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Materiais e Revestimentos para

Ambientes
Luciana Carneiro

Curso Técnico em Design de Interiores


Educação a Distância
2021
Materiais e Revestimentos para
Ambientes
Luciana Carneiro

Curso Técnico em Design de Interiores

Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Educação a Distância

Recife

1.ed. | Set. 2021


Professor(es) Autor(es) Catalogação e Normalização
Luciana Carneiro Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)

Revisão Diagramação
Luciana Carneiro Jailson Miranda
Danyelle de Holanda Beltrão
Coordenação Executiva
Coordenação de Curso George Bento Catunda
Danyelle de Holanda Beltrão Renata Marques de Otero
Coordenação Design Educacional Manoel Vanderley dos Santos Neto
Deisiane Gomes Bazante
Coordenação Geral
Design Educacional Maria de Araújo Medeiros Souza
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Maria de Lourdes Cordeiro Marques
Helisangela Maria Andrade Ferreira
Izabela Pereira Cavalcanti Secretaria Executiva de
Jailson Miranda Educação Integral e Profissional
Roberto de Freitas Morais Sobrinho
Escola Técnica Estadual
Descrição de imagens Professor Antônio Carlos Gomes da Costa
Sunnye Rose Carlos Gomes
Gerência de Educação a distância
Sumário
Introdução .............................................................................................................................................. 4

1.Competência 01 | Reconhecer Tipos de Materiais e Acabamentos Existentes no Mercado ............. 5

1.1 Revestimento de Pisos ................................................................................................................................ 7

1.2 Revestimento de Paredes ........................................................................................................................... 9

1.3 Revestimentos para o Teto ....................................................................................................................... 10

1.4 Metal ......................................................................................................................................................... 11

1.5 Madeira e Derivados ................................................................................................................................. 14

1.6 Cerâmicas e Porcelanatos ......................................................................................................................... 18

1.7 Polímeros .................................................................................................................................................. 20

1.8 Pedras Naturais ......................................................................................................................................... 22

1.9 Pinturas ..................................................................................................................................................... 24

1.10 Materiais Compósitos ............................................................................................................................. 26

2.Competência 02 | Identificar e Conhecer Características Gerais, Propriedades, Principais Tipos e


Aplicações dos Materiais e Acabamentos, Considerando o Equilíbrio na Composição do Ambiente 30

2.1 Metal ......................................................................................................................................................... 30

2.1.1 Aço inoxidável ........................................................................................................................................ 31

2.1.2 Aço Corten ............................................................................................................................................. 32

2.1.3 Alumínio ................................................................................................................................................. 32

2.1.4 Cobre ...................................................................................................................................................... 33

2.2 Madeiras ................................................................................................................................................... 33

2.2.1 Tacos ...................................................................................................................................................... 34

2.2.2 Parquet................................................................................................................................................... 35

2.2.3 Tábua corrida ......................................................................................................................................... 35

2.2.4 Carpete de madeira ............................................................................................................................... 36

2.2.5 Lambri de madeira ................................................................................................................................. 36


2.2.6 Painéis de aglomerado – MDF, HDF ...................................................................................................... 37

2.2.7 Chapas de compensado ......................................................................................................................... 37

2.2.8 Laminado de madeira ............................................................................................................................ 38

2.3 Cerâmica e Porcelanato ............................................................................................................................ 39

2.4 Pedras Naturais ......................................................................................................................................... 42

2.4.1 Granito ................................................................................................................................................... 43

2.4.2 Mármore ................................................................................................................................................ 45

2.4.3 Marmoglass............................................................................................................................................ 46

2.4.4 Limestone............................................................................................................................................... 46

2.4.5 Quartz-Stone .......................................................................................................................................... 47

2.5 Pisos Vinílicos ............................................................................................................................................ 48

2.6 Laminado Melamínico .............................................................................................................................. 48

2.7 Superfície Sólida - Corian® ........................................................................................................................ 49

2.8 Acrílico....................................................................................................................................................... 50

2.9 Pinturas ..................................................................................................................................................... 51

2.10 Revestimentos Cimentícios..................................................................................................................... 52

2.10.1 Ladrilho hidráulico ............................................................................................................................... 52

2.10.2 Cimento queimado .............................................................................................................................. 53

2.10.3 Placas cimentícias ................................................................................................................................ 54

2.11 Pastilhas de Revestimentos .................................................................................................................... 54

2.11.1 Pastilha cerâmica ................................................................................................................................. 54

2.11.2 Pastilha de vidro .................................................................................................................................. 55

2.11.3 Pastilhas autoadesivas ......................................................................................................................... 56

2.12 Vidros ...................................................................................................................................................... 56

2.13 Espelhos .................................................................................................................................................. 57

2.14 Gesso ....................................................................................................................................................... 58

2.15 Papel de Parede ...................................................................................................................................... 61


2.16 Tecidos .................................................................................................................................................... 62

2.17 Revestimentos 3D ................................................................................................................................... 63

Conclusão ............................................................................................................................................. 65

Referências ........................................................................................................................................... 66

Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 67


Introdução
Prezado (a) estudante,
Seja muito bem-vindo (a) à disciplina de Materiais e Revestimentos para Ambientes!
Nessa disciplina você irá conhecer os tipos de materiais de revestimentos mais utilizados
pelos designers de interiores em seus projetos. Irá compreender as características e qualidades
técnicas de cada um deles (variabilidade, dimensões, resistências, desempenho, durabilidade).
Perceberá que esses materiais são de extrema importância para o sucesso de um projeto, pois
garantem funcionalidade, segurança, qualidade estética e sustentabilidade nas suas execuções.
Vamos trazer muitas ilustrações, alguns vídeos e curiosidades sobre o tema. Acredito que
aguçará sua curiosidade e fará você querer conhecer pessoalmente alguns dos exemplos que vamos
mostrar.
Nossa disciplina conterá duas competências, serão duas semanas juntos e imersos nesse
assunto que é essencial para você, o nosso futuro Técnico em Designer de Interiores. Essas duas
etapas serão:
1. Reconhecer tipos de materiais e acabamentos existentes no mercado;
2. Identificar e conhecer características gerais, propriedades, principais tipos e aplicações
dos materiais e acabamentos, considerando o equilíbrio na composição do ambiente.
Todo esse conteúdo foi feito com muito cuidado, trouxemos materiais e revestimentos
atuais no mercado, as tendências. Mas é importante que você sempre se atualize, pois, essa área de
materiais e de revestimentos ganham muitas adaptações e inovações.
Desejamos que você curta bastante essa disciplina e consiga fazer desse conhecimento
sua fonte de inspiração e de destaque no futuro mercado, pois saber usar esses materiais, fazer
ambientes diversificados, funcionais e inovadores será um diferencial para sua carreira.
Ótimos estudos!

4
Competência 01

1.Competência 01 | Reconhecer Tipos de Materiais e Acabamentos


Existentes no Mercado
Caro (a) estudante,
Estamos começando nossa primeira competência, nela vamos compreender e
reconhecer, de modo geral, os tipos de materiais e acabamentos que existem no mercado e que todo
designer de interiores deve conhecer para ser destaque no mercado e para poder projetar ambientes
que satisfaçam seus clientes.

Convido você a escutar o nosso Podcast, nele teremos a contextualização do


que será visto nessa primeira competência do e-book. Iremos mostrar, de modo
geral, os tipos de materiais e revestimentos para ambientes, mostrando sua
importância e seus critérios de utilização.

É sempre bom lembrar que o projeto deve seguir as necessidades e desejos de seus
clientes, e não a sua. Seu papel será transformar o sonho do cliente em realidade, por isso é
fundamental você ter conhecimentos técnicos, principalmente no assunto que abordaremos a partir
de agora.

Vou te dar uma dica, antes de começar um projeto e desenhar os ambientes é


importante você fazer uma coleta de dados e informações sobre o cliente e de
quem mora com ele. Podemos chamar isso de Briefing. Você já escutou esse
termo? Ele é muito usado pelos designers de interiores. Vamos assistir agora
um vídeo que explica o que é, sua importância e como pode ser feito.
Segue o link: https://youtu.be/GvGPNlqp_Z8

Agora vou te mostrar o porquê precisamos estudar os materiais de revestimentos e


acabamentos:
1- Para podermos especificar melhor de acordo com cada tipo de ambiente;

2- Para conhecermos suas vantagens, desvantagens, propriedades, limitações;

3- Para escolhermos os de melhor qualidade de acordo com sua solidez, durabilidade,


praticidade, custo, nível de acabamento e fatores estéticos.

5
Competência 01

Viu, o quanto esse conhecimento é necessário para você!

Fique alerta para tudo que vamos estudar, pois o desconhecimento desses materiais acarreta
muitos prejuízos, podendo até manchar sua imagem e reputação no mercado.

Precisamos entender que o Design de Interiores é responsável pela interface entre o


usuário e a edificação, ou seja, trata da maneira como os moradores de uma casa ou os funcionários
de um escritório interagem e vivenciam o ambiente construído.
Nesse sentido, os materiais utilizados nesses projetos são responsáveis por considerável
parcela da percepção do espaço habitado e podem ser divididos em duas categorias básicas: os
materiais construtivos e os materiais de acabamento. Os primeiros formam a base sobre a qual os
segundos serão, ou não, aplicados. Portanto, mesmo que uma parede seja coberta por um
revestimento, seus componentes construtivos devem ter qualidade suficiente para permanecerem
consistentes ao longo dos anos.
As tendências estéticas estimulam o avanço constante no design de interiores, e os
clientes são incitados a renovar seus espaços — residenciais e comerciais — em busca de identificação
com o mundo contemporâneo. Os acabamentos se converteram em elementos fundamentais para a
criação dos novos ambientes e são sinônimos de bom gosto e qualidade, impulsionando
constantemente a indústria do setor. A vasta gama de materiais disponíveis, bem como suas
especificidades técnicas, condiciona-nos a fazer seleções criteriosas, baseadas em requisitos
estéticos, funcionais, econômicos e técnicos.
Os materiais de acabamento e revestimento devem ser especificados a partir do contexto
arquitetônico ou do partido do projeto levando em consideração os fatores funcionais, estéticos e
econômicos. Devemos atentar para o fato de que, junto ao mobiliário, os materiais de acabamento
desempenham um papel essencial na linguagem do espaço interior. Quanto aos fatores envolvidos
na escolha dos revestimentos, destacam-se os que você confere no quadro a seguir:

Segurança e conforto, durabilidade para


o período de uso previsto, facilidade de
Critérios Funcionais: manutenção, limpeza e reparo, grau
necessário de resistência ao fogo,
propriedades acústicas adequadas.

