Nome: Vinícius Gandolfi de Morais N° 32 Turma: 3°G
Matéria: Filosofia Professora: Vilma Luzia Dolinski
Arte & Sociedade
(A Visão de Walter Benjamin Sobre a Arte) Ler o texto "A visão de Walter Benjamin sobre arte" e responder:
1) O que é uma obra de arte aurática?
R: Segundo o filósofo Walter Benjamin, a “aura” de uma obra de arte consiste na verdadeira essência que tal obra quer transpassar, tanto ao seu criador, quanto ao público que a aprecie. Ela se apresenta na absoluta singularidade presente na obra, o que nos acarreta em uma experiência estética totalmente genuína ao sentirmos os efeitos da sensibilidade. O conceito de aura é advindo do intenso processo de sacralização que a humanidade perpassou ao longo de sua história, a denotando como um valor de culto e se estruturando através de três princípios básicos: a originalidade, a unicidade e a autenticidade. Originalidade, pois, o valor de uma obra de arte é trazido do processo criativo que permeia o âmbito artístico, sua duração material e por sua condição de pertencimento à um contexto ou período histórico específico. Por sua vez, a unicidade, como diria o autor, se dá pelo caráter do “aqui e agora” que a obra traz em seu encalço. Ao se imaginar momentos como a vista de um pôr de sol no final da tarde, um tempo passado ao lado de uma pessoa amada ou com o corpo em consonância com a beleza da natureza, são produzidos instantes irrepetíveis, únicos em um sentido espacial e temporal. Também é válido questionar aqui a presença de uma tradição que dê sentido à essa obra de arte. Benjamin usa como exemplo para ilustrar isso a estátua de Vênus, que para as tradições gregas era um objeto de culto enquanto as tradições da Idade Média a viam como algo execrável e detestado, que ia contra a ordem vigente. São esses fatores então que nos levam à autenticidade artística, permitindo-nos enxergar uma obra de arte de uma forma realmente autêntica. Ao se configurar de uma maneira ausente fisicamente ao nosso redor, mas presente em nossa memória, em nosso pensamento, como uma lembrança duradoura, a obra de arte alcança seu patamar transcendental de existência. Com isso, podemos pensar que as obras de arte antigas se apresentavam permeadas por uma aura. À exemplo, a contemplação do quadro de Monalisa, pintura de Leonardo da Vinci, só ocorreria caso o indivíduo fosse ao museu para apreciá-la, gravando-a eternamente em sua memória, a transcendendo no tempo e no espaço, a tornando efêmera e singular e verdadeiramente original, única e autêntica. Caso essa obra fosse reproduzida, portanto, essa aura se enfraqueceria e se perderia.
2) Explique o processo de sacralização e dessacralização do mundo.
