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DIRETRIZ Nº 008/2015 (Controle, Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da PMPR)

POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ


ESTADO MAIOR
3º SEÇÃO

DIRETRIZ Nº 008/2015 – PM/3

“CONTROLE, SEGURANÇA E EMPREGO DE INSTRUMENTOS


NÃO LETAIS NO ÂMBITO DA PMPR”

Alterada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3, de 22 de Dezembro de 2020


(Publicada no BG nº 243/2020)

CURITIBA
2015
DIRETRIZ Nº 008/2015 (Controle, Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da PMPR) Fl.2

PMPR CURITIBA, PR, 21 DE SETEMBRO DE 2015.


EM
PM/3 DIRETRIZ Nº 008/2015 - PM/3.
___________________________________________________________________________

Alterada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3, de 22 de Dezembro de 2020

“CONTROLE, SEGURANÇA E EMPREGO DE INSTRUMENTOS


NÃO LETAIS NO ÂMBITO DA PMPR”

1. FINALIDADE

Estabelecer as normas gerais sobre segurança, instrução, emprego


operacional, distribuição, armazenamento, descarga e logística reversa de
instrumentos não letais, também chamados de Instrumentos de Menor Potencial
Ofensivo (IMPO) no âmbito da Polícia Militar do Paraná.

2. REFERÊNCIA
a. Constituição da República Federativa do Brasil;
b. Constituição do Estado do Paraná;
c. Lei Federal nº 13.060, de 22 de dezembro de 2014- Disciplina o uso de
instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública em
todo o território nacional;
d. Lei Federal nº 13.869, de 5 de setembro de 2019 – Nova Lei de Abuso de
Autoridade; (redação dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)
e. Lei Estadual nº 16.575, de 28 de setembro de 2010- Lei de Organização
Básica da PMPR (LOB PMPR);
f. Decreto Federal nº 3.665, de 20 de novembro de 2000- Regulamento para
Fiscalização de Produtos Controlados (R-105);
g. Decreto Estadual nº 1.238, de 4 de maio de 2015- Normatiza e padroniza o
uso de instrumentos de menor potencial ofensivo pelos operadores de segurança
pública;
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h. Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela


resolução nº 217 A (III), da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 10 de
dezembro de 1948;
i. Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da
Lei, adotado pela Assembleia Geral das Nações Unidas na sua Resolução nº
34/169, de 17 de dezembro de 1979;
j. Princípios Básicos sobre o Uso da Força e Armas de Fogo pelos
Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei, adotados pelo Oitavo
Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento dos
Delinquentes, realizado em Havana, Cuba, de 27 de agosto a 7 de setembro de
1999;
k. Portaria Interministerial nº 2, de 15 de dezembro de 2010, SEDH/MJ, que
estabelece as Diretrizes Nacionais de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos
dos Profissionais de Segurança Pública;
l. Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de dezembro de 2010, SEDH/MJ,
que estabelece as Diretrizes sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança
Pública;
m. Resolução nº 06 de 18 de junho de 2013 (Dispõe sobre recomendações do
Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana para garantia de direitos
humanos e aplicação do princípio da não violência no contexto de manifestações e
eventos públicos, bem como na execução de mandados judiciais de manutenção e
reintegração de posse);
n. Manual de Diretrizes Nacionais para Execução de Mandados Judiciais de
Manutenção e Reintegração de Posse Coletiva, editado pelo Departamento de
Ouvidoria Agrária e Mediação de Conflitos do Ministério do Desenvolvimento
Agrário;
o. Diretriz nº 004, de 16 de junho de 2000- Diretriz Geral de Planejamento e
Emprego da PMPR;
p. Diretriz nº 004, de 18 de setembro de 2015- Uso Seletivo ou Diferenciado
da Força pela PMPR;
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3. OBJETIVOS
a. Estabelecer normas gerais sobre segurança, instrução, emprego
operacional, distribuição, armazenamento, descarga e logística reversa dos
materiais não letais no âmbito da Polícia Militar do Paraná;
b. Reduzir, por meio do emprego tático de materiais não letais, os casos de
uso da força física direta nas intervenções policiais;
c. Difundir no âmbito da PMPR a doutrina atinente ao emprego de
instrumentos não letais ou de menor potencial ofensivo, como recurso tático do
uso seletivo ou diferenciado da força;
d. Reforçar a necessidade do estabelecimento de um adequado nível de
treinamento da tropa, tanto pela preparação individual como também pela
preparação coletiva, visando a eficiência no uso correto dos instrumentos não
letais ou de menor potencial ofensivo;
e. Buscar, por meio da correta utilização dos instrumentos não letais, a
consagração de uma doutrina voltada a evitar, sempre que possível, o uso da
força letal nas ocorrências policiais, respeitando os níveis do uso seletivo da força;
(redação dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)
f. Intensificar no âmbito da PMPR a cultura de preservação e valorização da
vida e dos demais direitos fundamentais elencados na Constituição da República
Federativa do Brasil.

4. EXECUÇÃO

a. Conceitos Básicos:

1) Agentes Químicos:

São substâncias que, por suas atividades químicas, produzam, quando


empregadas para fins policiais, um efeito tóxico, fumígeno ou incendiário.
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2) Não Letal:
É o conceito que engloba armas, munições, equipamentos, técnicas e
tecnologias voltadas a conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas,
utilizados com o intuito de preservar vidas e minimizar danos à integridade de
pessoas, à propriedade e ao meio ambiente.

3) Técnicas Não Letais:


Conjunto de procedimentos empregados em intervenções que
demandem o uso da força por meio do emprego de instrumentos de menor
potencial ofensivo, com intenção de preservar vidas e minimizar danos à
integridade das pessoas.

4) Tecnologias Não Letais:

São os conhecimentos científicos afetos à produção, à forma de


emprego, aos efeitos e à aplicabilidade de armas, munições, equipamentos ou
outros instrumentos não letais ou de menor potencial ofensivo.

5) Arma Não Letal/Arma de Menor Potencial Ofensivo:

Armas projetadas e/ou empregadas especificamente com a finalidade de


conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas, preservando vidas e
minimizando danos à sua integridade;

6) Equipamentos Não Letais/Equipamentos de Menor Potencial


Ofensivo:

Todos os artefatos, excluindo armas e munições, desenvolvidos e


empregados com a finalidade de conter, debilitar ou incapacitar temporariamente
pessoas, preservando vidas e minimizando danos à sua integridade;

7) Equipamentos de Proteção:

Todo dispositivo ou produto de uso individual (EPI) ou coletivo (EPC),


destinado à redução de riscos à integridade física ou à vida dos Militares
estaduais;
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8) Instrumentos ou Materiais Não Letais/de Menor Potencial Ofensivo:

Conjunto de armas, munições e equipamentos desenvolvidos com a


finalidade de preservar vidas e minimizar danos à integridade das pessoas,
utilizados para, com baixa probabilidade de causar mortes ou lesões permanentes,
conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas.

9) Munições Não Letais/Munições de Menor Potencial Ofensivo:

São as munições projetadas e empregadas especificamente para conter,


debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas, preservando vidas e
minimizando danos a integridade das pessoas envolvidas.

b. Emprego:

1) A utilização de instrumentos não letais ou de menor potencial ofensivo


no âmbito da PMPR fica condicionada ao atendimento dos princípios da
legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação, conveniência, à
adequada e prévia habilitação do operador, e ainda, à demanda operacional
da Unidade Policial Militar; (redação dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)

2) O emprego de instrumentos não letais ou de menor potencial ofensivo


pela polícia só é admitido nas situações em que outros meios menos severos não
forem suficientes para se atingir o objetivo legítimo de garantia da ordem pública;

3) A utilização dos instrumentos não letais ou de menor potencial ofensivo


tem por finalidade preservar vidas e minimizar danos à integridade de pessoas,
sendo empregados para, com baixa probabilidade de causar mortes ou lesões
graves, conter, debilitar ou incapacitar temporariamente o agressor ou resistente à
ordem legal;

4) As atividades que envolvem o trato direto com instrumentos não letais


ou de menor potencial ofensivo, tais como aquelas compreendidas pela
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manipulação, manuseio, estocagem, transporte e a utilização para fins de


instrução, são atividades consideradas de risco e exigem conhecimento
especializado, devendo ser desenvolvidas exclusivamente por Militares estaduais
especialistas;

5) O Militar estadual que manipula ou manuseia instrumentos não letais ou


de menor potencial ofensivo deve conhecer as técnicas e também os riscos
decorrentes da atividade, incumbindo-lhe a adoção de todas as providências
necessárias à prevenção de acidentes e à correta utilização dos materiais;

6) Nas atividades operacionais, caso o comandante de fração não seja


habilitado para operação com instrumentos de menor potencial ofensivo, o mesmo
deverá identificar, incontinenti, quais são os Militares estaduais sob seu comando
que são detentores de especialização ou habilitação para operação com os IMPO,
sendo atribuída a estes, a responsabilidade pelo correto emprego técnico dos
materiais;

7) A habilitação dos militares estaduais para a utilização de IMPO se


dará nos seguintes termos:
a) Habilitação Geral:
(1) Habilita o militar estadual a atuar como operador e também
como instrutor de cursos de especialização e/ou capacitação para emprego de
IMPO;
(2) Engloba o emprego de todos os instrumentos não letais ou de
menor potencial ofensivo utilizados pela Corporação;
(3) Exclusiva dos Militares estaduais possuidores do Curso de
Controle de Distúrbios Civis (CCDC), Curso de Instrutor de Armas de Fogo (CIAF),
Curso de Operações Especiais (COEsp) e o Curso de Rondas Ostensivas de
Natureza Especial (C-RONE), respeitando as cargas horárias estabelecidas
(anexos) , realizados na PMPR, bem como cursos equivalentes, realizados em
outras Instituições Policiais; (redação dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)
(4) A Habilitação Geral exige a permanente atualização do militar
estadual no que diz respeito aos avanços tecnológicos e às novas táticas e
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técnicas afetas à utilização dos Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo pela


