TRATAMENTO ANTICORROSIVO
MARINHA DO BRASIL
2017
OSTENSIVO CIAAN-0401
TRATAMENTO ANTICORROSIVO
MARINHA DO BRASIL
2017
FINALIDADE: DIDÁTICA
4ª REVISÃO
I
OSTENSIVO CIAAN-0401
ATO DE APROVAÇÃO
AUTENTICADO RUBRICA
PELO ORC
Em_______/_______/_______ CARIMBO
EXPEDIENTE
NÚMERO QUE A RUBRICA DO
PÁGINA (S) DATA DA
DA DETERMINOU OFICIAL QUE
AFETADA (S) INTRODUÇÃO
MODIFICAÇÃO E RESPECTIVA INSERIU
DATA
INDICE
PÁGINAS
Capa................................................................................................................
Folha de Rosto................................................................................................
Ato de Aprovação........................................................................................... II
Folha Registro de Alterações.......................................................................... III
Índice ............................................................................................................. IV
Introdução....................................................................................................... VIII
CAPÍTULO 7 - ULTRASSOM
7.1 - Histórico....................................................................................... 7-1
7.2 - Conceito de onda............................................................................ 7-1
7.3 – Propagação de ondas................................................................. 7-2
7.4 – Natureza das ondas........................................................................ 7-2
7.5 – Ondas sonoras............................................................................... 7-2
7.6 - Ensaio por ultrassom..................................................................... 7-3
CAPÍTULO 8 - ENSAIO POR PARTÍCULAS MAGNÉTICAS
8.1 - Inspeção por partículas magnéticas....................................................... 8-1
8.2 - Desenvolvimentos de indicações................................................................ 8-1
8.3 - Tipos de corte revelados.................................................................................. 8-2
8.4 - Preparação das peças para testes....................................................................... 8-3
8-5 – Efeito da direção do fluxo........................................................................... 8-3
8-6 - Equipamentos de magnetização............................................................ 8-5
INTRODUÇÃO
ÍONS
São átomos eletricamente desequilibrados.
Positivo Cátions
Íon
Negativo Ânion
1.ª K 2
2.ª L 8
3.ª M 18
4.ª N 32
5.ª O 32
6.ª P 18
7.ª Q 8
NÚMERO ATÔMICO
Simbolizado pela letra Z, é igual ao número de prótons do núcleo.
Z = n0 de prótons
NÚMERO DE MASSA
É a soma de prótons e nêutrons. É simbolizado pela letra A.
Z+N=A
MASSA ATÔMICA
É a massa de um átomo relacionada com um padrão definido, nesse caso, o CARBONO
12.
REPRESENTAÇÃO DA ELETROVALÊNCIA.
ELEMENTO ELETRÓNS VALÊNCIA REPRESENTAÇÃO
Na 1 +1 Na
Ca 2 +2 Ca
Al 3 +3 Al
ÁTOMOS ESTÁVEIS - são átomos que possuem 8 (oito) elétrons na sua última camada,
com exceção do gás hélio que possui a camada K com dois elétrons.
Ex: Neônio - K = 2, L = 8
ÁTOMOS INSTÁVEIS - são átomos que não possuem 8 (oito) elétrons na última camada
eletrônica.
Ex: Carbono - K = 2, L = 4
Ex: 2+ 0
Cu + 2e Cu
+2 0 diminuição do NOX
Resumo:
Oxidação = perda de elétrons = aumento do nox
Redução = ganho de elétrons = diminuição do nox
Resumidamente, temos:
1.3.2 - Os ácidos
São compostos moleculares que se dissociam em íons em solução aquosa.
São capazes de conduzir corrente elétrica, e como exemplo podemos citar o Ácido
Clorídrico, Ácido Bórico, Ácido Fórmico, etc. Estes possuem hidrogênio que é
liberado como cátion quando dissolvidos. Os elementos que formam ácidos se formam
por ligações covalentes e ganham elétrons. Entre suas principais características, estão
o sabor azedo, como o do limão, por exemplo. Boa condução da eletricidade, e a
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alteração da cor dos indicadores, que são substâncias que tem propriedade de mudar a
cor para identificar caráter ácido ou básico da solução. Quando em solução aquosa se
ionizam, dando origem a íons, produzindo como cátion, o hidrogênio (H).
Ex: HBr H + Br
1.3.3 - As bases
As substâncias que apresentam o grupo hidroxila (OH) -1 ligado a metais,
são as bases. Chamadas de hidróxidos, as bases são compostos iônicos que liberam
ânion (OH) - em solução quando em contato com a água. Podemos citar como
exemplos o hidróxido de amônio, cal hidratada, etc.
