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CASO ANA JÚLIA

1. O uso continuado de benzodiazepínico oferece a possibilidade de tratamento


adequado a longo prazo (F)
2. Pelos sintomas apresentados por Ana podemos caracterizar um quadro de
Transtorno do pânico.(F) 
3. A terapia cognitivo-comportamental é uma boa opção terapêutica inicial e
oferece resultados a longo prazo (V)
4. Nas recomedações sobre higiene do sono, seria interessante orientar que
Ana Júlia substitua o uso do smartphone por maior tempo de estudo
enquanto está na cama esperando o sono chegar (F)
5. Os dados relatados são suficientes para fazer o diagnóstico de insônia
crônica (F)
6. A mudança de padrão de sono durante o fim de semana sugere que Ana Júlia
está conseguindo se adaptar a um tempo de sono menor (F)
7. Podemos afirmar que Ana tem transtorno de adaptação com sintomas
ansiosos, pois o mesmo acontece no curso de uma mudança dela para ciclo
clínico da faculdade. (F)
8. No caso de Ana podemos optar pelo uso de um inibidor seletivo de recaptura
de serotonina como primeira escolha.  (V)
9. Sobre a neurobiologia dos transtornos de ansiedade, sabemos que a
hiperativação do circuito Córtico-Talâmico-Amigdaliano-Cortical é
responsável por grande parte dos sintomas cognitivos ansiosos, a chamada
“alça da preocupação”. (V)
10. As manifestações clínicas cognitivas de Ana Júlia sugerem demência de
início precoce e insônia comórbida (F)

CASO MARTA
1. O início de medicação antidepressiva pode reverter todos os sintomas. (F)
2. Por conta da sua idade, paciente deve ser encaminhada ao ginecologista e ao
endocrinologista antes de iniciar qualquer medicamento, podendo ser feito
unicamente acompanhamento psicológico enquanto aguarda as demais
avaliações. (F)
3. Há relação entre a síndrome das pernas inquietas/doença de Willis-Ekbom e o
metabolismo da dopamina e com o metabolismo do ferro. (V)
4. Quadros depressivos são os transtornos mentais mais ligados ao risco de
suicídio. (F) 

5. A estimulação magnética transcraniana e a eletroconvulsoterapia são


contraindicadas em pacientes com quadro depressivo, mesmo em casos
graves e refratários. (F)
6. A presença de movimentos periódicos dos membros na polissonografia
possibilitará o diagnóstico de síndrome das pernas inquietas/doença de
Willis-Ekbom. (F)
7. Manifestações de síndrome das pernas inquietas/doença de Willis-Ekbom
devem ser investigadas em todos os pacientes com sintomas de insônia. (V)
8. Deve ser solicitado exame de ferritina sérica. (V)
9. Diante de seu relato, podemos dizer que a hipótese diagnóstica mais
provável é de distimia, pelos sintomas apresentados, pelo tempo de evolução
e pelos prejuízos causados. (F)
10. O humor deprimido e a avolia ou falta de energia são os sintomas centrais
dos transtornos depressivos, como a depressão maior, a distimia e o
transtorno disfórico pré-menstrual.  (V)

CASO ALBERTO
1. Apesar dos dados relatados mostrarem comprometimento funcional, não são
suficientes para o diagnóstico de demência. (F) (V) Se ainda precisa dos outros
exames (MEEM) não tem como dar o diagnóstico logo
2. Se confirmado o diagnóstico de depressão, a possibilidade de demência
pode ser afastada(F)
3. Os sintomas do paciente são consequência da irregularidade no uso das
medicações(F)
4. Estão entre fatores de risco para doença de Alzheimer: baixa escolaridade,
hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e tabagismo. (V) 
5. O diagnóstico clínico será esclarecido após aplicação do mini-exame do
estado mental, teste do desenho do relógio e teste de fluência verbal. (V)
6. A depressão pode simular um quadro de demência em idosos. (V)
7. Se confirmando o diagnóstico de depressão, deve ser iniciado
antidepressivo tricíclico devido a sua ação na acetilcolina (F)
8. Quando detectada síndrome demencial ou comprometimento cognitivo leve,
são exames laboratoriais obrigatórios: função tireoidiana, sorologia para
sífilis, dosagem sérica de vitamina B12 e exame de neuroimagem, entre
outros. (V)
9. A aplicação da escala de depressão geriátrica pode ser útil para o
diagnóstico (V)
10. A doença de Alzheimer geralmente é uma condição genética associada a
mutações nos genes da pré-senilina 1 e 2, da proteína precursora do amilóide
e da Apolipoproteína E. (V)