R: Os processos de sacralização e dessacralização foram algo fundamental durante toda a história da humanidade e para a própria experiência humana como um ser racional. Seus efeitos na arte, surgida praticamente de forma concomitante, se fazem então em largas escalas. Desde os primórdios, ao adquirir capacidades racionais e intelectuais, o ser humano primitivo passou a se perguntar sobre os eventos naturais que ocorriam a sua volta como os ventos, a mudança das estações, a alternância do dia e da noite, os efeitos climáticos como a neve e a chuva, o movimento dos astros, as vidas animais e vegetais, etc. Para essas primeiras comunidades humanas, não havia sentido para tamanho poder, oriundo aparentemente do nada, pois não se via nada ou ninguém fazendo aquilo; como fazia, do porquê fazia e para que fazia eram perguntas que permaneciam sem respostas. Foi através disso então que o advento da religião, do divino e do sagrado passou a incutir na mente desses seres primitivos, atribuindo todos esses elementos supracitados à algo transcendental, que estava ali, mas ao mesmo não estava, que se fazia presente, mas de uma maneira também ausente. O processo de sacralização de mundo então começa a partir desse momento, nessa busca incansável para chamar a atenção daquele ser poderoso, por meio de danças e músicas ritualísticas, altares de sacrifícios e construção de templos sagrados, que se diferenciavam dos lugares profanos do cotidiano. Os cultos então começavam a partir de momentos especiais e com objetos únicos, com a vida humana gerando ao redor dessa sacralização. Assim sendo, é nítido a forma como a questão da “aura” se relaciona de forma inerentemente à essa visão de mundo. Toda e qualquer obra de arte se caracterizava como aurática por essa denotação de um momento único e especial, que mesmo não sendo exatamente religioso ou sagrado, era preso à memória, estando sempre presente no pensamento do indivíduo e o marcando eternamente. No entanto, com o passar do tempo, vem a ocorrer o processo de dessacralização de mundo. No cenário artístico isso acontece, pois, a arte sempre foi passível de cópias. Desde às artes rupestres, nada impedia um ser humano primitivo copiar o que outro havia desenhado nas paredes das cavernas. Oficialmente, no entanto, esse processo tem início com o surgimento da xilogravura, que permitia a cópia de obras de arte através das técnicas empregadas no procedimento. Outras práticas então passaram a se seguir, como a imprensa, a litografia e o telégrafo, que cada vez mais produziam e geravam cópias de inúmeras manifestações artísticas, as destituindo gradativamente de sua originalidade, unicidade e autenticidade, aqueles momentos especiais a quais faziam parte de sua apreciação. Assim sendo, obras de arte sem aura. O ápice da dessacralização ocorre com o advento da fotografia, quando não é mais possível distinguir a cópia do original e vice-versa. Abandonando o toque dos pintores ao pintarem retratos de pessoas, a fotografia se utiliza da visão do artista para se encontrar o enquadramento correto, identificar as luzes e sombras certeiras e todos os demais processos artísticos fotográficos. Não muito tempo depois, há ainda o surgimento do cinema, que ao colocar fotografias lado a lado rapidamente, gera a sensação de movimento no espectador. Tem-se início então a questão de como lidar com as artes em um mundo permeado por reprodutibilidade técnica.
3) Que transformações as artes sofrem com o processo industrial?
R: Com a Revolução Industrial no século XVIII, que mudou diversas camadas socioculturais, intelectuais, políticas e econômicas pelo mundo todo, a arte não ficou de fora disso. O modo de produção capitalista, que visa a acumulação de riquezas e a produção de mais e mais produtos em larga escala para serem vendidos em busca de exorbitantes lucros fez a arte ser reproduzida e multiplicada em demasia. Com o tempo, a reprodutibilidade técnica alcança altos níveis dentro das camadas sociais, em mais e mais cópias de obras de arte sendo geradas. Dessa forma, não é difícil de se imaginar que ocorre então uma perca total da aura, que é destruída a favor apenas da mercantilização de tais obras. Perde-se o valor de culto para dar lugar ao valor de exposição, onde se antes o que importava era o seu momento e a sua sensação única e autêntica, agora é apenas mais um valor monetário à mercê da ideologia burguesa. É junto disso então que os filósofos, sociólogos e demais pensadores da Escola de Frankfurt, representados principalmente nas figuras de Theodor Adorno e Max Horkheimer, cunham o termo da Indústria Cultural, como aquela onde, aos desejos do capitalismo, produtos culturais e artísticos fabricados em série são todos parte de um consumo desenfreado destinado a alienar as massas junto aos meios de comunicação e da informação. Se antes as obras de arte representavam intelectualismo e estudo, agora são sinônimos de diversão, entretenimento e lazer com a finalidade de remover o senso crítico do público médio para apenas consumirem mais e mais. Ao invés de incomodar e inovar o pensamento do público apreciador, a Indústria Cultural o deixa passivo, não o choca ou o provoca, ao invés disso, ela o seduz e o agrada. Embora Walter Benjamin não discorde desse ponto de vista de seus colegas da Escola de Frankfurt, o autor passa a ver, no entanto, a Indústria Cultural de uma outra ótica, a flexibilizando e trazendo outros pontos de vista mais positivos do que apenas banalização e alienação ao público.
