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CAPITULO 2 – A IMPORTANCIA DA FAMILIA NA FORMAÇÃO DO

SUJEITO

A família é a unidade fundamental da sociedade humana. Proporciona


segurança, identidade e valores a todos os seus membros, independentemente da
idade. Quando um membro da família se sente inseguro, ele pede ajuda à família;
quanto se sente doente ou deprimido, também. Independente da qualidade dos
vínculos, a família sempre está relacionada ao cuidado e a proteção. Ela é a
primeira escola com a qual uma criança aprende os valores básicos da vida. Recebe
lições de boas maneiras, bem como a moral e os valores nutridos na família, cujo
tornam-se sua força motriz (DESSEN; POLONIA, 2007).

[...] importância da família na construção de um ambiente doméstico dotado


de práticas psicossociais favoráveis ao desenvolvimento infantil, o presente
trabalho teve como objetivo analisar a associação entre a qualidade do
estímulo presente no microssistema familiar e o desempenho cognitivo de
crianças, identificando o impacto da escolaridade materna sobre a qualidade
dessa estimulação (ANDRADE, et al., 2005, p. 608).

Desta forma, inequívoco que as famílias estão no centro do desenvolvimento


humano. Entre as bases naturais e fundamentais da sociedade, as famílias são
centrais na busca do homem por dignidade, paz e justiça. Além disso, como uma
unidade econômica básica em cada sociedade, as famílias são a chave para os
esforços globais para eliminar a pobreza e gerar prosperidade: é uma unidade de
estruturação da sociedade (COELHO, 2010).
Ora, os relacionamentos com membros da família são significativos para o
bem-estar ao longo da vida. À medida que os indivíduos envelhecem, os
relacionamentos familiares muitas vezes se tornam mais complexos, com histórias
conjugais às vezes complicadas, relacionamentos variados com os filhos, pressões
de tempo conflitantes e obrigações de cuidado. Ao mesmo tempo, as relações
familiares tornam-se mais importantes para o bem-estar à medida que os indivíduos
envelhecem e as redes sociais diminuem, mesmo com o aumento das necessidades
de cuidado familiar (PRATTA; SANTOS, 2007).
Ora, os aspectos positivos e negativos dos relacionamentos podem ter um
grande impacto no bem-estar dos indivíduos. Os relacionamentos familiares
fornecem recursos que podem ajudar o indivíduo a lidar com o estresse, ter
comportamentos mais saudáveis e aumentar a autoestima, levando a um bem-estar
maior. No entanto, relacionamento de baixa qualidade, cuidado intenso para os
membros da família e dissolução conjugal são fatores estressantes que podem
afetar o bem-estar de um indivíduo (DESSEN; POLONIA, 2007).
Além disso, as relações familiares também mudam ao longo do curso de vida,
com o potencial de compartilhar diferentes níveis de apoio emocional e proximidade,
de cuidar quando necessário, de adicionar vários níveis de estresse às nossas vidas
e de precisar de cuidados em diferentes pontos em o curso de vida (DESSEN,
2010).
Ao longo das vidas, a maioria das pessoas em todas as culturas mantém
relacionamentos próximos com seus familiares. Muitos estudos têm mostrado a
força das famílias como unidades de apoio social em funcionamento, com contato e
assistência frequentes e regulares entre as gerações. É comum que avós, tias e tios
assumam as tarefas parentais nos casos em que os pais das crianças não estão
disponíveis. Na maioria dos casos, as famílias extensas contribuem para a criação
dos filhos, seja de forma parcial ou em tempo integral. Isso permanece verdadeiro
mesmo enquanto a definição de 'família' se expande rapidamente ao redor do globo
(PRATTA; SANTOS, 2007).
Muitos fatores influenciam esta mudança, incluindo um número crescente de
famílias misturadas e coabitantes, casais não casados, chefes de família solteiros e
casais sem filhos, bem como a mudança de pontos de vista sobre o 'casamento
entre pessoas do mesmo sexo'. Hoje, não é incomum que as famílias incluam
bisavós e tias e tios avós, porque as pessoas estão vivendo mais. A dependência
dos avós e outros parentes para criar os filhos aumentou dramaticamente em todo o
mundo (COELHO, 2010).
A família é uma unidade social e as rupturas familiares têm graves impactos e
consequências para cada um dos membros dessa unidade. Este fato básico é a
razão pela qual a pobreza deve ser tratada como um problema de família. A pobreza
tem efeitos corrosivos múltiplos na saúde da família, estágios de desenvolvimento e
capacidades mentais e no crescimento físico das crianças devido à falta de
alimentação, nutrição, higiene e habitação (RODRIGUES, 2005).
A pobreza familiar muitas vezes leva as crianças a se envolverem no trabalho
doméstico e fora do emprego, de modo a complementar a renda familiar; cuidar de
irmãos; cuidar do gado; e fazendo tarefas pesadas porque a mãe tem que sair para
trabalhar nos campos, na indústria da construção ou em outras áreas
semiqualificadas ou não especializadas. Várias iniciativas experimentais ocorreram
ao longo de uma década, tentando identificar possíveis e prováveis razões para a
pobreza na família. Entre as principais descobertas estava a falta de estabilidade no
casamento e na família devido ao abuso e diferentes formas de violência doméstica
envolvendo maridos e esposas e pais e filhos, resultando no colapso das famílias
(DESSEN; POLONIA, 2007).
Os seres humanos dependem muito da aprendizagem para o
desenvolvimento infantil. Porque não nascemos sabendo como nos comportar em
sociedade, muito menos a como falar e andar, tais aspectos necessitam de uma
contato inicial para um aprimoramento futuro. Ora, temos que aprender muitos dos
comportamentos do ambiente ao nosso redor enquanto crescemos. Para a maioria
de nós, esse aprendizado começa com a família em casa (RODRIGUES, 2005).
O aprendizado vem de várias formas. Às vezes, as crianças aprendem
ouvindo algo diretamente. No entanto, a maneira mais comum de as crianças
aprenderem é pela observação da vida cotidiana. A aprendizagem e a socialização
de uma criança são mais influenciadas por sua família, uma vez que a família é o
principal grupo social da criança (DESSEN, 2010).
O desenvolvimento infantil acontece física, emocional, social e
intelectualmente durante esse período. Para fazer uma analogia, se um sujeito
estiver construindo um grande edifício, deve certificar-se de que ele tem uma base
sólida para que o resto do edifício possa permanecer alto e forte por muitos anos. Se
o alicerce não for forte, ou seja, a família, o edifício terá problemas para se manter
por conta própria. Portanto, nunca é demais enfatizar a importância da família no
desenvolvimento de uma criança (PRATTA; SANTOS, 2007).
A família é um grupo de potência natural em que estabelecer dependências
recíprocas e vínculos afetivos entre seus membros. Possui estrutura hierárquica
dinâmica e funcionamento sistêmico. Tem o caráter de subsistema aberto em
relação ao sistema social, em Portanto, está em constante e recíproca interação
com outros grupos e instituições sociais (RODRIGUES, 2005).

