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PROCESSO PENAL – RESUMOS

INQUÉRITO POLICIAL:

É um processo administrativo, preparatório, inquisitivo e sigiloso, dirigido pelo


delegado de polícia que tem como fundamento de buscar elementos de autoria e
materialidade afim de que uma ação penal possa ser proposta.
Administrativo porque é natureza jurídica que não se confunde com ação penal.
Eventual nulidade no inquérito policial não irá anular futura ação penal. Ele é
inquisitivo porque não há contraditório no inquérito. Ele é sigiloso, porém não se aplica
ao advogado, promotor e MP. A súmula vinculante 14, STF e artigo 7, inciso 14
Estatuto da Ordem dos Advogados.
Tem finalidade de trazer elementos de autoria e materialidade para uma futura ação
penal, logo os destinatários, esse inquérito são ação penal pública o MP, na ação
penal privada o querelante. Como também chama atenção que a doutrina de hoje traz
como destinatário inquérito o juiz, quando este vai decidir medidas cautelares no curso
da investigação.
A investigação por meio de um inquérito policial não é a única forma. O Estado tem de
iniciar a persecução penal, inquéritos fazendários da receita federal do Brasil
comissões parlamentares de inquérito.
O MP pode investigar? Sim, ele investiga por meio de um PIC, procedimento
investigatório criminal o STF trouxe 5 direitos públicos: Respeito aos direitos humanos,
prerrogativas dos advogados, respeito a cláusula de reserva de jurisdição, forma de
arquivamento do PIC e a investigação e que investigação sejam feitos pelos próprios
membros.
Para o delegado é obrigatório e dispensável para o promotor. Indisponível para
delegado porque não pode arquivar e é temporário trazendo prazos de 10 dias para o
indiciado investigado preso improrrogável, 30 dias para o solto, prorrogável por mais
30 dias. O inquérito Policial Federal 15 mais 15 para réu prezo, 30 para réu solto e
mais o prazo do juiz. Inquérito de droga é 30 dias para réu preso mais 30 dias, 90 dias
mais 90 dias para réu solto.
O inquérito policial não tem prova tem elementos informativos, até possível as provas
podem ser cautelares, repetitivas e inominadas. O indiciamento é um ato privativo do
delegado de polícia, não podendo ser obrigado, segundo STF, o juiz não pode
requisitar o indiciamento. 
O art. 14-A, quando servidor público da segurança pública estiver respondendo um
inquérito pelo uso letal pela força, será citado em 48 horas para apresentar adv. Se ele
não tiver nesse mesmo prazo a notificação será na instituição dele. A defesa será feita
pela DP. O encerramento do inquérito, hoje temos uma forma de arquivar que está na
lei, contudo, está suspenso por decisão do STF. Na prática adotamos uma outra forma
de arquivamento.
- Se o FGV falar que o arquivamento hoje com alteração da lei 13964 e dizendo que
arquivamento é feito pelo MP, É CORRETO
- Se por decisão judicial houve a suspenção do art. 28 hoje na prática ocorrendo por
decisão judicial, porque houve a suspensão do art. 28, também está CORRETA. 
O desarquivamento do IP, NÃO desarquiva o IP, QUANDO ARQUIVAMENTO FOR
POR EXCLUDENTE E ILICITUDE e DESARQUIVA SE ESSA DECISÃO FOR STF. 
DESARQUIVAMENTO possível, face de uma certidão de óbito falsa. 

AÇÃO PENAL

O Estado exerce o direito de punir. Para o exercício de direito de punir, devemos


separar o inquérito policial da ação penal. Fase inquisitória e fase acusatória.
Como um direito subjetivo de "pedir" ao Estado que aplique o direito de punir em face
da prática de um crime.
Na ação penal pública - MP - denúncia 
Na ação penal privada - OAB - queixa-crime

Condições da Ação.

São requisitos prévios que devemos preencher. 


Genérica (todas ações); específicas;

GENÉRICA:

- Possibilidade jurídica do pedido: Pedido na ação de estar previsto no


ordenamento - tipicidade
- Legitimidade para agir: Possibilidade de ocupar o polo passivo e ativo da ação.
- Interesse em agir: (necessidade, utilidade, adequação)
- Justa causa: Devemos ter um mínimo de prova;

ESPECÍFICAS:

Art. 88, 9099/95 / Art. 129, CP - trouxe uma representação.

CLASSIFICAÇÃO DA AÇÃO:

PÚBLICA: Quem é titular? MP; qual é a peça? Denúncia; Réu preso: 5 dias; Réu
solto: 15 dias; 

- incondicionada: regra
- condicionada: (requisição - Ministro da Justiça); (representação - informal);
A representação é uma condição de procedibilidade para o início da ação. Se ela não
for feita em 6 meses, se não disser não há como representar; será DECADÊNCIA (art.
38, CPP)
Retratação da representação: Sim, até o oferecimento da denúncia; 
Retratação da retração da representação: Sim, até o prazo decadencial de 6 meses;

RETRO - ATÉ OFERECIMENTO DA DENÚNCIA

É POSSÍVEL RETRATAÇÃO DA RETRATAÇÃO? Sim, desde que esteja dentro do


prazo de 6 meses e que não tenha ocorrido oferecimento da denúncia. 

