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Estela Raimundo

Projecto de Pesquisa

Uso das Redes Sociais como um Método do Processo de Ensino e Aprendizagem (estudo
de caso: Escola Paulo Samuel Kankhomba).

(Licenciatura em Ensino de Português)

Universidade Rovuma
Lichinga
2021
Estela Raimundo

Projecto de Pesquisa

Uso das Redes Sociais como um Método do Processo de Ensino e Aprendizagem (estudo
de caso: Escola Paulo Samuel Kankhomba).

(Licenciatura em Ensino de Português)

Projecto de Pesquisa a ser apresentado ao Departamento


de Letras e Ciências e Sociais no Curso de Licenciatura
em Ensino de Língua Portuguesa , sob orientacao de:
MSc. Óscar do Rosário Daniel.

Universidade Rovuma
Lichinga
2021
Índice

Lista de Abreviaturas..............................................................................................................V

Lista de Tabelas....................................................................................................................VI

Declaração...........................................................................................................................VII

Dedicatória.........................................................................................................................VIII

Agradecimentos....................................................................................................................IX

Capitulo I. Introdução...........................................................................................................10

1.1 Introdução........................................................................................................................10

1.2. Contextualização............................................................................................................10

1.3. Delimitação do Tema.....................................................................................................10

1.4. Objectivos.......................................................................................................................11

1.4.1. Geral............................................................................................................................11

1.4.2. Específicos:.................................................................................................................11

1.5. Problematização.............................................................................................................11

1.6. Hipóteses........................................................................................................................12

1.7. Justificativa.....................................................................................................................12

Capitulo II. Revisão Bibliográfica........................................................................................13

2.1. Revisão Bibliográfica.....................................................................................................13

2.2. Revisão da Literatura.....................................................................................................13

2.2.1. As Redes Sociais da Aldeia Global.............................................................................13

2.2.2. A Influência das Redes Sociais no Processo de Ensino e Aprendizagem...................15

2.2.3. Apropriação das Redes Sociais pela Educação...........................................................16

2.3. Definição dos conceitos operatórios..............................................................................18

Capitulo III. Metodologia......................................................................................................20

3.1. Metodologia...................................................................................................................20

3.2. Tipo de Pesquisa.............................................................................................................20

3.3. Métodos e Técnicas de Pesquisa....................................................................................21


3.4. Grupo – Alvo e a Amostra.............................................................................................21

3.4.1. Grupo – Alvo...............................................................................................................21

3.4.2. Amostra.......................................................................................................................21

3.4.3. Tamanho de Amostra e Amostragem..........................................................................21

3.4.4. Técnica e instrumentos de recolha de dados...............................................................22

3.4.5. Limitações do estudo...................................................................................................22

3.5. Cronograma....................................................................................................................22

5. Orçamento.........................................................................................................................22

3.7. Referências Bibliográficas.............................................................................................23

Capitulo IV. Apêndice...........................................................................................................25

1. Apêndice............................................................................................................................26
V

Lista de Abreviaturas
VI

Lista de Tabelas

Tabela 01 – Cronograma (Actividades);

Tabela 02 - Orçamento
VII

Declaração

Declaro que este Projecto de Pesquisa é resultado da minha investigação pessoal e das
orientações do meu orientador. O seu conteúdo é original e todas as fontes estão devidamente
mencionadas no texto e na bibliográfica final.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para a
obtenção de qualquer grau académico.

Lichinga, 13/09/2021

_____________________________

Estela Raimundo
VIII

Dedicatória

Dedico este projecto de pesquisa aos meus colegas que têm colaborado no meu processo de
busca de conhecimento, aos meus docentes que têm mostrado o seu todo esforço para
transmissão do saber, a minha família que dia - à - dia mostram o seu lado bom de ajudar no
meu prosseguir com os estudos.
IX

Agradecimentos

Agradecer de forma justa e inequívoca nem sempre é fácil, pois realizar um trabalho como
este, implica muita ajuda, muita paciência e sobretudo muita disponibilidade.

Sei que foi um caminho árduo, mas o “caminho, faz-se caminhando”, e precisei de muita
força para o levar adiante, não porque era longo, mas porque às vezes me sentia “cansada”,
mas ao mesmo tempo orgulhosa, pois era a realização de um sonho, e como diz o poeta: “O
sonho comanda a vida”.