O grupo familiar tem um papel fundamental na constituição dos


indivíduos, sendo importante na determinação e na organização da
personalidade, além de influenciar significativamente no
comportamento individual através das ações e medidas educativas
tomadas no âmbito familiar [...]. Pode-se dizer, assim, que esta
instituição é responsável pelo processo de socialização primária das
crianças e dos adolescentes [...]. Nesta perspectiva, a família tem
como finalidade estabelecer formas e limites para as relações
estabelecidas entre as gerações mais novas e mais velhas [...],
propiciando a adaptação dos indivíduos às exigências do conviver
em sociedade (RODRIGUES, 2005, p.248).

A necessidade humana de viver como uma família aumenta antes do


personagem eminentemente relação psicológica que a criança-adulto tem durante
todo o processo em que o personalidade. Adultos que cuidam do criança e que
constituem sua família, garantem que produzir os processos psicológicos envolvidos
em desenvolvimento da personalidade, bem como identidade de si, socialização e
autonomia, entre outros (PRATTA; SANTOS, 2007).
A família também enfrenta problemas em respeitar limites, espaços e
autoridade pessoal, em o uso de métodos e procedimentos educacionais impróprio
para a socialização dos mais jovens e outros mais próximos de estilos de vida e
relacionamentos interpessoal, de subjetividade grupal, que deve ser socialmente
cuidada por meio de técnicas de aconselhamento familiar incluindo terapia domiciliar
com disfunções graves, a preparação dos jovens para o relacionamento de casais e
para a vida familiar em em geral (DESSEN, 2010).
Desde a década de 1950, a família tem sido estudada como um sistema
relacional com princípios e categorias que definido como um problema de pesquisa.
Nesta década ocorre nos Estados Unidos da América um movimento muito forte de
terapia familiar como uma forma de tratamento não individual de transtornos mentais
e disfunções do casal e da família (RODRIGUES, 2005).
A família, embora influencie, é influenciada pela meio social onde está
inserida e desenvolvida. Ao ajustar às influências externas, torna-se um motor de
mudança, experimentando reajustes em sua estrutura, em suas funções e
responsabilidades e seus valores nem sempre perceptível à primeira vista, devido ao
pessoa e instituições interessadas no seu bem-estar. Hoje a família continua sendo
o habitat natural do homem, o primeiro recurso e último refúgio (COELHO, 2010).
Embora seja verdade que a família inicia o desenvolvimento do ser humano
como indivíduo social, ou seja, o conhecimento adquirido em casa serve de iniciação
a ser construído dentro de um contexto específico onde uma série de características
que constituem os traços mais importantes para a interação e a vida em
comunidade, é necessário ter presente que a realidade social da família e da
sociedade em si, às vezes varia, pois não é a mesma realidade para os dois
cenários (ANDRADE, et al., 2005).
Ora, as relações entre pais e filhos se constiuem em um dos vínculos mais
importante em todo o sistema familiar.

a relação entre pais e filhos é a que apresenta o vínculo mais forte


dentro do contexto familiar, ligando-se “à reprodução da família em
sentido mais amplo, englobando a reprodução biológica e, sobretudo,
a reprodução social. Além disso, [...]o tipo de interação estabelecido
entre pais e filhos, bem como as expectativas e sentimentos dos pais
em relação aos filhos, exercem um papel muito importante no tipo de
personalide (p. 252).

Da mesma forma, a família cumpre funções como preparação para ocupar


papéis social, controle de impulso, valores, desenvolvimento de fontes de
significado, como, para Por exemplo, a seleção de objetivos de desenvolvimento
pessoal, sendo esta socialização aquela que permite que as crianças se tornem
membros proativos da sociedade. A família funciona como um sistema bipsicosocial
que visa responder às demandas vis-à-vis como um espaço propício para a
formação da capacidade de relacionar-se com os outros, para fornecer proteção e
afeto de tal forma que os pais sejam atribuído ao processo de socialização
(DESSEN; POLONIA, 2007).
O ser humano aprende a se relacionar com a família desde muito jovem, ou
seja, aí ele eles aprendem as bases para a interação com os outros; também os
estilos de vida, as formas pensamento, valores, hábitos, entre outros, que servem
para configurar a personalidade do individual, que posteriormente se desenvolverá
em um contexto sociocultural (PRATTA; SANTOS, 2007).
O papel da educação é facilitar o desenvolvimento pessoal e familiar por meio
de ações sistemático e programado. Pais e educadores devem, portanto, saber que
