INSTITUTO EDUCACIOANL FILADÉLFIA

LIONETE SILVA BARBOSA

PLANEJAMENTO ESCOLAR

ANAJATUBA – MA
2018
LIONETE SILVA BARBOSA

PLANEJAMENTO ESCOLAR
Projeto de Pesquisa apresentado ao
Curso de Graduação em Pedagogia do
Instituto Educacional Filadélfia para
obtenção do grau de Licenciatura Plena
em Pedagogia.
Orientador: Profº. Ms Valdeci Martins
Rego Filho

ANAJATUBA - MA
2018
1. INTRODUÇÃO
O planejamento marca a intencionalidade do processo educativo, mas
não pode ficar só na intenção, só na imaginação, na concepção. Ninguém diria
que não é necessário escrever o planejamento. A intencionalidade traduz-se no
traçar, programar, e documentar a proposta de trabalho do educador.
Documentando esse processo, o planejamento é instrumento orientador do
trabalho docente.
Planejar é analisar uma dada realidade, refletindo sobre as condições
existentes, e prever as formas alternativas de ação para superar as
dificuldades ou alcançar os objetivos desejados. Portanto, o planejamento é um
processo mental que envolve análise, reflexão e previsão. Nesse sentido,
planejar é uma atividade tipicamente humana, e está presente na vida de todos
os indivíduos, nos mais variados momentos. (HAYDT, 2006).
Com isso é necessário que todos os integrantes da escola façam um
contrato pedagógico, onde serão apresentados os princípios de cuidado e
educação, de organização dos espaços e objetos das linguagens e os temas
que a instituição deve desenvolver para cada faixa etária. Em outras palavras,
é necessário haver um planejamento coletivo, que garanta uma ótima aplicação
na prática do trabalho pedagógico, orientando e incentivando os professores a
desenvolverem seu trabalho com mais qualidade. Mas, infelizmente nota-se
que algumas vezes, o professor não faz por escrito o seu plano, isto é, não
anota as conclusões a que chegou.
No entanto, ele planeja mentalmente as etapas de sua atuação na sala
de aula, prevendo as suas atividades e as de seus alunos. Quando ele não
anota as suas previsões, pode ocorrer o risco de se perder ao executar o que
planejou, pois, a memória pode falhar, fazendo-o esquecer os procedimentos
previstos. Por isso, é aconselhável que se faça o registro por escrito das
conclusões do planejamento didático. (HAYDT, 2006).
É necessário planejar o ensino, antecipando de forma organizada todas
as etapas do trabalho escolar, identificando os objetivos pretendidos atingir,
indicando os conteúdos, selecionando os procedimentos utilizados como
estratégia de ação e prever quais os instrumentos utilizados para avaliar o
progresso dos alunos, mesmo com todos esses cuidados, às vezes, o trabalho
não sai da maneira pensada, imagina se não existir nenhum planejamento ou
preparo das aulas.
Alguns professores sempre buscam um processo de continuidade entre
cultura original da criança e a que ela irá viver é fundamental que as atividades
vivenciadas na escola tenham como ponto de partida as experiências e valores
da comunidade e em especial dos seus familiares.