Antes de tudo quero agradecer a Deus por me ter guiado e dado alento nos momentos mais
conturbados deste percurso.
10

Capitulo I. Introdução

1.1 Introdução

Segundo Levy (1999), os tempos que vivenciamos podem ser denominados de sociedade em
rede, onde as pessoas interagem através de uma realidade virtual, criada a partir de uma
cultura da informática em que as pessoas experienciam novas relações espaço-tempo. Neste
sentido, estamos vivenciando a era da informação, que altera nossos comportamentos
processos de comunicação. Desta forma, as mudanças que ocorrem em nosso meio social,
transformam também nossa sociedade, e dentro dela, as relações humanas. Então, sabemos
que a escola como instituição incumbida de formar o cidadão crítico e reflexivo, precisa
compreender a sociedade contemporânea para poder realmente cumprir sua função social.
Nesse contexto, precisamos analisar as influências das reses sociais no comportamento e
aprendizagem dos alunos.

1.2. Contextualização

A tecnologia actualmente está presente em todas as instâncias da sociedade, e a escola, sendo


a principal instituição social responsável pela formação do cidadão, não pode ficar fora dessa
realidade. A escola precisa se adequar a essa nova realidade.

Logo, a presente pesquisa apresenta reflexões sobre as influências das redes sociais no no
processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Procurando identificar as tecnologias
disponibilizadas pela escola em referencia e utilizadas pelos professores como instrumento
didáctico no processo de ensino e aprendizagem e de que maneira os alunos são
influenciados por esta realidade.

1.3. Delimitação do Tema

A pesquisa foi realizada no bairro Chiuaula, Distrito de Lichinga, Província de Niassa, entre
Outubro e Dezembro com o propósito de identificar os factores associados ao uso das redes
sociais no processo de ensino e aprendizagem na Escola Secundaria Geral Paulo Samuel
Kankhomba - Distrito de Lichinga. Esta pesquisa é desenvolvida com suporte científico
adquirido durante os estudos nos diversos módulos ministrados, contudo, enquadra-se
especificamente ao módulo de Metodologia de Estudo de Investigação Científica.
11

1.4. Objectivos

1.4.1. Geral

 Identificar os factores associados à elevados casosde diarreiano bairro Maquinze-


Distrito deMaganja da Costa;

1.4.2. Específicos:

 Caracterizar o perfil sociodemográficoda população;


 Avaliar o conhecimento da população em relação a importância do tratamento da
água e riscos de consumo de água não tratada;
 Identificar as características (sociodemográficas, comportamentais, culturais e de
acesso aos serviços) associadas a consumo de água tratada.

1.5. Problematização

Segundo MARKONI e LAKATOS (2003:159), ‟Problema é uma dificuldade, teórica ou


prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve
encontrar uma solução”.
De acordo com FONSECA (2003:62), As novas concepções pedagógicas paralelas aos novos
aportes teóricos e metodológicos da história legitimam o uso escolar das fontes, não apenas
como suporte informativo, mas sim como todo um conjunto de signos, visual, textual,
produzido numa perspectiva diferente da comunicação de um saber disciplinar, mas
utilizando essas como fins didácticos.
A evolução dos meios de comunicação agregou facilidades ao quotidiano, permitindo realizar
tarefas com muito mais praticidade. Nesse contexto inserem-se as redes sociais, sites
desenvolvidos para aproximar aqueles que têm interesses semelhantes. Esse modelo de
página se espalhou rapidamente pelo mundo e, atualmente, bilhões de pessoas acessam esses
conteúdos.

Nas salas de aula a presença da internet ganha espaço dia após dia, visto as incontáveis
possibilidades de que a rede oferece. Muitos métodos de ensino já utilizam sistemas
completamente online, são os cursos EAD, cada vez mais presentes e reconhecidos no País.

No entanto, perante a esta situacao, nos depara aseguinte ques


12

há a possibilidade de aliar as redes sociais, consideradas sites de entretenimento, com a


metodologia de ensino de escolas e faculdades em prol de uma nova estratégia de educação?

Em que medida as redes sociais têm influenciado o no processo de ensino e a aprendizagem


dos alunos da Escola Secundaria Paulo Samuel Kankhomba?

Por que o uso do celular e da internet na Escola é proibido para os alunos uma vez que eles
contribuem para o processo de ensino e aprendizagem?