6
Competência 01

Cor (natural ou aplicada), textura,


Critérios Estéticos:
padrão.
Custo inicial da aquisição e instalação,
Critérios Econômicos: custo ao longo da vida útil (limpeza,
manutenção, reparos e substituição).

Quadro 1: Critérios para escolha de revestimentos.


Fonte: própria autora, 2021.

Dos três critérios mencionados, certamente o critério estético é o mais subjetivo, pois não
pode ser objetivamente mensurado ou determinado. É especialmente nesse universo que atua o
designer: a concepção de espaços agradáveis é resultante de criatividade, conhecimento das
propriedades dos materiais de acabamento e de muita sensibilidade do projetista.
É importante salientar que percebemos os espaços por meio dos sentidos, e as imagens
remetem ao universo dos sons, tatos, cheiros e gostos. Por isso, entendemos quando uma
determinada cor transmite a sensação de frio ou quente, por exemplo. Essa conjunção de sentidos é
denominada como sinestesia e está associada a uma boa estética ou ao bom gosto.
Dentre os principais materiais utilizados nos projetos de interiores, podemos destacar o
metal, a madeira, a cerâmica, o porcelanato, os polímeros, os materiais compósitos, as rochas
ornamentais, as pinturas, e outros materiais diversos (tecidos, papel de parede, vidros, espelhos,
gesso). Suas particularidades conduzem nossas escolhas, evitando que tomemos decisões
exclusivamente estéticas, que podem prejudicar a funcionalidade do ambiente a ser projetado. A
seguir, vamos falar de modo geral sobre os revestimentos para piso, paredes e tetos e em seguida,
começaremos a descrever os materiais e acabamentos.

1.1 Revestimento de Pisos

O piso é tem uma grande importância dentro de um ambiente, onde é preciso ter muito
cuidado com a escolha de cada tipo de material, já que suas características variam de ambiente para
ambiente. Existem pisos que ficam melhor na sala, outros nas áreas íntimas, e outros nas áreas
molhadas como cozinha e banheiro.

7
Competência 01

Uma dica necessária é que para o revestimento dos pisos é preciso fazer o
contrapiso, que é uma camada de argamassa, com cerca de 2 a 5 cm de
espessura que tem como função corrigir as imperfeições na superfície, e também
serve como preparação do piso para colocar o revestimento.

As lojas oferecem diversos tipos de revestimentos para os pisos, entre eles podemos
destacar: o porcelanato; a cerâmica; as pedras naturais; o piso de madeira; os laminados; o cimento
queimado, e os ladrilhos hidráulicos.

Figura 1: Piso em pedra natural.


Fonte: https://casaeconstrucao.org/revestimentos/piso-de-pedra/
Descrição da imagem: apresenta espaço interior de uma residência um piso em pedra natural na cor clara, há um
corredor onde esse piso tem destaque, há paredes nas cores brancas, um piso de madeira com um jardim, plantas e
tronco de uma árvore.

Além dos requisitos de durabilidade e integridade do material, evidenciam-se três


importantes fatores para a escolha dos revestimentos de pisos: a segurança, o conforto térmico e o
conforto acústico. Os quesitos de segurança dizem respeito principalmente aos materiais com
superfícies duras, lisas e escorregadias, especialmente proibitivas para usos em superfícies suscetíveis
a umidade (áreas molhadas, como cozinhas, banheiros e áreas externas). Nessas áreas, recomenda-
se a especificação de pisos antiderrapantes.

8
Competência 01

Entre os principais pisos com atributos antiderrapantes — e que oferecem uma certa
facilidade de manutenção —, destacam-se os porcelanatos e pisos de cerâmica, as placas cimentícias
(cuja forma mais comum é o cimento queimado), as pedras brutas naturais, os emborrachados e os
ripados (MAPA DA OBRA, 2019).
Em relação ao conforto térmico, os pisos cerâmicos oferecem essa propriedade,
especialmente para edificações localizadas em regiões mais quentes do Brasil, porque dificilmente
absorvem calor. Os pisos de madeiras também proporcionam esse tipo de conforto, tanto para quem
mora nas regiões frias ou quentes do país. Quanto ao conforto acústico os pisos de madeira e de
vinílicos são muito recomendados.

1.2 Revestimento de Paredes

As variedades para revestimento de paredes são inúmeras. Tenho certeza que você já
reparou isso! Para fazer a escolha, primeiramente, você deve definir a linguagem que pretende
oferecer ao ambiente e conhecer o material estrutural das paredes: se ela foi levantada em alvenaria
convencional, gesso acartonado ou madeira.
O revestimento aplicado deve ser compatível com a base da parede, de modo que não se
pode azulejar uma parede de madeira ou revestir com papel ou tecido uma parede de tijolos à vista.
Além disso, há alguns aspectos técnicos que devem ser observados, como o apoio necessário para a
aplicação do material de revestimento, a facilidade de manutenção do acabamento, o grau necessário
de absorção de sons, a refletância da luz e a resistência ao fogo (MANCUSO, 2004). Os principais tipos
de acabamentos e materiais aplicados ao revestimento de paredes (ou divisórias) são: as tintas; as
placas de gesso; os painéis de madeira; os revestimentos cerâmicos; os acabamentos flexíveis (como
papel de parede ou tecido); os revestimentos 3d, e as pedras naturais.

9
Competência 01

Figura 2: Painel de madeira em parede de sala de estar e tv.


Fonte: https://finger.ind.br/blog/painel-de-madeira-para-parede/
Descrição da imagem: sala de tv com painéis de madeira na parede onde está a tv pendurada, ao lado direito espelhos
refletindo a sala de estar.

1.3 Revestimentos para o Teto

A variedade de revestimentos e acabamentos para os tetos é semelhante às paredes,


porém, os sistemas aplicados aos tetos são, normalmente, estruturas suspensas, o que inviabiliza a
adoção de elementos muito pesados. Selecionamos quatro tipos de revestimentos para tetos mais
frequentes em ambientes interiores: os painéis de gesso; as placas de pvc; os elementos de madeira
(ou similares), e os elementos metálicos com vedação em vidro.
Os conhecidos tetos (ou forros de gesso) proporcionam superfícies contínuas que podem
receber acabamento liso e texturizado. As vantagens do acabamento em gesso para os tetos são a
camuflagem dos sistemas elétricos das luminárias de teto, o isolamento térmico e as infinitas
possibilidades estéticas. Os elementos de madeira no teto proporcionam também uma grande
qualidade plástica aos ambientes, bem como contribuem para o conforto acústico.

10
Competência 01

Figura 3: Forro de gesso em uma sala de estar e jantar.


Fonte: https://www.decoracaoweb.com.br/dicas-e-reformas/forro-de-gesso-tudo-o-que-precisa-saber/
Descrição da imagem: sala de estar e jantar com forro em gesso com formas circulares e onduladas iluminação
embutida.

Os tetos que se estruturam com metal podem ser abertos diretamente para o exterior e
receber vedação em vidro (ou demais materiais translúcidos) ou acabamento de chapas metálicas
perfuradas, por exemplo. No caso das coberturas em vidro, o ambiente interno é banhado por luz
natural, um ganho estético ímpar.
Para casos específicos, como espaços comerciais ou institucionais, recomenda-se a
adoção de sistemas modulares de teto suspenso, utilizado para integrar e proporcionar flexibilidade
à instalação de luminárias e saídas de distribuição de ar-condicionado. Também existem placas
acústicas integradas aos sistemas modulares. Com diversos tipos de acabamentos, as chapas
acústicas são classificadas quanto à resistência ao fogo ou a altos níveis de umidade.
Preparados para conhecer mais profundamente as características e tipologias dos
materiais que podemos usar para revestimentos? Vamos nessa! Saiba que todo esse conhecimento
será essencial para seu dia a dia como profissional de designer de interiores.

1.4 Metal

Os metais são compostos a partir da interação de um ou mais átomos, possuem um


campo elétrico dentro do qual os elétrons livres se movimentam e, por isso, conduzem bem a
eletricidade e refletem a luz. Os metais são materiais duros, rígidos, fortes, pesados, dúcteis e fáceis
de usinar, podendo ser utilizados e unidos de diversas maneiras. O metal é um dos principais

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Competência 01

componentes das estruturas dos edifícios. As ligas metálicas são utilizadas tanto isoladamente, na
forma de pilares e vigas de aço, quanto como parte das estruturas de concreto armado.
Os materiais metálicos se dividem em duas classes, a dos metais ferrosos e a dos não-
ferrosos.
• Metais ferrosos: estão susceptíveis à ação da ferrugem, quando não há a
conservação adequada do material. Exemplo: ferro e aço.
• Metais não-ferrosos: a oxidação e o uso desse material jamais vão implicar em
ferrugem. Exemplo: alumínio, bronze, cobre, latão.