2. JUSTIFICATIVA
O planejamento não é privilégio de um grupo, pelo contrário, ele deve
ser resultado da ação conjunta e participativa das pessoas que vão se envolver
na ação. Ele deve ser o fruto de um ato democrático, em que todos possam
partilhar das decisões e responsabilidades em todos os níveis de planejamento
na área da educação.
A Escola deve ser atuante, ativa de trabalho construtivo que proporcione
prazer e bem estar a todos os alunos, que os desembarace socialmente,
preparando-os a ir resolvendo por si mesmos muito dos problemas escolares, a
escola deve ser uma barreira sobre as más influências vindas no mundo,
criando o ambiente favorável à educação da criança, o fim dos fracassos
escolares está no trabalho educativo bem orientado dos professores, ativos,
voltados para o preparo cultural, civil, social do cidadão, devem ministrar uma
aprendizagem dinâmica, intelectual, manual, física, religiosa, higiênica,
alimentar, proporcionar aos seus educandos uma formação que se aproxime
da perfeição, preparando a nova geração para o futuro.
O professor introduz os alunos no mundo da ciência, da linguagem, para
ajudá-los a desenvolver seu pensamento, suas habilidades, suas atitudes. Sem
professor competente no domínio das matérias que ensina, nos métodos, nos
procedimentos de ensino, não é possível aprendizagens duradouras
(PIMENTA, 2002).
De acordo com os programas e planos de governo relacionados a
educação, a escola e os professores elaboram seus próprios planos,
selecionando conteúdos, métodos e meios de organização que mais condizem
com a realidade da região em que estão inseridos. Primeiro os planejamentos
de curso, depois os planejamentos de aula. A transformação dos planos e
programas oficiais em planos de ensino voltados para a realidade de cada
região assegura a liberdade e a autonomia do professor em relação aos
conteúdos a serem trabalhados.
Levando em consideração que o aluno deve aprender conteúdos, e
também ser formado para que se torne atuante na sociedade, o professor deve
elaborar seu plano de aula de modo que leve o aluno a perceber a importância
do que está sendo ensinado, para que em um contexto histórico o mesmo
possa usá-lo em seu dia-a-dia. 
O plano de aula é o último planejamento que o professor realiza antes
de entrar na sala de aula, pois antes deste, o professor, já deve ter tido
conhecimento dos planos de educação do governo, ter ajudado a elaborar o
plano da escola e consequentemente ter elaborado o plano de ensino ou plano
de curso. Sendo assim o plano de aula é um fruto de horas e horas de outros
planejamentos. Ao realizá-lo o professor irá apontar os objetivos, os conteúdos
e as estratégias para desenvolver aquilo que foi mencionado no plano de
ensino, de forma clara e detalhada. 
A execução do plano de aula consiste em desenvolver atividades
previstas pelos professores e de acordo com o Projeto Político Escolar. Daí a
importância de organizar e elaborar cada conteúdo visando sempre atender as
necessidades dos alunos. O planejamento deve ser organizado, de forma que
atenda as expectativas ora inseridas no PPE. Não se pode aplicar um conteúdo
que esteja totalmente fora da realidade de cada educando. É preciso criar
situações de aprendizagem para que a criança adquira conhecimentos que
facilitem seu aprendizado.
O ato de planejar é o momento em que o professor deve mostrar – se
legitimamente mestre, ele tem a obrigação de ensinar para que o aluno
aprenda, com o cuidado de não frustrar a criança, buscando transmitir o
conteúdo da forma mais afetuosa e significante possível, visando sempre ter a
atenção do aluno voltada para suas aulas.
Ao professor cabe buscar formas, métodos que possam aguçar seus
conhecimentos e habilidades, onde o mesmo possa organizar suas atividades
de aprendizagem, entre outros. A interação entre professor e aluno deve ser
uma sintonia. O planejamento deve existir, sem exceção. Só assim o professor
pode atingir objetivos desejados, superar todas as dificuldades e não
improvisar conteúdos.
 O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão
das atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face
dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do
processo de ensino. (Didática, LIBANEO, 1994)
Sendo a aula um período de tempo em que o professor interage com
seus alunos, no intuito de que haja uma ligação entre o que é transmitido pelo
professor e o que é entendido pelo aluno, podemos dizer que isto é um
processo de ensino-aprendizagem coerente. Este período de tempo deve ser
bem aproveitado e, só com um bom planejamento é que isso pode acontecer.
É a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo. É a
sistematização de todas as atividades que se desenvolvem no período de
tempo que o professor e os alunos se interagem, numa dinâmica de ensino-
aprendizagem.