1.6. Hipóteses

H0: O uso das redes sociais influencia no processo de ensino e aprendizagem na Escola
Secundária Paulo Samuel Kankhomba.

H1: O uso das redes sociais não influencia no processo de ensino e aprendizagem na Escola
Secundária Paulo Samuel Kankhomba.

1.7. Justificativa

Esta pesquisa se justifica pela investigação sobre as redes sociais e de que forma têm sido
tratadas dentro da escola, com flexibilidade ou preconceitos que relutam em conhecer o
mundo do das TICs e poder usá-las como ferramenta de ensino e aprendizagens no âmbito
escolar. Já que os jovens/alunos accionam quotidianamente as redes sociais como espaço de
lazer, de laços de “amizades”, práticas de leitura e de escrita de diversos tipos de textos.
13

Capitulo II. Revisão Bibliográfica

2.1. Revisão Bibliográfica

Neste capítulo consta informação resultante de pesquisa bibliográfica em manuais, revistas


científicas, artigos científicos, relatórios de instituições e organizações, disponíveis na
internet. Aqui são discutidas diversas teorias e conceitos sobre a diarreia e seus determinantes
na perspectiva de outros autores em estudos similares.

2.2. Revisão da Literatura

2.2.1. As Redes Sociais da Aldeia Global

A internet surgiu através de pesquisas militares desenvolvidas no período da Guerra Fria


quando Estados Unidos e a então União Soviética disputavam o controle políticoideológico
mundial. Os EUA foram os primeiros a observar a necessidade de descentralizar e
compartilhar informações para que em um eventual ataque, as mesmas não fossem perdidas.
Foi criada então, na década de 1960, a ARPANET.

O sistema cresceu, e em 1992 o CERN criou a World Wide Web (www) e a empresa
Netscape criou o protocolo HTTPS, possibilitando transações comerciais mais seguras. Era o
início da internet comercial.

A popularização da internet levou cerca de 10 anos para ocorrer, mas desde então, o
crescimento foi vertiginoso. Segundo a Internet World Estatistics3 , em 2003 eram cerca de
600 milhões de usuários da internet, em 2014 esse número ultrapassou os três bilhões, ou
seja, praticamente metade da população mundial está conectada.

Para Manuel Castells (2003), as mudanças que o final do Século XX vivenciou constitui uma
verdadeira revolução. Ou seja, estabelece-se uma nova era a partir daí. A era da informação,
do conhecimento e posteriormente, da aprendizagem, e nessa nova era, tecnologia com suas
inovações e redes sociais permitem o delineamento na construção de novos conhecimentos.

Nesta perspectiva, a internet cativará e facilitará e flexibilização mental, a pesquisa e as


relações sociais. Como explica Vilches (2003, p. 172), “as tecnologias não lineares e os
hipertextos permitirão o desenvolvimento da narrativa digital, facilitando a progressão da
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actividade cognitiva enquanto se acompanham os argumentos da ficção e das histórias”. Para


tanto, Moran (2000) afirma que:

O poder de interacção não está fundamentalmente nas tecnologias mas nas nossas
mentes. Ensinar com as nossas médias será uma revolução se mudarmos
simultaneamente os paradigmas convencionais de ensino, que mantém distante
professores e alunos. Caso contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade,
sem mexer no essencial. A internet é um novo meio de comunicação, ainda
incipiente, mas que pode nos ajudar a rever, a ampliar e a modificar muitas das
formas actuais de ensinar e aprender (MORAN, 2000, p. 63).

Desta forma a escola não pode mais se fechar em tempos e espaços predeterminados, fechada
e ignorando as inovações tecnológicas. A escola precisa atingir seu verdadeiro ideal de
preparar os alunos para a vida, para a cidadania e para o mundo do trabalho. Precisa
oportunizar uma reflexão sobre a ideologia que serve a cultura dominante sobre o acesso e
uso das tecnologias e médias. Referenciando Pedro Demo (2000, p. 2) quando este diz que no
processo de pesquisa “o aluno deixa de ser objecto de ensino para tornar-se parceiro de
trabalho”, com consciência crítica, questionamento reconstrutivo, sujeito activo,
participativo, produtivo. O aluno se torna sujeito do processo de ensino e aprendizagem,
sendo capaz de: “movimentar-se, comunicar-se, organizar seu trabalho, organizar o ritmo de
seu trabalho, saber argumentar, raciocinar, propor com fundamentação e buscar o equilíbrio
entre trabalho individual e colectivo buscando o consenso” (DEMO, 2000, p. 4).

