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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

MATRÍCULA: 20191530044

DANIEL DE LUNA MARQUES

COMPILADO DE RESENHAS À DISCIPLINA PENSAMENTO POLÍTICO


BRASILEIRO II

Rio de Janeiro

2021
Resenha sobre o texto de Leslie Bethell, ‘O Brasil e a ideia de “América Latina”
em perspectiva histórica’.

Devido é o elogio à análise realizada por Leslie Bethell (2009) a respeito da


relação entre o Brasil e o conceito de “América Latina”: investigando a origem do
mesmo, correlatamente à conjuntura política no qual se desenvolvera, bem como fora
usado1 em diferentes contextos históricos.

Iniciando sua proposição teórica, Leslie Bethell traz uma análise histórica da
conjuntura política que envolvera, por anos, as defasadas relações entre Brasil e
América Hispânica, num contexto histórico-político de disparidade entre ambas.
Iniciando a sua avaliação a partir da origem do conceito “povos latinos”, Bethell ressalta
como a outra América – isto é, aquela que não tange aos Estados Unidos da América
(EUA) – sempre fora objeto de aspirações imperialistas, de dominação política e,
sobretudo, exploração econômica por parte de terceiras nações.

Ademais, meritória é a conexão feita por Bethell, de uma resposta espontânea


por parte de latino-americanos ao imperialismo europeu e norte-americano: em solo
latino-americano, surgiram os primeiros pensadores que poder-se-iam ser considerados
nacionalistas2. Com isso, o autor estabelece uma relação de ação e reação entre uma
política internacional – e militar – interveniente na soberania de nações latino-
americanas, para com as consequentes aspirações das últimas ao nacionalismo. Sobre
tais nacionalistas, é possível identificar Simón Bolívar, Andrés Bello e Michel
Chevalier, correligionários da concepção seguinte: os EUA constituíam-se como seus
principais inimigos. Destarte, Tal pensamento, poder-se-ia compreender melhor através
da leitura de um trecho do texto de Bethell:

[...] tudo isso alimentava a convicção de que os Estados Unidos só


cumpririam seu Destino Manifesto às custas da “América Latina”.
(BETHELL, 2009. p. 292).

1
Faz-se necessário destacar a relevante diferença entre o uso dessas duas palavras: (1) a respeito do
“desenvolvimento”, o autor deste documento refere-se à origem e significância dada ao conceito de
“América Latina”; (2) já no que refere-se ao conceito de “uso”, às diferentes aplicações deste mesmo
conceito para contextos políticos diferentes.
2
Apesar do que fora exposto acima, Bethell também preocupa-se em esclarecer aos leitores que seu
apontamento não constitui-se em uma regra: um dos exemplos que poder-se-ia citar é a Geração de 37
que, surgida em meados do século XIX na Argentina, consista em um grupo de pensadores que tomavam
este país como uma póstera potência na América Espanhola. Parte deste pensamento, afirma Leslie,
provinha da assimilação de ideias inglesas e francesas, motivo pelo qual esse mesmo grupo jamais
incorreram em condenar as práticas imperialistas francesas e norte-americanas.

2
Dito isto, é possível notar a escalada estadunidense pela independência das
Américas e, com isso, a póstera e consequente consolidação dos EUA como monopólio
dessas nações: embora Leslie não deixe isto claro em seu texto – talvez, eximindo-se de
especular sobre o mérito –, a Doutrina Monroe emergiu em um contexto internacional
no qual os EUA objetavam a construção de uma confederação das Américas. Entretanto,
como dito anteriormente, com o surgimento do sentimento de nacionalismo nas
Américas, as relações interamericanas eram tensionadas.