Polícia, devendo o militar estadual realizar os nivelamentos propostos pela PM/3
sempre que nova tecnologia não letal for apresentada à Corporação ou por
necessidade de atualização de procedimentos; (redação dada pela Diretriz nº
005/2020 – PM/3)

(5) O Militar estadual com Habilitação Geral deverá participar de


instruções constantemente com todos os instrumentos de menor potencial
ofensivo previstos para sua categoria, sendo obrigatória, no mínimo, uma vez por
ano, devendo ser registradas na P/3 da OPM e enviadas à PM/3, para a Subseção
de Instrução (registro em redundância). Caso não participe de instruções no
intervalo de tempo previsto, deverá realizar instrução para renovação da
Habilitação com o IMPO que não teve contato no período. Tal atividade deverá ser
planejada e realizada pela Companhia de Polícia de Choque do BOPE, podendo
contar com o apoio de instrutores com Habilitação Geral designados pela PM/3,
em períodos pré-determinados, devendo constar no Plano Anual de instruções da
PM/3, com apoio logístico da DAL/SAM; (redação dada pela Diretriz nº 005/2020 –
PM/3)

(6) O não cumprimento do item anterior acarretará em perda da


Habilitação Geral do militar estadual, o qual poderá ativá-la novamente com a
aplicação do protocolo já citado, caso seja de interesse da administração;
(redação dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)
(7) As cargas horárias dos nivelamentos para habilitação de cada
IMPO deverão ser, no mínimo, as seguintes (conforme os anexos da presente
diretriz):
- Nivelamento para Habilitação de Operadores de Granadas
Policiais (NHO/GP) - 28h/a;
- Nivelamento para Habilitação de Operadores de Munição de
Impacto Controlado (NHO/MIC) - 20h/a;
- Nivelamento para Habilitação de Instrutores Multiplicadores e
Operadores de Dispositivo Elétrico Incapacitante (NHIMO/DEI) - 10h/a;
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- Nivelamento para Habilitação de Instrutores Multiplicadores de


Espargidor Químico (NHIM/EQ) - 5h/a. (redação dada pela Diretriz nº 005/2020 –
PM/3)

b) Habilitação Específica:
(1) Categoria Operador / Nível Unidades Especializadas:

(a) Exclusiva dos militares estaduais pertencentes ao


Batalhão de Operações Especiais, às Companhias e Pelotões de Choque das
Unidades do Interior, e ainda, ao Batalhão de Polícia Militar de Fronteira;

(b) Esta habilitação se refere especificamente ao operador de


granadas explosivas e de auto emissão, bem como munições explosivas ou com
espargimento de agentes lacrimogêneos, nos calibres 38.1, 40mm ou 12 GA,
atendidas as particularidades afetas às missões e funções desempenhadas pelo
militar estadual; esta habilitação específica permanecerá ativa com o operador
apenas enquanto desempenhar as funções nas unidades especializadas descritas
na alínea (a), exceto aqueles que possuam Habilitação Geral, desde que
cumpram os protocolos previstos em sua alínea (5) para a manutenção da
mesma; (redação dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)

(c) O Comandante da OPM Especializada deverá estabelecer


critérios para a habilitação em determinados instrumentos de menor potencial
ofensivo. Por exemplo: só deverão ser habilitados ao emprego e utilização de
granadas explosivas, aqueles militares estaduais que efetivamente desempenhem
a função de lançadores de granadas e atiradores nas formações de Controle de
Distúrbios Civis (CDC) que tenham concluído os nivelamentos para habilitação de
cada IMPO, conforme as cargas horárias mínimas dos anexos estabelecidos nesta
diretriz, e/ou os cursos constantes para Habilitação Geral; as P/3 das OPMs
farão constar os dados referentes às conclusões das habilitações nos
assentamentos funcionais do militar estadual, encaminhando as informações para
registro e controle da PM/3; (redação dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)
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(d) Em todos os casos deverão ser respeitados os critérios


administrativos estabelecidos por esta Diretriz para formalizar a referida
habilitação em IMPO; (redação dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)

(e) O militar estadual ora englobado em tais prescrições


deverá realizar renovação da habilitação no período não superior há 03 (três)
anos, realizado sempre que nova tecnologia não letal for apresentada à
Corporação ou com critérios de atualização de conhecimentos. Tal atividade
deverá ser planejada e realizada pela Companhia de Polícia de Choque do BOPE,
podendo contar com o apoio de instrutores com Habilitação Geral designados pela
PM/3, com apoio logístico da DAL; (redação dada pela Diretriz nº 005/2020 –
PM/3)

(f) O não cumprimento do item (e) acarretará em perda da


habilitação do militar estadual. (redação dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)

(2) Categoria Operador / Nível Policiamento Ostensivo Geral:

(a) Refere-se à habilitação para utilização de munições de


impacto controlado, espargidores e dispositivos elétricos incapacitantes:

(b) Exclusiva dos militares estaduais possuidores do


nivelamento para habilitação específico do IMPO, conforme as cargas horárias
mínimas estabelecidas nos anexos desta diretriz; (redação dada pela Diretriz nº
005/2020 – PM/3)

(c) Os conteúdos das habilitações (anexos) deverão ser


incluídos nas grades curriculares das formações dos Cursos de Formação de
Praças PM, bem como no Curso de Formação de Oficiais. (redação dada pela
Diretriz nº 005/2020 – PM/3)

(3) Todas as capacitações (Habilitação Específica) realizadas


anteriormente à data da publicação da presente Diretriz deverão ser validadas
mediante publicação em Boletim Interno da OPM, onde deverá constar a data da
capacitação, o nome do Instrutor, a carga horária do curso ou instrução, bem
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como a relação nominal do efetivo e a respectiva habilitação. As OPMs deverão


constar os registros das capacitações nos assentamentos funcionais do militar
estadual, encaminhando as informações para controle da P/3 da OPM e também à
PM/3 para controle em redundância. (redação dada pela Diretriz nº 005/2020 –
PM/3)

8) É vedada a utilização de qualquer tipo de armamento, equipamento ou


munição não letal ou de menor potencial ofensivo sem que o operador possua a
devida especialização (CCDC, CIAF, COEsp, C-RONE ou outros cursos
equivalentes realizados em Instituições Policiais, respeitando o plano de disciplina
e a carga horária estabelecidos) ou habilitação (capacitação específica); (redação
dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)

9) Compete à Academia Policial Militar do Guatupê (APMG), sob o


assessoramento do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), o reconhecimento
de cursos de especialização realizados em outras instituições policiais e que
sejam equivalentes aos cursos de especialização realizados no âmbito da PMPR
para o emprego dos materiais não letais, e ainda, a gestão necessária à
realização de cursos, no âmbito da Corporação, voltados à especialização e à
capacitação de militares estaduais da PMPR, para o correto emprego/uso dos
IMPO. (redação dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)

c. Critérios para utilização dos Instrumentos de menor Potencial


Ofensivo:

1) Integrantes do Batalhão de Operações Especiais, Batalhão de


Polícia Militar de Fronteira, Companhias e Pelotões de Choque das Unidades
do Interior:

a) Todos os Instrumentos Não Letais ou de Menor Potencial


Ofensivo:
O militar estadual deverá possuir o Curso de Controle de
Distúrbios Civis, o Curso de Instrutor de Armas de Fogo, o Curso de Operações
Especiais, o Curso de Rondas Ostensivas de Natureza Especial realizados na
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PMPR ou Curso de Capacitação Específica, e ainda, estar atuando em funções de


atirador ou lançador e servindo nas OPMs citadas no Caput deste item, no caso
das granadas explosivas e de auto emissão, bem como as munições explosivas e
de auto emissão em calibre 38.1, 40mm e 12 GA, respeitando o plano de
disciplina e a carga horária estabelecidos ou cursos equivalentes realizados em
outras Instituições Policiais; (redação dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)

b) Instrumentos Não Letais ou de Menor Potencial Ofensivo


Específicos:
Conforme a missão desempenhada pelo Militar estadual, em
conformidade com a capacitação específica que será realizada no âmbito da OPM
Especializada.

2) ROTAM e ROCAM:
a) Munições de impacto controlado, espargidores e dispositivos
elétricos incapacitantes, desde que o Militar estadual possua a capacitação
(habilitação) específica ao emprego de cada um dos referidos IMPO; (redação
dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)

b) Quanto às granadas explosivas e de auto emissão, bem como as


munições explosivas e de auto emissão em calibre 38.1, 40mm e 12 GA, somente
poderão ser utilizados por ROTAMs e ROCAMs de OPMs do Interior onde não
exista Subunidade de Polícia de Choque, ocasião em que a ROTAM/ROCAM
deverá receber treinamento para atuação em ações e operações de polícia de
choque, bem como capacitação específica para eventual emprego dos IMPOs em
questão. Neste caso, preferencialmente o Comandante da ROTAM/ROCAM
deverá possuir o Curso de Controle de Distúrbios Civis ou equivalente, desde que
realizado em Instituição Policial; para tal atuação os efetivos citados deverão atuar
com todos os EPIs inerentes às ações de CDC, bem como no contingente
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determinado pela doutrina, conforme manual técnico existente na Corporação 1.


