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ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Salvador
2007
FICHA CATALOGRÁFICA
Andrade, Carlos Eduardo de Lima.
2
Dedicatória
Esta Monografia é dedicada à minha família, principal motivo da razão do
meu viver e que me ensinou a ser um homem de bem.
3
Agradecimentos
4
RESUMO
para a sociedade.
5
ABSTRACT
The Impact caused for one employment-related accident has been a subject,
Security of the Work. In the decades of 70 and 80 it was said that the country
and damages for the families and companies. This research aims at to present
how much it represents the costs with industrial accidents and some of its
6
LISTA DE TABELAS
Tabela A 31
Tabela B 36
Tabela C 37
Tabela D 38
Tabela E 54
Tabela F 55
PIB no Brasil
vii
LISTA DE GRÁFICOS
décadas de 70 e 80. 34
décadas de 70 e 80. 35
em bilhões R$ 54
viii
SUMÁRIO
Capítulo 1
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 11
1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA DA PESQUISA ................................................................................................ 13
1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................................................. 14
1.3 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................................... 14
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................................................................... 15
1.5 METODOLOGIA ................................................................................................................................. 15
Capítulo 2
Capítulo 3
ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
UF – Unidade da Federação
Medicina do Trabalho
10
CAPÍTULO 1
1 INTRODUÇÃO
economia nacional.
11
Na verdade, o crescimento tecnológico experimentado pela humanidade nas
Não podemos esquecer que por mais automatizadas que sejam as indústrias, a
processo produtivo.
12
A Indústria pode modernizar-se, elaborar novas estratégias, reformular
O homem desde os primórdios da civilização convive lado a lado com uns dos
13
1.2 Estrutura do Trabalho
• Conclusões e Recomendações
• Referências
14
1.4 Objetivos Específicos
de trabalho.
nação.
1.5 Metodologia
2006.
15
CAPÍTULO 2
2 ACIDENTES DO TRABALHO
final do produto.
ambiente. Afirma BAMPI (2004), que os critérios de cálculo dos custos dos
16
Os custos dos acidentes só existem quando a SST é tratada de forma
sistema deve sofrer ao longo de sua vida útil e finalizando na análise relativa ao
17
Graças ao intenso trabalho de alguns técnicos e organizações, atualmente tem
perfeita, uma estratégia que seja eficaz, barata e rápida de ser implementada e
empresa.
18
Nesta filosofia, se cada um buscar manter um comportamento consciente na
ambiente.
com renda mal distribuída e marcada pela violência, não é um ambiente próprio
aos negócios.
Diante desse quadro, a sociedade como um todo precisa mudar. E o papel que
(2004).
19
A questão dos acidentes é considerada como um dos elementos que integram
2.1 Histórico
ocupações.
trabalho, porém, não havia relações trabalhistas, e também não havia nenhuma
20
melhores máquinas que acompanhassem a industrialização, incorporando
2.2 Legislação
21
A primeira lei de acidentes do trabalho: Decreto Legislativo nº 3724, de 15 de
janeiro de 1919:
22
• Estabelecia a obrigação de pagamento, mas não a do seguro
obrigatório;
Segundo este decreto, além de ser responsável pela adoção e uso de medidas
econômica.
23
A estrutura legal para acidentes de trabalho no Brasil está dividida em duas
da Previdência Social.
A área preventiva cabe estabelecer regras gerais que garanta a realização das
1978.
24
Na área reparatória, cabe a Previdência Social a responsabilidade do registro e
25
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os
sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel
cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o
Regulamento.
1. “O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou
perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija
atenção médica para a sua recuperação;
26
• Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou
decorrentes de força maior;
27
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da
satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou
durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
só, torna-se possível priorizar as ações. A avaliação, por sua vez, baseia-se
28
Quanto mais ágil for a análise e mais curto o período entre a ocorrência e o
29
Genericamente, o termo “número de acidentes” inclui: o acidente típico, no
acidente. No ano de 1972 este índice foi ainda mais alto, cerca de 18,5%.
30
Com números tão alarmantes ficou evidenciada a necessidade de ações para
tentar reverter índices. Na época, foram criadas várias regras para promover a
Nº de Nº de
Trabalhadores
Ano Doenças Acidentes Acid/100.000 Óbitos Óbitos/100.000
Segurados
Trabalhadores Trabalhadores
1970 7.284.022 5.937 1.220.111 16.751 2.232 31
1971 7.553.472 4.050 1.330.523 17.615 2.587 34
1972 8.148.987 2.016 1.504.723 18.465 2.854 35
1973 10.956.956 1.784 1.632.696 14.901 3.173 29
1974 11.537.024 1.839 1.796.761 15.574 3.833 33
1975 12.996.796 2.191 1.916.187 14.744 4.001 31
1976 14.945.489 2.598 1.743.825 11.668 3.900 26
1977 16.589.605 3.013 1.614.750 9.734 4.445 27
1978 16.638.799 5.016 1.551.461 9.324 4.342 26
1979 17.637.127 3.823 1.444.627 8.191 4.673 26
Média 70 12.428.828 3.277 1.575.566 13.697 3.604 30
1980 18.686.355 3.713 1.464.211 7.836 4.824 26
1981 19.188.536 3.204 1.270.465 6.621 4.808 25
1982 19.476.362 2.766 1.178.472 6.051 4.496 23
1983 19.671.128 3.016 1.003.115 5.099 4.214 21
1984 19.673.915 3.233 961.575 4.888 4.508 23
1985 21.151.994 4.006 1.077.861 5.096 4.384 21
1986 22.163.827 6.014 1.207.859 5.450 4.578 21
1987 22.617.787 6.382 1.137.124 5.028 5.738 25
1988 23.661.579 5.025 991.581 4.191 4.616 20
1989 24.486.553 4.838 888.443 3.628 4.554 19
Média 80 21.077.804 4.220 1.118.071 5.304 4.672 22
Fonte: Anuário Estatístico da previdência social. Pesquisado em www.previdencia.gov.br em
26/03/2008.