Deste modo, parte do argumento central do texto, orbita ao redor de ideia


análoga ao conceito de “Bolivarismo y Monroismo”, de José Vasconcelos; isto é,
Bethell sinaliza que os países da América Hispânica, em determinados momentos
históricos, acenavam ao imperialismo europeu ou estadunidense – como o caso do
Brasil, sempre visto como díspar dentre os “latinos”, justamente por suas relações
diplomáticas favoráveis à Europa –, embora houvesse uma resistência por parte de
alguns (poucos) pensadores hispano-americanos que projetavam uma América Latina
unida, sob interesses comuns e, sobretudo, que reafirmassem sua soberania.

Por fim, o texto de Leslie Bethell ressalta a história dos avanços e retrocessos na
diplomacia entre as nações da América Hispânica e Portuguesa, com riqueza de detalhes
sobre momentos históricos decisivos à mudança no eixo diplomático (como na Guerra
Fria), bem como frisa, com maestria, o caso em que Brasil passara reconhecer-se como
latino-americano, apenas quando os EUA assim o decidiram denominar – ou , ainda,
assim quando assim determinaram.

Por um Feminismo Afrolatinoamericano: uma resenha dos relevantes escritos de


Lélia Gonzalez.

À pretensa crítica ao texto “Por um Feminismo Afrolatinoamericano”,


convencionar-se-ia principiar por dois aspectos absolutamente importantes a respeito de
Lélia Gonzalez, sua escritora: o primeiro, consiste no fato de que Gonzalez expressaria,
em sua trajetória intelectual (RATTIS; RIOS, 2014), a figura do cientista social, nas
linhas Max Horkheimer: um tipo de cientista que não desvencilha-se de seu objeto de

3
seu objeto de estudo3 (Silva, 2005). Afinal, nas primeiras linhas de seus escritos
(Gonzalez, s/d), a autora não se esvai em seu intento de transparecer aos leitores o seu
engajamento e profunda ligação histórica e social para com as causas que defende (e,
pelas quais, também luta): a saber, o movimento negro e o feminista.

Destarte, a inquestionável relevância das proposições de Gonzalez (s/d), objetiva


a demonstrar como, mesmo dentro desses movimentos (o negro e o feminista), existem,
ainda, diferenças sociais, bem como desconsiderações para com o caso strictu das
mulheres negras e indígenas feministas. Aliás, sua crítica e acusação transpõem a
desconsideração para com as limitações políticas, sociais – e mesmo econômicas – a
que essas mulheres foram relegadas, para, nas palavras da autora, a uma condição de

[...] testemunhas vivas dessa exclusão (GONZALEZ, s/d).

Interessante, para além do que já fora exposto, é a crítica central do trabalho de


Gonzalez, que contempla o conceito de exclusão por omissão: sinteticamente, à medida
que o discurso político relega às mulheres não-brancas uma condição de “terceiras”
dentro de um movimento, isto é, as considera meramente como integrantes de um
conjunto comum – a luta feminista latino-americana4 –, ignorando especificidades
situacionais a que foram (e continuam sendo, conforme a própria autora) submetidas,
essas mulheres passam a ser infantilizadas, como escreve Gonzalez:

Ao impormos um lugar inferior no interior da sua hierarquia (apoiadas nas


nossas condições biológicas de sexo e raça), suprime nossa humanidade
justamente porque nos nega o direito de ser sujeitos não só do nosso próprio
discurso, senão da nossa própria história (GONZALEZ, s/d.).