Do ponto de vista ambiental, é importante ressaltar que todo metal pode ser reciclado,
desde que, no caso dos metais ferrosos, a ferrugem ainda não tenha acontecido.
Já com relação às propriedades dos metais, temos:
• Condutor térmico e elétrico;
• Maleabilidade;
• Elevada resistência;
• Peso e custo moderados.
Esses materiais oferecem muitas possibilidades no design de interiores, porém deve-se
ter cuidado para a excessiva condução de eletricidade, abrasão e arranhões e para o ofuscamento
devido aos altos níveis de refletância. Além de servirem como material estrutural, elementos
metálicos podem ser utilizados como parte de móveis e divisórias, permitindo que se aproveite sua
esbeltez para lograr efeitos estéticos interessantes. Alguns dos metais usados são: o aço corten, o aço
inox, o alumínio, o cobre polido.
No quadro abaixo você pode identificar melhor os tipos de metais e suas aplicações em
design de interiores.
Tipo de metal Aplicação no design
Pastilha de aço inox polido Paredes
Chapa de aço corten Mobiliário; revestimentos paredes;
objetos

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Competência 01

Chapa de aço inox Mobiliário; equipamentos,


revestimentos paredes, bojos de pia.
Aço inox colorido, polido e escovado Mobiliário; equipamentos,
revestimentos paredes, bojos de pia.
Tela metálica Mobiliário; revestimentos paredes.
Chapa de alumínio polido Mobiliário; equipamentos,
revestimentos paredes.
Chapa de alumínio texturizado Mobiliário; equipamentos,
revestimentos paredes e pisos.
Chapa de cobre polido Mobiliário; revestimentos paredes.

Quadro 2: Relação de tipos de metais e seus usos em ambientes.


Fonte: própria autora, 2021.

Para você conhecer mais um pouco do uso dos metais no design de interiores,
acesse o link abaixo, onde irá mostrar algumas dicas e exemplos de seus usos.
Quanto mais exemplos você tiver, mais conhecimento vai adquirir para fazer os
seus projetos.
Link: https://dicasdearquitetura.com.br/metais-na-decoracao-efeitos-e-
exemplos/

Abaixo seguem figuras que demonstram o uso de metais na decoração de interiores:

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Competência 01

Figura 4: Exemplo de estante utilizando metal.


Fonte: https://www.vivadecora.com.br/revista/moveis-de-ferro/
Descrição da imagem: estante com estrutura em ferro.

Figura 5: Exemplo de móvel de cozinha utilizando metal.


Fonte: https://www.vivadecora.com.br/revista/moveis-de-ferro/
Descrição da imagem: cozinha onde é utilizado o metal nos móveis.

1.5 Madeira e Derivados

A madeira é um material natural proveniente da extração de árvores e amplamente


utilizado na produção de estruturas e móveis desde tempos imemoráveis devido à sua alta resistência
estrutural e à facilidade de manejo. Atualmente, a madeira é raramente utilizada em estado natural;
na maioria dos casos, são utilizados aglomerados como MDF e MDP ou laminados, como os
compensados.
Os revestimentos e acabamentos em madeira podem ser aplicados tanto nos pisos,
quanto nas paredes e nos tetos, de acordo com as características técnicas dos materiais utilizados. A
busca por ambientes com aspecto conectado à natureza evidencia a utilização da madeira (e seus
derivados) no acabamento de paredes e divisórias.
A tendência de trazer os elementos naturais para o interior confere à madeira o
protagonismo na concepção de espaços sofisticados, despojados e aconchegantes. Em ambientes

14
Competência 01

reduzidos, a orientação é utilizar tons mais claros, ao passo que, em ambientes amplos, os tons mais
escuros atribuem sobriedade. Além disso, cabe destacar as excelentes propriedades térmicas e
acústicas das paredes em madeira, incomparáveis com os demais materiais de acabamento. Sua única
desvantagem, porém, não exclusiva, é a alta combustão e absorção de água.
Os pisos de madeira são reconhecidos por seu calor, aparência natural e combinação
entre conforto, elasticidade e durabilidade. Sua manutenção é relativamente fácil, sob uso
moderado, e, quando danificados, esses pisos podem ser substituídos. Mancuso (2004) observa que
os pisos de madeira possuem retração elástica aos esforços mecânicos, condutibilidade térmica,
isolamento e condicionamento acústico.
A madeira não possui reflexibilidade e, dependendo do tratamento de sua superfície,
pode ser mais brilhosa e refletir a luz em graus diferentes. É especialmente indicada para áreas secas
e que demandam conforto, como quartos, salas de TV, ambientes de estar e halls. Os tipos de piso
de madeira mais aplicados aos interiores são o assoalho de madeira, os tacos e parquets e o carpete
de madeira.
O assoalho de madeira é um dos pisos mais nobres e mais caros — a madeira “maciça” é
aplicada em peças lineares, sendo tratada apenas para essa finalidade. É um piso espesso e durável,
porém, risca com facilidade. Os tacos de madeira foram largamente utilizados em décadas passadas
e retornaram nos últimos tempos — sua identidade garante uma ambientação Vintage aos espaços.
As pequenas peças de madeira são aplicadas sobre o contrapiso nivelado e têm a vantagem de que
podem ser lixadas e receber nova camada de verniz impermeabilizante, retornando a seu aspecto
original.

15
Competência 01

Figura 6: Assoalho de madeira.


Fonte: https://www.resinaecologica.com.br/assoalhos-madeira.php
Descrição da imagem: sala de jantar e circulação com piso em assoalho de madeira.

O parquet também é composto por pequenas peças de madeira, porém, sua combinação
forma desenhos geométricos. O efeito final é plasticamente interessante, contudo, sua execução é
mais demorada. O carpete de madeira é um revestimento aplicado sobre o contrapiso, não é colado
ou parafusado à base, mas as peças são encaixadas umas às outras. Por sua fina espessura e sistema
de execução, pode dar a impressão de estar solto ou “oco”, podendo, inclusive, produzir ruídos
(MANCUSO, 2004; MAPA DA OBRA, 2019). As sensações estéticas-psicológicas a que estão associados
os revestimentos de madeira são: calor, aconchego e acolhimento. Remetem-nos a um ambiente
mais familiar e tradicional.
A madeira é o material adequado para executar as soluções práticas e funcionais de dividir
os ambientes sem erguer uma parede. Divisórias leves e plasticamente interessantes podem garantir
a intimidade necessária sem isolar completamente os espaços. As versáteis estruturas de madeira
promovem a integração dos ambientes, aproveitando o máximo do espaço existente, ideal para
pequenas dimensões tanto residenciais quanto comerciais. Os painéis ripados são os mais comuns,
porém, é possível ousar com divisórias em madeira com função de jardim vertical e molduras vazadas
pintada.
A seguir temos uma demonstração de alguns tipos de madeiras vendidas no mercado:

16
Competência 01

Figura 7: Alguns tipos de madeiras.


Fonte: https://www.pinterest.co.kr/amp/pin/502503270897873323/
Descrição da imagem: diversos tipos de madeiras, em distintas tonalidades.

Abaixo vemos um ambiente onde os móveis usados são de madeiras, passando uma
sensação de rusticidade.

Figura 8: Exemplo de móvel de cozinha utilizando madeira.


Fonte: https://www.vivadecora.com.br/revista/moveis-de-madeira-de-demolicao-modelos/
Descrição da imagem: Cozinha com todos os móveis em madeira, mesa, estante, móveis superiores e inferiores da
bancada da cozinha.

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Competência 01

Atualmente existe uma preocupação com a madeira e seu uso sustentável. Criar
produtos que não agridam o meio ambiente é uma tendência. Estou trazendo
um exemplo de empresa que trabalha o design com a madeira extraída de
forma legal e sustentável.
Segue o link: https://youtu.be/Ch7sWWv-F4I

1.6 Cerâmicas e Porcelanatos

Os revestimentos cerâmicos têm uma trajetória milenar na arte de edificar. São


produzidos a partir de uma mistura de argila e outras matérias-primas inorgânicas que são queimadas
em altas temperaturas. Enquadram-se como cerâmicos os materiais argilosos, cimento e vidro, todos
eles considerados isolantes térmicos e elétricos por não possuírem elétrons livres em sua ligação
química, o que evita a condução de eletricidade e calor (ASHBY; JOHNSON, 2011).
Os pisos cerâmicos oferecem durabilidade e conforto térmico, especialmente para
edificações localizadas em regiões mais quentes do Brasil, porque dificilmente absorvem calor. As
placas cerâmicas são constituídas, em geral, de três camadas: a primeira é o suporte ou biscoito; a
segunda é o engobe, que tem função impermeabilizante e garante a aderência da terceira camada, o
esmalte, uma camada vitrificada que também impermeabiliza, além de decorar a face superior do
revestimento cerâmico (PORTOBELLO, 2016).
Mais resistentes às altas temperaturas e à abrasão do que os materiais metálicos e
polímeros, apresentam dureza elevada proporcional à alta fragilidade, bem como alto grau de
reciclabilidade. As peças de cerâmica são oferecidas em versões naturais e esmaltadas. Elas podem
ser classificadas em dois grandes grupos: tradicional e avançado.
A cerâmica tradicional é aproveitada em diversos revestimentos, desde azulejos até vasos
para cultivar plantas e flores. Os tijolos também são produzidos assim, como qualquer outro objeto
que não exige muita sofisticação. A cerâmica avançada é obtida a partir da matéria-prima mais
purificada, que pode ser a mesma que dá origem à cerâmica tradicional, mas que está em um estado
maior de pureza. É o caso do porcelanato (PORTOBELLO, 2016). Os porcelanatos e pisos cerâmicos
são os mais utilizados atualmente no Brasil, em grande parte devido a sua técnica de fabricação, que
permite a criação com grande diversidade de formas, texturas, padrões e cores, podendo atender os
mais distintos critérios funcionais e estéticos.