3. OBJETIVO GERAL
 Entender o papel da escola e compreender porque é preciso e
indispensável planejar.
4. OBJETIVOS ESPECIFÍCOS
 Levantar as estratégias de organização do planejamento do ensino e da
aprendizagem nos diferentes níveis da educação básica;
 Investigar quais as contribuições que o planejamento traz para a prática
educativa do professor a partir de estudos bibliográficos;
 Coletar informações necessárias por meio da pesquisa de campo com
os professores buscando saber sobre o planejamento escolar.
5. QUESTÃO PROBLEMA
A forma como está sendo formulado o planejamento escolar está
contribuindo para as devidas intenções e decisões da comunidade escolar?

6. HÍPOTESES:
H1 – Falta de planejamento das aulas
H2 – Descaso dos professores quanto a elabora seus próprios planos,
selecionando conteúdos, métodos e meios de organização.
 H3 – Falta de interesse dos alunos, pois não percebem a importância do
que está sendo ensinado.

7. REFERENCIAL TEÓRICO
Todo o processo educacional requer um planejamento em termos
nacionais, regionais, comunitários, como também de um planejamento a nível
de escola e um planejamento especifico de ensino, relativo as diferentes
disciplinas e conteúdos que serão ofertadas pela escola. Nestes termos que
aparecem os PDE, PPPs, planos de aulas, entre outras formas de
planejamentos educacionais.
Planejar é uma atitude de traçar, projetar, programar, elaborar um roteiro
para empreender um viajar de conhecimento, de interação de experiências
múltiplas para com o grupo de crianças. Planejamento pedagógico é atitude
crítica do educador diante seu trabalho docente (KRAMER, 1989).
O professor deve planejar atividades diversas que contemple a
observação, a pesquisa, a resolução de problemas, desafiar seu educando a
transformar informação em conhecimento, conforme Gasparin (2003) “ É a
tarefa inicial do professor, no encaminhamento prático, consiste em definir as
estratégias de planejamento para a realização com os alunos’’.
Entende-se então que o planejamento se torna um instrumento essencial
de auxilio e intervenção nas práticas do educador, envolvendo suas
capacidades e habilidades em perceber necessidades, buscando soluções,
com olhar atento a realidade vivida pelo seu educando, uma constante reflexão
sobre condições de se obter sucesso na aplicação dos planos.
A elaboração do plano de ensino e a definição de objetivos tornou-se
importante, sobretudo a partir da ampliação do conceito de aprendizagem, pois
atualmente aprender é considerado algo mais do que a simples memorização
de informações (HAYDT, 1997).
Existe um número significativo de modelos para a organização do ensino
que se diferenciam entre si pelos princípios que os fundamentam, sequência
dos passos ou fases, desempenhos previstos por professores e alunos,
recursos necessários e resultados esperados, mas acredita-se que os focos
principais de todos devam ser de alcançar situações de ensino aprendizagem
no processo educativo.
 O planejamento é uma ação indispensável à vida pessoal e também
profissional seja na área da educação ou as demais áreas. Contudo a pesquisa
vem refletir a importância do professor fazer uso do planejamento na prática de
suas atividades profissionais, já que o planejamento escolar é um instrumento
facilitador do trabalho docente ele conduz ao debate, a reflexão e a melhoria da
qualidade de ensino é um instrumento em qualquer setor da vida da sociedade,
pois torna possível definir o que se deseja a curto, médio e longo prazo não
pode ser encarado como ação puramente formal, mas como uma ação, viva e
decisiva. 
Planejamento da escola refere-se ao seu documento mais amplo,
contém orientações que o vinculam com os planos globais e com os planos de
ensino propriamente dito, ou seja, constitui o plano integral da instituição. É
também considerado o projeto político-pedagógico. 
O planejamento da escola é o plano pedagógico e administrativo da
unidade escolar, onde se explica a concepção pedagógica do corpo docente,
as bases teóricas metodológicas da organização didática, a contextualização
social, econômica, política e cultural da escola, a caracterização da clientela
escolar, os objetivos educacionais, gerais a estrutura curricular, diretrizes
metodológicas gerais, o sistema de avaliação do plano, a estrutura
organizacional e administrativa.
O plano da escola é um guia de orientação para o planejamento do
processo de ensino. Os professores precisam ter em mão esse plano
abrangente, não é só para uma orientação do trabalho, mas para garantir a
unidade teórica – metodológicas das atividades escolares. 
Existe algum momento que deve ser planejado com cuidado? Sim, as primeiras
aulas, principalmente das series iniciais e existem estudos que mostram que a
boa relação professor/aluno pode ser decidida nessas aulas.
Há pesquisas que vão além e apontam os primeiros instantes da
primeira aula como determinantes do sucesso da atividade docente. Então se o
professor tem de preparar bem as aulas, primeiras precisam de mais cuidados.
E não é só determinar os conteúdos a serem abordados, os objetivos a atingir
e a metodologia mais adequada. É, sobretudo, se preparar, tornar-se mais
disponível para aqueles alunos, acreditando na possibilidade do ensino e da
aprendizagem, estando inteiramente presente naquela sala de aula, naquele
momento.