4) O que é democracia cultural?
R: A nova visão que Walter Benjamin passa a ter sob a Indústria Cultural se apresenta na forma como ela passa a tornar a arte como algo mais democrático, sendo compartilhada com a maioria e não restringida à uma minoria. Isso porque antigamente os meios artísticos poderiam ser considerados relegados apenas à uma elite burguesa. Isso ocorreu pois só aqueles que detinham melhores condições de vida e grandes somas econômicas poderiam ter acesso à concertos de orquestras musicais, bandas sinfônicas, museus, acervos e galerias de arte, óperas e teatros, estúdios de pintura e escultura, salões de dança e demais locais que possibilitam um amplo contato com a arte. Com o avanço da Indústria Cultural e dos meios de comunicação, isso não se tornou mais regra. Qualquer pessoa pode ter acesso à Monalisa apenas a pesquisando na internet, não precisando ir até o Museu do Louvre, em Paris, para isso. Da mesma forma, temos contato com a música em vários aplicativos e aparelhos eletrônicos portáteis, não necessitando mais se restringirmos à um local para apreciar a música. Além disso, a forma do capitalismo de sempre se reproduzir o tanto quanto possível, ampliou o número desses locais artísticos nas cidades, de forma que o indivíduo não precise mais se deslocar grandes distâncias para ir à um teatro ou uma ópera por exemplo. Era isso que Walter Benjamin defendia, onde em uma sociedade, mesmo com obras de arte perdendo seus valores auráticos que tanto a tornavam algo único e especial, ao menos chegavam perto de proporcionar algum senso crítico e racional às camadas da população senão aquelas burguesas, mas aquelas também mais desfavorecidas economicamente. Mais do que isso, o autor ainda aponta para o resgate da aura em determinadas situações. Uma fotografia de uma pessoa falecida, mesmo repetida variadas vezes, por exemplo, provoca sensibilidade e nostalgia em um ente querido do falecido que a visualiza. Da mesma forma, aquela clássica imagem de uma criança africana desnutrida sendo observada por um urubu, que de tanto ser reproduzida, todos a conhecem, ao denunciar cenários de fome, pobreza e miséria na África, comove a quem a vê e o incita a tomar alguma medida para mudar aquela realidade. A mesma indústria cultural que é permeada por propagandas, publicidade, fake news e notícias que nada irão agregar ao indivíduo, também é a mesma que disponibiliza artigos científicos e palestras de intelectuais à população, podendo ser dialética e produzir reflexão. Isso, no entanto, não é algo que está isento de algumas dificuldades pelo caminho, como é o caso da cultura de massa que veremos a seguir visto que se a democracia cultural defende que deve ser direito de todos ter acesso à produção, informação, fruição e formação aos bens artísticos e culturais, e não apenas privilégio de uma minoria abastada, massificá-los de nada adianta.
5) Explique como a cultura de massa dificulta a democracia cultural.
