU CONVENIÊNCIA:
O ofendido pode escolher entre propor ou não a respectiva ação penal, de acordo com suas
conveniências e interesses pessoais.
Decadência e Renúncia: formas pelas quais o ofendido deixa de propor a ação penal privada.
b) DISPONIBILIDADE:
Ao contrário da ação pública, o ofendido tem a fa culdade de escolher se deseja ou não prosseguir
com a ação penal.
Perdão e Perempção: forma pela quais o ofendido poderá dispor da ação penal privada.
Perdão aceito: o perdão, para surtir efeito, precisa ser aceito.
Extinção da punibilidade: aceito o perdão ou ocorrida a perempção, extingue -se a punibilidade
do agente
c) INDIVISIBILIDADE: o ofendido pode escolher, apenas, entre propor ou não a ação penal. (Art.
48 e 49 do CPP)
Contra todos: optando pela queixa, deverá dirigi -la contra todos os ofensores, não podendo,
assim, escolher somente um ou alguns para processar
Aditamento da queixa pelo MP - Impossibilidade: O MP, nos crimes de ação penal privada,
não poderá aditar a queixa para incluir co -autores ou partícipes, pois lhe falta legitimidad e ativa
para tanto.
Aditamento da queixa pelo MP - Possibilidade: só será possível para incluir dados
importantes, mas não essenciais como data do fato, qualificação precisa do querelado etc. Esse, sim,
o verdadeiro teor do art. 45.
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C) SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA
Cabimento: Se o MP, nos crimes de ação pública condicionada e incondiciona da não oferecer a
respectiva denúncia no prazo legal, o ofendido poderá, em seu lugar, apresentar a queixa -crime
(arts. 5°, LIX, e 129, I da CF).
Inércia do MP: a queixa só terá lugar no caso de inércia do MP. Assim, na hipótese de
requerimento de arquivamento do inquérito ou de requisição de diligências investigatórias não há
que se falar em “queixa subsidiária”.
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