(redação dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)

3) Militares estaduais em Geral:


Espargidores individuais e dispositivos elétricos incapacitantes e MIC,
desde que o Militar estadual possua a capacitação (habilitação) específica ou
Curso de Controle de Distúrbios Civis, o Curso de Instrutor de Arma de Fogo ou o
Curso de Operações Especiais realizados na PMPR, respeitando as cargas
horárias das instruções de nivelamento (anexos) estabelecidas nesta Diretriz ou
cursos equivalentes, realizados em outras Instituições Policiais. (redação dada
pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)

d. Operação com Agentes Químicos:

1) Os agentes químicos utilizados para incapacitação temporária de


indivíduos agressivos, em Operações de Choque e Operações Especiais, devem
pautar-se nos seguintes critérios:

a) Somente ser empregados depois de esgotada a possibilidade de


resolução do conflito por meio da verbalização;

b) Visam evitar o embate físico direto do policial com o oponente,


reduzindo as chances de ocorrência de lesões graves e o uso da força letal;

c) Sua utilização em locais fechados como estádios de futebol,


estabelecimentos prisionais e outros locais onde exista aglomeração de multidões
deverá ser muito bem avaliada pelo Comandante da Operação e/ou Comandante
de fração de tropa envolvida, pois poderá gerar tumultos e até mesmo casos de
pisoteamentos ou quedas de nível, devido ao pânico e à tentativa desesperada de
fuga das pessoas expostas ao agente químico;

d) Quanto aos espargidores, podem ser utilizados em ocorrências


policiais em que ocorra resistência física ao cumprimento de ordem legal, sendo

1
DORECKI, A. C. e BRITO, R. M. Manual de Controle de Distúrbios Civis. Curitiba: Optagraf, 4ª e.d, 2015.
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normalmente empregados com o objetivo de evitar o uso de instrumentos de


contenção mais severos, como o bastão, munições de elastômero e outros;

e) Não deverão ser utilizados quando existir a possibilidade de atingir


hospitais, postos de saúde, asilos, creches, escolas ou outros locais indesejados.

2) Recomendações de descontaminação afetas aos principais agentes


químicos utilizados pela PMPR:

a) Descontaminação para os casos de exposição ao Agente Químico


CS (ortoclorobenzalmalononitrilo):
(1) retirar a pessoa do local onde ocorre a contaminação;
(2) procurar uma área arejada ou onde haja incidência de vento
(quanto maior a quantidade de vento mais rápida será a descontaminação);
(3) lavar a área afetada com água fria em abundância, sobretudo a
região dos olhos, rosto e mãos (nunca utilizar água quente);
(4) retirar as roupas contaminadas;
(5) não passar pomada ou qualquer outro tipo de substância na pele;
(6) não ingerir líquidos imediatamente após a contaminação
(aguardar no mínimo 15 minutos);
(7) não esfregar a pele e os olhos com as mãos, visto que este
procedimento aumentará a contaminação;
(8) atendimento médico, em caso de reações mais severas.

b) Descontaminação para os casos de exposição ao Agente Químico


OC (oleoresina de capsaicina- gás pimenta):
(1) retirar a pessoa do local onde ocorre a contaminação;
(2) retirar o excesso do agente químico do rosto e lavá-lo com sabão
neutro;
(3) lavar a área afetada com água fria em abundância, sobretudo a
região dos olhos, rosto e mãos (nunca utilizar água quente);
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(4) levar a pessoa até um local arejado e, se possível, onde haja


vento;
(5) retirar as roupas contaminadas;
(6) não passar pomada ou qualquer outro tipo de substância na pele;
(7) não ingerir líquidos imediatamente após a contaminação
(aguardar no mínimo 15 minutos);
(8) não esfregar a pele ou coçar os olhos com as mãos;
(9) lavar as mãos sempre que ocorrer qualquer manipulação do
agente;
(10) retirar imediatamente lentes de contato;
(11) atendimento médico, em casos mais graves.

3) Fatores técnicos a serem considerados na utilização dos IMPO:

a) Espargidores:
(1) Só deve ser utilizado após esgotamento das negociações
verbais, antecedendo o uso da força física direta, do emprego do bastão e das
armas de fogo;
(2) A direção do vento, a distância mínima e máxima em relação ao
agressor, região do corpo a ser atingida (sempre no rosto), fatores que possam
potencializar os efeitos (se o oponente estiver molhado, a combinação com outros
agentes químicos e a presença de calor ou fogo).
(3) Os efeitos dos agentes químicos em pessoas idosas, gestantes,
crianças pequenas, pessoas com problemas respiratórios e até mesmo nascituros
pode ser potencializado, causando danos indesejados à saúde dessas pessoas.

b) Granadas explosivas:
(1) A distância mínima e máxima de segurança em relação ao
operador e ao agressor/resistente, a presença de pessoas alheias aos atos de
violência ou pessoas vulneráveis, locais com concentração de gases no ar que
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possam provocar explosão e a constituição do solo (pedregoso ou de fácil


combustão);
(2) Em hipótese alguma poderão ser transportadas em bolsos de
coletes táticos ou penduradas junto a áreas vitais do corpo, pois, caso venham a
ser atingidas por disparos de armas de fogo, poderão explodir e causar sérias
consequências ao operador;

(3) Granadas explosivas que não concluírem o processo de


deflagração, conhecidas como UXO (artefatos falhados) ou “tijolos quentes”, não
devem ser manuseadas. O procedimento correto é acionar um Militar estadual
especialista em CDC, Operações Especiais ou Técnico Explosivista integrante do
Esquadrão Anti-Bombas da PMPR, para que seja realizada a desativação
completa do material explosivo.

c) Granadas de alta emissão (fumígenas de CS):

A direção do vento, a constituição do solo (vegetação com risco de


incêndios), fatores que possam potencializar os efeitos (umidade do ar, a
combinação com outros agentes químicos, principalmente de fumaça proveniente
de incêndios) e a proximidade de escolas, creches, hospitais, asilos e locais com
material de fácil combustão. Deve-se evitar o lançamento desse tipo de granada
em dias chuvosos.

d) Granadas Fumígenas de Sinalização:

Utilizadas normalmente em operações especiais para fins de


sinalização.

e) Granadas Fumígenas de Cobertura:

Utilizadas normalmente em operações especiais para fins de facilitar


a movimentação tática da força policial no terreno e ocultar seu posicionamento;

f) Munições químicas de lançamento (longo alcance):


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Além dos cuidados citados para as granadas de alta emissão, deverá


ser observada a configuração do terreno, assim como as possíveis zonas de
impacto, a fim de evitar que áreas indesejadas sejam atingidas.

g) Munições de impacto controlado (elastômero/outras):

(1) A distância mínima e máxima em relação ao operador e ao


agressor, a identificação precisa do alvo e a região corporal a ser atingida (sempre
na região das pernas), a presença de pessoas alheias aos atos de violência ou
pessoas vulneráveis;

(2) Não devem ser disparos acima da linha da cintura. Disparos na


região do baixo ventre (região pélvica), no tórax ou na cabeça são proibidos, pois
podem provocar graves lesões ou até mesmo a morte de pessoas, o que contraria
completamente a finalidade do emprego do material não letal;

(3) Disparos realizados em direção ao solo poderão ocasionar


reflexão de projéteis, os quais poderão atingir regiões do corpo indesejadas, tais
como rosto, olhos, ou mesmo atingir pessoas alheias à situação da ocorrência ou
tumulto;

(4) Os chamados "disparos de advertência" não são considerados


prática aceitável, por não atenderem aos princípios da legalidade, necessidade,
proporcionalidade, moderação e conveniência, e em razão da imprevisibilidade de
seus efeitos;

(5) No caso de ocorrências policiais envolvendo agressores ativos,


certos e específicos (indivíduos arremessando ou atirando objetos, armados com
armas brancas, pedaços de pau ou outros instrumentos perfurantes, contundentes
cortantes, incendiários ou explosivos), que estejam colocando em risco a vida e a
integridade física de terceiros, dos policiais e a sua própria segurança, desde que
a ocorrência não se caracterize dentro do conceito CRISE, serão observados os
seguintes critérios: (redação dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)
DIRETRIZ Nº 008/2015 (Controle, Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da PMPR) Fl.18

(a) A munição de impacto controlado a ser utilizada será


empregada na espingarda Gauge 12, devendo ser constituída de projétil singular
(único) com formato aerodinâmico e ponta de borracha;

(b) A utilização do material se dará mediante ordem do


Comandante da Fração, delimitando o alvo e a quantidade de disparos;

(c) Quando as circunstâncias assim o exigirem, o emprego da


munição de impacto controlado se dará por iniciativa do próprio operador, desde
que caracterizada a legítima defesa própria ou de terceiro, contra agressão injusta,
atual e/ou iminente;

(5) A munição a ser utilizada nos calibres 37/40 mm, 18 mm (no


caso do Lançador FN 303) ou outros que venham a ser adquiridos pela
Corporação, também deverá ser constituída de projétil singular, de modo a evitar
que, nas ações de CDC, pessoas inocentes sejam atingidas devido ao emprego
de munições que não permitem a adequada seletividade do alvo.

h) Dardos do dispositivo elétrico incapacitante:

(1) Sua utilização só é justificada nos casos de ocorrências


envolvendo pessoas agressivas, transtornadas ou mentalmente perturbadas, que
ofereçam resistência e que estejam colocando em risco a sua integridade física, a
integridade física de outras pessoas e/ou dos próprios policiais;

(2) Fatores que possam potencializar os seus efeitos (presença de


agentes inflamáveis, a possibilidade de queda de nível: pontes, viadutos, sacadas,
escadas, telhados, marquises, etc.; o risco de afogamento em caso de queda em
local onde existe água, tais como: lagoas, rios, piscinas, banheira, outros);

(3) Distância mínima e máxima em relação ao agressor- em geral os


disparos devem ocorrer em distâncias que variam de 3 a 7m, devendo ser
respeitada, por medida de segurança, a distância mínima de 1,5m em relação ao
agressor/resistente;
DIRETRIZ Nº 008/2015 (Controle, Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da PMPR) Fl.19

(4) A região corporal a ser atingida será tronco, costas ou pernas,


jamais devendo ser disparado na região da cabeça, pescoço, órgãos genitais ou
seios femininos;

(5) A contraindicação de sua utilização:

(a) Concomitantemente com os espargidores que possuem


como propelentes algum líquido inflamável, sob pena de provocar incêndio na
área afetada, com risco de graves queimaduras na pessoa atingida pelos dardos.
Neste aspecto convém salientar o fato de que a PMPR não utiliza espargidores
inflamáveis, porém, o Militar estadual deverá ficar atento a este risco, visto que, no
desenvolvimento das operações, poderá estar atuando em conjunto com outras
forças de segurança pública, as quais, eventualmente, poderão ter em sua
dotação os espargidores inflamáveis;

(b) Em locais onde existe risco de explosão: proximidade de


locais onde existe armazenamento de líquidos inflamáveis, outros locais onde
existem gases e/ou outros materiais inflamáveis;

(c) Contra mulheres grávidas, crianças, idosos, pessoas


debilitadas devido a alguma enfermidade.

