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A EXECUÇÃO EM GERAL
Humberto Theodoro Jr, citando Couture: “na ordem jurídica, execução sem
conhecimento é arbitrariedade; conhecimento sem possibilidade de
executar a decisão significa tornar ilusórios os fins da função jurisdicional”.
A obrigatoriedade da conexão entre conhecer e executar, contudo, não
exclui a possibilidade de admitir-se o conhecimento do direito subjetivo do
credor operado em vias extraprocessuais. Assim é que existem
procedimentos, fora do campo do processo judicial, que geram título
executivo equivalente à sentença condenatória. De qualquer maneira, no
entanto, as duas atividades, de conhecer e executar, estarão ainda
conectadas, sendo, outrossim, de notar que o título executivo extrajudicial é
exceção que só vigora mediante expressa permissão em texto específico de
lei. O fato de existir título extrajudicial em favor do credor, mesmo
autorizando o acesso imediato à execução forçada, não elimina a eventual
discussão e acertamento a respeito do crédito exeqüendo, por provocação
incidental do devedor por meio de embargos.
• PRINCÍPIOS
I – O princípio do título:
Que muito embora a lei 11.382/06 tenha revogado o art. 583 CPC, este
permanece. Com efeito o processo de execução deve necessariamente
arrimar-se num título (art. 580), assim reconhecido o documento que
segundo normas legais, declara ou reconhece, o direito do credor.
II – Princípio da patrimonialidade:
IV – Princípio da satisfação:
V – Princípio da disponibilidade:
AULA 3
Inadimplência do Devedor
Inadimplência do devedor
Segundo o art. 580 do CPC, com a redação que lhe deu a Lei 11.382/06, se
caracteriza quando o devedor não satisfaz espontaneamente
obrigação certa, líquida e exigível. Com efeito, da inadimplência do
devedor surge o interesse de agir para o credor. Neste sentido, a norma do
art. 581 do CPC, que declara que “o credor não poderá iniciar a execução,
ou nela prosseguir, se o devedor cumprir a obrigação; mas poderá recusar o
recebimento da prestação, estabelecida no título executivo, se ela não
corresponder ao direito ou à obrigação; caso em que requererá ao juiz a
execução, ressalvado ao devedor o direito de embargá-la”.
Inadimplência do devedor
TÍTULO EXECUTIVO
TÍTULO EXECUTIVO
Título executivo pode ser conceituado como o documento que,
regularmente constituído, legitima o credor de uma obrigação
líquida, certa e exigível, a promover o processo de execução (art.
580, CPC), ou a iniciar a fase executiva do processo de
conhecimento (arts. 475-1 e 475-N, CPC). Deve-se ressaltar, inclusive,
que o processo de execução pode estar fundado em mais de um título.
Neste sentido, a Súmula 27 do STJ: “Pode a execução fundar-se em mais
de um título extrajudicial relativos ao mesmo negócio.”
TÍTULO EXECUTIVO
No mesmo diapasão declara ainda o CPC, art. 618, 1, que é nula a execução
se o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa,
líquida e exigível.
AULA 4
Títulos Executivos
VIII - todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir
força executiva.