R: Nesse ponto, é importante aqui retomarmos o pensamento de Adorno e Horkheimer e definir a relação entre arte e cultura. Arte, como vimos, é tudo aquilo que é novo, causa estranhamento, choca e incomoda e nos tira do lugar comum. A cultura, por sua vez, é o próprio lugar comum, aquilo que é tradição, que já está sedimentado em um determinado povo e o qual estamos acostumados a viver sob o julgo das crenças e valores presentes nessa cultura. A Indústria Cultural, ao seu modo, vende cultura. E por conta disso, ela vende a arte não com seu primor estético, mas como um bem cultural, deixando-se assim quem a consome, no lugar comum. E como bem lembram Adorno e Horkheimer, ela também divide o que cada público ou classe social deve consumir por meio da cultura de massa. Essa massificação que a indústria cultural promove impede que haja uma verdadeira e eficaz democracia cultural em toda sua plenitude por diversos fatores. Primeiramente que, às forças capitalistas, há obras caras e baratas, já dividindo assim o tipo de item que cada classe social, à sua própria condição econômica, irá consumir. Em seguida, ela cria a ilusão de que todos possuem acesso aos mesmos bens, às mesmas informações e conteúdo, quando na verdade um olhar mais apurado revela que tudo aquilo que um determinado grupo social irá ler, ver, falar e ouvir já está bem definido. Podemos perceber isso através de diferentes jornais, que mesmo propaganda a mesma notícia, o fazem de diferentes formas. A televisão e o rádio, principais meios de divulgação da indústria cultural em suas vítimas, separam toda sua programação já visando um público específico por meio da idade, do sexo e da ocupação do alvo escolhido, sejam eles crianças, donas de casa, pais de família, adolescentes, executivos, profissionais liberais, trabalhadores de fábricas, etc. Também propagam notícias visando a falta de localizações espaciais e temporais, na intenção de impedir o público de relacionar fatos e situações socioeconômicas, por exemplo, com injustiças que fazem parte de seu próprio cotidiano. Ela também cria o próprio conceito do “público médio”, ou seja, aqueles ouvintes que apenas permanecerão com uma capacidade mental média ao consumirem obras e informações, não sendo capazes de elevarem esse conhecimento para algo mais crítico. Mais do que isso, também infantilizam suas vítimas ao lhes darem satisfação imediata de seus desejos por meio de programação variada e facilidade de acesso aquilo que os agradam. Isso consequentemente leva à uma intimidação social, onde o público, incapaz de achar que tem controle sobre sua vida, passa a ouvir os aconselhamentos e a tomar decisões com base em especialistas e programas vendidos pela própria indústria. A conclusão à que se chega é que por mais que Walter Benjamin diminua os danos causados pela Indústria Cultural e que ela pode fornecer algum respingo de democracia cultural e até mesmo um resgate da aura por meio de algumas situações, enquanto os efeitos da cultura de massa continuarem, nunca se produzirá uma democracia cultural totalmente completa e compartilhada com todos, de forma a revelar a arte em todas as suas essências. 6) Por que Walter Benjamin considerava “o cinema a arte democrática do nosso tempo”. R: Walter Benjamin foi um filósofo que não viveu o tempo do advento da internet, dos celulares, dos computadores e até mesmo das televisões. Em contrapartida, em seu período de vida, o rádio e o cinema eram as fontes que dominavam esse cenário para o autor. Isso, entretanto, já foi o suficiente para o filósofo perceber a importância da arte cinematográfica como aquela verdadeiramente democrática e que tem o poder de restaurar a aura artística mesmo na era da reprodutibilidade técnica. Talvez o maior trunfo do cinema resida justamente em ser uma arte inventada ali no final do século XIX, quando a humanidade já havia passado pelo apogeu da Revolução Industrial e estava agora se encaminhando para um sistema capitalista amplo em todas as suas esferas. Ao contrário de demais manifestações artísticas como a dança, a música, o teatro e as artes visuais, que já denotavam um histórico milenar, o cinema conseguiu se adaptar e se sobressair em meio ao avanço da tecnologia e dos meios de comunicação, e manter seu caráter artístico mesmo sendo altamente reproduzido em larga escala. Primeiramente, no entanto, não podemos