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PRÉ-ENEM

BIOLOGIA
Tema 1: Biologia Celular

Adriana de Mendonça
Marques
SUMÁRIO

CAPÍTULO 0 1- Origem da Vida ...............................04

CAPÍTULO 02- Química dos seres vivos ..................... 15

CAPÍTULO 03- Citologia ....................................... 32


CAPÍTULO 2
QUÍMICA DOS SERES
VIVOS
2.1 COMPOSIÇÃO QUÍMICA
DOS SERES VIVOS
A matéria que forma os seres vivos é constituída
por átomos, assim matéria inanimada. Simbolizando
que tanto a matéria viva, quanto a inanimada estão
sujeitas às mesmas leis naturais que regem o universo
conhecido.
Porém na matéria viva, certos elementos
químicos sempre estão presentes e em proporção
bem maior que na matéria não vida. Esses elementos
são o CARBONO (C), o HIDROGÊNIO (H),
OXIGÊNIO (O), NITROGÊNIO (N) e em menor
quantidade, o fósforo (P) e o enxofre (S). A Tabela
mostra a quantidade de alguns elementos presentes
no seres vivos e nos inanimados (Tabela 1)

Tab.1: Alguns elementos químicos em seres vivos e no mundo não


vivo.
Fonte: Amabis; Martho, 2010

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2.1 COMPOSIÇÃO QUÍMICA
DOS SERES VIVOS
Dezenas, centenas
e até mesmo milhões
de átomos desses
elementos se unem
por meio de ligações
químicas, formando
moléculas
constituintes dos
seres vivos, que são
chamadas
genericamente de
MOLÉCULAS
ORGÂNICAS, pois
são moléculas
presentes em todos
os seres vivos.
Entre essas NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO
substâncias, DOS SERES VIVOS.
destacam-se as Átomos reunidos formam
PROTEÍNAS, moléculas. Moléculas reunidas
GLICÍDIOS. formam as células. Várias células
LIPÍDIOS E formam tecidos. Vários tipos de
ÁCIDOS tecidos reunidos formam órgãos.
NUCLÉICOS. Vários órgãos reunidos formam os
sistemas.
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2.2 METABOLISMO
As células estão continuamente trocando seus
átomos e moléculas componentes. A maioria
das substâncias celulares é constantemente
degradada e substituídas por substâncias recém-
fabricadas. Essa atividade intensa de montagem
e desmontagem de substâncias requer energia ,
que a célula obtém pela quebra de certos tipos
de moléculas orgânicas, principalmente dos
glicídios. Além de fornecer a energia necessária
para a manutenção da vida, os nutrientes
orgânicos fornecem matéria prima para a célula
fabricar novas moléculas.
Então toda essa atividade de transformação
química que ocorre no interior da célula
constitui o METABOLISMO, palavra que vem
do grego com sentido de transformação, mudança.

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2.2 METABOLISMO
O metabolismo é geralmente dividido em
ANABOLISMO e CATABOLISMO.
Anabolismo refere-se a todos os processos
em que há produção de novas substâncias a
partir de substâncias mais simples (reação de
síntese). Exemplo: Fabricação de proteínas a
partir de aminoácidos
Catabolismo refere-se ao processo inverso,
as reações em que há degradação de substâncias
complexas em outras mais simples.

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2.3 A ÁGUA E OS SERES VIVOS
A maior parte da massa dos seres vivos é simplesmente
de água. Essa substância é responsável por mais de 70% da
massa do nosso corpo e dependendo do tecido essa
proporção varia , nos ossos a quantidade de água é de
20%, já no cérebro é 85%.
A molécula de água (H20) é formada por dois átomos
de hidrogênio (H) unidos covalentemente a um átomo de
oxigênio (O).
Como a força de atração é maior no núcleo do oxigênio
e este átomo é mais eletronegativo, essa diferença na
atração torna a molécula de água polarizada.
A água é um excelente solvente, sendo capaz de
dissolver, ou seja separar um grande variedade de
substâncias químicas, como sais, gases, açúcares,
aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos. A dupla
polaridade da água explica sua versatilidade com solvente,
pois a água pode se associar tanto com moléculas de carga
elétrica positiva, quanto negativa. Sais, açúcares, proteínas
, entre outras substâncias orgânicas tem afinidade com a
água, sendo chamadas de HIDROFÌLICAS. Enquanto
gorduras e outras substâncias que não tem carga elétricas,
isto é apolares, não se dissolvem em água, sendo chamadas
HIDROFÒBICAS.
Nos seres vivos a água participa nos processos de
transformações de moléculas orgânicas, onde nessas
reações químicas pode acontecer síntese ou a quebra da
molécula de água. Além de participar das reações a água
controla a quantidade de calor de uma reação dentro dos
seres vivos, entre outras funções importantes para os seres
vivos.