Entre suas principais características encontramos os sabores adstringentes, a
boa condução da eletricidade quando em solução, a coloração avermelhada com a
fenolftaleína incolor. Reagem com os ácidos e produzem sal e água.
Também chamadas de hidróxido, quando dissolvidos em água, sofrem dissociação
iônica, produzindo como ânion, o OH (Hidroxila).
H2O
Ex: Na OH Na + OH
1.3.4 - Os sais
Quando formadas por compostos iônicos com cátion diferente de H+ e um
ânion diferente de (OH) -, as substâncias são classificadas como sais, que podem ser
obtidos pela união de ácidos e bases. Como exemplo, citamos o sal de cozinha (NaCl),
o gesso (CaSO4), o mármore (CaCO3), entre outros. Estes possuem sabor salgado,
conduzem bem a eletricidade quando em solução e são obtidas pelas reações químicas
de ácidos com bases, conhecidas como reação de neutralização ou ainda de salificação.
Produto resultante da combinação de um ácido com uma base.
Ex: HCl + NaOH NaCl + H2O
1.3.5 - Os óxidos
São chamados de óxidos os compostos que são formados por dois
elementos químicos diferentes, que podem ser também chamados de compostos
binários. Os óxidos se formam pela combinação do oxigênio com quase todos os
elementos da tabela periódica, tendo apenas como padrão a presença do oxigênio.
Alguns exemplos de óxidos são a água e gás carbônico.
São compostos binários, isto é, formados pela combinação de dois elementos,
sendo um deles o oxigênio.
Cladding
Cathode Anode
Introdução direta de água pelo equipamento abastecedor, caso este não seja
adequadamente mantido e controlado;
Penetração de água da chuva pelo bocal de abastecimento em caso de deterioração da
vedação e, eventualmente, maus-tratos na tampa, ou mesmo em abastecimentos efetuados
durante a chuva sem os devidos cuidados.
Nota: Além de corrosão no interior dos tanques de combustível, os
microrganismos poderão causar também entupimento dos filtros e, quando as colônias de
microrganismos se concentram entre as placas de um transmissor do liquidômetro tipo
capacitância, modificam suas características, provocando indicações falsas, ou mesmo não
indicando.
Gases dissolvidos: oxigênio (O2), dióxido de carbono (CO2 - gás carbônico), amônia
(NH3), dióxido de enxofre (SO2), etc.
Lave com água e seque com uma camurça, pano sintético para uso em para-brisa
de plástico ou algodão absorvente. Como superfície é macia, não esfregue o plástico com um
pano seco para não arranhar e não criar uma carga eletrostática que atrai partículas de pó para
a superfície. Remova a carga elétrica e a sujeira batendo levemente com uma camurça limpa e
úmida. Não use saponáceo ou outro material que possa arranhar o plástico. Remova óleo e
graxa esfregando levemente um pano molhado com água e sabão. Não use acetona, benzeno,
carbono tetracloreto, diluidores de laca, sprays para limpeza de janelas, gasolina, extintores de
incêndio ou fluido descongelante porque essas substâncias podem amolecer o plástico e
causam rachaduras. Finalize a limpeza do plástico com um polimento próprio para janelas e
para-brisa de aeronave. Este polimento pode minimizar pequenos arranhões e também ajudam
a evitar a estática nas janelas.
Óleo, fluído hidráulico, graxa ou combustível pode ser removido dos pneus
lavando com água e sabão. Após a limpeza, lubrifique todos os encaixes com graxa,
dobradiça, assim por diante, nas partes onde houve remoção de contaminantes, ou diluição
da graxa durante a lavagem da aeronave.
2.5.4 - Limpeza Interna
Manter o interior da aeronave limpo é tão importante quanto manter a limpeza da
superfície externa. A corrosão pode se estabelecer em maior grau no interior da estrutura devido
a dificuldade de alcance de certas áreas para a limpeza. Porcas, parafusos, pedaços de fios, ou
outros objetos que descuidadamente possam ter sido derrubados, combinados com a umidade e o
contato de metais diferentes pode causar corrosão eletrolítica.
Ao realizar serviços estruturais no interior da aeronave deve-se limpar
completamente para que não fiquem partículas de metal ou outros resíduos. Para facilitar a
limpeza e evitar que essas partículas entrem em lugares inacessíveis use um pano na área de
trabalho para conter a sujeira. Use um aspirador de pó para remover a poeira e sujeira do
interior da aeronave e cabine.
e) Tratamento do Titânio
O titânio e suas ligas têm numerosos empregos em aeronaves, principalmente
em locais sujeitos a temperaturas elevadas. Mesmo a estas temperaturas, o titânio e suas ligas
conservam a sua resistência à corrosão, formando películas protetoras que variam de cor com
a variação de temperatura. O titânio também não requer tratamentos especiais, por si só ele
promove a sua própria proteção.