3
Max Horkheimer, filósofo influente da Escola de Frankfurt, proponente de uma inovadora ideia sobre
conceito de teoria: a partir das ciências naturais, o autor verifica que estas consistem em um meio
instrumental de prever, conhecer e, sobretudo, dominar a natureza. Comparativamente, as ciências sociais
divergem em alguns aspectos, mas assemelham-se levemente em outros para com as ciências naturais:
como diferenças, é possível citar que as ciências sociais não podem distanciar-se do seu objeto de análise,
tal qual as ciências naturais, uma vez que este mesmo objeto é composto pelo próprio cientista social;
destarte, assume-se que os interesses e contexto no qual os objetos são analisados, interferem na
elaboração das teorias e, portanto, na construção do conhecimento (Silva, 2005).
4
Apesar de ser seu foco, as sociedades latino-americanas não são as únicas a exercerem a ocultação de
certas minorias, como destaca a autora. Realizando uma releitura do contexto político-racial – guerras
inclusas – no qual Portugal e Espanha estavam inseridos no século XVI, Gonzalez contempla a ideia de
que a administração da estratificação social no continente americano é oriunda (e herdeira) de práticas
europeias de descriminação social; as quais foram positivadas (juridicamente falando) em países como o
Brasil. No entanto, a autora não peca por generalizar, considerando contextos institucionais e históricos
diferentes, como o caso do elogioso Estatuto de Autonomia das Regiões da Costa Atlântica de Nicarágua:
um exemplo latino de um avanço concreto, frente aos movimentos políticos étnicos e raciais.

4
Portanto, a singularidade sobre a qual escreve Gonzales é ímpar, diante o fato de
que o movimento feminista, enquanto contribuinte dessa exclusão por omissão, aliena-
se de seu principal objetivo: a destituição e superação do sistema patriarcal-racista.

Eventualmente, a questão poderia tornar-se mais elucidada quando analisada


dentro de uma teoria formal: obviamente, o autor desta resenha não se pretende à crítica
da falta de algum formalismo nas proposições gonzalianas – ao contrário, são deveras
pertinentes –, embora, tais casos particulares investigados pela autora brasileira
poderiam ir de encontro a uma teoria formalmente estabelecida que investiga o não-
reconhecimento de identidades, diante de um generalismo sufocante de particularidades
de certos coletivos: aqui, o caro leitor é apresentado ao que pode ser titulada como
“teoria de reconhecimento”, por Charles Taylor: o referido autor investiga as diferentes
mudanças ocorridas para com o reconhecimento de identidades, isto é, não apenas
aquilo que, universalmente, poder-se-ia lograr entre pessoas livres e iguais – direitos
fundamentais, que tratam do reconhecimento nos moldes de liberdade-em-igualdade
rousseauniana5 – mas do reconhecimento das particularidades que, comumente, são
obscurecidas (ou mesmo assimiladas) pelo estado de absoluta igualdade – contraditório
em si (DE ARAÚJO, 2003).

Destarte, aproveitando-se dos escritos kantianos6 a respeito da dignidade


humana, o autor conclui que as sociedades liberais, que gozam de direitos fundamentais
e igualdade genérica, tornar-se-iam inviáveis em sua manutenção e permanência à
medida que o multiculturalismo cresce nas mesmas, bem como exige a
substancialização de seu reconhecimento em direitos e garantias legais (DE ARAÚJO,
2003).

Em virtude disso, acertado é o diagnóstico feito por Gonzales a respeito do


formalismo jurídico generalista: a igualdade perante a lei exclui minorias cujas
5
Da passagem da honra – comum à sociedades hierarquizadas, nas quais os detentores seriam
privilegiados no que tange às posições por eles ocupadas nas sociedades, de tal maneira qual a honra
traduzir-se-ia em preferências e privilégios; consistindo aqueles que não a possuíam como indivíduos
sem-identidade – à dignidade – ou, ainda, liberdade-em-igualdade, isto é, um contexto socialmente
estabelecido no qual os indivíduos de uma sociedade gozaria de liberdade de não dominação (uma
condição na qual sua identidade não seria determinada ou mesmo sufocada por terceiros), bem como a
igualdade na ocupação de posições sociais, antes restritas àqueles detentores de honra. Portanto, para
Rousseau, Taylor ressalta como a igualdade seria um bem posicional, embora, ainda insuficiente à
autenticidade daquelas identidades não contempladas pela igualdade generalista (DE ARAÚJO, 2003).
6
Esta afirmação se limita à seguinte assertiva kantiana: a autonomia consiste na capacidade de cada
pessoa em ordenar a vida boa a si mesmo. Neste caso, encontra-se a ideia do devido reconhecimento
universal daquilo que é particular (DE ARAÚJO, 2003).

