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3 A Tipologia de Turista

MODELO DE STANLEY PLOG

Stanley Plog criou uma nova tipologia do carácter dos turistas, identificando dois
grupos opostos: psicocêntricos e alocêntricos.

• Psicocêntricos: agrupam os turistas que concentram o seu comportamento nas


suas pequenas preocupações pessoais e têm um limitado interesse pelo mundo
exterior. Na eleição dos seus destinos turísticos preferem encontrar o que já
conhecem, preferem os locais mais frequentados e têm reduzida preocupação em
desenvolver atividades que os desviem da normalidade. São mais passivos do
que ativos.

• Alocêntricos: são os turistas que se interessam por um grande número de


atividades, desejam descobrir o mundo e manifestam uma curiosidade geral por
tudo quanto os cerca. Distinguem-se pelo desejo de aventura e pela curiosidade.

Entre estas duas categorias extremas encontra-se a maioria da população turística que se
reparte por três categorias intermédias: os quase-psicocêntricos, os cêntricos e os quase-
alocêntricos.

Cêntricos: representam a maior percentagem dos viajantes e caracterizam-se pelo fraco


pendor pela aventura e pela procura dos destinos mais em voga.

PREFERÊNCIAS E MOTIVAÇÕES

Psicocêntricos

o Destinos que não perturbem o seu modo de vida;

o Atividades recreativas pouco originais;

o Turismo sedentário;

o Destinos acessíveis por automóvel;

o Instalações e equipamentos turísticos tradicionais;

o Viagens organizadas, estruturadas e bem preparadas.


Quase-psicocêntricos

o Satisfação do ego e procura de “status”;

o Procura de conforto social;

o Visitas a locais muito frequentados ou mencionados pelos meios de comunicação


social.

Cêntricos

o Descontração e prazer: simples diversão e entretenimento;

o Clima, sol, termas;

o Mudança durante algum tempo;

o Oportunidade de fugir aos problemas diários;

o Atração real ou imaginária do destino;

o Gratificação sensual: gastronomia, descanso, conforto, bebida;

o O prazer de viajar e a apreciação da beleza: parques naturais, lagos, montanhas;

o Compras para recordações e ofertas;

o O prazer sentido antes e depois da viagem: planeamento da viagem, aprendizagem,


sonho e, posteriormente, o prazer de mostrar fotografias, recordações e de descrever a
viagem.

Quase-alocêntricos

o Participar em certames ou atividades desportivas;

o Viagens de tipo desafio: explorações, alpinismo, passeios a pé, peregrinações;

o Viagens de negócios, congressos, reuniões, convenções;

o Visitas a teatros, espetáculos especiais;

o Oportunidades de experimentar um estilo de vida diferente.


Alocêntricos

o Regiões não desenvolvidas turisticamente;

o Novas experiências e descobertas;

o Destinos “diferentes”;

o Atividade desdobrante durante a estada;

o Viagens de organização flexível;

o Atrativos educacionais e culturais;

o Procura do exótico;

o Satisfação e sensação de poder e liberdade;

o Melhoria de perspetivas.

Os grupos alocêntricos e quase-alocêtrico constituem o primeiro segmento de mercado a


ser atraído para um novo destino turístico que pretende crescer e desenvolver-se.

O segmento cêntrico, que se calcula abranger à volta de 60% da população turística


global, é, pelas suas características e dimensão, o mais significativo para fomentar o
desenvolvimento e crescimento dos empreendimentos turísticos de grande escala.

Os psicocêntricos despendem a quase totalidade do seu tempo e dos seus recursos nos
empreendimentos que utilizam, não contribuindo para o desenvolvimento do centro
turístico, mas contribuindo para o aumento da sua frequência.

A ligação entre os tipos de turistas e os tipos de destinos fornece um método para prever
o comportamento das viagens, mas duas coisas têm de ser observadas:

1. Um turista pode viajar por motivos diferentes de uma viagem para a outra;

2. Um determinado destino pode garantir uma variedade de experiências que podem


satisfazer um grande número de turistas dependendo da forma como a viagem for
organizada.

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