PRIVADA: 

- personalíssima - art. 236, CP.: Não há sucessão processual, ou seja, morrendo o


ofendido, estará extinta a punibilidade; 

- exclusiva - Tenho sucessão processual; art. 60, CPP, em 60 dias. 

- sub. da pública - Porque o MP não cumpriu o prazo de 5 dias do réu preso e de 15


dias do réu solto, casos de INÉRCIA; Surge a possibilidade de contratar o advogado
para ingressar com ação penal privada subsidiária pública; Continua a ter natureza
jurídica de ação pública.
Denunciar;
Arquivamento;
Arquivamento indireto - encaminhar para outra justiça;
Pedir Diligência ;
ANPP acordo de não persuasão penal (Crime que não teve violência, réu primário,
crime no mínimo de 4 anos);

art. 29, CPP: O MP poderá aditar, repudiá-la, oferecer denúncia substitutiva, intervir
(prova, recurso);

PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL

PÚBLICA:  MP
- Obrigatoriedade - O MP, deve entrar com ação penal;
- Indisponibilidade  
- Oficialidade 
- Divisibilidade 

PRIVADA: ADVOGADO
- Conveniência e oportunidade - É facultativo;
- Disponibilidade 
- Indivisível 

Instituto com relação penal PRIVADA:


É DISPONÍVEL / NÃO OBRIGATÓRIO

- RENÚNCIA: OCORRE NO INQUÉRITO POLICIAL; UNILATERAL; PODERÁ SER


EXPRESSA OU TÁCITA; A RENUNCIA ALCANÇA A TODOS.

- PERDÃO: OCORRE NA AÇÃO PENAL; BILATERAL; VAI DEMANDAR O RÉU


ACEITAR; O RÉU SERÁ INTIMADO, DENTRO DE TRÊS DIAS, SE NÃO FALAR
NADA O RÉU ACEITOU; É EXPRESSA OU TÁCITA; ALCANÇA TODOS, MAS
AQUELE QUE QUISER CONTINUAR NO PROCESSO PODERÁ CONTINUAR;
PRECISA DE PROCURADORES ESPECIAIS;

- PEREMPÇÃO: SÃO CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE. ART. 60, NÃO


PROMOVER ANDAMENTO NO PROCESSO DURANTE 30 DIAS;
FALECENDO O QUERELANTE; O CADI NÃO ASSUMIR EM TORNO DE 60 DIAS;
DEIXAR DE COMPARECER QUALQUER ATO DO PROCESSO; NAS ALEGAÇÕES
FINAIS NÃO FORMULOU CONDENAÇÃO;

COMUNICAÇÃO DOS ATOS: CITAÇÃO, INTIMAÇÃO/NOTIFICAÇÃO

CITAÇÃO:
é com citação que se tem completada a citação;
Quem é o destinatário da citação? o RÉU! Finalidade da citação na regra geral: Venha
ao processo para se defender para da resposta à acusação ( art. 396, CPP), no prazo
de 10 dias.

- Citação Real: Estado real; Ocorre na pessoa do réu; ex: oficial de justiça;


* Ela é cumprida por meio de mandado; Tendo questões intrínseca (nome do juiz,
nome do destinatário, motivo da citação, assinatura do juiz, a residência do réu, juízo
local, dia e hora do comparecimento) para ser válido deverá observar questões
extrínseca, ou seja, cumprimento ( entrega a cópia para o citando, lendo o teor do
mandado, certificando o dia e o local do ato e se houve aceitação ou recusa).
* Se for na sede de outro juízo/comarca, deverá encaminhar uma carta precatória,
onde o juízo que vai encaminhar juízo deprecante para deprecado, onde o juiz irá da o
despacho "cumpra-se" e oficial de justiça do juízo deprecado irá cumprir o mandado.
art. 353, CPP.
A carta precatória tem um caráter itinerante;
* Carta de ordem: é uma carta entre desembargador para juiz, ou seja, um juízo
superior determinando outro juízo inferior para cumprir aquela determinação;
* Especiais:
a) Militar: Não é citado por oficial de justiça e sim pelo comandante
b) Funcionário Público: Oficial de justiça, ofício para chefe;
c) Preso: Citação pessoalmente 

Se o réu não é encontrado? citação ficta, por edital ou hora certa

- Citação Ficta: Ocorre quando o Estado presume que a pessoa saiba. Ex: Edital e
Hora Certa.

Citação por edital (quando não é encontrado / réu no local incerto e não
sabido) terá prazo de 15 dias, deverá ser publicado na imprensa oficial; publicado em
jornal local de grande circulação; afixado no átrio do fórum;

-  Uma vez publicado por edital com prazo de 15 dias, nesse caso havendo citação
editalíssima, qual é a consequência? art. 365, CPP
Possibilidade do réu atender; 
O réu não atender nem nomear adv. até 1996 o processo seguia como revelia; Na
justiça comum, conforme o art. 366, CPP, ficará SUSPENSO O PROCESSO E O
PRAZO PRESCRICIONAL; Súmula 415, STF. O período de suspensão do prazo
prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada. Não existe revelia nesse
caso.