5
singularidades não são positivadas enquanto direitos, tampouco sua dignidade
resguardada por leis.

Preciosa seria a consideração de Gonzales a respeito das diferenças existentes


entre países latino-americanos no que tange ao reconhecimento do feminismo negro:
como visto em Bethell (2009), o Brasil estabelecera-se na América Latina como um país
cultural e politicamente herdeiro de um passado imperial, motivo pelo qual seu
desenvolvimento e suas relações exteriores jamais foram tomadas em paridade por parte
de outros países latino-americanos. Apesar do texto de Gonzales não se propor a uma
investigação dessa estirpe, a importância deste tipo de pesquisa é inquestionável,
sobretudo se considerarmos a comparação de concepções oriundas de escritas
diferentes: em outras palavras, as contribuições de Gonzales poderiam ratificar ou
negar, em certo aspecto – a saber, no que se refere ao movimento feminista negro –, as
conclusões Bethellianas (2009), elucidando alguma eventual interseção sobre o tema,
ou, ainda, sua disjunção.

Finalmente, no que tange à conclusão a que chegara a autora, esta coadunaria-se


para com a conclusão de Taylor, de tal modo que, apesar deste último estar investigando
uma teoria geral, e aquela, o caso particular do feminismo afrolatinoamericano e
indígena, não seria demasiado forçoso considerar que, para ambos os autores, o
multiculturalismo – e, mais especificamente, no caso de Gonzalez, uma sociedade
multiétnica – não é contemplado jurídica e politicamente em políticas igualitárias,
motivo pelo qual, deva haver uma verdadeira política de reconhecimento das
particularidades de certos grupos, culminando, finalmente, em garantias jurídicas. No
entanto, como é possível notar, não apenas pela militância , bem como pelos escritos de
Gonzales, isso jamais ocorreria, senão através da participação e empoderamento de
personalidades representativas à causa do feminismo afrolatinoamericano e indígena na
política.

A fim de que seja possível inserir o texto do autor camaronês Achile Mbembe,
Necropolítica, como foco de uma crítica, é preciso definir os limites dos conceitos que
orbitam sua proposta, a saber: a política como condutora da morte e a soberania como
sua legitimadora. Diante de conceitos como estes, aos leitores que comumente

6
assimilam o conceito de “soberania” à condição na qual uma nação será autônoma e
livre de interferências políticas externas diretas para constituir-se por Estado e leis que
lhes permitam usufruir de direitos políticos, poderiam sobressaltar-lhes os olhos ao
entrar em contato com o conceito de soberania enquanto institucionalização da política
de morte. No entanto, é nestas linhas que Mbembe contrapõe sua definição ao suposto
equívoco de tomar a soberania nos moldes acima.

Do exposto acima, nenhum autor poderia traçar críticas inequívocas que


objetassem um suposto mau uso do conceito por Mbembe; afinal, o conceito de
soberania poderia contemplar duas tradições: a política e aquela que caracteriza a
natureza do Estado (BOBBIO, 2017). Isto se torna relevante porque o conceito de
soberania por Mbembe parece estar de comum acordo com o primeiro propositor desse
conceito, Jean Bodin:

“Soberania” significa pura e simplesmente “poder supremo”, isto é, poder


que não reconhece acima de si nenhum outro poder. [...] No final, [...] este
poder supremo, ou summa potestas, é o poder soberano. Onde existe um
poder soberano, existe o Estado. Os atributos da soberania são dois: a
perpetuidade e a absolutez. O que significa “perpetuidade” está claro: [...]
um poder não deve ser considerado perpétuo quando tiver sido atribuído por
tempo determinado. [...] Por “absolutez” se entende que o poder soberano,
para ser tal, deve ser [...] livre da obrigação de obedecer às leis. (BODDIN,
2017. p. 88-89).