Os aportes teóricos de Vilches (2003) e Demo (2000) permite através da pesquisa, investigar
os prós e os contras das redes sociais na vida dos alunos da Escola Secundária Paulo Samuel
Kankhomba, haja vista que para alguns pesquisadores as redes sociais não apresentam
qualquer ameaça na vida das pessoas. Mas outros estudos apontam que as mudanças trazidas
pelas redes sociais podem não ser tão benéficas.

As redes sociais influenciam as relações humanas, bem como podem ser usadas como
espaços de aprendizagens, pois nelas os jovens estudantes desenvolvem várias práticas de
leituras e escrita, no processo de interacção social/virtual. Como afirma os autores Oliveira e
Ferreira (2011, p. 6):

A informática e as telecomunicações têm oportunizado novas maneiras de


convivência entre os homens e, até mesmo, têm modificado as relações do homem
com o trabalho e com a própria inteligência, fazendo emergir (neo) formas de leitura,
escrita e aprendizagens diversas.
15

Esteve (1995), aponta ainda que: “o professor que pretende se mantiver no seu antigo papel
não estará preparado para os desafios da educação actual, pois não conseguirá acompanhar os
processos de interacção social virtual”.

2.2.2. A Influência das Redes Sociais no Processo de Ensino e Aprendizagem

As redes sociais são os ambientes virtuais mais visitados, por esse motivo idealizou-se este
projecto com o objectivo de pesquisar nosso ambiente escolar e que influência recebe das
redes sociais.

A internet é mais do que uma tecnologia, é um meio de comunicação, de interacção e


de organização social. Lição na internet. Geografia na internet. A divisória digital. A
internet é o nosso consumo. A sociabilidade na internet. Os movimentos sociais na
internet. A relação directa da internet com a actividade política. A privacidade na
internet. Conclusão: a sociedade em rede (CALTELLS, 2003, p. 255).

Ainda segundo Castells (2003):

A internet é o coração de um novo paradigma sócio técnico, que constitui na


realidade a base material de nossas vidas e de nossas formas de relação, de trabalho e
de comunicação. O que a internet faz é processar a virtualidade e transforma-la em
nossa realidade, constituindo a sociedade em rede, que é a sociedade em que vivemos
(CASTELLS, 2003, p. 255).

Assim, percebe-se que os professores e a educação de forma geral não podem resistir às
novas tecnologias, ao contrário, deve preparar o aluno para os novos desafios da nossa
sociedade actual, estimulando-os para ser capaz de conviver de forma crítica e consciente,
para serem capazes de discernimento dos desafios quotidianos.

Desta forma, os professores necessitam aprimorar suas práticas didácticas, despertando o


interesse dos alunos com aulas inovadoras mediante o uso das redes sociais, para que possam
melhorar seus comportamentos e aprendizados. Trazendo benefícios ao seu rendimento
escolar e tornando o processo de ensino e aprendizagem mais prazeroso; pois para Freire
(1996):

O professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o


professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o
professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático,
racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca (FREIRE, 1996,
p. 73).
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Logo, se torna necessário integrar os alunos a estes meios de comunicação, aproveitando a


sua enorme penetração na vida dos alunos. Considerando que a internet é um meio de
comunicação, interacção e organização social que influencia directamente no comportamento
e aprendizagem dos jovens.

2.2.3. Apropriação das Redes Sociais pela Educação

Nesse estudo, como anteriormente justificado, utilizaremos o facebook como ponto de


partida para o debate da possibilidade da utilização de redes sociais em sala de aula. Antes de
apresentarmos as considerações elaboradas sobre sua utilização, entendemos que há a
necessidade de contextualizar o que é o facebook e como foi sua criação para que haja
melhor conhecimento da plataforma.

O Facebook é uma rede social criada nos Estados Unidos pelos jovens Mark Zuckerberg,
Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes da Universidade de Harvard, em 2004.
Inicialmente chamado de The Facebook, o site era disponibilizado apenas para estudantes da
universidade que podiam interagir com outros colegas que tivessem perfil na rede como se
estivessem conversando no mundo real e não apenas no virtual. Possibilitando aos usuários
compartilharem informações pessoais como endereço e status de relacionamento, além de
postar e comentar fotos e ideias publicadas suas e de seus amigos na rede. Na pagina oficial
do site , a missão apresentada pela rede pode ser traduzida como “dar às pessoas o poder de
compartilhar e tornar o mundo mais aberto e conectado”, (PRENSKY, 2001).