(6) O risco de sua utilização em pessoas que estejam empunhando


armas de fogo (possibilidade de realização de disparos involuntários);

(7) A proibição de sua utilização em pessoas que já estejam


imobilizadas;

(8) O risco de a pessoa atingida cair sobre objetos perigosos


(objetos pontiagudos, cacos de vidro, outros);

(9) O risco da ocorrência de acidentes de trânsito, caso a pessoa


atingida esteja dirigindo veículo automotor, da ocorrência de acidentes graves
caso esteja andando de patins, skate, bicicleta, ou se estiver operando máquinas,
dentre outros;
DIRETRIZ Nº 008/2015 (Controle, Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da PMPR) Fl.20

(10) A necessidade de encaminhamento da pessoa atingida até um


Posto de Saúde ou acionamento de uma Unidade de Emergência para que seja
realizada a retirada dos dardos (a retirada dos dardos não deverá ser feita
pelos policiais), assim como para verificar a sua condição geral de saúde após
ter sido submetida aos efeitos do dispositivo elétrico incapacitante.

i) Munições Pirotécnicas e Explosivas:

Seu uso é limitado aos grupos de operações especiais, tendo como


objetivo realizar sinalizações e explosões para adentramentos em operações
restritas e específicas.

e. Instrução:

1) O emprego de instrumentos de menor potencial ofensivo nas instruções


tem por objetivo elevar o nível de preparação e adestramento da tropa;
2) Na instrução o policial deve receber orientações técnicas sobre os
produtos, formas de utilização, medidas de descontaminação e possíveis danos
físicos que poderão ser causados pelo uso indevido e/ou indiscriminado dos
materiais;

3) Toda instrução que envolver a utilização de instrumentos não letais ou


de menor potencial ofensivo deve ser revestida de especial atenção no que diz
respeito aos aspectos relacionados à segurança de todos os envolvidos, sob pena
de, em ocorrendo negligência ou a quebra das regras de segurança na utilização
dos materiais, ocorrerem lesões graves ou até mesmo a morte de instruendos ou
até mesmo dos próprios instrutores;

4) A instrução envolvendo IMPO que contenham agentes químicos deve


observar as seguintes regras de segurança, além de outras disposições
aplicáveis:
a) A observância das características gerais de emprego do agente
químico, seus efeitos, estado de conservação, prazo de validade e estabilidade
química;
DIRETRIZ Nº 008/2015 (Controle, Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da PMPR) Fl.21

b) A condução da instrução por instrutor especializado, que receba


constante atualização profissional afeta aos IMPO e que tenha pleno domínio
sobre todos os assuntos que serão ministrados;
c) A exigência de bom estado de saúde para instrutores, instrutores
auxiliares e instruendos por ocasião das instruções;
d) A observância, pelo instrutor, das restrições à combinação de
agentes químicos com outros agentes e/ou substâncias capazes de produzir
reação química que altere seus efeitos originais, com implicação de risco para a
saúde de todo o pessoal envolvido;
e) O planejamento antecipado e o registro da instrução ou curso
nos documentos próprios de ensino (Plano Político Pedagógico, Plano de Curso,
Quadro de Trabalho Semanal, Nota de Instrução, Livro de Assuntos Ministrados,
outros);
f) A previsão e o estabelecimento de suporte de atendimento
médico de emergência, quando avaliado pelo instrutor como necessário,
especialmente nos casos em que a exposição controlada ao agente químico se
der em ambientes confinados;
g) O controle direto, pelo instrutor ou instrutor auxiliar, da
concentração do agente químico, principalmente nos exercícios que necessitem
ser realizados em ambientes fechados;
h) As instruções com agentes químicos devem ser evitadas em dias
com grande umidade do ar e também após instruções que envolvam esforços
físicos que provoquem transpiração (suor), visto que, em contato com a água ou
suor, o agente químico pode ter seus efeitos fisiológicos sobre o organismo
potencializados;

i) Uma vez concluído o curso de especialização ou habilitação, a


relação nominal dos aprovados deverá ser publicada em Boletim Geral da PMPR,
estando estes sob controle de registro da PM/3, devendo também, constar nos
assentamentos funcionais do militar estadual concludente a sua condição de
DIRETRIZ Nº 008/2015 (Controle, Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da PMPR) Fl.22

Operador de IMPO (habilitação geral ou habilitação específica). (redação dada


pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)

f. Controle:
1) A utilização de materiais não letais em instrução ou serviço policial
militar deverá ser realizada exclusivamente por OPM com dotação orgânica
específica, conforme Plano de Distribuição elaborado pela 4ª Seção do Estado-
Maior da PMPR e distribuição realizada pela Diretoria de Apoio Logístico da
Corporação;

2) O controle da entrada e saída dos IMPO na OPM, para fins de instrução


ou serviço, deverá ser realizado em arquivo próprio, no qual ficará registrado: o
tipo, a quantidade, o destino e a finalidade do uso do material, bem como o nome,
posto ou graduação e registro geral do Militar estadual responsável por seu
manuseio ou manipulação;

3) O espargidor de espuma de pimenta será de uso individual do Militar


estadual, conforme controle específico de distribuição e cautela;

4) Sempre que ocorrer a utilização de materiais não letais em ocorrências


será obrigatório o preenchimento do Relatório de Uso da Força, bem como do
Boletim de Ocorrência Unificado, devendo constar nos referidos documentos o
tipo, a quantidade do material que fora utilizado, e ainda, o motivo de sua
utilização;

5) Os estojos, cartuchos e demais materiais não letais usados deverão, na


medida do possível, ser recolhidos e entregues na DAL/SAM para fins de
encaminhamento à empresa responsável para destruição, conforme o previsto no
R-105 e atendendo as normas de logística reversa, devendo ser entregues
mediante o termo de descarga dos materiais não letais respectivos. Quanto aos
materiais inservíveis ou com o prazo de validade vencido, informar à DAL/SAM
para descarga e posterior destruição que será realizada pelo EAB/BOPE. (redação
dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)
DIRETRIZ Nº 008/2015 (Controle, Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da PMPR) Fl.23

6) Qualquer falha ou mau funcionamento de IMPOs em instruções ou


ocorrências no âmbito da PMPR deverá ser comunicada, com relatório
circunstanciado da situação e documentação de origem anexos, e encaminhados
ao Estado-Maior da Corporação, mais especificamente à PM/3 com vistas à
Diretoria de Apoio Logístico, para registro e providências em relação à ações
corretivas e possíveis exclusões de futuras aquisições. (redação dada pela Diretriz
nº 005/2020 – PM/3)

g. Armazenamento e Transporte:

1) Os materiais não letais devem ser acondicionados em local seguro,


restrito e arejado, onde não ocorra acúmulo de umidade e/ou elevação demasiada
da temperatura ambiente, afastado do piso e das paredes;

2) No transporte em viaturas os materiais não letais do tipo granadas de


alta emissão, granadas explosivas, espargidores, dentre outros, não deverão ser
colocados no interior do porta-luvas, em cima do painel, ficar soltas dentro de
caixas ou em qualquer outro compartimento do veículo, ou onde possam acumular
calor, sob pena da ocorrência de acidentes ou do material ter sua vida útil
reduzida, principalmente quando o veículo fica parado, com vidros fechados e sob
incidência direta do sol.

5. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Incumbe aos Comandantes, Diretores e Chefes, no âmbito de sua atuação
funcional, zelar pela rigorosa observância das presentes normas;

b. É vedado o uso em instrução, ação ou operação policial militar, de


IMPO com prazo de validade expirado;

c. As normas relativas a definições, fiscalização e segurança, armazenagem,


transporte, tráfego, depósitos, construção de depósitos, irregularidades cometidas
no trato com produtos controlados, apreensão, penalidades e processo
administrativo será conforme o previsto no R-105, complementadas pelas normas
vigentes na corporação;
DIRETRIZ Nº 008/2015 (Controle, Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da PMPR) Fl.24

d. Fica terminantemente proibido aos Oficiais e Praças da Polícia Militar do


Paraná, em quaisquer dependências das OPM ou locais sujeitos à administração
Militar estadual, ou mesmo no interior de viaturas da Corporação, conduzir,
portar ou fazer uso:

1) De instrumentos ou aparelhos particulares destinados a produzir choque


e similares, mesmo os de livre comércio;

2) De espargidores químicos de CS ou OC, ou de espargidores químicos


constituídos por qualquer outro composto químico, independente da concentração
do agente químico, adquiridos de maneira particular no comércio;

3) De qualquer instrumento ou material não letal que não sejam aqueles


devidamente homologados e fornecidos pela própria Corporação.

e. Uma vez publicada a presente Diretriz, será designará uma Comissão a ser
composta por Oficiais da DAL/SAM, APMG e BOPE, a qual terá um prazo de 30
dias para apresentar ao Comandante-Geral da Corporação estudo/proposta que
contemple as seguintes questões afetas aos Instrumentos de Menor Potencial
Ofensivo (IMPO):

1) Modelos, bem como tramitação dos documentos a serem utilizados


para distribuição, controle e descarga de materiais não letais no âmbito da PMPR;