3.2.2 Eletrodeposição ou galvanização
É o processo que consiste em dar um revestimento metálico a uma peça,
colocando-a como catodo em um circuito de eletrólise. Este processo também é conhecido
por “Processo Galvanostégico”, bem como “Banho Galvânico”.
A denominação “Galvanização” é uma homenagem ao médico e cientista italiano
“LUIGI GALVANI” (1786). Dentre os processos galvanostégicos podemos citar:
niquelagem, cadmiagem e cromagem.
A eletrodeposição é mais utilizada no ferro e no aço-carbono, que são os
materiais de uso mais comum na fabricação de parafusos, porcas, arruelas, suportes e
possuem uma série de outras aplicações. São geralmente revestidos com banho de cádmio,
níquel, cromo, zinco, com a finalidade de protegê-los da ação corrosiva de vários meios onde
serão utilizados.
O uso de fosfatizantes à base de ácido fosfórico (fosfatização), também é
recomendado. Após o tratamento com essa solução fosfórica, aplica-se a pintura.
a) Niquelagem
É um dos banhos galvânicos mais utilizados, apesar de oferecer muitas
dificuldades na sua aplicação se o operador não estiver perfeitamente familiarizado com
b) Cadmiagem
A principal finalidade do banho de cádmio é proteger o aço e o ferro fundido
contra a corrosão atmosférica. O cádmio é anódico em relação ao ferro e protege o
material base da corrosão por anodo de sacrifício.
Utiliza-se uma cuba apropriada, para colocar as peças previamente
desengorduradas e limpas, suspensas de um dos eletrodos, ao passo que o outro eletrodo será
uma peça de cádmio. A solução do banho de cádmio é composta de cianeto de sódio,
hidróxido de sódio, óxido de cádmio e carbonato de sódio, a uma temperatura que varia
entre 18ºC a 35ºC. Concentrações muito elevadas de carbonato inibem a eficiência do banho.
As camadas de cádmio são isentas de poros, razão por que uma camada muito fina é suficiente.
As ligas de cádmio são venenosas; por isso os objetos com camadas de cádmio não
devem ser usados para conter comestíveis.
c) Cromagem
O cromo tem muitas aplicações que se dividem em duas categorias: Decorativa
e Industrial (cromo duro). O banho convencional de cromo é composto de ácido crômico e
ácido sulfúrico na razão de 85L / 5L. Durante o banho o ácido crômico é reduzido à cromo
trivalente, mas é oxidado no dióxido de chumbo formado na superfície do anodo. São
utilizadas temperaturas entre 52ºC e 57ºC.
3.2.3 Tratamento misto
Após aplicação do revestimento inorgânico deve-se aplicar o revestimento
misto, que consiste basicamente em tintas, vernizes e primers. Esses produtos possuem a
parte orgânica (resina animal ou vegetal) e a parte inorgânica (ácidos e metais). Entre as
tintas de formulação especificamente anticorrosivas destacam-se as tintas à base de pó de
zinco, chamadas também de cromato de zinco e o Wash Primer.
a) Cromato de Zinco
São as tintas de melhor desempenho no combate à corrosão, excetuando-se
em meios ácidos e alcalinos. A característica principal deste produto é o seu alto teor de
zinco metálico em forma de pó muito fino. Geralmente contém de 90 a 95% de zinco na
película seca, sendo o resto um veículo selecionado, de alta resistência química e produtos
VII - Cabine pressurizada - nos aviões que possuem cabine pressurizada, a corrosão é
encontrada na junção dos painéis devido à presença de umidade e o não uso de um selante
anticorrosivo adequado.
VIII - Partes estruturais de ligas de alumínio - perfis utilizados nas longarinas das asas e
outras partes estruturais feitas de ligas de alumínio tratáveis termicamente, de alta
resistência, são suscetíveis, como já foi visto, de corrosão intergranular, do tipo esfoliação.
Costumam surgir nas bordas dos furos e quinas dos perfis. São identificáveis, no início,
devido ao inchamento que apresenta sob a pintura. Não há ainda um meio prático de
controlar este tipo de corrosão.
IX - Outras áreas preferenciais - área em torno de costuras, nas partes sobrepostas das
juntas e áreas onde se acumulam areia, sujeira, fuligem ou, ainda, restos de material de
limpeza.
