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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO

Daniel Henrique Olivieira Guimarães

O PAPEL DA REVISTA BIZZ NO JORNALISMO MUSICAL


BRASILEIRO

São Paulo
2019
Daniel Henrique Olivieira Guimarães

O PAPEL DA REVISTA BIZZ NO JORNALISMO MUSICAL


BRASILEIRO

Pré-projeto na disciplina de Trabalho de


Conclusão de Curso como requisito
básico para a apresentação do Trabalho
de Conclusão de Curso.
Orientador: Prof. Juan Guillermo Droguett.

São Paulo
2019
SUMÁRIO

1. TEMA......................................................................................................................... 4
2. PROBLEMA.............................................................................................................. 4
3. HIPÓTESE................................................................................................................. 4
4. OBJETIVOS.............................................................................................................. 6
4.1 GERAL................................................................................................................. 6
4.2 ESPECÍFICOS.....................................................................................................6
5. JUSTIFICATIVA........................................................................................................ 7
1. TEMA

O papel da Revista Bizz no jornalismo musical brasileiro.

2. PROBLEMA

Qual o lugar da música no jornalismo brasileiro a partir do século XX?


Qual a relação da Revista Bizz com os artistas e bandas de rock/pop
ativos e iniciantes no início da década de 1990?
Onde é possível encontrar o legado desta publicação no jornalismo
atual?

3. HIPÓTESE

A música está há muito atrelada à cultura dentro do jornalismo praticado


no Brasil desde o final do século XIX, período onde a música erudita ocupava
espaço relevante nos principais jornais.
Com a ascensão de gêneros populares, como o jazz e bolero
(internacionais), ou ainda o samba e a bossa-nova (nacionais), os veículos
começam a apreciar tal musicalidade como digna de maiores atenções em
cadernos próprios, ainda que dividindo espaço com outros artes – como o
teatro e a dança.
A partir do fim da década de 1970, início da de 1980, a segmentação
midiática, ou seja, a elaboração de produtos dirigidos para nichos delimitados,
ganha força ao redor do globo, inclusive no Brasil. E é neste contexto onde a
Revista Bizz surge para abordar o rock e outros elementos da chamada cultura
pop, em meados de 1985.
Ao atuar como mediadora entre o público jovem, tornou-se referência
para este ao longo do tempo em que esteve na ativa, ainda que os textos
pudessem conter, algumas vezes, parcialidades em doses não recomendáveis
ao bom jornalismo. Além disso, ela acompanhou as mudanças no panorama do
rock brasileiro, em particular no começo dos anos 1990 – fase na qual a
mistura de influências tomou conta do estilo.
Mesmo com os percalços internos e externos, a revista deixou seu
legado positivo, no qual é encontrado em sites e blogs que tratam dessa
temática, ainda que muitas vezes sem a especialização formal para boas
coberturas, conforme acontece no cenário internacional.
4. OBJETIVOS

4.1 GERAL

Analisar seis edições da Revista Bizz, publicadas entre julho de 1991 e


julho de 1992 e correlacionar com a bibliografia e teorias citadas adiante neste
projeto, a fim de comprovar as hipóteses supracitada.

4.2 ESPECÍFICOS

1 – Contextualizar o lugar da música no jornalismo brasileiro ao longo


dos anos: da música clássica até a segmentação midiática;

2 – Avaliar a relevância e os caminhos editoriais da Revista Bizz nos


seis volumes anteriormente citados;

3 – Dissertar acerca dos rumos do jornalismo segmentado na era digital


e se a web gerou sucessor(es) espirituais da já extinta Bizz, bem como a
capacitação formal desses novos ou adaptados veículos.
5. JUSTIFICATIVA

Na esteira da história do jornalismo brasileiro, a música, assim como


outras temáticas, conquistou seu espaço definitivo nos veículos generalistas
(jornais diários, revistas semanais etc.) a partir da segunda metade do século
XX.
Posteriormente, na sequência da tendência mercadológica internacional,
embora com o típico atraso em comparação às nações do então Primeiro
Mundo, os anos 1980 foram decisivos para consolidar a segmentação dos
produtos editoriais no país.
Além disso, e apesar dos problemas econômicos sofridos pelo Brasil na
chamada “década perdida”, o cenário de abertura política com o longo período
final da ditadura militar possibilitou o surgimento de uma música jovem mais
diversificada em ideias e expressões – ainda que amplamente influenciado pela
estética/sonora estrangeira quase por completo – na qual culminou na primeira
edição do festival Rock In Rio. Portanto, o rock estava na moda em 1985 e
viabilizou, comercialmente falando, o surgimento da Revista Bizz no meio
daquele ano.
De fato, ela não fora a primeira revista especializada no tema, mas logo
conquistou seu espaço junto ao público consumidor, igualmente jovem, tal qual
aos artistas retratados em suas páginas. No entanto, a grande onda do gênero
se esvaziou com o atribulado fim de anos 1980, o que acarretou em um forte
questionamento ao trabalho desenvolvido por artistas e jornalistas.
Tudo isso fez com que o cenário gradualmente modificasse sua própria
identidade a partir dos anos seguintes – o que originou em um período
considerado como um dos mais criativos e inovadores de toda a história
música popular brasileira, mesmo não sendo rotulada como MPB de fato.
A escolha da publicação como objeto de análise para o futuro artigo se
deu a partir da longevidade da publicação e, consequentemente, a quantidade
de acontecimentos publicados ao longo de suas edições.
A escolha do extrato, por sua vez, é resultante de uma reflexão feita ao
longo do primeiro semestre de 2019. A intenção inicial era realizar a análise de
vinte e quatro edições espaçadas entre os anos de 1992 e 1993 inteiros;
contudo, por tratar-se de um artigo, espaço mais curto em comparação à uma
monografia, o espaçamento será maior entre as edições, conforme sinalizado
em tópico anterior.
Por fim, no ponto de vista acadêmico contemporâneo, esta pesquisa tem
como intenção apontar um momento histórico do jornalismo segmentado,
através de um de seus veículos mais longevos – além de avaliar os resquícios
e legados visíveis na segmentação digital do jornalismo musical no país, bem
como nas questões mais caras que impedem qualidade maior de produções
textuais e críticas.

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