Após a breve contextualização sobre as possibilidades oferecidas pelo facebook, analisamos


que vários aplicativos e funções disponibilizadas pelo site podem ser facilmente utilizados
em sala de aula.

 Grupos

Pode ser criado um espaço virtual com os mesmos membros presentes na sala de aula. Um
grupo facilita o compartilhamento e acesso rápido a materiais de apoio que possam auxiliar
no processo de aprendizagem seja de forma direta, indireta ou complementar. O grande
tempo dispensado pelos alunos na rede social é um convite a vasculhar todos os cantos do
site, se o ambiente escolar estiver ali presente será mais fácil o estudante verificar as
atualizações postadas pelo professor e pelos colegas, tornando o ambiente virtual uma mescla
da educação com o tempo livre.
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O professor atua como mediador no grupo, promovendo debates e auxiliando em caso de


dúvidas. O espaço funciona para incentivar a colaboração entre os estudantes e melhorar o
convívio social da turma.

Como ponto negativo existe a possibilidade de a discussão fugir ao controle em temas mais
polêmicos, assim como estudantes podem postar conteúdo sem relação com o tema proposto
pelo grupo. Nesses casos é preciso ser rígido e especifico quanto às normas de utilização do
grupo: é voltado única e exclusivamente para estudos e discussões produtivas, tudo que
prejudique essa lógica deverá ser excluído.

 Conteúdos Multimídia:

Considerando que a maior parte das escolas do país é publica e tem recursos limitados,
podemos considerar que nem todas tenham aparelhos para compartilhamento multimídia em
sala de aula. Com isso, o espaço do facebook pode servir para a divulgação de fotos, vídeos,
músicas, apresentações e outros conteúdos digitais que agreguem conhecimento extra para os
alunos.

A internet oferece muitas opções para pesquisa e aprendizado, no entanto, muitos estudantes
não se detêm a procura-las na rede. Quando um professor compartilha essas informações de
forma online, as transforma em conteúdo mais atrativo e com isso aumentam as chances
desse conteúdo ser realmente aproveitado pelos alunos.

É preciso muito cuidado com a filtragem de conteúdo nesses casos, pois a pluralidade
da internet muitas vezes dificulta distinguir o que é uma informação verdadeira
daquela que é falsa. Mesmo conteúdos de grandes veículos de comunicação ou sites
tidos como ícones para determinado assunto podem cometer enganos. Então,
necessita-se sempre averiguar profundamente uma informação antes de postá-la como
referência. Outro cuidado necessário são os links contidos em um texto, alguns
podem direcionar para sites que não devem ser acessados pelos estudantes ou até
mesmo disseminarem vírus de computador que podem comprometer os aparelhos
afetados, (FELINTO 2002).

Eventos: Os eventos também podem ser bons aliados na hora de melhorar o desempenho dos
alunos. Podem ser criados eventos convidando para seminários e debates promovidos pela
instituição de ensino ou parceiros incentivando os estudantes a participarem de ações que
muitas vezes passam despercebidas quando apenas divulgadas dentro da escola.

Em termos ainda mais fechados, os eventos podem ser utilizados para lembrar os estudantes
de provas e trabalhos que serão realizados em datas próximas.
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Nesses, os professores podem disponibilizar conteúdos específicos para serem utilizados na


ocasião, assim como sugestões de leituras e atividades para aperfeiçoar os conhecimentos
daquela matéria. Em contrapartida, não podemos considerar esse como o único meio de
divulgação dessas atividades. É importante utilizar os meios tradicionais para que os alunos
não tenham a impressão de que tudo pode ser realizado através do computador e percam a
motivação para ir até o ambiente escolar.

 Chat

Estudantes mais tímidos podem ter vergonha de manifestar suas dúvidas perante toda a classe
ou mesmo frente a frente com o professor, para isso o chat pode ser uma ferramenta de
construção de relações. É possível que aluno e professor conversem particularmente, sem ter
a necessidade de estarem próximos, e assim facilite a quebra da timidez. Aos poucos, outros
colegas podem ser adicionados na conversa e tornar o chat uma experiência de interação
social entre colegas.