Particular atenção deve ser dada aos locais onde a umidade não evapora com
rapidez, como, por exemplo, nas proximidades dos furos dos drenos, em consequência de
produtos que escoam por eles ou devido ao acúmulo causado por entupimentos.
X - Tanques integrais de combustível - nos aviões que possuem este tipo de tanque, a
corrosão se dá pela presença de microrganismos como bactérias e fungos provenientes da
água formada nos tanques devido à condensação da umidade, pela ferrugem que é enviada
pelas tubulações dos tanques de armazenagem ou caminhões tanques, combustível em
tambores contaminados e pela poeira que se acumula nos bocais dos tanques. Para se evitar a
corrosão por microrganismos devemos considerar cinco itens básicos:
Drenagens constantes e sistemáticas dos tanques - realizada periodicamente na
inspeção de pré-vôo.
Verificação da concentração de água no combustível - utiliza-se o produto HIDROKIT
da Esso ou da SHELL (figura 3-3). Como descrito abaixo:
I. recolher uma amostra de combustível num recipiente de vidro apropriado,
absolutamente limpo e seco;
II. no caso do Hidrokit Esso injetar 10 ml no frasco contendo o pó branco (detector) e
agitar 14 segundos, mantenha o recipiente em observação; se dentro de dois minutos não
houver mudança de cor do pó branco, (de branco para rosa ou vermelho), a amostra contém
menos de 30ppm. Desconsiderar qualquer mudança de cor que ocorra após os dois minutos.
III. para o Hidrokit SHELL fazer passar o combustível através da cápsula detectora com
auxílio de uma seringa. Se dentro de dois minutos não houver mudança de cor da cápsula
de verde para azul-escuro, a amostra contém menos de 30ppm. Desconsiderar qualquer
c) Agite bem os dois vidros e guarde-os sob temperatura ambiente, de preferência em lugar
escuro;
d) Se o combustível estiver contaminado, o conteúdo do vidro “A” passará de rosa a
vermelho num período de 24 a 48 horas. As observações, entretanto, devem continuar por
uma semana;
e) Os vidros devem ser agitados pelo menos uma vez ao dia, para que os resultados
ocorram mais rapidamente;
f) As colônias poderão se desenvolver até no máximo uma semana. A razão de
crescimento depende do grau de contaminação, dos tipos de microrganismos e na
técnica de coleta da amostra (a população de microrganismo é maior na água e na interface).
Em qualquer caso, entretanto, o vidro “A” poder ser rapidamente comparado
ao vidro “B”, permitindo dessa forma uma avaliação progressiva da amostra. Caso o
a) Procedimentos de rotina
São medidas que devem ser adotadas, visando uma constante atuação da
manutenção, no combate à corrosão. Algumas das medidas são:
Verificação detalhada quanto a falhas dos revestimentos protetores;
Retoques antecipados da pintura das áreas danificadas;
Lubrificação periódica;
Uso de revestimentos protetores suplementares de acordo com as necessidades;
Drenagem adequada das cavidades internas e áreas de retenção de umidade pela
conservação dos orifícios de escoamento desobstruídos;
Drenagem diária dos tanques de combustível para remoção de água acumulada e outras
substâncias estranhas;
Proteção do equipamento contra água, poeira, etc., durante mau tempo, por meio de
capas e protetores; e
Uso de inibidores de corrosão, desde que especificados.
CAPÍTULO 4
REVESTIMENTO NÃO METÁLICO ORGÂNICO
qual foi aplicada, ficando aderido quimicamente. Ao contrário dos fosfatizantes este produto é
formador de filmes.
Suas principais vantagens são: a secagem rápida, aderência e dureza superficial,
aliada a uma permanente elasticidade da película. O wash primer não confere proteção
quando usado isoladamente, mas aumenta a aderência da camada posterior das tintas sobre
os metais não ferrosos, tais como alumínio e zinco, pois estes metais apresentam problemas
de descascamento quando pintado sem uso de um wash primer.
Antes da aplicação, a resina deve ser misturada com o catalisador, na proporção
prevista pelo fabricante. A boa adesão do wash primer, sobre qualquer superfície,
depende muito da preparação e limpeza, devendo estar isenta de óleo, graxa ou produtos de
corrosão. A aplicação deve ser feita preferencialmente com pistola, para evitar a formação de
um filme com espessura acima do recomendado. Em regiões onde a umidade do ar é alta, a
secagem deve ser feita com o uso de estufas.