18
Competência 01

As cerâmicas são extremamente versáteis, podendo ser usadas em pisos, paredes, teto,
móveis, objetos decorativos. Elas permitem grande versatilidade na decoração. Podemos ter
tamanhos, estampas, acabamentos e cores variadas. São encontradas de vários tamanhos (desde
20×30cm, 40×40cm, 60×60cm, 80×80cm, 100×100cm).
Um grande diferencial do porcelanato está no fato dele permitir juntas muito finas (2mm
ou até “junta seca” – 0mm), criando um visual plano e contínuo, atribuindo bastante neutralidade ao
ambiente. As placas são oferecidas em tamanhos como 30x180cm, 90×90cm, 20×120cm, 20X180cm,
60×120cm, 60x180cm, 80x160cm, 120×120cm, 120x240cm, 120x250cm e 300X100cm.
Quanto as principais diferenças entre cerâmica e porcelanato estaremos mostrando no
quadro abaixo:

Cerâmica Porcelanato
Composta de argila. Composta de argila; feldspato; quartzo.
Sua queima durante o processo de Sua queima durante o processo de
produção pode chegar a 900°C. produção pode chegar a 1.200°C.
Mais porosa. Menos poroso.
Menor resistente. Maior resistência.
Menos homogênea. Mais homogênea.
Geralmente mais barata. Geralmente mais caro.

Quadro 3: Diferença entre cerâmica e porcelanato.


Fonte: própria autora, 2021.

Você tem curiosidade de saber como é feito o porcelanato? Então vamos


assistir um vídeo e conhecer todo o seu processo de fabricação.
Segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=DngLAWj7iws

19
Competência 01

Figura 9: Sala com piso em revestimento cerâmico.


Fonte: http://monterre.com.br/app/uploads/2017/05/Porcelanato-e-Ceramica.jpg
Descrição da imagem: sala de estar e tv com piso com revestimento cerâmico na cor branca.

Figura 10: Sala com piso em porcelanato.


Fonte: http://monterre.com.br/app/uploads/2017/05/Porcelanato-e-Ceramica.jpg
Descrição da imagem: Sala de estar e tv com piso em porcelanato na cor bege.

1.7 Polímeros

Os polímeros possuem uma estrutura molecular que consiste na repetição de pequenas


unidades chamadas “meros” — por isso “polímeros”. Dividem-se em naturais (madeiras, lã e couro)
e sintéticos (plásticos). Os polímeros sintéticos são subdivididos em termoplástico, termofixo e

20
Competência 01

elastômero, sendo os termoplásticos aqueles que amolecem quando aquecidos, endurecendo


quando resfriados.
Polímeros termoplásticos: plásticos que não passam pelo processo de cura, ou seja, são
os plásticos que quando aquecidos amolecem e podem ser moldados em qualquer formato, pois são
fundidos com o calor e endurecidos novamente com o resfriamento à temperatura ambiente. Com
isso, podem ser reprocessados várias vezes, pois essa propriedade permite que os plásticos dessa
classe sejam reciclados, o que do ponto de vista ambiental é bastante positivo. Como exemplo temos:
o acrílico, policarbonato, polietileno, polipropileno, poliéster, poliamida (nylon), PVC (vinílicos).
Polímeros termofixos: são as resinas que endurecem através do processo de cura, são
rígidos, resistentes e duráveis, como a fórmica (laminado melamínico) e as tintas.
Polímero elastômero: possuem como principal característica a elasticidade, são as
chamadas borrachas. Tais materiais se dividem em dois grupos: borrachas naturais e borrachas
sintéticas A borracha natural é o produto primário da coagulação do látex da seringueira. Hoje, a
borracha sintética, concorrente do elastômero natural em algumas aplicações e complementar em
outras, é produzida a partir de derivados de petróleo. Um exemplo de polímero elastômero aplicado
ao design de interiores é um tipo de borracha, o EVA.

Figura 11: Instalação em ambiente com o piso laminado (polímero termofixo).


Fonte: https://decorandocasas.com.br/2016/11/07/piso-laminado-preco-m2-colocado/
Descrição da imagem: a figura apresenta uma pessoa instalando piso laminado próximo aos rodapés.

21
Competência 01

Figura 12: Forro em PVC em uma sala (polímero termoplástico).


Fonte: https://www.plasbil.com.br/produtos/86/forros-relevo-pvc
Descrição da imagem: a figura mostra uma sala de estar e jantar com forro em na cor branca.

Figura 13: Piso de academia em EVA (polímero elastômero).


Fonte: https://www.playgrama.com.br/blog/pisos-blog/tatame-de-eva-para-academias-e-pilates/
Descrição da imagem: academia de ginastica com piso em EVA nas cores verde e azul, quadriculados.

1.8 Pedras Naturais

Os produtos em pedra natural são nobres, duráveis e, assim como as madeiras, são os
mais antigos materiais de construção e acabamento utilizados pelas civilizações. As pedras naturais
são reconhecidas por sua imponência e elevado desempenho estético, o que se soma à qualidade e
à durabilidade do material.

22
Competência 01

No design de interiores, são frequentemente utilizadas como revestimento de pisos,


paredes e divisórias e mobiliário fixo. As pedras podem ser polidas ou rústicas — estas últimas são
indicadas para revestimento de pisos antiderrapantes.
As pedras naturais são materiais geológicos provenientes de rochas e que, após sua
extração, são submetidas a aperfeiçoamento por meio de tratamentos superficiais. Inúmeras pedras
podem ser utilizadas como acabamento, mas as pedras com aplicações mais frequentes em
revestimentos e mobiliário interiores são o mármore e o granito.
Os mármores são pedras calcárias e menos resistentes do que os granitos, que são pedras
rochosas compostas de quartzo, feldspato e mica, com índice de dureza superior. Os dois materiais
naturais apresentam variações na tonalidade, granulometria e textura. As chapas de mármore e
granito possuem espessura padrão de 2cm e 3cm, havendo também placas menores, conhecidas
como lajotas (MANCUSO, 2004).

Você saberia dizer como é feito o granito que você tem em sua casa, ou no seu
local de trabalho e estudo? Vamos ver agora, pelo vídeo que estou inserindo.
Segue o link; https://youtu.be/aWQxynF1q1s

Agora vamos ver no quadro abaixo as principais diferenças entre o granito e o mármore:
Características Granito Mármore
Absorção de líquidos Baixa. Média-alta.
Resistência (desgastes, Alta. Baixa.
riscos)
Resistência a impactos Alta. Baixa.
Porosidade Baixa. Alta.
Facilidade para manchar Baixa. Alta.
Aplicação Ambientes internos e Ambientes internos (exceto
externos. áreas úmidas de cozinhas) e
externos de baixo tráfego.
Efeito visual Comum, mais popular. Mais refinado e elegante.
Custo Mais baixo. Mais alto.

23
Competência 01

Quadro 4: Diferenças entre granito e mármore.


Fonte: Própria autora, 2021.

Figura 14: Parede de escritório revestida em pedra natural.


Fonte: https://www.vivadecora.com.br/revista/parede-de-pedra/
Descrição da imagem: escritório com parede revestida em pedra natural com tons de marrom.

Figura 15: Piso de sala em mármore Carrara.


Fonte: https://tecnoartengenharia.com.br/marmore-carrara/
Descrição da imagem: sala de estar e jantar com todo o piso em mármore Carrara na cor branca com manchas na cor
preta.

1.9 Pinturas

A forma mais comum de revestimento das paredes é a pintura, que pode ser do tipo
acrílico, PVA, acrílica, esmalte ou cal. No Brasil, as mais utilizadas são a acrílica e a PVA, ambas solúveis
em água. A acrílica é indicada para ambientes que fiquem em contato com umidade, enquanto a tinta
PVA é recomendada para espaços secos.

24
Competência 01

Quanto à aparência, as tintas são classificadas em fosca, acetinada e semibrilho de acordo


com a quantidade de brilho que os elementos pintados apresentam após a secagem. As tintas foscas,
como o próprio nome já indica, não apresentam brilho, enquanto a semibrilho é a mais brilhante das
tintas; as acetinadas, por sua vez, constituem uma alternativa intermediária.
Podemos destacar que as funções das pinturas são: fazer a proteção do interior das
edificações, servir como impermeabilização de lajes e servir para a questão estética, sendo usada nas
decorações. Hoje em dia encontram-se variedades de cores proporcionando ambientes diferenciados
e com conforto visual.
Algumas dicas são necessárias para fazer a pintura dos ambientes, como: escolher a tinta
adequada para o local, fechar os buracos das paredes e as imperfeições, verificar o tamanho dos
ambientes, usar materiais de qualidade, proteger o chão e o rodapé, escolher bem as cores para cada
tipo de ambiente.

Agora vamos assistir o vídeo abaixo e você verá como as cores podem interferir
nos ambientes, como provocam sensações psicológicas diferentes, instigando
sentidos, habilidades de comunicação ou mesmo favorecendo um humor mais
calmo ou agressivo.
Segue o link: https://youtu.be/6B6OF3ikqsA

Figura 16: Pinturas geométricas nas paredes.


Fonte: http://blog.usare.com.br/pintura-geometrica-na-parede/
Descrição da imagem: sala de estar e jantar com pintura geométrica em uma das paredes, nas cores cinza, amarelo e
branca.

25
Competência 01

As distribuições das cores, na pintura de um cômodo, mudam a sensação de espa ço. A


combinação é a grande jogada e se revela em um truque bem bacana. Abaixo podemos ver como
ficam os ambientes com essas combinações.

Figura 17: Combinações de cores que modificam as sensações dos ambientes.


Fonte: https://www.arabescoacabamentos.com.br/uma-superdica-pra-voce-alterar-a-percepcao-de-um-ambiente-com-
a-pintura/
Descrição da imagem: apresenta nove formas de combinações de cores em um ambiente que dão sensações diferentes,
como: ampliar, destacar, reduzir, entre outras.

1.10 Materiais Compósitos

Os compósitos são aqueles materiais caracterizados pela união de dois ou mais materiais
distintos, aglutinando propriedades e criando novas propriedades não existentes nos componentes
individuais. São constituídos de uma matriz (o material de liga, como, por exemplo, a resina) e uma
parte dispersa em forma de partículas ou fibras.