Citação por hora certa: É constitucional. Ocorre quando o réu se OCULTAR para não
ser citado. O oficial de justiça vai duas vezes, percebendo que está se ocultando,
oficial irá comunicar alguém, parente/vizinho e dizer que estará em um horário
específico para poder citar. Se o réu comparecer no horário específico, não há o que
se falar de citação por hora certa e sim citação REAL; 
Se o réu não desceu, oficial irá considerar o réu citado e entregar a cópia para
porteiro/vizinho/parente.
Se o réu está em uma embaixada, não poderá citar, uma vez que, embaixada tem
imunidades. Deverá lançar a carta rogatória, para comunicação no estrangeiro.
ex: Se o réu é argentino e está no brasil, contudo ele está em uma embaixada, deverá
ser usado carta rogatória. 

INTIMAÇÕES: passado

- Ciência de um ato já foi praticado.


- Intima-se de uma sentença proferida.
Advogado/ OAB: poderá ser advogado constituído é intimado por NE - nota
expediente, Defensor público, Defensor nomeado - tem direito a intimação pessoal,
feito nos próprios altos, ele tem prazo em dobro. 
- Prazo processual: 05 dias para cumprir. 
No processo penal conta-se o prazo da intimação, diferente do processo civil que é na
juntada do mandado.
Intimação do MP e DP: Intimação pessoal
Conta da entrada do cartório e não do ciente.
NOTIFICAÇÕES: futuro

- Ciência de uma decisão ou despacho que ordena fazer algo.


- Notifica-se a parte para juntar documentos.

COMPETÊNCIA: é o limite da jurisdição.


JURISDIÇÃO: Como poder de dizer o direito no poder judiciário.

autotutela: caracterizando-se pelo emprego da força para satisfação de interesses.


Ela é vedada, salvo em hipóteses na legitima defesa, estado de necessidade e prisão
em flagrante;

autocomposição: caracterizando-se pela busca do consenso dos conflitantes. Ela é


reforçada nos juizados especiais criminais 

Características da jurisdição:
a) Substitutividade: a jurisdição é atividade desenvolvida pelo órgão judicial em
substituição as partes;
b) Inércia: Não há, como regra, prestação jurisdicional de ofício. O poder judiciário
deve ser provocado;
c) Coisa julgada: Impossibilidade de decisão judicial se revista por órgão estranho ao
poder judiciário;

Competência: razão da matéria, local, pessoa 


O STF só admite foro por prerrogativa de função para deputados federais, senadores
da república e STJ para governadores, será julgados pelo STJ e STF respectivamente
quando o crime que praticarem tiver com relação ao cargo e quando estiverem em
razão do cargo.

Causas que modificam as competências: 


a) Conexão, art. 76 CPP - infrações 
a.1) intersubjetiva:
Simultaneidade - aquela que tem várias infrações cometidas por várias pessoas; 
Concurso - ao liame subjetivo;
Reciprocidade - lesões recíprocas; 
a.2) Objetiva: é competência de conexão, no caso de várias infrações; 
a.2) Probatória: quando a prova da infração ou de qualquer de suas circunstâncias
influir na prova de outra infração;
b) Continência , art. 77 CPP - infração, praticada por várias pessoas, ou seja, em
concurso;
Poderá se dá quando uma pessoa se dá por várias infrações; art. 76, CPP

Se for crime comum mais um crime de homicídio vão ser julgado no júri (continência
ou conexão)

Se for crime cometido homicídio / eleitoral / militar, cada crime ficará com a sua
competência.

Competência da Justiça Federal 


é uma justiça comum
tribunais regionais federais (5)
juízes federais 

art. 109, CF 


a) crimes políticos
b) crimes 

JUIZ FEDERAL NUNCA JULGARÁ CONTRAVENÇÃO - SÚMULA 38 DO STJ

O CRIME EM ABORDO DE UM BALÃO É DA JUSTIÇA ESTADUAL PORQUE ELE


NÃO É AERONAVE 

DENTRO DA AERONAVE É JUSTIÇA FEDERAL


CRIME DE MOEDA FALSA É JUSTIÇA FEDERAL

CONTRABANDO - ART. 334-A - Você trazer algo de fora que é proibido;

DESCAMINHO - ART. 334 - Você importar algo que pode ser importado sem pagar
impostos da importação;

JUSTIÇA FEDERAL QUE JULGA. 


QUAL LOCAL DE JULGAMENTO? SÚMULA 151, STF. O LOCAL DO
JULGAMENTO SERÁ NO LUGAR DA APREENSÃO DOS BENS. 

COMPETE O STF JULGAR EM RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL O


CRIME POLÍTICO.

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