2) Carga horária mínima e conteúdos a serem ministrados nos cursos de


capacitação para emprego e/ou utilização de espargidores de uso individual e dos
dispositivos elétricos incapacitantes, bem como para emprego e/ou utilização das
munições de impacto controlado, atendidos os critérios de habilitação previstos na
presente Diretriz;

3) Adoção de medidas afetas à adequação dos planos de disciplinas dos


Cursos de Formação de Praças PM (CFSd, CFC e CFS), bem como do Curso de
Formação de Oficiais PM (CFO), de modo que, no próprio Curso, já ocorra a
habilitação para o emprego/utilização dos espargidores de uso individual e de
dispositivos elétricos incapacitantes;
DIRETRIZ Nº 008/2015 (Controle, Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da PMPR) Fl.25

4) Periodicidade que deve ser estabelecida para as instruções de


manutenção de habilitação para emprego/utilização de cada um dos IMPO
existentes na Corporação, tanto da habilitação geral como também da habilitação
específica;

5) Modelo de relatório circunstanciado a ser preenchido em caso de


emprego/utilização de IMPO em situações de controle de distúrbios civis,
manifestações populares, rebeliões em presídios, reintegrações de posse, outras
operações que demandem o emprego/utilização de materiais não letais em ações
típicas de CDC;

6) Outras questões afetas à segurança, instrução, emprego operacional,


distribuição, armazenamento, descarga e logística reversa de instrumentos não
letais.

f. A presente Diretriz revoga a Diretriz nº 002/2010 (Equipe de valorização da


vida e apoio à negociação - EVVAN- com uso de arma menos letal);

g. Os casos omissos serão submetidos à análise do Comandante do Batalhão


de Operações Especiais – BOPE e encaminhados ao Comandante-Geral para
decisão.
ASSINADO NO ORIGINAL
Coronel QOPM Maurício Tortato,
Comandante-Geral da PMPR.

Anexo A: NHIM/EQ
Anexo B: NHIMO/DEI
Anexo C: NHO/GP
Anexo D: NHO/MIC
(redação dada pela Diretriz nº 005/2020 – PM/3)

DISTRIBUIÇÃO: Comando-Geral, Subcomando-Geral (BOPE, BPRv, BPMOA,


BPEC, BPAmb e BPFron), Chefe do EM (Seções do EM), Diretorias (DAL, DP,
DDTQ, DF, DS e APMG), Ajudância-Geral e Comandos Regionais (1º, 2º, 3º, 4º,
5º e 6º CRPM e Unidades subordinadas).
ANEXO A – NIVELAMENTO PARA HABILITAÇÃO DE INSTRUTORES
MULTIPLICADORES DE ESPARGIDOR QUÍMICO – NHIM – EQ

1. PLANEJAMENTO DO NIVELAMENTO:
a. Objetivo geral:

Proporcionar conhecimentos técnicos e práticos aos Militares Estaduais da


Polícia Militar do Estado do Paraná para utilização de espargidores químicos,
especificamente de CS e OC, nas atividades de Controle de Distúrbios Civis e ações
e operações policiais militares, propiciando o adestramento necessário para o uso de
tais instrumentos de menor potencial ofensivo no emprego operacional, segundo as
doutrinas de policiamento vigentes.

b. Regime de trabalho:

- Carga horária total: 05 (cinco) horas/aulas.

- Duração: 1 (um) dia letivo

c. Materiais necessários:

Espargidores químicos em quantidade suficiente para uso dos integrantes da


turma de modo que cada instruendo possa realizar um acionamento completo do
espargidor.

d. Modelo de QTS:

Horários Segunda
07:30 – 08:40
08:40– 09:30
09:30 – 09:40 INTERVALO
09:40 – 10:30
10:30 – 11:20
11:20 – 12:10
2. MATRIZ CURRICULAR:

Nº DE
ÁREA DISCIPLINAS C/H
ORDE M

FUNDAMENTAL 01 Direitos Humanos e Uso Seletivo da Força 01


02 Espargidores químicos 02
OPERACIONAL
03 Estudo de Casos 01
SOMA DA CARGA HORÁRIA DAS DISCIPLINAS: 04
AVALIAÇÃO: 01
TOTAL: 05

3. EMENTA:
Direitos Humanos e Uso Seletivo da Força; Espargidores químicos e estudo de
caso.

4. CONTEÚDOS:
a. Direitos Humanos e Uso Seletivo da Força

- Atribuições legais do militar estadual no Controle de Distúrbios Civis;

- A aplicação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU) no CDC;

- Código de Conduta para os Encarregados pela Aplicação da Lei;

- Princípios Básicos sobre a Utilização da Força e de Arma de Fogo pelos


Encarregados pela Aplicação da Lei em Tumultos e Distúrbios Civis;
- Decálogo de Implantação do Programa de Armas Não Letais na Instituição;

- Escalonamento de esforços operacionais da PMPR na Gestão de Multidões e


em Operações de Choque;
- Uso seletivo da força e a legalidade no emprego de espargidores químicos;

- Responsabilidade dos comandantes de fração de tropa e dos operadores de


espargidores químicos no Controle de Distúrbios Civis e no restabelecimento da
ordem pública.
b. Espargidores químicos

- Legislação administrativa referente à utilização de espargidores químicos em


ações de controle de distúrbios civis e de restabelecimento da ordem;
- Forma técnica de utilização dos espargidores químicos utilizados em CDC
e outras operações e ações policiais;

- Características de cada tipo de espargidor químico;

- Descontaminação de pessoas submetidas aos agentes CS e OC.

c. Estudo de casos

- Forma correta de uso dos espargidores químicos em ações de Controle de


Distúrbios Civis e demais operações e ações policiais;
- Lesões sofridas por pessoas expostas aos espargidores químicos, atentando
para a não letalidade;
- Características de cada tipo de espargidor químico.

5. REFERÊNCIAS:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, Brasília, DF: Senado,
1988.

BRASIL. Decreto Federal nº 3.665, de 20 de novembro de 2000 – Regulamento


para Fiscalização de Produtos Controlados (R-105), Brasília, DF: Senado, 2000.

BRASIL. Lei Federal nº 13.060, de 22 de dezembro de 2014 - Disciplina o uso dos


instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança
pública, em todo o território nacional, Brasília, DF: Senado, 2014.

BRASIL. Portaria Interministerial nº 2, de 15 de dezembro de 2010, SEDH/MJ,


Estabelece as Diretrizes Nacionais de Promoção e Defesa dos Direitos
Humanos dos Profissionais de Segurança Pública, Brasília, DF: Senado, 2010.

BRASIL. Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de dezembro de 2010 - Estabelece


Diretrizes sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública, Brasília,
DF: Senado, 2010.

CONDOR TECNOLOGIAS NÃO-LETAIS. Catálogo de Ficas Técnicas. Rio de


Janeiro: Welses Itage, 2019.

PARANÁ. Constituição do Estado do Paraná, Paraná, 1989.

PARANÁ. Decreto Estadual nº 1.238, de 04 de maio de 2015 - Aprimora a


normatização e padroniza o uso de instrumentos de menor potencial ofensivo
pelos operadores de segurança pública, Paraná, 2015.

PARANÁ. Lei Estadual nº 16.575, de 28 de setembro de 2010 – Lei de Organização


Básica (LOB), Paraná, 2010.

PARANÁ. PMPR. Diretriz nº 004, de 16 de junho de 2000 – Diretriz Geral de


Planejamento e Emprego da PMPR, Curitiba: PMPR, 2000.

PARANÁ. PMPR. Portaria do Comando Geral nº 330, de 14 de março de 2014 –


Portaria de Ensino, Curitiba: PMPR, 2014.

Resolução nº 34, de 17 de dezembro de 1979 - Código de Conduta para


Encarregados pela Aplicação da Lei da ONU, 1979.

Resolução nº 40, de 29 de novembro de 1985 - Princípios Básicos sobre a


Utilização da Força e Armas de Fogo pelos Funcionários responsáveis pela
Aplicação da Lei, ONU: 1985.

Resolução nº 217-A, de 10 de dezembro de 1948 - Declaração Universal de


Direitos Humanos da ONU, 1948.

6. AVALIAÇÃO:

a. A avaliação da aprendizagem deverá ser realizada por meio da sujeição do


discente a uma única Verificação de Aprendizagem (VA) para as disciplinas
previstas no item 3 (conteúdos). Os discentes serão avaliados em uma única uma
h/a e sua nota será variável de 0,0 (zero) a 10,0 (dez);
b. O discente deverá obter média 7,0 (sete). Caso obtenha nota inferior, será
considerado inapto;
c. As notas atribuídas aos discentes deverão variar de 0,0 (zero) a 10, 0 (dez),
aproximados a décimos, conforme tabela abaixo:

GRAUS CONCEITO

0,1 à 6,99 Inapto


7,00 à 10,0 Apto

d. Para que obtenha o conceito APTO, o instruendo deverá possuir 100% de


frequência na atividade;

7. PRESCRIÇÕES DIVERSAS:

a. A fim de permitir que o operador tenha controle da ocorrência numa possível


contaminação é interessante que os discentes tenham contato com o agente
químico em exercício controlado pelo instrutor;
b. O nivelamento objeto do presente currículo capacita o militar estadual, nível
multiplicador, à capacitação de novos operadores e ao uso de espargidores
químicos em ocorrências policiais.
ANEXO B – NIVELAMENTO PARA HABILITAÇÃO DE INSTRUTORES
MULTIPLICADORES e OPERADORES DE DISPOSITIVO ELÉTRICO
INCAPACITANTE – NHIMO – DEI

1. PLANEJAMENTO DO NIVELAMENTO:
a. Objetivo geral:

Proporcionar conhecimentos técnicos e práticos aos Militares Estaduais da


Polícia Militar do Estado do Paraná para utilização de dispositivo elétrico
incapacitante - DEI, especificamente o modelo CONDOR SPARK DSK 700 e/ou
TASER M26, nas ações e operações policiais, propiciando o adestramento
necessário para o uso de tal armamento no emprego operacional, segundo técnicas
e legislação vigentes.

b. Regime de trabalho:

- Carga horária total: 10 (dez) horas/aulas.