4.2.1 - Composição básica das tintas
As tintas são composições líquidas ou pastosas capazes de formar película após a
secagem ou cura. Apresentam constituintes que são considerados básicos porque aparecem
necessariamente numa tinta completa. Também podem apresentar constituintes considerados
eventuais ou aditivos que são incorporados apenas a alguns tipos de tintas para conferir
propriedades especiais.
Volátil (solvente)
Veículo
Não volátil (resina)
Inerte (carga)
colorido
Pigmento metálico
anticorrosivo
Ativo
outros
Secante
Plastificante
antimofo
Aditivos antisedimentante
nivelante
dispersante
antiespumante e outros
Pigmentos anticorrosivo
Ex: Pó de zinco, zarcão (óxido vermelho de chumbo), cromato de zinco; etc.
Pigmentos coloridos
Ex: dióxido de titânio (branco); amarelo de cromo (amarelo); óxido de ferro (vermelho);
verde de cromo (verde); pó de alumínio (metalizado); óxido de ferro preto (preto).
Outros pigmentos
I- Perolados - pigmentos que deixam a tinta com aspecto acetinado de pérolas. Podem ser
carbonatos de chumbo ou de bismuto. O efeito é obtido quando a luz incidente é parte
refletida e parte refratada pelo arranjo estrutural de diversas camadas do pigmento.
II - Fluorescente - estes pigmentos emitem radiação luminosa no espectro visível quanto
encontram-se sob a ação de uma radiação ultravioleta.
III - Fosforescente - Estes pigmentos emitem radiação luminosa durante um determinado
período, após ter cessada a fonte excitadora (luz incidente). São, geralmente, constituídos por
sulfetos de zinco, de cálcio, de estrôncio, etc.
IV - Radioativos ou luminescentes - São pigmentos constituídos por sais de rádio, tório e
outros radioativos, misturados aos pigmentos fluorescentes ou fosforescentes. Não necessitam
de fonte excitadora externa como a luz, pois esta função é exercida pelos pigmentos
radioativos. Desta forma, a luminescência é permanente.
V) Anti-incrustrante (antifouling) - são pigmentos utilizados em tintas que, por serem
venenosas, não permitem que os organismos marinhos como cracas, mariscos, corais, ostras e
algas venham aderir aos cascos das embarcações, causando problemas de aumento de peso e
atrito com conseqüente diminuição da velocidade e maior consumo de combustível. Estes
pigmentos são compostos de mercúrio ou de cobre, como por exemplo, o óxido cuproso.
Sua ação se baseia na lixiviação dos compostos venenosos pela água do mar, formando uma
camada junto ao casco que impede a aderência dos organismos vivos. A tinta vai perdendo a
eficiência com o tempo e é necessário a repintura periódica, que é executada em um dique
seco, onde o casco é raspado, limpo e finalmente pintado com um esquema anticorrosivo,
utilizando como acabamento a tinta anti-incrustrante.
c) Solventes - são líquidos voláteis que solubilizam a resina, diminuindo a viscosidade da
tinta. Uma tinta constituída apenas de resina e pigmento, seria extremamente pastosa e difícil
de ser aplicada. A presença do solvente dará à tinta a viscosidade necessária para uma
aplicação adequada.
Alguns dos principais solventes são os seguintes: éteres, álcool, cetonas,
thinner, hidrocarbonetos alifáticos (gasolina industrial; aguarrás mineral), hidrocarbonetos
aromáticos (toluol; xileno).
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OSTENSIVO CIAAN-0401
Acrílico: produto de alta retenção de cor e brilho, usado em componentes, tais como:
geradores, governador de hélice, motor de partida, etc.
Consiste na interposição de uma camada de natureza orgânica entre a superfície
metálica e o meio corrosivo. Os principais revestimentos orgânicos são os seguintes:
acetonas, solventes aromáticos e inertes que em contato prolongado com a peça, podem
causar um desgaste superficial.
Alguns cuidados são muito importantes ao manusear esses produtos: use luvas de
borracha, óculos de proteção, máscara para produtos químicos e macacão.
b) Lixas, Abrasivos, Espátulas e Escovas.
LIXAS - são folhas de papel grosso impregnados com cola e abrasivos que servem para
desbastar e nivelar superfícies, remover tintas e corrosão.
Existem vários tipos de lixas, são elas:
lixas para ferro (atrito seco);
lixas para ferro (atrito úmido) chamadas de lixas d’água;
lixas para madeira; e
lixas scoth brite (usada em metais mais leves).
As lixas possuem uma numeração que se encontra gravada no verso, e determina
o grau de aspereza do abrasivo. Quanto maior for o número, menor o grau de aspereza.