CASO JORGE
1. O quadro relatado é sugestivo de novo episódio depressivo. (F)
2. A idade de início dos sintomas depressivos, a presença de tentativa de suicídio e
os sintomas de aceleração, irritabilidade e inquietação durante o episódio
depressivo sugerem a presença de transtorno de personalidade comórbido para
Jorge. acho que é f- pode ser confundido com transtorno de personalidade
em casos mistos)
3. O relato de que o paciente costuma cochilar facilmente indica a presença de
fadiga. V
4. A obesidade do paciente é relevante, pois um aumento de 10% no peso
corporal leva a aumento de 6 vezes em apneia obstrutiva do sono moderada
a grave. (V)
5. O diagnóstico de Jorge é de TAB tipo I devido a presença de episódios
depressivos, mistos e maníaco. (V)
6. Tendo em vista o ganho de peso importante do paciente, a orientação é de
desmame de todos os psicofármacos até que o mesmo consiga uma perda
de peso significativa. (F)
7. Alguns dos “episódios depressivos” que Jorge apresentou antes do
diagnóstico de TAB, eram sugestivos de episódios mistos. (V)
8. Há indicação de solicitar um exame de polissonografia para o diagnóstico.
(V)
9. Para auxiliar na perda de peso de Jorge poderemos proceder com: a troca do
antipsicótico, uso da metformina e orientações sobre mudança de estilo de
vida. (F)
10. Há indicação de solicitar um exame de neuroimagem cerebral para o
diagnóstico (F)

CASO IVAN
1. O eletroencefalograma apresenta alta sensibilidade e especificidade para o
diagnóstico de epilepsia em adultos. F (especificidade alta, porém baixa
sensibilidade)

2. Os sinais clínicos indicam associação com crise epiléptica focal disperceptiva F

3. A carbamazepina é uma droga antiepiléptica eficaz para epilepsia focal. V


acho q ta certo ana (concordo - Amanda)

4. A agitação psicomotora em pacientes com esse transtorno faz parte dos


seus critérios diagnósticos e ocorre geralmente pelas alucinações visuais, as
mais frequentemente encontradas. F (alucinações auditivas são as mais
comuns na esquizofrenia, não as visuais)

5. Antipsicóticos são essenciais no tratamento, que pode ainda recorrer à


terapia de habilidades sociais e, em casos mais graves, à
eletroconvulsoterapia e até mesmo à hospitalização.V 

6. Um exame de imagem cerebral será importante para mostrar esclerose


hipocampal. F(?)ACHO Q TA CERTO tb acho (lore)
7. É possível dizer que a hipótese diagnóstica mais provável de Ivan seja a
esquizofrenia, pela sintomatologia, pelo tempo de evolução e pelos prejuízos
causados ao paciente. V

8. Entre seus sintomas, encontramos a inserção do pensamento e delírios de


grandeza, que são patognomônicos do seu transtorno. F

9. O diagnóstico de epilepsia foi equivocado porque o paciente apresenta


crises epilépticas sintomáticas agudas secundárias a transtorno psiquiátrico. V

Herança genética, doenças infecciosas, alterações dopaminérgicas, uso de substâncias


como cannabis, nascimento no inverno estão entre os fatores de risco envolvidos nos
sintomas desse paciente.  V (A DOPAMINA É O PRINCIPAL NEUROT ENVOLVIDO NO
DESENVOLVIMENTO DA ESQUIZOFRENIA)

A idade avançada é um dos principais fatores de risco não-modificáveis para o AVC,


de forma que a sua incidência dobra a cada dez anos. Isso ocorre porque, além de
outros fatores propiciados pelo envelhecimento, as micro e macrocirculações cerebrais
sofrem alterações estruturais e funcionais. As alterações microcirculatórias ocorrem
por disfunção endotelial e autorregulação cerebral e acoplamento neurovascular
comprometidos. Enquanto a disfunção endotelial promove a neuroinflamação, a
autorregulação cerebral prejudicada pode levar a lesão microvascular e o acoplamento
neurovascular comprometido provoca um declínio na função cortical. O
envelhecimento, em indivíduos saudáveis, também está associado a numerosas
alterações perceptíveis nas artérias cerebrais intracranianas e extracranianas que
aumentam o risco de AVC futuro. Associado a isso, a prevalência de certos fatores de
risco de AVC, incluindo diabetes e hipertensão, aumenta consideravelmente com a
idade, o que podem atuar como facilitadores de um AVC.

Solicitaria sim exames de imagem. De início, solicitaria uma tomografia


computadorizada sem contraste, que é indicada para todo paciente com suspeita de
AVC, já na admissão, com o objetivo de diferenciar se é um AVC isquêmico ou
hemorrágico, além de conseguir determinar a área de infarto quando é isquêmico, e a
extensão e a localização do hematoma quando é hemorrágico. A TC ainda é de suma
importância para informar sobre o prognóstico, mensurado através do uso da escala de
Fischer. De acordo com a diretriz, a TC sem contraste é recomendada dentro de 20
minutos após a chegada de um paciente com suspeita de AVC no hospital e, nesse
caso específico, eu esperaria encontrar uma hemorragia na região da artéria
comunicante posterior.
Se não houver sinais sugestivos na tomografia, deve ser realizada a punção quando há
a permanência da suspeita clínica. Nela, poderá ser encontrada a presença de
hemácias em casos de AVC hemorrágico.
Como foi muito citado pelos meus colegas, pode ser solicitada uma arteriografia
cerebral digital, que é padrão-ouro no diagnóstico e que avalia a ocorrência de doenças
cerebrovasculares ou doenças com acometimento arterial. Por fim, pode-se solicitar uma
angiotomografia de de artérias intracranianas e cervicais, que provavelmente mostraria
um aneurisma na artéria comunicante posterior.