- Duração: 1 (um) dia letivo.

c. Materiais necessários:

- Armamento suficiente para a quantidade de alunos;

- Baterias reservas em quantidade suficiente para o número de alunos;

- Dois cartuchos por aluno;

- Alvos de papelão e manequins para disparo.

d. Modelo de QTS:

Horários Segunda Horários Segunda


07:30 – 08:20 14:10 – 15:00
08:20 – 09:10 15:00 – 15:50
09:10 – 10:00 15:50 – 16:00 INTERVALO
10:00 – 10:10 INTERVALO 16:00 – 16:50
10:10 – 11:00 16:50 – 17:40
11:00 – 11:50 17:40 – 18:30
11:50 – 12:40
12:40 – 13:20 ALMOÇO
13:20 – 14:10
2. MATRIZ CURRICULAR:

Nº DE
ÁREA ORDEM DISCIPLINAS C/H

FUNDAMENTAL 01 Direitos Humanos e Uso Seletivo da Força 02


DEI - CONDOR SPARK DSK 700 e/ou
02 TASER M26 02
PROFISSIONAL
03 Manuseio do armamento 03
04 Estudo de casos 02
SOMA DA CARGA HORÁRIA DAS DISCIPLINAS: 09
AVALIAÇÃO: 01
TOTAL: 10

3. EMENTA:

- Direitos Humanos e Uso Seletivo da Força;

- Dispositivo SPARK DSK 700/TASER M26;

- Manuseio da SPARK DSK 700/TASER M26;

- Estudo de casos.

4. CONTEÚDOS:
a. Direitos Humanos e Uso Seletivo da Força

- Aspectos legais do Militar Estadual no restabelecimento da ordem;

- Aplicação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU);

- Código de Conduta para os Encarregados pela Aplicação da Lei;

- Princípios Básicos sobre a Utilização da Força e de Arma de Fogo pelos


Encarregados pela Aplicação da Lei em ocorrências policiais;
- Necessidade do Decálogo de Implantação do Programa de Armas Não Letais
na Instituição;
- Escalonamento de esforços operacionais da PMPR no restabelecimento da
ordem pública;
- Uso Seletivo da Força e a Legalidade no emprego do Dispositivo Elétrico
Incapacitante;
- Responsabilidade dos comandantes de fração de tropa e dos operadores do
Dispositivo Elétrico Incapacitante no restabelecimento da Ordem Pública.

b. Dispositivo SPARK DSK 700/TASER M26

- Legislação administrativa referente á utilização do dispositivo elétrico


incapacitante em ações e operações policiais;
- Definições, terminologias e características dos DEI;

- Forma técnica de manuseio dos DEI’s, em ações e operações policiais, bem


como interpretar as informações do display do armamento;
- Avaliação e decisão de tiro na utilização do dispositivo elétrico incapacitante.

c. Manuseio da SPARK DSK 700/TASER M26

- Manuseio prático do dispositivo elétrico incapacitante;

- Cuidados com o dispositivo elétrico incapacitante;

- Medidas de segurança como distância e local de disparo para a não letalidade.

d. Estudo de casos

- Forma correta de uso do dispositivo elétrico incapacitante em ações e


operações policiais, ou seja, saber identificar o momento apropriado de disparo,
através do estudo de caso;
- Lesões sofridas por pessoas em diversos locais do corpo atingidos por dardos
da SPARK/TASER, atentando para a não letalidade, bem como o correto
atendimento ao ferido.

5. REFERÊNCIAS:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF:
Senado,1988;

BRASIL. Decreto Federal nº 3.665, de 20 de novembro de 2000 – Regulamento


para Fiscalização de Produtos Controlados (R-105), Brasília, DF: Senado, 2000.

BRASIL. Decreto Federal nº 10.030, de 30 de setembro de 2019, de 20 de


novembro de 2000 - Aprova o Regulamento de Produtos Controlados, Brasilia,
DF: Senado.

BRASIL. Lei Federal nº 13.060, de 22 de dezembro de 2014 - Disciplina o uso


dos instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança
pública, em todo o território nacional, Brasilia, DF:Senado, 2014.

BRASIL. Portaria Interministerial nº 2, de 15 de dezembro de 2010, SEDH/MJ,


estabelece as Diretrizes Nacionais de Promoção e Defesa dos Direitos
Humanos dos Profissionais de Segurança Pública, Brasília, DF: Senado, 2010.

BRASIL. Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de dezembro de 2010 -


Estabelece Diretrizes sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança
Pública, Brasília, DF: Senado, 2010.

CONDOR TECNOLOGIAS NÃO-LETAIS. Catálogo de Ficas Técnicas. Rio de


Janeiro: Welses Itage, 2019.

PARANÁ. Constituição do Estado do Paraná, Paraná, 1989.

PARANÁ. Decreto Estadual nº 1.238, de 04 de maio de 2015 - Aprimora a


normatização e padroniza o uso de instrumentos de menor potencial ofensivo
pelos operadores de segurança pública, Paraná, 2015.

PARANÁ. Lei Estadual nº 16.575, de 28 de setembro de 2010 – Lei de


Organização Básica (LOB), Paraná, 2010.

PARANÁ. PMPR. Diretriz nº 004, de 16 de junho de 2000 – Diretriz Geral de


Planejamento e Emprego da PMPR, Curitiba: PMPR, 2000.

PARANÁ. PMPR. Diretriz nº 004, de 21 de setembro de 2015 – Diretriz de “Uso


Seletivo ou Diferenciado da Força”, Curitiba: PMPR, 2014.

PARANÁ. PMPR. Diretriz nº 008, de 21 de setembro de 2015 – Diretriz de


Controle Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da
PMPR, Curitiba: PMPR, 2014.
PARANÁ. PMPR. Portaria do Comando Geral nº 330, de 14 de março de 2014 –
Portaria de Ensino, Curitiba: PMPR, 2014.

Resolução nº 34, de 17 de dezembro de 1979 - Código de Conduta para


Encarregados pela Aplicação da Lei da ONU, 1979.

Resolução nº 40, de 29 de novembro de 1985 - Princípios Básicos sobre a


Utilização da Força e Armas de Fogo pelos Funcionários responsáveis pela
Aplicação da Lei, ONU: 1985.

Resolução nº 217-A, de 10 de dezembro de 1948 - Declaração Universal de


Direitos Humanos da ONU, 1948.

6. AVALIAÇÃO:
a. A avaliação da aprendizagem deverá ser realizada por meio da sujeição do
discente a uma única Verificação de Aprendizagem (VA) para as disciplinas previstas
no item 3 (conteúdos). Os discentes serão avaliados em uma única uma h/a e sua
nota será variável de 0,0 (zero) a 10,0 (dez);
b. O discente deverá obter média 7,0 (sete). Caso obtenha nota inferior, será
considerado inapto;
c. As notas atribuídas aos discentes deverão variar de 0,0 (zero) a 10,
0 (dez), aproximados a décimos, conforme tabela abaixo:

GRAUS CONCEITO

0,1 à 6,99 Inapto


7,00 à 10,0 Apto

d. Para que obtenha o conceito APTO, o instruendo deverá possuir 100% de


frequência na atividade;
e. Serão destinadas duas horas/aula para aplicação da Verificação de
Aprendizagem.
7. PRESCRIÇÕES DIVERSAS:

a. A capacitação objeto do presente currículo habilita o militar estadual, nível


operador e multiplicador de conhecimento, ao uso de Dispositivos Elétricos
Incapacitantes (DEI), restrito ao modelo CONDOR SPARK DSK 700 e/ou TASER
M26, em ocorrências policiais, sendo considerados OPERADORES os alunos da
graduação de Cabo e Soldado, e MULTIPLICADORES os alunos do posto de Oficial
e na graduação de Subtenente/Sargento;

b. O nivelamento será realizado em período integral, ficando o Militar Estadual à


disposição do Nivelamento;
c. Manuseio do armamento/ Prática:

- Cada aluno deverá realizar o manuseio prático do dispositivo, colocação do


dardo, acionamento das teclas do gatilho, interpretação das informações do display,
interrupção do ciclo, atualização utilizando o data kit;
- Conforme disponibilidade de material para a instrução, o aluno deverá executar
02 (dois) disparos com o dispositivo elétrico incapacitante com cartucho ativo para
analisar o comportamento do equipamento durante o disparo, bem como, avaliar
angulação dos dardos (arco voltaico) ao atingir o alvo;
- Os alunos devem realizar os disparos em distâncias entre 4 e 6 m;

- Os alunos devem sentir o efeito do equipamento DEI através do contato direto


com a centelha, e da carga elétrica gerada pelo cartucho através da utilização de
bicos tipo jacaré em substituição aos dardos. Tal instrução deve ser ministrada para
o aluno perceber a eficiência do equipamento e verificar a quantidade de tempo para
incapacitação do alvo.
ANEXO C – NIVELAMENTO PARA HABILITAÇÃO DE OPERADORES DE
GRANADAS POLICIAIS – NHO – GP

1. PLANEJAMENTO DO NIVELAMENTO:
a. Objetivo geral:

Proporcionar conhecimentos técnicos e práticos aos Militares Estaduais da


Polícia Militar do Estado do Paraná para utilização de granadas policiais em uso na
PMPR, nas atividades de Controle de Distúrbios Civis, possibilitando a capacitação
necessária para o uso de tais IMPO (Instrumento de Menor Potencial Ofensivo) no
emprego operacional, segundo a legislação vigente em âmbito nacional e estadual,
diretriz CG nº 008/2015, "CONTROLE, SEGURANÇA, E EMPREGO DE
INSTRUMENTOS NÃO LETAIS NO ÂMBITO DA PMPR", demais normas internas e
Doutrina de Policiamento de Choque institucional;

b. Regime de trabalho:

- Carga horária total: 28 (vinte e oito) horas/aulas;

- Duração: 3 (três) dias letivos.

c. Materiais necessários:

- 10 Munições de Impacto Controlado por aluno;

- Gasolina;

- 5 granadas explosivas (diversas) por aluno;

- 2 granadas fumígenas (diversas) por aluno;

- Leitor de chip de rastreabilidade;

- Manequim ou alvos de papelão com suporte.

d. Modelo de QTS:

Horários Segunda Terça Quarta


07:30 – 08:20
08:20 – 09:10
09:10 – 10:00
10:00 – 10:10 INTERVALO INTERVALO INTERVALO
10:10 – 11:00
Horários Segunda Terça Quarta
11:00 – 11:50
11:50 – 12:40
12:40 – 13:20 ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO
13:20 – 14:10
14:10 – 15:00
15:00 – 15:50
15:50 – 16:00 INTERVALO INTERVALO INTERVALO
16:00 – 16:50
16:50 – 17:40
17:40 – 18:30
18:30 – 19:20 JANTAR JANTAR JANTAR
19:20 – 20:10
20:10 – 21:00
21:00 – 21:50

2. MATRIZ CURRICULAR:

Nº DE
ÁREA ORDEM DISCIPLINAS C/H

FUNDAMENTAL
01 Direitos Humanos, Uso Diferenciado da Força e 05
Estudos de Casos.
02 Granadas policiais 05

03 Agentes químicos 03
OPERACIONAL
04 Máscaras contra gases 03

Emprego Técnico e Tático de CDC com utilização


05 10
de Granadas Policiais.
CARGA HORÁRIA DAS DISCIPLINAS: 26
AVALIAÇÃO: (teórica/prática) 02
TOTAL: 28

3. EMENTA:

- Direitos Humanos e Uso Seletivo da Força;

- Granadas policiais;

- Agentes químicos;

- Máscaras contra gases;


- Emprego técnico e tático de CDC com utilização de granadas policiais.

4. CONTEÚDOS:

a. Direitos Humanos e Uso Seletivo da Força

- Atribuições legais do militar estadual no Controle de Distúrbios Civis;

- A aplicação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU) no CDC;

- Código de Conduta para os Encarregados pela Aplicação da Lei;

- Princípios básicos sobre a Utilização da Força e de Arma de Fogo pelos


Encarregados pela Aplicação da Lei em Tumultos e Distúrbios Civis;
- A necessidade do Decálogo de Implantação do Programa de Armas Não Letais
na Instituição;
- O escalonamento de esforços operacionais da PMPR na Gestão de Multidões e
em Operações de Choque;
- Uso Diferenciado da força e a legalidade no emprego de granadas policiais;

- Responsabilidade dos comandantes de fração de tropa e dos operadores de


granadas policiais no Controle de Distúrbios Civis e no restabelecimento da Ordem
Pública;
- Forma correta de uso das granadas policiais em ações de Controle de
Distúrbios Civis, ou seja, saber diferenciar qual munição mais adequada para
determinada situação;
- As lesões sofridas por pessoas em diversos locais do corpo atingidos pelas
granadas policiais, atentando para a não letalidade;
- Características de cada tipo de granada policial.

b. Granadas policiais

- Conceito e classificação das granadas, quanto ao tipo e funcionamento;

- Características de cada tipo de granadas policiais;

- Efeitos produzidos por cada granada policial e sua aplicabilidade nas ações de
CDC;

- Forma técnica para utilizar as diversas granadas policiais, utilizadas em CDC;


- Sequência de funcionamento das granadas policiais;

- Forma de desmantelamento das granadas policiais;

- Identificação de granada policial que apresentou falha durante a sua utilização


nas ações e operações de CDC;
- Melhor procedimento operacional de desmantelamento da granada policial que
apresentou falha durante sua utilização.

c. Agentes químicos

- Conceito e classificação dos agentes químicos;

- Agentes químicos utilizados na PMPR;

- Características de cada tipo de agente químico utilizados na PMPR;

- Efeitos fisiológicos dos agentes químicos e formas de descontaminação;

- Cuidados durante a utilização dos agentes químicos nas ações e operações de


CDC;

- Forma técnica de utilização dos agentes químicos, utilizados em CDC.

d. Máscara contra gases

- Histórico e classificação das máscaras contra gases;

- Modelos de máscaras contra gases na PMPR;

- Características de cada tipo e modelos das máscaras contra gases utilizados


na PMPR;

- Componentes das máscaras contra gases;

- Forma correta de utilização e cuidados com as máscaras contra gases;

- Cuidados como o armazenamento e limpeza das máscaras contra gases;

- Exercício prático sobre colocação das máscaras contra gases em ambiente


contaminado com agente químico, realizando a descontaminação da máscara contra
gases.

e. Emprego técnico e tático de CDC com utilização de granadas policiais


- Exercício prático de lançamento de granadas policiais:

- O emprego correto da granada policial de acordo com o uso diferenciado da


força;

- Cuidados no uso de granadas explosivas e de emissão;

- Procedimento operacional para o desmantelamento da granada policial, caso


apresente defeito durante o seu funcionamento.

5. REFERÊNCIAS:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado,
1988.

BRASIL. Decreto Federal nº 3.665, de 20 de novembro de 2000 – Regulamento


para Fiscalização de Produtos Controlados (R-105), Brasília, DF: Senado, 2014.

BRASIL. Decreto Federal nº 10.030, de 30 de setembro de 2019, de 20 de novembro


de 2000 - Aprova o Regulamento de Produtos Controlados, 2019.

BRASIL. Lei Federal nº 13.060, de 22 de dezembro de 2014 - Disciplina o uso dos


instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública,
em todo o território nacional, Brasília, DF: Senado, 2014.

BRASIL. Portaria Interministerial nº 2, de 15 de dezembro de 2010, SEDH/MJ,


estabelece as Diretrizes Nacionais de Promoção e Defesa dos Direitos
Humanos dos Profissionais de Segurança Pública, Brasília, DF: Senado, 2010.

BRASIL. Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de dezembro de 2010 - Estabelece


Diretrizes sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública, Brasília,
DF: Senado, 2010.

CONDOR TECNOLOGIAS NÃO-LETAIS. Catálogo de Ficas Técnicas. Rio de


Janeiro: Welses Itage, 2019.
PARANÁ. Constituição do Estado do Paraná, 1989.

PARANÁ. Decreto Estadual nº 1.238, de 04 de maio de 2015 - Aprimora a


normatização e padroniza o uso de instrumentos de menor potencial ofensivo
pelos operadores de segurança pública, Paraná 2015.

PARANÁ. Lei Estadual nº 16.575, de 28 de setembro de 2010 – Lei de Organização


Básica (LOB), Paraná, 2010.

PARANÁ. PMPR. Diretriz nº 004, de 16 de junho de 2000 – Diretriz Geral de


Planejamento e Emprego da PMPR, Curitiba: PMPR, 2000.

PARANÁ. PMPR. Diretriz nº 004, de 21 de setembro de 2015 – Diretriz de “Uso


Seletivo ou Diferenciado da Força”, Curitiba: PMPR, 2014.

PARANÁ. PMPR. Diretriz nº 008, de 21 de setembro de 2015 – Diretriz de Controle


Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da PMPR,
Curitiba: PMPR, 2015.

PARANÁ. PMPR. Portaria do Comando Geral nº 330, de 14 de março de 2014 –


Portaria de Ensino, Curitiba: PMPR, 2014.

Resolução nº 34, de 17 de dezembro de 1979 - Código de Conduta para


Encarregados pela Aplicação da Lei da ONU, 1979.

Resolução nº 40, de 29 de novembro de 1985 - Princípios Básicos sobre a


Utilização da Força e Armas de Fogo pelos Funcionários responsáveis pela
Aplicação da Lei, ONU: 1985.

Resolução nº 217-A, de 10 de dezembro de 1948 - Declaração Universal de


Direitos Humanos da ONU, 1948.
6. AVALIAÇÃO:

a. A avaliação da aprendizagem deverá ser realizada por meio da sujeição do


discente a uma única Verificação de Aprendizagem (VA) para as disciplinas previstas
no item 3 (conteúdos). Os discentes serão avaliados em uma única uma h/a e sua
nota será variável de 0,0 (zero) a 10,0 (dez);
b. O discente deverá obter média 7,0 (sete). Caso obtenha nota inferior, será
considerado inapto;
c. As notas atribuídas aos discentes deverão variar de 0,0 (zero) a 10, 0 (dez),
aproximados a décimos, conforme tabela abaixo:

GRAUS CONCEITO

0,1 à 6,99 Inapto


7,00 à 10,0 Apto

d. Para que obtenha o conceito APTO, o instruendo deverá possuir 100% de


frequência na atividade;
e. Serão destinadas duas horas/aula para aplicação da Verificação de
Aprendizagem.