Devemos ter muito cuidado ao utilizarmos lixas, pois poderemos comprometer o revestimento
metálico da chapa. Siga sempre as determinações do manual do equipamento.
ESPÁTULAS - existem vários tipos de espátulas, a saber:
Espátula plástica - usada para aplicação de produtos que farão o nivelamento.
Espátula de acrílico (rígida) - usada para raspagem da tinta removida por decapagem, em
superfície cujo revestimento metálico não pode ser afetado e também pode ser usada para
agitar a tinta.
Espátula metálica - para raspagem a seco, trabalhos com fibras e outras atividades
possíveis.
Espátula de madeira - usada geralmente para agitar a tinta, por não afetar a superfície
interna do recipiente.
ESCOVAS - as mais usadas são as de aço, que atuam retirando a corrosão pesada do ferro e
aço, para ser efetuada uma pintura.
c) Jateamento - o jateamento abrasivo funciona de maneira que grãos de areia sejam
lançados sobre uma superfície, retirando-lhe: tinta, corrosão, material orgânico, etc.
Deve-se ter cuidado em relação ao tipo de material em que vamos aplicar jateamento.
Geralmente, o jateamento deve ser usado em metais mais resistentes como ferro e aço.Os
metais mais leves como alumínio e magnésio não devem receber jateamento pela sua
fragilidade.
4.5.3 - Pulverização
A pistola de pintura é o equipamento de pulverização de tinta. Entre a capa de ar
(saída de tinta) e a superfície a ser pintada deve ser mantida distância de 20 a 30cm. Fornece
um melhor acabamento, porém há um maior desperdício de tinta. Na maioria dos casos a tinta
necessita ser diluída e o equipamento é mais caro, porém pode-se pintar grandes peças sem
muito trabalho.
45.4 - Imersão
É mais usado em pequenas peças, o tempo de secagem é maior, não há
desperdício de tinta, dispensa o uso de diluente e é desnecessário o uso de quitamento para
aplicação.
4.5.5 - Pincéis e Rolos
O tipo de aplicação mais fácil, pouco desperdício de tinta, dispensa diluente, o
equipamento de aplicação é mais barato, pode-se pintar peças grandes, porém, o trabalho é
maior e o acabamento não é tão bom.
Agulha de fluido;
Gatilho da passagem de ar comprimido;
Válvula de controle de vazão de fluido;
Válvula de ar;
Válvula de ajuste da largura da configuração de pulverização;
Corpo da pistola;
Entrada do fluido (tinta diluída); e
Entrada de ar comprimido.
b) Correções
Se o dano for muito profundo, lixar a pintura até o primer ou removê-la até o
metal e repintar. Caso contrário lixar o acabamento até eliminar as bolhas, aplicar um primer
surfacer e repintar novamente.
4.7.2 - Enrugamento
Tem aparência de uma distorção ou encolhimento do acabamento e ocorre durante
a secagem.
a) Causas
Geralmente é provocado pela secagem desuniforme dos esmaltes sintéticos, ocasionado
pela secagem mais rápida da superfície externa do que as partes internas da película de um
esmalte.
aplicações de demãos demasiadamente grossas podem ocasionar o bloqueio da evaporação
dos solventes.
Temperaturas inadequadas ou correntes de ar quente na oficina.
Aceleração da secagem com jato de ar ou painel de secagem.
b) Correções
Remover o acabamento da zona afetada e observar a temperatura ambiente, usar
thinner adequado, regular o equipamento de pintura evitando aplicação de demãos grossas e
observar os intervalos adequados.
4.7.3 - Escorrimento
Geralmente ocorre quando a aplicação de tinta é muito carregada e não se alastra
uniformemente. Acontece com maior freqüência em superfícies verticais.
a) Causas
Diluição excessiva da tinta;
Uso de diluente inadequado;
Excessivas demãos de tinta sem que se observe os intervalos adequados;
Baixa pressão de ar, provocando falta de pulverização;
Pistola muito perto da superfície a ser pintada; e
Temperatura ambiente muito baixa.
b) Correções
Lave a área afetada com solvente, deixe secar, lixe e repinte.
4.7.4 - Fissuras
Apresentam-se na forma de pequenas, médias e grandes rachaduras na película da
tinta.
a) Causas
Preparação inadequada da superfície;
Materiais misturados inadequadamente; e
Pintura sobre superfície com acabamento envelhecido, sem o correto preparo.
b) Correções
Remover toda pintura em mau estado até retirar as rachaduras e repintar.
