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Resumo - Formas e características do Estado Moderno

por Gabriel Augusto do Nascimento Melo

A ideia de Estado Moderno surge como uma organização do poder das nações que
surgiu na Europa com o fim do feudalismo e que é vigente até os tempos atuais. Porém,
durante os diferentes períodos históricos pelos quais a humanidade atravessou desde o
final do período feudal no século XV, vários modelos e concepções de Estado foram
adotados.Dentre esses modelos, os mais comuns foram: Estado absolutista, Estado liberal,
Estado socialista, Estado nazifascista, Estado de bem-estar social e Estado neoliberal.
Esses serão os modelos explicados abaixo.
O Estado absolutista tem como figura central o rei ou uma assembleia, que detém
todo o Poder de uma nação, especialmente nas áreas de política, economia, justiça e
militar. O principal pensador absolutista foi Thomas Hobbes, que defendia que “o homem é
o lobo do homem”, frase que resumia o seu pensamento acerca do egoísmo da
humanidade. Para ele, os seres humanos eram muito egoístas para viverem em sociedade
de forma pacífica e harmônica, por isso precisavam abrir mão de suas liberdades individuais
cedendo o Poder a um soberano que ordenaria a sociedade, assegurando a paz.
O Estado liberal foi adotado a partir da Revolução Francesa para assegurar maior
liberdade individual e de comércio à burguesia. Nesse modelo, o Estado garante a ordem
da sociedade com a função principal de garantir a segurança e manutenção da propriedade
privada. O principal pensador liberal foi Adam Smith, que defendia a propriedade privada, a
não intervenção do Estado na economia e a liberdade de negociação de contrato entre
patrões e empregados.
O Estado socialista foi adotado pela primeira vez com a Revolução Russa em 1917,
que proporcionou a criação da União das Repúblicas Socialistas Sov­­iéticas (URSS). Nesse
modelo, o Estado é centralizado no Partido Comunista, que decide os planos econômicos
que vão regular todas as áreas da economia, o que ficou conhecido como economia
planificada. O principal pensador socialista é Karl Marx, mas Marx defendia que o Estado
socialista era apenas uma transição para o Comunismo, onde não existiria governo e
Estado e os trabalhadores teriam o controle dos meios de produção.
O Estado fascista foi adotado primeiramente na Itália, pelo ditador Benito Mussolini,
com o objetivo de restabelecer o Império romano conquistando novos territórios e
estabelecer um Estado forte com o Poder centralizado nas mãos de Mussolini. Nesse
modelo, o Estado é personificado em um partido único, com culto ao líder que tem
autoridade total, a oposição é proibida e perseguida, a economia é nacionalizada e as
expressões morais do governo interferem em todas as organizações públicas e privadas, na
vida social e na educação. Além do governo de Mussolini, houve variações do fascismo em
diversos países no século XX, como o Nazismo de Hitler, que exterminou 6 milhões de
judeus na Alemanha por meio de uma política autoritária e racista.
O Estado de bem-estar social foi adotado nos Estados Unidos e na Europa depois
da crise financeira de 1929, com o objetivo de reerguer as economias liberais. Nesse
modelo, o Estado intervém na economia capitalista para garantir direitos básicos, o pleno
emprego, estimular produção e consumo, mediar as relações de trabalho e dar assistência
aos necessitados.O principal pensador do bem-estar social foi John Keynes, que acreditava
que o Estado poderia ser o agente de avanços econômicos e sociais no capitalismo.
O Estado neoliberal foi adotado a partir de 1980, tendo como principais expoentes
os governantes Ronald Reagan nos Estados Unidos e Margaret Thatcher na Inglaterra.
Nesse modelo, o Estado é mínimo, ou seja, tem a menor interferência possível na
economia, deixando o Mercado se autorregular a partir da oferta e demanda, como foi
pensado por Adam Smith no século XVIII. Um dos principais pensadores do neoliberalismo
é Friedrich Hayek, que defendia que o Estado fracassa em intervir na economia por ela ser
dinâmica e estar em constante mutação.
Visto que ao decorrer do tempo os movimentos que culminaram na formação de
modelos de Estados foram se modernizando e atribuindo características próprias, sejam
elas benéficas ou maléficas para um determinado grupo social, dessa forma, se torna
irresoluto evidenciar um Estado ideal, mesmo que estes proporcionem uma certa melhora
no convívio social.
Portanto, dentre os estados sociais citados, podemos elucidar o Estado de
Bem-Estar Social como o modelo de gestão mais benéfico por proporcionar garantir
oportunidades iguais para todos os cidadãos através da distribuição de renda e a prestação
de serviços públicos como saúde e educação de qualidade. Entretanto, para que esse
estado funcione em sua plenitude é necessário que certos mecanismos sejam adotados
para diminuir as crises econômicas, como a dificuldade de harmonizar os gastos públicos
com o crescimento da economia capitalista.
Nesse sentido, é preciso que os governos que estejam estruturados nesse
movimento busquem cada vez mais ampliar os serviços assistenciais públicos, abarcando
as áreas de renda, habitação e previdência social, entre outras, e regulamentando as
atividades produtivas a fim de assegurar a geração de riquezas materiais junto com a
diminuição das desigualdades sociais.

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