As redes sociais estão cada vez mais presentes na vida dos indivíduos, no entanto, não
podemos excluir aqueles que ainda não têm acesso a elas ou que escolheram não
participar das mesmas. Os educadores precisam dosar o que é útil para o aprendizado
dos alunos sem prejudicar aqueles que não estão online, (PRENSKY, 2001).

Portanto, atividades importantes devem ser realizadas em sala de aula, promovendo a


conversa e o debate face a face entre os estudantes, também informar aos pais que o uso dado
às redes sociais é meramente complementar e não algo indispensável para o aprendizado do
aluno. A grande vantagem de aproximar a educação formal da informal não deve ultrapassar
a importância das relações e atividades desenvolvidas dentro da sala de aula.

2.3. Definição dos conceitos operatórios.

 Internet

A Internet é um conglomerado de redes que permite a interconexão descentralizada de


computadores através de um conjunto de protocolos denominado TCP/IP. As suas origens
remontam ao ano de 1969, quando uma agência do Departamento de Defesa dos EUA
começou a procurar alternativas perante uma eventual guerra atómica que pudesse.
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 Redes sociais

Redes sociais são estruturas formadas dentro ou fora da internet, por pessoas e organizações que
se conectam a partir de interesses ou valores comuns.

Redes sociais, no mundo virtual, são sites e aplicativos que operam em níveis diversos como
profissional, de relacionamento, dentre outros mas sempre permitindo o compartilhamento de
informações entre pessoas e/ou empresas.

 Ensino

O ensino é a ação e o efeito de ensinar (instruir, doutrinar e amestrar com regras ou


preceitos). Trata-se do sistema e do método de instruir, constituído pelo conjunto de
conhecimentos, princípios e ideias que se ensinam a alguém. O ensino é uma forma de passar
o conhecimento de uma pessoa para outra de maneira.

 Aprendizagem

Coelho e José (1999) definem aprendizagem como o resultado da estimulação do


ambiente sobre o indivíduo já maduro, que se expressa, diante de uma situação problema, sob
a forma de uma mudança de comportamento em função da experiência.

Entretanto, aprendizagem seria o processo de aquisição de conhecimentos, habilidades,


valores e atitudes, possibilitado através do estudo, do ensino ou da experiência.
20

Capitulo III. Metodologia

3.1. Metodologia

Para elaboração deste projecto recorreu-se ao método bibliográfico que consistiu na consulta
de obras bibliográficas e internet, método de recolha de dados, método de estudo de campo
que culminou com a entrevista, método descritivo que consistiu na descrição de informações
recolhidas nas diferentes obras onde cada autor está devidamente referenciado no final do
trabalho.
Segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66)
A pesquisa bibliográfica trata-se do levantamento, selecção e documentação de toda
bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisado, em livros,
revistas, jornais, boletins, monografias, teses, dissertações, material cartográfico, com
o objectivo de colocar o pesquisador em contacto directo com todo material já escrito
sobre o mesmo.

3.2. Tipo de Pesquisa

Quanto à natureza, trata-se de uma pesquisa quantitativa na medida em que busca identificar
os factores associados a adesão do uso das redes sociais naquele ponto institucional através
de procedimentos estatísticos. Na perspectiva de Silva e Menezes (2001, p. 20), “a pesquisa
quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números
opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de
técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de
correlação, análise de regressão). Isto é, usa método estatístico para o esclarecimento de
certos factos na pesquisa”.

Atendendo aos objectivos, a presente pesquisa trata-se de um estudo descritivo do tipo corte
transversal na medida em que busca informações sobre características ligadas aos elevados
casos de uso das redes sociais no processo de ensino e aprendizagem em um grupo
específico, população da faixa etária de 15 a mais em um dado momento. A opção por este
tipo de estudo sustenta-se no facto de permitir “descrever as características de determinada
população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de
técnicas padronizadas de colecta de dados, Gil (citado por Silva e Menezes, 2001, p.21).
21

Quanto aos procedimentos técnicos, trata-se de um Levantamento na medida em que envolve


a interrogação directa da população para saber quais factores estão associados ao elevado
número coeficiente do uso das redes sociais. Segundo Gil (1991), o levantamento envolve a
interrogação directa das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer.