4.7.5 - Marcas de Lixa
A superfície dá impressão de ter sido lixada exageradamente, caracterizando uma
superfície mal preparada.
a) Causas
Esse problema é mais visível em cores escuras e ocorre quando o thinner utilizado
da diluição do acabamento penetra muito na superfície preparada, produzindo inchamento nas
ranhuras deixadas pela lixa.
b) Correções
Lixar até obter uma superfície lisa e aparelhar com primer-surfacer antes de
repintar.
CAPÍTULO 5
INSPEÇÕES VISUAIS
5.1 - CONCEITO
Inspeção visual é aquela feita a olho nu ou com auxílio de equipamentos óticos.
5.2 - EQUIPAMENTOS ÓTICOS
Podem ser classificados como: lupas ou lentes de aumento; espelhos articulados; e
Boroscópio.
5.2.1 - Lupas
São geralmente confeccionadas de vidro ou cristal e têm a capacidade de
aumentar várias vezes. As lupas mais utilizadas para detectar descontinuidades ou porosidade
são as lupas 3X e 10X.
5.2.2 - Espelhos Articulados
São equipamentos confeccionados geralmente de vidro espelhado ou aço polido e
são utilizados para fazer inspeções de difícil acesso. Exemplo: Parte interna de vigas,
longarinas etc.
5.2.3 – Boroscópio
A inspeção com a utilização de um boroscópio é essencialmente uma inspeção
visual. Um boroscópio é um aparelho que permite ao inspetor ver dentro de áreas que não
poderiam ser inspecionadas sem serem desmontadas. Um exemplo de uma área que pode ser
inspecionada com um boroscópio é o interior de um cilindro de motor alternativo. O
boroscópio pode ser inserido dentro de um alojamento de vela para detectar danos nos
pistões, paredes do cilindro ou válvulas. Outro exemplo seria a parte aquecida do motor da
turbina no qual o acesso poderia ser obtido através do orifício de um ignitor removido ou da
remoção de plugues de acesso especificamente instalados para fins de inspeção.
Os boroscópios estão disponíveis em duas configurações básicas. O mais simples
dos dois é um tipo rígido telescópio de diâmetro pequeno com um minúsculo espelho na
ponta que permite ao usuário ver ao redor dos cantos. O outro tipo usa fibra ótica que
permite maior flexibilidade. Muitos boroscópios fornecem imagens que podem ser exibidas
em um computador ou monitor de vídeo para melhor interpretação do que está sendo visto e
gravar as imagens para referência futura (figura 8-1). A maioria dos boroscópios também
inclui uma luz para iluminar a área a ser vista.
CAPÍTULO 6
LÍQUIDOS PENETRANTES
3a Fase
Um material chamado revelador que consiste usualmente de um pó fino (talco)
branco é aplicado, seco ou em suspensão em algum líquido. O revelador suga o penetrante da
descontinuidade revelando-a.
b) Equipamentos Portáteis
Sendo utilizado um equipamento portátil (disponível em “spray’’ nos TIPOS A e
B) pode ser ensaiada qualquer peça ou parte dela, independentemente de sua localização.
“KIT” de Penetrante Visível (FIG 9-4).
I) Normalmente compõe-se de latas pressurizadas contendo:
penetrante;
removedor; e
revelador.
II) Normalmente compõe-se de:
latas pressurizadas contendo penetrante;
latas pressurizadas contendo revelador;
latas pressurizadas contendo solvente; e
luz negra e transformador.
A forma de aplicação do penetrante fluorescente pode ser visto na figura 9-5.
6.3.8 - inspeção
Deve ser dado um tempo suficiente para que a peça esteja seca antes de efetuar a
inspeção final. Todavia, para visualizar os defeitos grosseiros e ter uma idéia do estado geral
da peça, uma inspeção logo após o início da secagem deve ser feita.
Diríamos, portanto, que um método satisfatório é executar a inspeção em dois
estágios: o primeiro logo no início da secagem e o segundo após completada totalmente a
revelação.
O tempo de revelação é variável de acordo com o tipo da peça, tipo do defeito a
ser detectado e temperatura ambiente.
6.3.9- Limpeza final
Após completado o exame, é necessário, na maioria dos casos, executar-se uma
limpeza final na peça, já que os resíduos de teste podem prejudicar o desempenho das peças.
Uma limpeza final com solvente, geralmente, é satisfatória.
Para peças pequenas, imersão em banho de detergente geralmente é satisfatório.