26
Competência 01

Na figura abaixo você pode visualizar como é feita essa sua composição, perceba que ele
pode ser a união de materiais que já falamos anteriormente

Figura 18: Esquema de composição dos materiais compósitos.


Fonte: https://www.ctborracha.com/materiais-de-engenharia/
Descrição da imagem: esquema com sete círculos coloridos nas cores da esquerda para direita: vermelho, cinza,
amarelo, azul, rosa e verde, onde seis apontam para o círculo central.

Descrição de texto: metas, borracha, cerâmica, vidro, plástico, madeira e compósito (círculo central).

Que tal assistir um vídeo e aumentar seus conhecimentos? Vamos nessa? Ele
vai te ajudar a entender um pouco mais das características sobre os
compósitos.
Link: www.youtube.com/watch?v=h04u8lugoqg

Frequentemente, os compósitos são inspirados em produtos naturais, como o MDF, que


é o resultado da aglutinação de fibras de madeira com resina sintética, os aglomerados e
compensados. Também se classificam no grupo dos compósitos os materiais cimentícios, como o
tijolo de concreto, o ladrilho hidráulico e a fibra de vidro. Esses materiais podem ser usados em
mobiliários, revestimentos de paredes e de pisos.
Nas figuras abaixo, vamos ver alguns exemplos desses materiais aplicados nos ambientes.

27
Competência 01

Figura 19: Parede de cozinha revestida com o ladrilho hidráulico, um tipo de material compósito.
Fonte: http://cerlemrevestimentos.com.br/ladrilhos-hidraulicos/
Descrição da imagem: cozinha com parede, acima da bancada, revestida com ladrilho hidráulico.

Figura 20: Casa econômica feita de tijolo de concreto.


Fonte: https://projetos.habitissimo.com.br/projeto/casas-economicas-construcoes-de-casas-com-materiais-baratos
Descrição da imagem: sala de estar com paredes em tijolos de concreto.

28
Competência 01

Figura 21: Vasos de fibra de vidro são tendências em decoração.


Fonte: https://ultimasdecoracao.blogspot.com/2019/12/vasos-de-fibra-de-vidro-para-decoracao.html
Descrição da imagem: vasos de fibra de vidro, na cor preta com plantas.

Agora que você já conheceu a classificação de alguns materiais, vamos trabalhar


na nossa videoaula alguns erros cometidos na fase de acabamento das obras e
das escolhas desses materiais de revestimentos que prejudicam de algum
modo o ambiente. Prepara a caneta, o caderno para anotar as dicas.

Chegamos ao fim do nosso primeiro módulo, pudemos conhecer alguns tipos de materiais de
acordo com suas classificações. Com esse conhecimento, você já consegue reconhecê-los mais
facilmente e saber diferenciá-los.
Não esqueça que é muito importante você revisar esse conteúdo, fazer as atividades e
visualizar os vídeos e materiais sugeridos.

29
Competência 02

2.Competência 02 | Identificar e Conhecer Características Gerais,


Propriedades, Principais Tipos e Aplicações dos Materiais e Acabamentos,
Considerando o Equilíbrio na Composição do Ambiente
Caro (a) estudante,
Essa semana estamos começando nossa segunda competência, agora você vai ver uma
quantidade ainda maior de conhecimentos em relação aos tipos de materiais, as suas aplicações,
conhecer detalhadamente as suas características e como eles podem ser aplicados nos ambientes.

Para entender mais um pouco do que vamos estudar essa semana, escuta o
nosso segundo Podcast, você vai ter uma visão geral do conteúdo e tenho
certeza que vai facilitar sua leitura.

Você pode estar se perguntando o porquê de tanta informação e para que irão servir
tantos detalhes. Entenda que a escolha dos materiais e acabamentos não é nada muito fácil. Já deu
para perceber que existem diversas opções como: tintas, pastilhas, cerâmicas, porcelanatos, rocha
ornamentais, entre tantos outros.
Outro fator importante é a questão estética, quais deles irão combinar com os ambientes
e com os anseios dos clientes. E além de tudo isso você ainda deve pensar no custo-benefício, pois
esse quesito preço pode variar muito e isso também será sua responsabilidade de estar verificando.
Escolher revestimento demanda experiência, conhecimento, responsabilidade e atenção.

2.1 Metal

Os metais podem aparecer de várias formas na decoração, proporcionando um ar de


sofisticação e personalidade aos ambientes. Eles podem ser encontrados de diferentes formas, em
objetos, móveis e revestimentos de pisos e paredes. As escolhas de como e qual metal encaixar na
decoração vai depender do resultado esperado para o ambiente, seja um estilo mais clássico, mais
despojado e moderno. Como em toda escolha para uma decoração harmônica, é preciso você ter
cuidado para dosar o uso do metal para não ficar exagerado no ambiente.

30
Competência 02

Vamos conhecer características e propriedades de alguns tipos de metais mais utilizados


no design de interiores:

2.1.1 Aço inoxidável

Composto de liga metálica de aço, com elevada quantidade de cromo (aproximadamente


12%). Esse metal pode ser pintado. Suporta altas e baixas temperaturas, por isso pode ser colocado
em cantoneiras de lareira, por exemplo. Ele tem alta resistência mecânica e baixa resistência ao risco.
Não sofre oxidação, devido à camada de cromo que o reveste, porém teme materiais abrasivos.
O aço inox pode ser usado na decoração, de inúmeras formas. Desde a produção de
objetos decorativos, até o uso de chapas e perfis, revestindo paredes, móveis e criando-se mobiliário
utilitário com design bem inovador. O aço inox nos remete a uma linguagem moderna, podendo até
ter características futuristas, principalmente quando associada com iluminação de tecnologia de
ponta. A superfície polida fica marcada pelo contato com as mãos e precisa de uma mão de obra
específica para seu manuseio.

Figura 22: Cozinha como móveis em aço inoxidável.


Fonte: https://construindodecor.com.br/aco-inox-na-decoracao-residencial/
Descrição da imagem: cozinha com móveis e bancada toda em aço inoxidável, combinando com os eletrodomésticos.

31
Competência 02

2.1.2 Aço Corten

Aço patinável, que contém produtos que melhoram suas qualidades anticorrosivas. Sua
cor é alaranjada. O diferencial estético deste tipo de aço é justamente a camada de pátina que se
forma na superfície, ficando áspera, alaranjada, de aspecto rústico e moderno. Serve para uso
interno, estrutura de escadas, móveis e objetos decorativos.

Figura 23: Parede de quarto com revestimento em aço corten.


Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/o-que-e-aco-corten/
Descrição da imagem: quarto de casal com parede de fundo revestida com aço Corten.

2.1.3 Alumínio

Metal encontrado em grande quantidade na natureza, que pode ser usado para uso na
indústria, no design, na decoração. Praticamente não sofre oxidação tem resistência mecânica menor
que a do aço, é um material de baixo peso. Seu custo é menor que o do aço inox. Apresenta-se em
chapas lisas e texturizadas e em perfis. O alumínio é prateado, o que remete a uma linguagem
moderna. Podem ser usados em móveis, luminárias, portas, portões, janelas, esquadrias em geral.
Não pode ter contato com substâncias alcalinas: cimento, derivados de argamassa. Precisando ser
protegidos.

32
Competência 02

2.1.4 Cobre

Classificado como metal de transição, é um dos metais mais importantes industrialmente.


É um material dúctil, maleável e bom condutor de eletricidade. Tem boa resistência à corrosão.
Razoável resistência mecânica.
O cobre confere um aspecto estético sofisticado quando polido. De cor levemente
avermelhada. O cobre é usado com singular propriedade no design de peças ornamentais,
equipamentos e utensílios domésticos, bem como em esculturas.

Figura 24: Luminárias em cobre.


Fonte: https://www.tuacasa.com.br/cobre-na-decoracao/
Descrição da imagem: sala de jantar com luminárias em cobre penduradas acima da mesa de jantar.

2.2 Madeiras

Esse com certeza é um material que você conhece bastante e praticamente está em todos
os ambientes. A madeira é um polímero natural composto por fibras e celulose. Mesmo com o avanço
tecnológico e o surgimento de novos materiais, a madeira é bastante especificada nos projetos, tendo
a função tanto pelo efeito estético quanto pelas características funcionais.

33
Competência 02

Os revestimentos e acabamentos em madeira podem ser aplicados nos pisos, nas paredes
e nos tetos, de acordo com as características técnicas dos materiais utilizados. Também podem ser
usados na produção de móveis e peças decorativas. Elas temem umidade, portanto necessitam de
impermeabilizantes ou vernizes. Os produtos de madeira maciça podem ser produzidos a partir de
madeiras autoclavadas: como pinus ou eucalipto. Para uso em piso, as madeiras indicadas são ipê,
jatobá, maçaranduba, sucupira, grápia e cumaru, por serem espécies de alta massa específica e
dureza, que proporcionam maior resistência a impactos, não deixando marcas na madeira.
Você já percebeu o quanto temos de opções para usarmos a madeira nos ambientes?
Vamos detalhar ainda mais os tipos e suas características, acredito que assim você ficará ainda mais
experiente no assunto.

2.2.1 Tacos

Pequena tábua maciça e retilínea de madeira usada no assoalho, ora disposta


regularmente com peças retangulares que se encaixam, ora com tabuinhas de formatos e cores
diferentes, produzindo decorativas figuras geométricas. São assentados com argamassa de cimento
e areia.

Figura 25: Piso em taco de madeira, na diagonal.


Fonte: https://www.arquidicas.com.br/o-que-fazer-para-deixar-o-piso-de-madeira-novo/
Descrição da imagem: piso todo em taco de madeira, assentado na forma diagonal.