8. METODOLOGIA

A opção metodológica adotada para investigação está sedimentada

numa concepção de gestão partilhada do projeto avaliativo e no envolvimento
dos sujeitos sociais. Foram privilegiadas no momento da opção as seguintes:
• Análise documental – O estudo envolverá a análise do discurso presente nos
seguintes documentos institucionais: PPP, Relatórios de avaliações externas,
Cópia de Planejamentos realizados pelos professores da referida escola. A
análise de documentos será usada para complementar as informações obtidas
pelas outras estratégias.
• Entrevistas com os informantes qualificados – Grupos Gestores (Diretor e
Supervisora Pedagógica), professores e estudantes dos diferentes cursos.
A utilização das diversas estratégias para recolha de dados permite-nos
recorrer a várias perspectivas sobre a mesma situação, bem como obter
informação de diferente natureza e procedermos, posteriormente, a
comparações entre as diversas informações, efetuando assim a triangulação
da informação obtida (Igea, et al.,1995).
É uma forma de dar um “mergulho” no imaginário da Instituição, tentar
apreender aspectos menos óbvios e não plenamente conscientes que
transitam no interior dos seus muros. Falamos de atitudes, percepções, juízos
de valor e crenças daqueles que, em um movimento de “ir-e-vir”, constroem a
instituição. Serão investigados dois tipos diferentes de dados:
1. A frequência que é planejada as aulas aula
2. A utilização do plano anual para planejar
3. Se plano é de fato aplicado na sala de aula
4. Quanto “A rotina” se fielmente seguida
5. Se o plano elaborado no momento do planejamento na sala de aula
6. A rotina das aulas segue de acordo com o planejamento
A investigação terá propósitos e consequências e procurará ser:
pedagógica, transformadora, pertinente, abrangente, relevante,
transparente, consistente, legítima, coerente, interativa e consequente.
 9. CRONOGRAMA
MES/ETAPAS Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
2017 2017 2017 2017 2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018

Escolha do X
tema
Levantamento X X
bibliográfico
Elaboração do X
anteprojeto
Apresentação X
do projeto
Coleta de
dados
Análise dos
dados
Organização do
roteiro/partes
Redação do
trabalho
Revisão e
redação final
Entrega da
monografia
Defesa da X
monografia

9. REFERÊNCIAS
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho
científico: elaboração de trabalhos na graduação. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia- histórico critica.

Campinas, SP: Autores Associados, 2. ed. 191 p.

GIL, A. C. (1991) Como Elaborar Projetos de Pesquisa 4ª ed. São Paulo, Atlas

HAYDT, Regina Cazaux. Avaliação do processo ensino – aprendizagem. São

Paulo: Ática, 6. ed. 1997, 159 p.

KRAMER, Sônia (org). Com a pré escola nas mãos: uma alternativa curricular
para a educação infantil, São Paulo: Ática, 1989, 110 p.
PIMENTA, Selma Garrido. Pedagogia e pedagogos: caminhos e perspectivas.
São Paulo: Cortez, 2002, 198 p.