Zygmunt Bauman (1927-2017) foi um sociólogo judeu polonês que escreveu
sobre diversos temas, incluindo o Holocausto e a Modernidade. Neste breve excerto procuro dialogar e sumarizar a obra Modernidade Líquida, trazendo para tal seus principais conceitos. Bauman foi conhecido como uma dos principais teóricos do pós-modernismo, com perceptível contribuição no debate ético do holocausto por exemplo, no qual ele define que a burocracia, a divisão do trabalho, o cumprimento da lei e ordem social em muito contribuiu para tal evento, e segundo o autor, este evento não estaria desassociado da racionalidade, muito pelo contrário ele seria um sinal evidente desta, sendo extremamente orquestrado. Além disso, Z. Bauman percebe uma ambivalência presente na modernidade, uma delas seria a necessidade de ordem, que por meio das ciências e leis tenta impor um padrão aos comportamentos humanos, almejando uma previsibilidade e controle. Por sua vez o outro lado dessa moeda seria a busca por fugir da tradição, seja ela na cultura, seja também na economia e nas relações sociais, “all that is solid melts into air”, com isso chegamos na volatidade, toda essa metrificação e regulamentação cria uma contra corrente, que almeja fugir dessas tendências. Destarte, seria agora segundo ele “turistas” em busca de diferentes maneiras de viver e experenciar nossas relações em muito contraste do que fomos, “peregrinos” seriam aqueles que buscavam um significado muita mais complexo e profundo.