o desenvolvimento é consequência de educação, já que o nascimento de um filho
não envolve apenas os cuidados físicos proteção, mas para torná-lo um membro da
espécie humana, integrá-lo ao grupo cultura onde nasceu e cujos costumes,
tradições e normas deve assimilar (DESSEN, 2010).
Assim, a educação da pessoa deve ser entendida como uma interação
permanente com o meio ambiente e o meio social que o rodeia. Essa interação com
um ambiente organizado culturalmente irá facilitar a competência cognitiva e o
desenvolvimento pessoal, tudo isso levando em consideração que a educação é um
dos fatores que contribui decisivamente para o desenvolvimento do ser humano
(ANDRADE, et al., 2005).
Tudo isso levando em consideração que o ser humano ao nascer não possui
padrões de determinado comportamento, mas precisa se relacionar com os
indivíduos em seu ambiente, a fim de ser configurada como pessoa, assim a
educação se justifica a partir da necessidade de que a pessoas a serem
influenciadas por seus pares para que assim adquiram características próprio do ser
humano. Da mesma forma, a partir da cultura em que cada um está imerso, permite
que você entenda o contexto específico em que está, fornecendo argumentos e
interpretações da realidade de tal forma que um processo de adaptação ao meio
ambiente e bom desenvolvimento humano (RODRIGUES, 2005).
Quando se fala em desenvolvimento humano, faz-se referência à aquisição
de valores e sua transmissão a todos os indivíduos de tal forma que eles possam
lidar com sucesso com diferentes situações, desafios, conflitos que surgem e tudo
isso é alcançado através de Educação. Por isso, os processos educativos,
entendidos como instrumento essencial desenvolvimento humano, eles devem
assumir e aprofundar esses aspectos como é o sistema valores das pessoas que
refletem os vários processos e aprendizagens que ocorrem dentro do sistema
educacional (COELHO, 2010).
Em outras palavras, a educação tem um papel importante na formação do ser
humano. A formação de menores no núcleo familiar é um dos fatores que mais
influencia o processo de desenvolvimento humano; desde, é em uma idade precoce
quando começa o processo de adoção de comportamentos e de seguir diretrizes
que aos poucos vão forjando o comportamento da pessoa. No entanto, existem
situações que surgem no ambiente família e que são um exemplo da necessidade
de princípios e valores fortalecidos a partir da Seio familiar por ser o mais influente
na aprendizagem de valores e padrões de comportamento valiosos (DESSEN;
POLONIA, 2007).
Desta forma, é importante que os valores que são instilados geram
crescimento ou desenvolvimento humano desde a forma como este é O aprendizado
terá impacto no meio ambiente de cada um, é importante resgatar o papel da família
na formação integral do ser humano, na construção de identidades fortalecidas em
valores e princípios éticos e sociais. Aqui a importância do treinamento adequado é
reconhecida para que as crianças cresçam com plena autoconfiança, com uma
identidade, com auto-estima, com ambições que são eles se materializam em
objetivos claramente definidos; pessoas com essas características são os desejado
em uma sociedade (ANDRADE, et al., 2005).
Ainda hoje o papel da família mudou, já que dentro do famílias, a implantação
de um modelo mais igualitário e democrático que anteriormente. Por outro lado,
apesar do fato de vários autores. A escola se limitou apenas à transmissão da
conhecimento, na realidade há também a transmissão de valores que são afirmados
por dentro do seio da família (PRATTA; SANTOS, 2007).
A comunicação como elemento integrador das famílias desempenha um papel
importante, já que ter compreensão e diálogo em cada situação pode garantir uma
melhor compreensão das situações que surgem na esfera social, ou seja, às
situações estrangeiro e externo ao qual cada membro da família se defrontará. Por
outro lado, a educação na escola ajuda o indivíduo a melhorar atitudes pessoal e
social, mas vale ressaltar que a base da aprendizagem, aquisição conhecimento e a
transmissão deles no meio social, depende em grande medida educação em casa
(DESSEN, 2010).
Nessa ordem de ideias, a família forma indivíduos sociais, desde a construção
de elementos afetivos, emocionais, de comunicação e comportamentais, (que são
modelados pelas crianças), você consegue formar um ser integral que pode servir
como eixo do desenvolvimento humano e social. É aí onde é necessário um
acompanhamento desenvolvimento constante da família no desenvolvimento de
cada um dos ambientes do indivíduo, em tal de forma que valores e convicções
pessoais sejam reforçados, o que tem um impacto significativo sobre direto sobre os
valores sociais (RODRIGUES, 2005).