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2.4 GLICÍDIOS
Os glicídios, também chamados de
açúcares, carboidratos ou hidratos de
carbono, são moléculas orgânicas
constituídas fundamentalmente por átomos
de carbono, hidrogênio e oxigênio. A nome
hidratos de carbono deve-se ao fato de
átomos de hidrogênio e oxigênio ocorrerem,
nas moléculas de muitos carboidratos na
proporção de 2:1 (2 moléculas de
Hidrogênio para 1 de Oxigênio), sendo a
fórmula geral do carboidrato de C (H20).
Os carboidratos constituem a principal
fonte de energia para os seres vivos e estão
presentes em diversos tipos de alimentos. O
mel , por exemplo, contém o glicídio
chamado de glicose; a cana-de-açúcar é rica
em sacarose; o leite contém o açúcar lactose;
os frutos adocicados contém frutose,
principalmente.
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2.4 GLICÍDIOS
CLASSIFICAÇÃO DOS GLICÍDIOS
Os glicídios podem ser classificados de
acordo com o tamanho e organização de sua
molécula, em três grupos:
MONOSSACARÍDIOS, DISSACARÍDIOS E
POLISSACARÍDIOS.
MONOSSACARÍDIOS
São glicídios mais simples, que apresentam
entre 3 e 7 átomos de carbono na molécula e
fórmula geral de Cn(H2O)n . Isso significa
que um monossacarídeo com 6 átomos de
carbono tem sempre 12 átomos de
hidrogênio e 6 de oxigênio. O nome desses
açúcares recebe o sufixo –ose, que vem
precedida com indicativo da quantidade
carbonos da molécula. Exemplo: 3 carbonos
são conhecidos como TRIOSES .
Glicose, frutose e galactose são alguns dos
monossacarídeos mais conhecidos.

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2.4 GLICÍDIOS
CLASSIFICAÇÃO DOS GLICÍDIOS
DISSACARÍDIOS
São constituídos pela união de dois
monossacarídeos. A reação de um
dissacarídeo é uma síntese pela perda de um
molécula de água, um dos monossacarídeos
perde um hidrogênio (-H) e outra
monossacarídeo perde uma hidroxila (-OH)
e eles se unem por meio de uma ligação
química.
A sacarose, principal açúcar presente na
cana de açúcar, é um dissacarídeo formado
pela união de uma molécula de glicose a uma
frutose. Outro exemplo é a lactose, açúcar
do leite, constituído pela união de uma
glicose com uma galactose.

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2.4 GLICÍDIOS
CLASSIFICAÇÃO DOS GLICÍDIOS
POLISSACARÍDEOS
Compõem um grupo de glicídios cujas
moléculas não apresentam sabor adocicado,
embora sejam formadas pela união de
centenas ou mesmo milhares de
monossacarídios. Sendo moléculas
relativamente grandes, por isso são
consideradas macromoléculas.
Exemplos de polissacarídeo bem
conhecidos são o amido (formado de
monossacarídeos de glicose); o glicogênio
(também formado de glicose), a celulose
(monômero de glicose) e quitina (formado
de N-acetilglucosamina)

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2.4 GLICÍDIOS
METABOLISMO DA GLICOSE NO
CORPO HUMANO
A energia é necessária para o
funcionamento normal dos órgãos do corpo.
Muitos tecidos também podem utilizar
gordura ou proteína como fonte de energia,
mas outros, tais como células do cérebro e
glóbulos vermelhos só podem utilizar
glicose.
A glicose é armazenada no corpo como
glicogênio. O fígado é um importante
local de armazenagem de glicogênio. Assim
como o glicogênio é convertido em glicose
quando a concentração de glicose sanguínea
é baixa. Sendo uma reação metabólica de
anabolismo e catabolismo, anabolismo com a
síntese do glicogênio a partir da glicose e
catabolismo com a quebra de glicogênio em
glicose.
Essas reações são mediadas pelos
hormônios INSULINA e GLUCÁCON.
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2.5 LIPÍDIOS
O termo lipídio designa tipos de substância
orgânica cuja a principal característica é a
insolubilidade em água e a solubilidade em certos
solventes orgânicos.Sendo moléculas apolares, ou
seja destituídas de carga elétrica, por isso não tem
afinidade pelas moléculas polarizadas de água.
Classificação dos lipídios
Os principais tipos de lipídio são: glicerídeos,
representados pelos óleos e gorduras de origem
vegetal e animal ; ceras, produzidas pelas abelhas e
por algumas plantas como a carnaúba; carotenóides
(pigmentos amarelos e vermelhos de certas plantas,
como o tomate, cenoura, etc); fosfolipídios,
principais constituintes da membrana plasmática;
esteróides, representados pelo colesterol e por
hormônios animais.
A constituição dos glicerídeos é de moléculas de
álcool glicerol ligadas a uma, duas ou três moléculas
de ácidos graxos, neste último caso são os
TRIGLICÉRIDES. Eles constituem os óleos e as
gorduras , que diferem entre si quanto a uma
propriedade física,o ponto de fusão: enquanto os
óleos são líquidos à temperatura ambiente e as
gorduras são sólidas.