CAPÍTULO 07
ULTRASSOM
7.1 - HISTÓRICO
Historicamente, o ensaio por ULTRASSOM é considerado o mais antigo dos
ensaios não destrutivos. Inicialmente apareceu o teste por “TINIDO”, que consistia em
detectar descontinuidades através de algumas batidas com martelo nas peças em ensaio,
comparadas a batidas em peças idênticas livres de descontinuidades. O resultado desse ensaio
ficava evidenciado pela variação de intensidade de som provocada pela batida do martelo.
Esse método foi utilizado por SOKOLOV em 1929, que posteriormente realizou experiências
utilizando energia ultrassônica nos ensaios em materiais.
O principio de “TRENS DE ONDAS’’ em pulsos foi desenvolvido em 1942 por
FIRESTONE, com a fabricação de aparelhos e cabeçotes de ULTRASSOM, utilizando para
detectar submarinos embaixo da superfície do mar (SONAR).
A partir de 1945 houve um grande incremento de desenvolvimento, constituído em uma
poderosa ferramenta para se controlar a qualidade de materiais ou componentes. Tornando-se
com o tempo um dos mais versáteis ensaios na área dos ensaios não destrutivos.
da outra pessoa. Isto ocorre porque um abalo produzido em um meio elástico propaga-se
progressivamente a todos os pontos deste meio.
A perturbação denomina-se pulso e o movimento do pulso constitui uma onda. A
mão da pessoa que movimentou a extremidade constitui a fonte e a corda é o meio onde se
propaga uma série contínua de abalos que produz uma série contínua de ondas, que se
denominam trem de ondas.
As ondas sonoras, produzidas pelas oscilações ou vibrações mecânicas das
turbinas dos aviões, propagando-se no ar, e as ondas mecânicas, produzidas por vibrações dos
veículos pesados, propagando-se simultaneamente, no solo e no ar, são exemplos que ilustram
perturbações que nos são sensíveis, transmitidas pelas oscilações do meio, resultantes da
propagação das ondas mecânicas.
Figura 7-2 Ensaio em uma placa, utilizando processo e contato impulso-eco com ultrassom.
Figura 7-3
Mini cabeçote normal (inspeção em chapas)
Situação 1
A placa sem descontinuidade, com espessura de 100mm.
Figura 7-5 Nesta situação a escala (reticulado) também está na verdadeira grandeza (1:1).
CAPÍTULO 8
ENSAIO POR PARTÍCULAS MAGNÉTICAS
A mesma ação ocorre quando o corte não está aberto na superfície, mas como a
quantidade de vazamento de fluxo é menor, menos partículas são mantidas no lugar e então
se consegue uma indicação mais fraca e menos aguda.
Se o corte está muito abaixo da superfície pode não haver vazamento de fluxo ou
indicação na superfície. O vazamento de fluxo em um corte transverso é mostrado na Figura
8-1. O vazamento de fluxo em um corte longitudinal é mostrado na Figura 8-2.
CAPÍTULO 9
ENSAIO POR CORRENTE “EDDY”
CAPÍTULO 10
ENSAIO POR RAIO-X
Se o corpo todo é exposto a uma dose muito grande de radiação o resultado pode
ser a morte. No geral o tipo e a gravidade dos efeitos patológicos da radiação dependem da
quantidade de radiação recebida de uma só vez e a porcentagem do corpo total exposto. Peque-
nas doses de radiação podem causar sangramento e disfunções intestinais por um curto
período de tempo. Os efeitos mais tardios são leucemia e outros tipos de câncer. Danos a pele
e perda de cabelo também são consequências possíveis da exposição à radiação.
Elaborado por:
SO – RM1 AV-SV Marcelo Cordeiro de Vasconcelos
Instrutor do Corpo Docente Fixo
1ºSG AV-SV Alex Vieira Luz
Instrutor do Corpo Docente Fixo
Agosto/ 2017
ANEXO A
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BARROS, Carlos e PAULINO, Wilson. Química e Física. 1ª ed. Editora Ática. Rio
de Janeiro, 1999.
2. BRASIL. Comando da Aeronáutica. Curso de Inspetor de Manutenção – Instituto de
Logística. São Paulo, [19--].
3. BRASIL, Comando da Aeronáutica, Escola de Especialistas de Aeronáutica - Prevenção e
controle da corrosão, Guaratinguetá, SP 2016.
4. Departamento de Transportes dos Estados Unidos Federal Aviation Administration
FAA-H-8083-30.
5. GENTIL, Vicente. Corrosão. 1ª ed. Guanabara Dois S/A. Rio de Janeiro, 1983.
6. Manual de Pintura de Aeronaves. Itajubá - MG. Helibrás, 1996.
7. Normas ABNT: NBR 6023/6024/6027/6028/10520/10524.