REFERENCIAS

ANDRADE, Susanne Anjos e colab. SciELO - Saúde Pública - Ambiente familiar e


desenvolvimento cognitivo infantil: uma abordagem epidemiológica Ambiente
familiar e desenvolvimento cognitivo infantil: uma abordagem epidemiológica.
Revista de Saúde Pública, v. 39, p. 606–611, 2005. Acesso em: 30 ago 2021.
In-text: (ANDRADE e colab., [S.d.]) 
DESSEN, Maria Auxiliadora e POLONIA, Ana da Costa. A família e a escola como
contextos de desenvolvimento humano. Paidéia (Ribeirão Preto), v. 17, p. 21–32,
2007. Acesso em: 30 ago 2021.

PRATTA, Elisângela Maria Machado e SANTOS, Manoel Antonio Dos. Família e


adolescência: a influência do contexto familiar no desenvolvimento
psicológico de seus membros. Psicologia em Estudo, v. 12, p. 247–256, 2007.
Acesso em: 30 ago 2021.

COELHO, Heidi Miriam Bertolucci. "De tempos em tempos..." eis a sua família. Rev.
Mal-Estar Subj.,  Fortaleza ,  v. 10, n. 3, p. 787-807, set.  2010 .   Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-

RODRIGUES, Adriana. As novas formas de organização familiar: um olhar histórico


e psicanalítico. Rev. Estud. Fem.,  Florianópolis ,  v. 13, n. 2, p. 437-439,  Aug. 
2005 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0104-026X2005000200017&lng=en&nrm=iso>. access on 
17  July  2020.  https://doi.org/10.1590/S0104-026X2005000200017.

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