7. PRESCRIÇÕES DIVERSAS:
a. As turmas para o Nivelamento serão compostas por no mínimo 12 (doze) e no
máximo 30 (trinta) Policiais Militares, os quais, pela necessidade do serviço que
atualmente prestam, serão capacitados como operadores de granadas policiais.
Devidamente publicado em Boletim Geral da corporação;
b. No inicio do Nivelamento deverá ser apresentado a documentação
comprobatória que estes Policiais Militares pertencem as tropas que realizam
intervenções ou operações de Controle de Distúrbios Civis e que estejam
devidamente indicados pelo comandante imediato e das OPMs, destas tropas.
(BOPE, Cia. e Pels. CHOQUE, BPFRON, ROTAMs e ROCAMs);
c. O Nivelamento será realizado em período integral, ficando o Policial Militar à
disposição do Nivelamento;
d. O instrutor responsável deverá:

- Cumprir todos os ritos de segurança referentes ao emprego de agentes


químicos, visando coibir qualquer ocorrência de incidente ou acidente durante a
instrução;
- Realizar as aulas práticas em local apropriado;

- Indicar um instrutor adjunto para auxiliar nas aulas práticas;

- Estabelecer a unidade de saúde mais próxima do local da aula, para eventual


socorro de ferido;
- Prever apoio de viatura PM no local de aula prática, para eventual socorro, ou
contatar o Corpo de Bombeiros mais próximo para apoio.
ANEXO D – NIVELAMENTO PARA HABILITAÇÃO DE OPERADORES DE
MUNIÇÃO DE IMPACTO CONTROLADO – NHO – MIC

1. PLANEJAMENTO DO NIVELAMENTO:
a. Objetivo geral:

Proporcionar conhecimentos técnicos e práticos aos Militares Estaduais da


Polícia Militar do Estado do Paraná para utilização de Munições de Impacto
Controlado (MIC), especificamente de elastômero no Gauge Cal. 12, nas atividades
de Controle de Distúrbios Civis, possibilitando a capacitação necessária para o uso
de tais munições no emprego operacional, segundo a Doutrina de Policiamento de
Choque e legislação vigente.

b. Regime de trabalho:

- Carga horária total: 20 (vinte) horas/aulas;

- Duração: 2 (dois) dias letivos.

c. Materiais necessários:

- 20 munições SG por aluno;

- 10 Munições de Impacto Controlado por aluno, sendo ao menos 4 munições


singulares;

- Alvos de papelão;

- Alvos silhueta humana.

d. Modelo de QTS:

Horários Segunda Terça


07:30 – 08:20
08:20 – 09:10
09:10 – 10:00
10:00 – 10:10 INTERVALO INTERVALO
10:10 – 11:00
11:00 – 11:50
11:50 – 12:40
12:40 – 13:20 ALMOÇO ALMOÇO
13:20 – 14:10
Horários Segunda Terça
14:10 – 15:00
15:00 – 15:50
15:50 – 16:00 INTERVALO INTERVALO
16:00 – 16:50
16:50 – 17:40
17:40 – 18:30
18:30 – 19:20 JANTAR JANTAR
19:20 – 20:10
20:10 – 21:00
21:00 – 21:50

2. MATRIZ CURRICULAR:

Nº DE
ÁREA DISCIPLINAS C/H
ORDEM
FUNDAMENTAL Direitos Humanos, Uso Diferenciado da Força
01 e Estudos de casos. 05

Armamento (Espingarda Gauge Cal.12) e


02 Munições (MIC) 04
PROFISSIONAL
Tiro e Tática de CDC com Munição de
03
Impacto Controlado 10
CARGA HORÁRIA DAS DISCIPLINAS: 19
AVALIAÇÃO: 01
TOTAL: 20

3. EMENTA:
Direitos Humanos e Uso Seletivo da Força; Armamento (Espingarda Gauge
Cal.12) e Munições (MIC); Tiro e Tática de CDC com Munição de Impacto
Controlado.

4. CONTEÚDOS:
a. Direitos Humanos e Uso Seletivo da Força

- Atribuições legais do militar estadual no Controle de Distúrbios Civis;

- Aplicação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU) no CDC;

- Código de Conduta para os Encarregados pela Aplicação da Lei;

- Princípios Básicos sobre a Utilização da Força e de Arma de Fogo pelos


Encarregados pela Aplicação da Lei em Tumultos e Distúrbios Civis;
- Necessidade do Decálogo de Implantação do Programa de Armas Não Letais
na Instituição;

- Escalonamento de esforços operacionais da PMPR na Gestão de Multidões e


em Operações de Choque;
- Uso Diferenciado da força e a legalidade no emprego de munições de impacto
controlado;
- Responsabilidade dos comandantes de fração de tropa e dos operadores de
munição de impacto controlado no Controle de Distúrbios Civis e no
restabelecimento da ordem pública;
- Forma correta de uso das munições de impacto controlado em ações de
Controle de Distúrbios Civis, ou seja, saber diferenciar qual munição mais adequada
para determinada situação;
- Lesões sofridas por pessoas em diversos locais do corpo atingidos pelas
munições de impacto controlado, atentando para a não letalidade;
- Características de cada tipo de munição de impacto controlado.

b. Armamento (Espingarda Gauge Cal.12)

- Legislação administrativa referente à utilização de munições de impacto


controlado em ações de controle de distúrbios civis e de restabelecimento da ordem;
- Forma técnica de utilização das munições de impacto controlado utilizados em
CDC;

- Características de cada tipo de munição de impacto controlado;

- Forma técnica de utilização da espingarda Gauge Cal.12 com munições de


impacto controlado, utilizados em CDC.

c. Tiro e Tática de CDC com Munição de Impacto Controlado

- Montagem e desmontagem da espingarda Gauge Cal. 12;

- Manutenção de primeiro escalão;

- Medidas de segurança como distância e local de disparo para evitar a


letalidade;

- Formas de solucionar problemas de funcionamento no armamento em


situações adversas;
- Manuseio e acionamento do armamento em situações de estresse, nas
diversas situações de Controle de Distúrbios Civis em ações e operações de choque.

5. REFERÊNCIAS:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, Brasília, DF: Senado,
1988.

BRASIL. Decreto Federal nº 3.665, de 20 de novembro de 2000 – Regulamento


para Fiscalização de Produtos Controlados (R-105), Brasília, DF: Senado, 2000.

BRASIL. Decreto Federal nº 10.030, de 30 de setembro de 2019, de 20 de novembro


de 2000 - Aprova o Regulamento de Produtos Controlados; Brasília, DF: Senado,
2010.

BRASIL. Lei Federal nº 13.060, de 22 de dezembro de 2014 - Disciplina o uso dos


instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança
pública, em todo o território nacional, Brasília, DF: Senado, 2014.

BRASIL. Portaria Interministerial nº 2, de 15 de dezembro de 2010, SEDH/MJ,


Estabelece as Diretrizes Nacionais de Promoção e Defesa dos Direitos
Humanos dos Profissionais de Segurança Pública, Brasília, DF: Senado, 2010.

BRASIL. Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de dezembro de 2010 - Estabelece


Diretrizes sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública, Brasília,
DF: Senado, 2010.

COMPANHIA BRASILEIRA DE CARTUCHOS. Pump Military 3.0: Manual do


Proprietário. Disponível em: http://www.cbc.com.br/wp-content/uploads/2018/11
/Manual-Espingarda-Pump-Military-3.0.pdf. Acesso em 18 nov. 2020.

PARANÁ. Constituição do Estado do Paraná, Paraná, 1989.

PARANÁ. Decreto Estadual nº 1.238, de 04 de maio de 2015 - Aprimora a


normatização e padroniza o uso de instrumentos de menor potencial ofensivo
pelos operadores de segurança pública, Paraná 2015.

PARANÁ. Lei Estadual nº 16.575, de 28 de setembro de 2010 – Lei de Organização


Básica (LOB), Paraná, 2010.

PARANÁ. PMPR. Diretriz nº 004, de 16 de junho de 2000 – Diretriz Geral de


Planejamento e Emprego da PMPR, Curitiba: PMPR, 2000.

PARANÁ. PMPR. Diretriz nº 008, de 21 de setembro de 2015 – Diretriz de Controle


Segurança e Emprego de Instrumentos Não Letais no Âmbito da PMPR,
Curitiba: PMPR, 2014.

PARANÁ. PMPR. Portaria do Comando Geral nº 330, de 14 de março de 2014 –


Portaria de Ensino, Curitiba: PMPR, 2014.

Resolução nº 34, de 17 de dezembro de 1979 - Código de Conduta para


Encarregados pela Aplicação da Lei da ONU, 1979.

Resolução nº 217-A, de 10 de dezembro de 1948 - Declaração Universal de


Direitos Humanos da ONU, 1948.

6. AVALIAÇÃO:

a. A avaliação da aprendizagem deverá ser realizada por meio da sujeição do


discente a uma única Verificação de Aprendizagem (VA) para as disciplinas previstas
no item 3 (conteúdos). Os discentes serão avaliados em uma única uma h/a e sua
nota será variável de 0,0 (zero) a 10,0 (dez);
b. O discente deverá obter média 7,0 (sete). Caso obtenha nota inferior, será
considerado inapto;
c. As notas atribuídas aos discentes deverão variar de 0,0 (zero) a 10, 0 (dez),
aproximados a décimos, conforme tabela abaixo:
GRAUS CONCEITO

0,1 à 6,99 Inapto


7,00 à 10,0 Apto

d. Para que obtenha o conceito APTO, o instruendo deverá possuir 100% de


frequência na atividade;
e. Serão destinadas duas horas/aula para aplicação da Verificação de
Aprendizagem.

7. PRESCRIÇÕES DIVERSAS:

a. As turmas para habilitação em MIC (Munição de Impacto Controlado) serão


compostas por no mínimo 12 (doze) e no máximo 24 (vinte e quatro) policiais
militares, os quais deverão necessariamente estar capacitados como operadores de
armamento Espingarda Cal. 12, devidamente publicado em Boletim Interno da OPM;
b. No inicio da habilitação deverá ser apresentado a documentação comprobatória
da habilitação em Espingarda Cal. 12;
c. O Nivelamento objeto do presente currículo capacita o militar estadual em
NÍVEL OPERADOR, ao uso de munições de impacto controlado (MIC) em
ocorrências policiais;
d. O instrutor responsável deverá:

- Cumprir todos os ritos de segurança referente ao emprego de arma de fogo,


visando coibir qualquer ocorrência de incidente ou acidente de tiro;
- Realizar as aulas práticas de tiro em local apropriado;

- Indicar um instrutor adjunto, para auxiliar nas aulas práticas;

- Estabelecer a unidade de saúde mais próxima do local da aula, para eventual


socorro de ferido;

- Prever apoio de viatura PM no local de aula prática, para eventual socorro, ou


contatar o Corpo de Bombeiros mais próximo para apoio.

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