34
Competência 02

2.2.2 Parquet

Placa formada por conjunto de tacos unidos, de madeira resistente. As placas são pré-
montadas, unidas por papel no verso, assim, têm desenhos pré-estabelecidos, formando quadrados.
Seu assentamento é feito com cola específica.

Figura 26: Piso em parquet.


Fonte: https://lemonadelanguages.wordpress.com/2012/01/14/voce-sabe-o-que-significa-parquet/
Descrição da imagem: piso todo em parquet, assentado com formas geométricas.

2.2.3 Tábua corrida

Tábua de madeira, de maior ou menor largura, resistente. Podendo ser instalada sobre
barrotes, pregadas ou coladas direto no contrapiso. Atualmente, também se tem usado tábua corrida
para revestimento de fachadas e paredes internas. As tábuas corridas sempre foram associadas a
residências e a estabelecimentos, em geral, mais nobres. Conferem elegância quando a superfície
está lixada e envernizada com brilho. Tem vida útil de cerca de 70 anos em função da umidade.

Figura 27: Piso em tábua corrida com verniz.

35
Competência 02

Fonte: https://fotos.habitissimo.com.br/foto/tabua-corrida-semi-brilho_132876
Descrição da imagem: piso todo em tábuas de madeira.

2.2.4 Carpete de madeira

Trata-se de um revestimento formado por chapas de madeira com base em MDF ou HDF
e com capa de madeira natural (por isso diferenciam-se dos “laminados de madeira”). Eles recebem
uma camada de filme protetor (verniz resistente), em sua face superior. Os carpetes podem ser
colados direto ao contrapiso ou encaixados no sistema macho - fêmea sobre manta poliuretana. São
mais frágeis do que a tábua corrida, devido à fina película de madeira da superfície, gerando mais
arranhões e marcas. Não é resistente à água, com isso sua limpeza deve ser feita somente com pano
úmido bem torcido. São pisos que geram ruídos na caminhada.

2.2.5 Lambri de madeira

O forro lambri é uma régua de madeira que serve para revestir o teto. O forro é ótimo
para todos os cômodos e possui um grande diferencial, tem leveza e rapidez na hora da instalação.
São encaixados no sistema macho-fêmea. As réguas de madeira criam linhas que precisam ser
consideradas na estética do ambiente.

Figura 28: Residência com forro de lambri.


Fonte: https://allmadloja.com.br/o-que-e-lambri-de-madeira/
Descrição da imagem: forro de lambri, imitando a madeira, no interior de uma residência.

36
Competência 02

2.2.6 Painéis de aglomerado – MDF, HDF

Tenho certeza que você já ouviu falar sobre esse nome MDF. Esses painéis são chapas
compostas por partículas de madeira, com adição de cola e submetidas a processo de prensa.
Dependendo do processo de fabricação e do tamanho das partículas de madeira, as chapas
aglomeradas podem ter diferentes níveis de resistência.
O nome MDF, vem de Medium Density Fiberboard, ou seja, placa de fibra de média
densidade feita com um material derivado da madeira. Já o HDF, vem de High Density Fiberboard,
que é a placa de fibra de alta densidade. A maioria de seus parâmetros físicos de resistência são
superiores aos da madeira compensada. O MDF e HDF aceitam acabamentos como verniz, pinturas
em geral, revestimentos com papéis decorativos, lâminas de madeira, laminado melamínico.
Geralmente são matérias-primas para confecção de móveis e painéis que ainda serão revestidos.
Como todo produto derivado da madeira, teme umidade.

Figura 29: Armários da cozinha em MDF.


Fonte: https://www.vivadecora.com.br/foto/124570/sala-de-estar-com-painel-de-mdf
Descrição da imagem: cozinha com os armários superiores e inferiores a bancada em MDF na cor branca.

2.2.7 Chapas de compensado

As placas de compensado são feitas de três ou mais camadas de placas de madeira


natural. As fibras de cada camada correm sempre em direções alternadas, “compensando” os
esforços de dilatação e retração que a madeira, às vezes, tem e servindo para evitar o empenamento.

37
Competência 02

As placas de compensado são definidas pelo acabamento que receberá: laminagem de madeira,
laminado melamínico, pintura, papel de parede, tecido, etc. Podem se apresentar de diversas formas,
finas e mais grossas.

Agora você verá como é o processo de fabricação dessas placas de compensado.


Acesse o link para acompanhar: http://www.mrclaro.com.br/a-rio-
claro/processo-fabricacao-compensado/

2.2.8 Laminado de madeira

São lâminas de madeiras, muito fina, que servem para revestir chapas de compensados,
MDF e aglomerados. Essa lâmina adquire desenhos e texturas naturais da espécie vegetal de que é
feita. Podem ser encontradas de forma natural, que é proveniente da própria árvore, ou de forma
processada, que são as lâminas industrializadas, produzidas a partir de resíduos ou de outras lâminas
de madeira natural.
O efeito estético dependerá dos desenhos formados, podendo ter desenhos orgânicos
bem dinâmicos e variados, ou em paralelo. O tipo de acabamento, tipo de verniz, tipo de brilho e do
tom da madeira também interferem na sua caracterização.

Figura 30: Exemplos de lâmina de madeira.


Fonte: http://tecnicasdemarcenaria.blogspot.com/2019/03/lamina-de-madeira.html
Descrição da imagem: a figura apresenta alguns exemplos de lâminas (folhas) de madeira em diversos tons.

38
Competência 02

2.3 Cerâmica e Porcelanato

Chegou a vez de falarmos dos pisos mais utilizados atualmente no Brasil. Você pode nesse
momento estar em um ambiente com esse tipo de revestimento, tanto no piso como na parede.
Geralmente ele é muito usado devido a sua técnica de fabricação, que permite a criação com grande
diversidade de formas, texturas, padrões e cores, podendo atender os mais distintos critérios
funcionais e estéticos. A matéria básica para a fabricação dos produtos cerâmicos é a argila.
Uma dúvida comum entre as pessoas se refere à escolha e à especificação de
porcelanatos e pisos cerâmicos. A principal diferença entre os dois materiais consiste no processo de
fabricação: a cerâmica é composta por 30% de pedra e 70% de argila, enquanto o porcelanato é
composto por 30% de argila e 70% de pedras. As variações conferem qualidades distintas aos
materiais; entretanto, ambos podem ser aproveitados em ambientes diferentes.
Tanto o porcelanato quanto os pisos cerâmicos oferecem durabilidade e conforto
térmico, especialmente para edificações localizadas em regiões mais quentes do Brasil, porque
dificilmente absorvem calor. Os pisos cerâmicos são versáteis, oferecendo muitas variações de
modelos e permitindo paginações mais artísticas e cores naturais, remetendo a suavidade e
aconchego. Os revestimentos cerâmicos para pisos devem ter critérios para o coeficiente de atrito e
de resistência à abrasão.
Quanto aos índices aceitáveis à abrasão, o instituto denominado de PEI (Porcelain Enamel
Institute), regulamentou as normas para a classificação da resistência à abrasão superficial. No Brasil,
a NBR 13818 (ABNT, 1997) também determina o PEI (índices aceitáveis à abrasão das peças
cerâmicas). O PEI classifica a superfície da cerâmica com relação à quantidade de tráfego que ela está
apta a receber, mantendo a integridade do revestimento. No quadro abaixo podemos verificar os
índices, seu grau de resistência e os locais apropriados para serem utilizados esses pisos.

RESISTÊNCIA À RESISTÊNCIA AO DESGASTE LOCAL


ABRASÃO (PEI) POR ABRASÃO
0 Baixíssima Paredes
1 Baixa Banheiros e Quartos

39
Competência 02

2 Média Ambientes sem ligação


com área externa
3 Média/alta Todos os ambientes
residenciais (cozinha,
corredores, halls, quintal)
4 Alta Locais abertos ao público
com trânsito médio
5 Muito alta Locais abertos ao público
com trânsito intenso

Quadro 5: Índice de resistência à abrasão.


Fonte: própria autora, 2021.

Quanto à questão dos atritos a norma técnica NBR 13818 (ABNT, 1997) determina as
especificações do coeficiente de atrito em placas cerâmicas. De acordo com o documento, são
consideradas antiderrapantes as placas de cerâmica que apresentam coeficiente de atrito maior ou
igual a 0,4, bem como materiais rústicos ou brutos não polidos. Veja no quadro abaixo as
classificações dos coeficientes de atritos:

CLASSE COEFICIENTE DE ATRITO USO


1 Inferior a 0,4. Satisfatório para
instalações normais.
2 Igual ou superior a 0,4 e Recomendado para uso
menor que 0,75. onde se requer resistência
ao escorregamento.
3 Igual ou superior a 0,75. Recomendado para áreas
externas com aclive ou
declive.

Quadro 6: Coeficientes de atritos em revestimentos cerâmicos.


Fonte: própria autora, 2021.

Outra característica técnica que deve ser levada em consideração é a questão da absorção
da água, essa determina em relação a porosidade da base cerâmica. Quanto menor a quantidade de

40
Competência 02

poros na base, menor é a absorção de água. Quando a cerâmica absorve água e incha, fica com um
aspecto de rachaduras.
Estudante! Agora vamos falar um pouco sobre o porcelanato, pois ele tem algumas
características diferenciadas da cerâmica, que são importante e devem ser entendidas.
O porcelanato é classificado como um produto cerâmico pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) com elevada resistência mecânica, ao risco e ao ataque químico. Sua
aparência é ditada pela textura escolhida, podendo ser impressa superficialmente ou moldada na
massa da peça.
Os porcelanatos são divididos em duas categorias quanto à sua absorção de água, sendo
classificado como esmaltado ou técnico (polido ou não), sendo que para o esmaltado admite-se uma
absorção de água até 0,5%. Porém, para o porcelanato técnico esta absorção deve ser menor ou igual
a 0,1%.
Devido a essas características, os porcelanatos são, atualmente, uma das escolhas mais
comuns para revestimento das chamadas áreas molhadas, como banheiros e cozinhas, nos quais
existe constante presença de umidade e agentes que causam manchas. Algumas vezes, no entanto,
esse material é utilizado em outras áreas, possibilitando acabamentos diferenciados devido à grande
disponibilidade de texturas.
O porcelanato técnico não possui aplicação de esmalte em sua superfície. Todo
porcelanato técnico é retificado, o que significa que o acabamento de suas bordas é totalmente reto,
reduzindo a aparência de rejunte entre as placas. O segundo tipo é o porcelanato esmaltado, que
recebe uma camada de esmalte sobre a peça, esse seu processo de fabricação o torna mais resistente
a manchas e sujeiras do dia a dia. Nas figuras abaixo você pode conhecer ainda as suas diferenças:

41
Competência 02

Figura 31: Sala com porcelanato técnico (À esquerda) e sala com porcelanato esmaltado (À direita).
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/porcelanato/
Descrição da imagem: duas figuras. A primeira, mostra uma sala de estar e jantar com porcelanato técnico na cor
branca. A segunda, uma sala de estar com todo o piso em porcelanato esmaltado na cor bege.

