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Eu não quero ser uma vítima do meu próprio passado. Se eu me agarro no passado, eu
também posso larga-lo. Eu posso deixa-lo ir. Como um objeto na minha mão, eu simplesmente
posso soltar.
Se alguém me segurar, eu posso pedir a ajuda à outra pessoa para me libertar. Mas neste caso,
aquele que segura, aquilo que é segurado, e o ato de segurar, são um só. Por isso, eu devo
implorar ao Senhor. Na súplica, na imploração, há submissão. Existe um reconhecimento da
minha parte de que eu estou desamparado. A submissão do meu estado de desamparo ao
senhor é uma oração verdadeira.
Na prece, na qual eu reconheço meu desamparo e me submeto ao Senhor, faz com que eu
deixe o meu passado ir! Na submissão e no reconhecimento.
Ó Senhor, me ajude a deixar que o passado se vá. Permita-me não tentar mudar, aquilo que eu
não posso. Quando eu culpo alguém, eu não deixo ir. Eu quero mudar, aquilo que eu não posso
mudar.
Na culpa, não existe aceitação dos fatos. Há uma tentativa de mudar aquilo que eu não posso.
Ó Senhor, faça com que não eu culpe ninguém. Aquilo que aconteceu, é apenas um fato, e
continua um fato. Não há nada que eu possa fazer sobre isso. Eu não tenho remorso,
ressentimento ou raiva.
Ó Senhor, me permita não tentar mudar, aquilo que eu não posso. Que eu tenha a vontade de
apoiar o meu desejo de cumprir minha decisão. Que eu possa fazer o esforço adequado para
mudar o que eu posso. Que eu não confunda com relação àquilo que eu posso, e não posso
mudar. Eu lhe imploro.