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2.5 LIPÍDIOS
O glicerol (C3H803) é um álcool cujas as
moléculas apresentam 3 átomos de carbono,
unidos por átomos de hidrogênio e de oxigênio .
Os ácidos graxos são formados por longas
cadeias de carbono e hidrogênio com um grupo
denominado carboxila (COOH) em uma das
suas extremidades.
Os seres vivos utilizam os glicerídeos como
reserva de energia, para momentos de
necessidade. Muitas plantas armazenam grande
quantidade de óleo nas suas sementes.
O consumo excessivo de alimentos
gordurosos pode causar risco à saúde,
principalmente de origem animal. Porém deve-
se manter uma dieta saudável com consumo em
quantidades adequadas de gordura e óleos, pois
elas são necessárias para o organismo absorver as
chamadas vitaminas lipossolúveis (vitaminas A,
D,E e K). Além da obtenção de lipídios
estruturais , que são importantes para a
construção da membrana celular.

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2.6 PROTEÍNAS
As proteínas são moléculas que desempenham
um papel importante na manutenção da
estrutura dos seres vivos, pois estão relacionadas
ao mecanismo de construção do corpo,
anabolismo.
As proteínas possuem um papel fundamental
no crescimento, já que muitas delas
desempenham papel estrutural nas células, isto
é, são componentes da membrana plasmática,
das organelas dotadas de membrana, do
citoesqueleto dos cromossomos etc. E para
produzir mais células é preciso mais proteína.
Sem elas não há crescimento normal. A
diferenciação e a realização de diversas reações
químicas componentes do metabolismo celular
dependem da paralisação de diversas reações
químicas componentes do metabolismo celular
dependem da participação de enzimas , uma
categoria de proteínas de defesa, chamadas
anticorpos. Sem eles, nosso organismo fica
extremamente vulnerável.
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2.6 PROTEÍNAS
Composição molecular das proteínas
Hoje sabemos que as moléculas de proteínas são
formadas por dezenas, centenas ou milhares de
moléculas de aminoácido, ligadas em sequencia
como os elos de uma corrente. Por serem
relativamente grandes em relação às outras
moléculas, as proteínas são consideradas
macromoléculas.
Aminoácidos
São moléculas orgânica formada por átomos de
carbono, hidrogênio , oxigênio e nitrogênio. Os
aminoácidos são unidos entre si por ligações,
conhecidas como ligações peptídicas, que se
estabelece com o grupo amina de um aminoácido e o
grupo carboxila do outro (Figura 1).

Figura 1: Estrutura do
aminoácido
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2.6 PROTEÍNAS
Estrutura das proteínas
As proteínas podem diferir uma das outras
nos seguintes aspectos: a) pela quantidade de
aminoácidos presentes na cadeia peptídica;
b)pelos tipos de aminoácidos presentes na
cadeia; c) pela sequência em que os aminoácidos
estão unidos na cadeia.
Teoricamente há um número imenso de
combinações possíveis entre os 20 tipos de
aminoácidos nas proteínas.
Na realidade, já foram identificados milhares
de tipos de proteínas nos organismos vivos,
calcula-se que no corpo de uma pessoa existam
entre 100 mil e 200 mil tipos diferentes de
proteínas.
As proteínas tem como fundamental
importância na estrutura dos seres vivos. A
forma das células acontece devido a presença do
citoesqueleto, que é constituído de filamentos
protéicos. Além da importância estrutural ,
algumas proteínas catalisam reações químicas
que acontecem no organismo, ou seja, as reações
químicas são estimuladas por proteínas especiais,
chamadas ENZIMAS.

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2.7 REFERÊNCIAS
AMABIS, J.M; MARTHO, G.R. Biologia -
Biologia das células: Origem da vida,
citologia e histologia, reprodução e
desenvolvimento. 3. ed. São Paulo: Moderna.
v. 1, 2010.

DAMINELI, A; DAMINELI D. S.C. Origem da


vida: Origem da vida II. São Paulo. Estudos
avançados, v21, n59, 2007.

LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F.


Biologia Hoje.São Paulo: Ed. Ática,v.1, 2011.
LOPES, S.; ROSSO, S. BIO. São Paulo: Ed.
Saraiva, v.1, 2010.

PAULINO, W. R. Biologia Atual. São Paulo:


Ed. Ática, v.1.1996.

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