31
Na década de 80 ocorreu uma redução significativa dos acidentes do trabalho.
trabalhadores de 5,3%.
mortos por acidentes do trabalho, para cada grupo de cem mil trabalhadores,
32
Gráfico A1 – Acidentes relacionados ao trabalho por cem mil
33
Gráfico A2 – Óbitos relacionados ao trabalho por cem mil
A redução do número de acidentes por cem mil trabalhadores foi bem mais
34
Comparando-se os dados da década de 70 e 80 com a tabela B, que apresenta
ocorrências.
1998 414.341
1999 387.820
2000 414.341
2001 387.820
2002 363.868
2003 340.251
2004 393.071
2005 499.680
2006 503.890
Fonte: www.dataprev.com.br. Pesquisado em 25/03/2008.
35
Apresentamos no gráfico B, o número de acidentes registrados oficialmente a
36
Tabela C – Resumo dos Acidentes do Trabalho
Brasil 503.890
Norte 19.888
Nordeste 52.415
Sudeste 287.918
1-MG 51.858
2-ES 11.842
3-RJ 35.741
4-SP 188.477
Sul 110.768
5-PR 36.995
6-SC 30.432
7-RS 43.341
Centro- Oeste 32.901
Fonte: www.dataprev.com.br. Pesquisado em 25/03/2008.
37
A tabela D juntamente com o gráfico D, apresenta os dados referentes aos
Quantidade de
Motivo Percentual
Acidentes
Nos números dos acidentes do trabalho por motivo no ano de 2006, chama
38
O gráfico D ilustra os dados da tabela D, de forma a possibilitar uma melhor
trabalho por motivo típico apresenta um valor tão alto, que chega a ser bem
39
2.4 Evolução da Legislação Brasileira sobre a SAT
40
Ainda no ano de 1967, institui-se a Lei 5.316, de 14 de setembro de 1967. Essa
suas causas.
Social – FAS.
41
Em seguida, vieram, respectivamente, as Leis n° 8.212/8.213, de 24/07/91 e
(Lei nº 10.666/03).
administrativos.
42
Por último veio a lei º 10.666 de 8 de maio de 2003 que flexibilizou as alíquotas
43
CAPÍTULO 3
conceitos;
do referido custo.
44
Atualmente não existe uma única classificação a respeito da análise de custos,
embora uma situação típica seja listar os custos diretos como aqueles que
los como indiretos. A seguir será apresentada uma classificação aceita pela
que gera e os canais pelos quais eles são liquidados, não é surpreendente que
não existam duas listas iguais de custos diretos e indiretos. Embora não
45
a) Perda de Produção – perda imediata de matéria-prima ou de produto. A
considerada.
CS = SC x SAT
atendimento, tempo gasto em curativos etc.), no dia do acidente e nos 150 dias
46
3.2 Custos Indiretos
Custos indiretos são mais difíceis de serem avaliados e devem ser estudados
alguém se preocupe em avaliar qual seria a vida útil normal da máquina e qual
O custo indireto também pode ser subdividido em custo para a empresa, para o
47
b) Salários pagos por trabalhos em horas extras – em virtude do acidente,
em horas extras.
48
d) Salários pagos para trabalhos realizados durante o tempo gasto na
preventivas e corretivas.
adicional de salário.
49
g) Despesas com a justiça – as reclamações trabalhistas relacionadas aos
Existem hoje diversos modelos para levantamento dos custos dos acidentes do
Ce = C – i
50
Onde:
C = Custo do Acidente
Líquido)
e:
C = C1 + C2 + C3
Onde:
51
A prática tem demonstrado que a parcela C1 é facilmente calculada, já as
obtenção.
Camaçari
elaborou uma proposta para o registro dos custos dos acidentes de todas as
empresas do complexo.
prevenção.
52
Esta Norma não altera ou substitui as obrigações legais das empresas junto
(SAT) anualmente
53
Tabela E – Custo da Previdência em R$ com benefícios do Acidente do
Trabalho*
Custo da Previdência em R$
do Trabalho*
2000 2.190.276.000,00
2001 2.450.441.557,73
2002 2.953.688.290,00
2003 3.578.067.702,00
Pastore (2001).
em bilhões R$
Previdência
2,50 Social
Empresas
5,00 Família
Recuperação,
reintegração
2,50
10,00
54
E afinal, quanto custa o acidente do trabalho no Brasil? Isto pode ser verificado,
produzidas pelo país. No anexo A, temos o quadro com PIB do Brasil entre
1994 e 2004.
Esta relação indica que foi gasto com acidentes do trabalho no Brasil em 2001,
55
4 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
monografia contribui com esta, que é uma área muito cogitada, mas que
custos dos acidentes do trabalho. Mesmo nas empresas que apresentam certa
56
É importante, realizar-se também outras pesquisas com foco no registro dos
econômica. Isto irá trazer mais informação e mais subsídios para organizações
Os números atuais não são favoráveis. Anos serão necessários para termos
responsáveis e lucrativas.
57
5 REFERÊNCIAS
ALLI, Benjamin O. Fundamental Principles of Occupational Health
and Safety. Geneva: International Labors Office – ILO. 2001.
58