Os dois tipos de porcelanato possuem classificação por local de uso e podem apresentar
três distintos acabamentos: polido (técnico), natural (acetinado) e externo.
O porcelanato polido é extremamente brilhante, já que, após a finalização da massa, as
peças recebem polimento e uma camada de impermeabilizante. É melhor indicado para as áreas
secas, como salas, corredores e quartos.
O porcelanato natural é um produto sem brilho, com acabamento acetinado e pouco
escorregadio. Esse tipo de porcelanato não recebe nenhum acabamento ao final da sua produção —
nem esmalte e nem impermeabilizante — resultando em superfícies foscas, o que contribui para a
sensação de aconchego aos ambientes. Embora possa ser aplicado em qualquer ambiente comercial
ou residencial, as principais recomendações de aplicação são para as áreas molhadas, como cozinhas
e banheiros.

Figura 32: Porcelanato polido (À esquerda) e porcelanato natural (À direita).


Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/porcelanato/
Descrição da imagem: duas figuras. A primeira, mostra um piso em frente a uma escada em porcelanato polido na cor
branca. A segunda, mostra um piso em porcelanato natural em tons de cinza.

2.4 Pedras Naturais

No design de interiores, são frequentemente utilizadas como revestimento de pisos,


paredes e divisórias e mobiliário fixo. As pedras podem ser polidas ou rústicas, estas últimas são
indicadas para revestimento de pisos antiderrapantes.

42
Competência 02

Essas pedras são encontradas de várias composições minerais, retiradas da natureza para
comercialização. Alguns tipos: ardósia, basalto, arenito, miracema, quartzito, pedra ferro, São Tomé.
Podem ser cortadas em diferentes formatos: placas (quadradas ou retangulares), paralelepípedos,
filetes (também conhecido como corte canjiquinha – retângulos finos e de comprimento e
profundidade com pequenas variações.
Apresentam grande variedade de texturas e cores, conforme o tipo de rocha. Há rochas
em vários tons de cinzas, beges, marrons, amareladas, rosadas, alaranjadas (cor de ferrugem), pretas,
com superfícies manchadas ou mais homogêneas. O uso pode ser interno e externo, considerando o
tipo de pedra. O que vai determinar o uso é o quanto uma pedra pode acumular sujeira.

Figura 33: Parede em Filete de São Tomé Bege Rústico.


Fonte: https://beliser.com/tipos-de-pedras-para-revestimento/filete-de-sao-tome-bege-rustico/
Descrição da imagem: parede no interior de uma edificação em filete de São Tomé, na cor bege rústico.

Inúmeras pedras podem ser utilizadas como acabamento, mas as pedras com aplicações
mais frequentes em revestimentos e mobiliário interiores são o granito e o mármore, que a partir de
agora vamos conhecer mais detalhes deles:

2.4.1 Granito

O granito é uma rocha não- calcária e magmática, ou seja, são rochas originadas no
interior da terra e não formadas por acúmulos de resíduos de outras rochas (como a argila). É
constituída basicamente por três minerais: feldspato, mica e sílica na forma de quartzo. Tem
resistência ao impacto e à abrasão. Ele pode receber corte e polimento. O granito é utilizado como
rocha ornamental e na construção civil.

43
Competência 02

O granito pode ter diversas variações de cores e desenhos pontilhados, isso sendo
resultantes das várias composições desses minerais e da gramatura dos mesmos, a qual pode ser fina,
média ou grossa. Podemos encontrar centenas de tipos de granito, e diversas cores: cinza, verde,
lilás, azul, brancos, entre outros.
Usado para áreas externas e internas, servindo como revestimento de pisos ou de
paredes, também podendo ser utilizado em bancadas para balcões de cozinha e lavatórios, em
divisórias de banheiros, peças de mobiliário, estantes, prateleiras, entre outros usos. Quanto mais
brilhoso, mais sofisticado. Os desenhos elaborados também acentuam o caráter de sofisticação do
produto final. Se for apicoado ou fosco, terá característica de mais rústico, mais visualmente
agressivo.
Alguns cuidados devem ser tomados em relação ao granito, como: ter a preocupação com
as infiltrações de água pois pode manchá-lo, em degraus de escadas e bordas de piscinas deve fazer
ranhuras para tornar-se antiderrapante, se for colocá-lo no piso é necessário impermeabilizar o
contrapiso e usar cimento branco para não interferir na cor da rocha.
Os principais tipos são: Granito Preto São Gabriel, Cinza Corumbá, Preto Indiano, Amarelo
Santa Cecília, Café Imperial, Branco Ceará, Preto Absoluto, Verde Ubatuba e Branco Itaúna. Abaixo
segue exemplos em fotos:

Figura 34: Tipos de granitos.


Fonte: https://pedreirao.com.br/diferenca-entre-granito-e-marmore-passo-a-passo-aprenda-agora/

44
Competência 02

Descrição da imagem: 12 tipos de granitos, dentre eles: verde Ubatuba, bege dunas.

2.4.2 Mármore

O mármore é uma rocha metamórfica, originada do calcário que sofre temperaturas e


pressões extremamente elevadas durante o processo de formação. Tem baixa resistência ao impacto,
à abrasão e à compressão. Por ter alta porosidade absorve líquidos. Devido a essas características, o
mármore é mais frágil e mais suscetível a manchas do que o granito.

Geralmente é encontrado comercialmente em placas de espessura variável de 8 a 20 mm.


Existem mármores de inúmeras cores: preto, branco, bege, amarelo, laranja, rosa, verde, azul,
marrom. Adequado para áreas internas, especialmente em painéis e bancadas secas. Ideal para
revestimento de paredes em que a opção for rochas, pois é um pouco mais leve que o granito. Pode
ser usado em pisos internos, mas evitar em locais de tráfego intenso, podendo ter um desgaste maior.
Da mesma forma, pode ser usado em banheiros e lavabos.

A maioria dos mármores possui muitos veios (linhas claras), podendo combinar com a maioria
dos ambientes. Em cozinhas seu uso deve ser evitado, pois pode ser danificado por ação de gorduras
e ácidos de vinagre, limão ou materiais de limpeza agressivos. Como o mármore pode manchar com
infiltração de água, é necessário que as juntas sejam bem vedadas quando o material for instalado.

45
Competência 02

Figura 35: Tipos de mármores.


Fonte: https://pedreirao.com.br/diferenca-entre-granito-e-marmore-passo-a-passo-aprenda-agora/
Descrição da imagem: 12 tipos de mármores, dentre eles: bege Bahia, crema marfil.

2.4.3 Marmoglass

É uma pedra industrializado, desenvolvida na China, que possui superfície e cor uniforme,
brilho intenso, grande resistência e dureza, é durável, absorção nula e resistente à abrasão e a
produtos ácidos. É desenvolvido através de um processo de microcristalização de pó de mármore e
cristais de vidro. Pode ser utilizado em revestimentos de paredes, pisos e bancadas. A superfície lisa
do marmoglass torna a limpeza muito fácil. Veja abaixo na figura, um banheiro com uma pegada mais
sofisticada, clean e elegante, utilizando o marmoglass.

Figura 36: Marmoglass usado na bancada do banheiro.


Fonte: https://www.tudoconstrucao.com/marmoglass/
Descrição da imagem: bancada de banheiro toda em Marmoglass na cor branca.

2.4.4 Limestone

É uma pedra natural calcária, composta de calcite mineral, porções de argila, areia e óxido
de ferro. Essa composição proporciona o toque aveludado e pouco brilho e a aparência de rusticidade
natural. Serve para revestimentos de paredes, pisos, bancada e cubas sem emendas. Porém deve ter
muito cuidado com os riscos e manchas, precisando de boa impermeabilização.

46
Competência 02

Figura 37: Piso em pedra Limestone.


Fonte: https://www.poliquimicabrasil.com.br/limestone/
Descrição da imagem: piso em pedra Limestone, em tom bege, no interior de uma edificação.

2.4.5 Quartz-Stone

É um produto industrializado com tecnologia de ponta, apresenta absorção nula à água e


possui ação antibacteriana. É composto em grande parte pelo elemento quartzo, este sendo o
segundo mineral mais abundante da Terra, tendo muita dureza e durabilidade. Possui desenhos
modernos e grande variedade de cores, oferecendo elegância, alta resistência e fácil manutenção.
Muitas pessoas confundem e acreditam que quartzo e Silestone são materiais diferentes, mas na
realidade são a mesma coisa. A diferença entre eles é que o Silestone é uma marca europeia de
quartzo, que também é vendida no Brasil para projetos de design de interiores.

Figura 38: Cozinha com bancada em Silestone.


Fonte: https://www.silestone.com/br/

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Competência 02

Descrição da imagem cozinha americana com a bancada toda em Silestone na cor preta, com linhas orgânicas na cor
branca.