3.3. Métodos e Técnicas de Pesquisa

Os procedimentos técnicos a serem usados na colecta de dados para este estudo, para além da
pesquisa bibliográfica, foi feita pesquisa de campo através das técnicas de entrevista e o
instrumento a ser usado para a colecta de dados, o questionário administrado contendo
perguntas fechadas e abertas.

3.4. Grupo – Alvo e a Amostra

3.4.1. Grupo – Alvo

Para o presente estudo a população será constituída por mulheres e homens com idades
compreendidas entre 15 a 25 da 10ª, 11ª e12ª Classes da Escola Secundária Paulo Samuel
Kankhomba – Distrito de Lichinga.

3.4.2. Amostra

Segundo consta do relatório estatístico de 2019 a Escola Secundária Paulo Samuel


Kankhomba teve um número total de alunos matriculados no ano lectivo de 2019, dois mil e
setecentos e setenta e quatro (2774) alunos. Do total dos alunos inscritos, 1312 são do sexo
feminino e os restantes do sexo masculino, neste caso, o universo do estudo será constituído
pelas mulheres e homens da 10ª, 11ª e 12ª classe.

A amostra foi calculada a partir do número de alunos entrevistados, com um erro amostral de
5% (0.05).

3.4.3. Tamanho de Amostra e Amostragem

A amostragem será probabilística, aleatória simples, calculada com base na fórmula


(Agranonik & Hirakata, 2011,p383), conforme segue:
2
p ( 1− p ) Z N
n= 2 2 p (1− p)
ε ( N −1 ) +Z
Onde:
22

n: tamanho da amostra;
p: proporção esperada (43%);
Z: Valor da distribuição normal para determinado nível de confiança (1.96);
N: tamanho da população (1433);
ε : tamanho do intervalo de confiança (margem de erro=5%).

2
0.43 ( 1−0.43 ) 1.96 ∗1433
n= 2 2 =342
0.05 ( 1433−1 )+1.96 ∗0.43(1−0.43)

3.4.4. Técnica e instrumentos de recolha de dados


Os procedimentos técnicos a serem usados na colecta de dados para este estudo, para além da
pesquisa bibliográfica, será feita pesquisa de campo através das técnicas de entrevista e o
instrumento a ser usado para a colecta de dados será o questionário administrado contendo
perguntas fechadas e abertas.

3.4.5. Limitações do estudo

Poderá constituir uma limitação para a realização do estudo: a falta de financiamento; o


estado de emergência em vigor no país devido a pandemia da doença provocada pelo
“coronavírus” também designada COVID-19.

3.5. Cronograma

2021

 
Setembro

Dia 10

Dia 11

Dia 12

Dia 13
Dia 1

Dia 3

Dia 6

Dia 7

Dia 9
Dia 2

Dia 4
Dia 5

Dia 8

Actividades

Revisão Bibliográfica        

Elaboração do Projecto        

Recolha de dados        

Processamento dos dados        

Análise e interpretação        

Término do Projecto        

Envio do Projecto
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Fonte: Autora (2021)

5. Orçamento

Valor total
Designação Quantidade Valor (Mt) (Mt)
Nr ordem

1 Bloco de notas 2 60 120


2 Esferográficas 2 10 20
3 Resma 1 400 400
4 Recargas 3 100 300
5 Cópia de fichas 80 2 160
6 Pranchetas 1 200 200
Subtotal 1200
Contingência (10%) 500
Total 1700
Fonte: Autora (2021)
24

3.7. Referências Bibliográficas

CAMPOS, D. M. de S. Psicologia da aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1987.

CASTELLS, Manuel. Internet e Sociedade em Rede. Rio De Janeiro: Record, 2003.

COELHO, M. T; JOSÉ, E. A. Problemas de aprendizagem. São Paulo: Ática, 1999;

DEMO, P. Certeza da incerteza: Ambivalências Do conhecimento e da vida. Brasília: Plano,


2000.

DEMO, P. Educar pela pesquisa. 6ª Ed- Campinas, São Paulo: Autores Associados. -
(Colecção Educação Contemporânea), 2003. ESTEVE, José M. Mudanças Sociais e
Função Docente. Porto Editora, 1995.

FELINTO, Erick. Tecnognose: tecnologias do virtual, identidade e imaginação espiritual. In


Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia. EDIPUCRS. Porto Alegre, n. 18,
agosto de 2002.

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Capitulo IV. Apêndice

1. Apêndice

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