nos enganar: o cinema é, assim como a televisão, uma indústria, bilionária, por sinal. Assim como ela, só sobrevive às custas de investimento, marketing, publicidade, propaganda, mercados, público alvo, consumismo, busca por lucros, efeitos da moda, etc. Porém, se diferencia dela fundamentalmente em um aspecto: a televisão é um meio técnico que em sua programação apenas narra visualmente ideias já estabelecidas como jornais (transforma em noticiários), literatura (transmuta em novelas), teatro (adapta em programas de auditório), esporte (exibe jogos esportivos) e até mesmo o próprio cinema (imagens em movimento). Ela é até mesmo tratada como um eletrodoméstico por seus consumidores; faz parte da normalidade todos terem televisão em casa, enquanto que se você não for ao cinema frequentemente não há indagações. Por sua vez, em contrapartida à indústria televisiva, a cinematográfica se apresenta como algo muito mais rico. Ao combinar artisticamente som, imagem e movimento, os cinemas retratam sociedades complexas, com personagens densos, histórias mais fantásticas e criativas do que as vistas à exaustão em tramas corriqueiras novelísticas. Ela constrói e apresenta novos universos, dá vida a realidades que só existiam em sonhos ou nas palavras de um livro, e sempre está se reinventando criativamente como uma arte deve ser. Usando então essa base do cinema, Walter Benjamin apresenta o fato de como uma obra de arte pode ter tantos fins possíveis, sejam eles conservadores, se aproximando do fascismo, do autoritarismo e da autocracia no geral, como pode gerar um fator crítico, engajado e revolucionário. A primeira dessas ideais é chamada de estetização da política, que podemos observar no terror nazista que varreu a Europa em pleno século XX. O ditador alemão Adolf Hitler usava de muitos artifícios cinematográficos inovadores como forma de propaganda política, para se chamar a atenção para seus ideais e embelezar a realidade, convencendo a população a apoiar suas causas, por mais desumanas que fossem. Era a arte sendo usada como retrocesso e aceno à violência, à dominação e alienação. Enquanto isso, no entanto, a politização da arte consegue promover um fazer artístico do cinema que consegue levar o senso crítico, mesmo superando a cultura de massas, para todos aqueles que dele desfrutarem, se firmando assim como a arte contemporânea. Em seu tempo, Benjamin já havia percebido em como os clássicos filmes de Charles Chaplin, mesmo sendo repetitivos e fazendo uso de várias técnicas manipuladoras, ainda assim conseguia dar espaço ao público para abrir a discussão sobre alguns elementos presentes no longa- metragem, como por exemplo “Tempos Modernos”, que instiga o espectador a se questionar das condições de trabalho deploráveis vividas pelo operariado. Na atualidade, mesmo à filmes cheios de efeitos especiais, à moda do capitalismo para lotar salas de cinema, com enquadramentos- padrão e pré-definidos para chamar a atenção do espectador, a restauração aurática do cinema resiste. Filmes como “Avatar”, que mesmo inovando na tecnologia 3D, consegue transmitir uma mensagem de proteção ambiental, processos de colonização e civilização versus barbárie; ‘Coringa”, que apresenta o arqui-inimigo de um dos super- heróis mais famosos do mundo pop, traz à tona questões como a marginalização de pessoas doentes mentalmente ou psicologicamente em âmbito social, o papel dos meios midiáticos e a violência policial. E por fim, o recente vencedor do Oscar de Melhor Filme, “Parasita”, uma película sul-coreana aos moldes comerciais estadunidenses nos levanta uma discussão primordial sobre aqueles que detém o poder e aqueles inferiorizados e relegados às margens da sociedade por sua situação econômica. Todos os filmes mencionados usaram de vários dos artifícios empregados pelo capitalismo apenas para chamar atenção, ganhar dinheiro e gerar lucro, mas ainda assim conseguiram gerar um certo grau de libertação e esclarecimento em que os assistiu. Sendo assim, a visão então de Walter Benjamin sobre o cinema se firma como a única arte verdadeiramente democrática em nosso tempo, onde mesmo estando suscetível às artimanhas da indústria cultural, ela ainda é capaz de apresentar aura, de ser singular, de gerar debates e discussões, de ser criativa, de libertar, de inspirar conhecimento e alcançar o patamar artístico de obra de arte.