A importância de trazer o filósofo do poder soberano é encontrar o que Mbembe


aproveita de sua teoria do poder supremo para conceber a soberania. Isso pode ser visto
conforme o seguinte trecho de seu texto:

O exercício da razão equivale ao exercício da liberdade, um elemento-chave


para a autonomia individual. Nesse caso, o romance da soberania baseia-se
na crença de que o sujeito é o principal autor controlador do seu próprio
significado. Soberania é, portanto, definida como um duplo processo de
“autoinstituição” e “autolimitação” (fixando em si os próprios limites para si
mesmo). O exercício da soberania, por sua vez, consiste na capacidade da
sociedade para a autocriação pelo recurso às instituições inspirado por
significações específicas sociais e imaginárias. Minha preocupação é com
aquelas formas de soberania cujo projeto central não é a luta pela autonomia,
mas “a instrumentalização generalizada da existência humana e a destruição
material de corpos humanos e populações” (MBEMBE, 2016. p. 124-125).

Em outras palavras, Mbembe (2016) utiliza como foco da estruturação daquilo


que pode ser concebido como a absolutez bodiniana. Como a soberania demanda da

7
institucionalização do poder soberano – que, para Bodin, se encerraria na forma de
Estado –, para Mbembe, a soberania institucionaliza a destruição da própria natureza
humana7. Entretanto, a supracitada explanação não satisfaz inteiramente a compreensão
de Mbembe a respeito da soberania. Isso pode ser sanado com o seguinte trecho de seu
texto, referindo a Gorges Betaille:

[...] é o mundo no qual o limite da morte foi abandonado. A morte está


presente nele, sua presença define esse mundo de violência, mas enquanto a
morte está presente, está sempre lá apenas para ser negada, nunca para nada
além disso. O soberano [...] é ele quem é, como se a morte não fosse... Não
respeita os limites de identidade mais do que respeita os da morte, ou, ainda,
esses limites são os mesmos; ele é a transgressão de todos esses limites
(MBEMBE, 2016. p. 127).

Acertadamente, Mbembe entende que, o que virá chamar de tecnologias de


destruição8, são oriundas de um processo de institucionalização legislativa e jurídica de
um poder que já não pode encerrar-se e satisfazer-se nos moldes do biopoder
foucaultiano9: é necessário destruir e tonar esta destruição imanente à civilização.
Assim, como desdobramento de seu argumento, Mbembe (2016) define que essa
condição, na qual a soberania institucionaliza a política da morte, marca um estado
específico, que não o de exceção: um estado no qual a exceção torna-se regra e rege
permanentemente a conduta social em um contexto de destruição à serviço da
civilização.

7
Aqui, o autor refere-se não à natureza ideológica ou metafísica, mas à biológica.
8
Meios pelos quais a destruição é realizada de maneira eficiente e institucionalizada (MBEMBE, 2016).
9
Neste caso, a maneira como o poder controla a vida humana (MBEMBE, 2016).

8
BIBLIOGRAFIA

BETHELL, Leslie. “O Brasil e a ideia de ‘América Latina’ em perspectiva histórica”.


Estudos Históricos, v. 22, n. 44. S/e, 2009.

BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo na história do pensamento


político. São Paulo: Edipro, 2017.

DE ARAÚJO, Paulo Roberto M. Charles Taylor: para uma ética do


reconhecimento. Edições Loyola, 2003.

GONZALEZ, Lélia. “Por um feminismo afrolatinoamericano”. s/d.

MBEMBE, Achile. Necropolítica. Rio de Janeiro: Artes & Ensaios – Revista do ppgav
– UFRJ, 2016.

RATTS, Alex; RIOS, Flavia. Lélia Gonzalez. Selo Negro, 2014.

SILVA, Marco Antonio de M. Teoria Crítica em Relações Internacionais. Rio de


Janeiro: Contexto Internacional, 2005.

DE ARAÚJO, Paulo Roberto M. Charles Taylor: para uma ética do


reconhecimento. Edições Loyola, 2003.

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