Excelente Olívia! A TC sem contraste é realmente importantíssima em casos de AVC. Porém, é


importante ressaltar que a angiografia cerebral pode ser muito útil nesse caso, já que é um
procedimento diagnóstico minimamente invasivo em que imagens especialmente detalhadas
dos vasos cerebrais são obtidas. O nível de detalhe em ser capaz de ver artérias e veias muito
pequenas, bem como a capacidade de observar o fluxo sanguíneo no cérebro em tempo real.

Considerando todos os achados do caso, a principal hipótese diagnóstica é de


AVC hemorrágico subaracnóideo causado por ruptura de aneurisma na artéria
comunicante posterior direita, já que essa patologia cursa com os seguintes
sintomas principais: início súbito de forte dor de cabeça; sinais de meningismo
com rigidez nucal; fotofobia e dor com movimentos dos olhos; nausea e vomito
e síncope - prolongada ou atípica -, todos presentes no caso. Além disso, é
importante ressaltar a presença de fatores de risco não modificáveis, que são a
idade avançada e o sexo masculino, e vários fatores de risco modificáveis,
dentre eles hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia, ingestão de
bebida alcoólica, tabagismo e obesidade, o que já seria um indicativo de AVC. Por isso,
após a realização de exames de imagem, em especial da TC sem contraste, seria possível
comprovar esse diagnóstico.

Primeiramente, observando o exame físico do paciente, o IMC de 34.3 chama


bastante atenção, já que se enquadra em Obesidade Grau I. Associado a isso,
a circunferência abdominal de 106 cm é bastante elevada e reafirma a
obesidade, além de indicar uma alta taxa de gordura visceral abdominal e o
elevado risco para complicações metabólicas. A pressão arterial também se
encontra elevada e, juntamente com a presença de diabetes, configuram um
elevado fator de risco para o AVC. Chama atenção também a presença de
intubação orotraqueal para oxigenação adequada, a taquipinéia, FC elevada e
o exame neurológico em que o paciente se encontra em 8 na escala de coma
de Glasglow, além de pupilas anisocóricas (D>E) com reflexo fotomotor
alterado, estrabismo e comprometimento da motricidade. Outros sinais muito
sugestivos de AVC hemorrágico foram encontrados, como início súbito de forte
dor de cabeça (intensidade 10/10), rigidez da nuca, fotofobia, náuseas e
síncope.
Sim Amanda! Como você disse, a presença de Hipertensão Arterial Sistêmica
faz parte dos antecedentes patológicos do paciente, e é um dos principais
fatores de risco modificáveis. No entanto, é bom também reforçar a presença
de diabetes mellitus, dislipidemia, ingestão de bebida alcoólica, tabagismo e
obesidade, que configuram outros fatores de risco modificáveis importantes
para o AVC.

A epilepsia é um fator de complicação para a vida reprodutiva da mulher.


Algumas variações na secreção hormonal que ocorrem durante o ciclo
menstrual possuem aspectos que possibilitam a ocorrência de crises epiléticas.
Nos ciclos ovulatórios, o estradiol e a progesterona possuem relação
significativa com a frequência das crises epiléticas, de modo que é mais
acentuada essa correlação nos períodos anteriores a ovulação e à
menstruação e mais suavizada durante o período inicial e médio da fase lútea.
Além disso, os efeitos dos medicamentos antiepilépticos também afetam
significativamente a função reprodutiva feminina, já que possuem
principalmente efeitos teratogênicos e malformativos. Além disso, algumas
outras complicações podem ser observadas durante o tratamento, o que requer
monitoramento um cuidadoso para minimizar riscos. (MANREZA, 2017) -
TULIO AMARAL CUNHA.
A epilepsia do lobo temporal é a forma mais comum de epilepsia focal, já que
o lobo temporal é a região mais epileptogênica do cérebro. Nesse tipo, as
convulsões podem envolver apenas um ou ambos os lobos temporais
cerebrais. Nesse contexto, o tipo de epilepsia influencia significativamente os
hormônios reprodutivos e a função reprodutiva. O feedback recíproco das
estruturas temporais e límbicas com o hipotálamo pode alterar a secreção dos
hormônios hipotalâmicos, hipofisários e gonadais. Uma anormalidade
neurológica estrutural da amígdala ou lobo temporal mesial pode causar
epilepsia e função hormonal hipotalâmica alterada. Diferentes respostas das
gonadotrofinas hipotalâmicas resultam da atividade convulsiva do lobo
temporal. Oligomenorréia, comprimento anormal do ciclo (menor que 23 dias
ou maior que 35 dias) e ciclos menstruais anovulatórios tendem a ocorrer com
frequência. (HAMED, 2016) - TULIO AMARAL CUNHA.

HAMED, Sherifa A. The effect of epilepsy and antiepileptic drugs on sexual, reproductive and
gonadal health of adults with epilepsy. Expert review of clinical pharmacology, v. 9, n. 6, p.
807-819, 2016.

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