2.5 Pisos Vinílicos

Os pisos vinílicos são compostos por camadas de PVC. É um tipo de material que oferece
facilidade de limpeza e manutenção, conforto térmico e acústico, atributos antiderrapantes,
instalação rápida e baixo acúmulo de sujeira, ideal para crianças e pessoas alérgicas (MANCUSO,
2004). Abaixo você pode ver como se apresenta um piso vinílico, este podendo ser instalado à base
de cola, autoadesivos e click (encaixe).

Figura 39: Instalação de piso vinílico.


Fonte: http://anisiorevestimentos.com.br/blog/como-evitar-erros-na-instalacao-do-piso-vinilico/
Descrição da imagem: mãos de uma pessoa instalando um piso vinílico imitando uma madeira natural.

2.6 Laminado Melamínico

Material desenvolvido pela combinação de folhas de celulose e resinas fenólicas,


submetidas à altíssima pressão e temperatura, resultando em material resistente, utilizado
principalmente em revestimentos de paredes, pisos, móveis e painéis. Na sua superfície são
adicionadas texturas e diferentes padrões de acabamento, fazendo a simulação de madeiras,
granitos, mármores, metais e entre outros.

48
Competência 02

Esse material é conhecido pelo nome de um dos fabricantes deste tipo de


produto: a Fórmica®. Acredito que você já deve ter escutado esse nome! Essa á a
marca registrada da empresa. Segue o site da empresa, para você conhecer mais
sobre ela:
Link: https://www.formica.com.br/

São antiderrapante, isolante térmico, impermeável, antialérgico e não retém sujeira.


Resistentes ao impacto, à luz solar, às altas temperaturas. As chapas de laminado costumam ser
coladas sobre as superfícies a revestir com cola de contato.

Figura 40: Armário de cozinha revestido com Fórmica ®.


Fonte: https://www.formica.com.br/
Descrição da imagem: armário inferior de bancada de cozinha revestido com Fórmica® na cor amarela, e possui 4
gavetas.

2.7 Superfície Sólida - Corian®

Obtido a partir de minerais triturados (alumina – cerca de 65%), resina acrílica (35%) e
agentes corantes. É um material sólido, sem porosidade e homogêneo, composto por 2/3 de alumina
(mineral natural), 1/3 de metacrilato de metila (acrílico PMA) e pigmentos. Ele é feito em matéria
compacta, em toda sua espessura e pode ser fabricado com emendas quase imperceptíveis e seus
cantos podem ser arredondados, fazendo da sua superfície bastante higiênica. Ele é moldável,

49
Competência 02

resistente a manchas, atóxico e não retém odores, nem gorduras. É sete vezes mais leve que o
granito. Apresenta-se em diversas texturas e cores (com acabamento opaco, semibrilho ou brilhante),
tendo em suas versões lisas, um aspecto vanguardista e sofisticado.
Pode ser usado em cubas, balcões para cozinha, lavatórios e revestimento para banheiros,
móveis e luminárias. É também amplamente utilizado como superfície asséptica no revestimento de
paredes e bancadas, em hospitais, laboratórios, hotéis, cafés e restaurantes. Tem sito muito utilizado
na criação de peças com design inovador, tendo em vista sua versatilidade para moldagem,
permitindo formas e curvas inusitadas.

Figura 41: Balcão revestido em material Corian ®.


Fonte: http://www.studiovitty.com.br/corian/
Descrição da imagem: balcão todo revestido em Corian®, na cor branca.

2.8 Acrílico

O acrílico ou polimetil-metacrilato (PMMA) é uma substância sintética, polimorfa (assume


diversas formas) e transparente (acima de 90%). Também pode ser chamado de vidro acrílico. Tem
resistência mecânica inferior a do policarbonato e superior a do vidro. O acrílico é um material muito
usado nos dias de hoje para composição de peças decorativas como cadeiras, lustres, vasos, mesas
laterais, portas, gavetas, armários, painéis, entre outros. As peças podem ter características clássica,
moderna, retrô e futurista.
Os móveis de acrílico ganharam espaço, conquistando o mais variado tipo de público. Esse
material, muito explorado no contexto da decoração, trouxe resultados criativos e surpreendentes.
Como vemos na figura a seguir, temos um aparador em acrílico que proporcionar um ar
inovador e beneficia a sensação de amplitude no espaço.

50
Competência 02

Figura 42: Aparador em acrílico.


Fonte: http://fattoacrilico.com.br/decoracao-em-acrilico/
Descrição da imagem: aparador em acrílico com diversos objetos em cima e abaixo.

2.9 Pinturas

As tintas são os acabamentos de paredes mais comuns nas construções. Porém, você
como designer pode explorar as potencialidades das tintas do ponto de vista das tendências de cores
e composições.
Vejamos como no mercado, podemos encontrar essas tintas e seus tipos:
Acrílicas: Feita à base de água, é encontrada em três tipos de acabamento: fosco,
semibrilho e acetinada. É considerada de melhor qualidade do que a látex, conferindo a ela maior
durabilidade e resistência. Ela pode ser lavada.
Látex ou PVA: Também à base de água, é encontrada somente no acabamento fosco.
Como ela é solúvel em água não deve ser usada em exteriores, como fachadas, áreas molhadas ou
que peguem chuva.
Óleo: Possui um composto de ligamento do tipo oleoso, que pode dar acabamento fosco
ou brilhante, e é impermeável e indicada para pintura de móveis, portas e janelas
Esmalte: Pode ser à base de solvente ou à base de água, é bastante resistente à ação da
chuva e do sol e encontrado nos acabamentos fosco, alto brilho ou acetinado, além de indicado para
superfícies de madeira ou metal, principalmente em áreas externas.

51
Competência 02

Massa corrida: PVA ou acrílica, podendo ser indicada para uniformizar, nivelar e corrigir
pequenas imperfeições em ambientes internos e externos de alvenaria, concreto e paredes em geral.
Confere melhor aspecto às paredes.
Revestimento texturizado: Revestimento composto por emulsão acrílica de elevada
consistência e resistência. Permite disfarçar as imperfeições da superfície, bem como obter efeitos
decorativos diversos em alto e baixo relevo. Dispensa o uso de massa corrida na sua aplicação.
As embalagens das tintas podem ser vendidas da seguinte forma: Lata (lt) = 18 litros;
Galão (gl) = 3,6 litros; Quarto de galão (ou apenas um quarto) = 0,9 litro. Normalmente utilizam-se de
2 a 3 demãos de tinta em uma pintura. Hoje tem-se uma diversidade de cores, essas podendo ser
personalizadas ou escolhidas conforme um catálogo. As indústrias proporcionam diversos efeitos
decorativos com as tintas e um sistema especial de aplicação das mesmas, simulando texturas e
materiais diversos, entre eles temos: pátina, madeira, mármore, metais, concretos, entre outros.

Figura 43: Parede pintada com tinta acrílica. Figura 44: Tipos de texturas para paredes.
Fonte: https://construindodecor.com.br/ Fonte: https://www.totalconstrucao.com.br/
Descrição da imagem: sala de estar com Descrição da imagem: a figura mostra alguns
parede pintada com tinta acrílica na cor rosa. tipos de texturas para paredes.

2.10 Revestimentos Cimentícios

2.10.1 Ladrilho hidráulico

É um revestimento cimentício de fabricação artesanal. É feito através de fôrmas de ferro,


onde são colocados os moldes dos desenhos a serem reproduzidos. Dentro destes moldes é
despejada uma mistura composta por pó de mármore, cimento branco e óxido de ferro, sendo que é
este último quem determina as cores da peça. Tem aspecto de rusticidade proporcionado pelo
próprio cimento. Podem ser aplicados junto a outros materiais como: granito, cimento queimado,

52
Competência 02

madeira. Podem revestir pisos e paredes, além disso, podem ser usados como detalhe decorativo de
móveis (mesas, painéis, bancadas).

Vamos conhecer mais um pouco sobre o processo de fabricação desse ladrilho


hidráulico?
Acesse o link https://www.mosaicosamazonas.com.br/dica/por-que-se-chama-
ladrilho-hidraulico

2.10.2 Cimento queimado

É uma solução econômica, prática e rápida para revestimentos. Apresenta alta resistência
mecânica, porém deve ser uma das últimas etapas da obra a ser realizada. É preparado em obra,
apesar de algumas empresas já venderem a mistura pronta.
Essa mistura é composta por: cimento em pó, pó de mármore, aditivos e água. Tem o
nome “queimado” porque é “alisado/desempenado”. Pode apresentar algumas fissuras bem finas, o
que lhe confere ainda mais naturalidade e rusticidade. É recomendável utilização de “juntas de
dilatação” a cada área de 1,50 x 1,50 m para evitar trincas no piso.
Através da figura abaixo, podemos destacar que o tradicional cinza e outras cores neutras
transmitem sobriedade e um grau de elegância aos ambientes.

Figura 45: Sala com parede revestida em cimento queimado.


Fonte: https://finger.ind.br/blog/cimento-queimado/
Descrição da imagem:sala de estar com paredes toda revestida em cimento queimado.

53
Competência 02

2.10.3 Placas cimentícias

Placas compostas basicamente por cimento, além de outros componentes aglomerantes


e pigmentos para dar colorido. Os revestimentos cimentícios podem simular alguns materiais, tais
como assoalho de madeira e madeira de demolição, e também podem ter o aspecto mais natural do
cimento, como um cimento queimado. São comercializadas em peças prontas: placas ou réguas. Tem
uso interno e externo. São adequadas para paredes e pisos, decks, piscinas.

2.11 Pastilhas de Revestimentos

As pastilhas são bastante versáteis: podem ser usadas em paredes, pisos, bancadas, no
teto, em móveis e até na criação de objetos decorativos. Podemos ter vários tipos de pastilhas no
mercado, como: mármores, granitos, madeira, porcelanato, Madre pérola, casca de cocô, de lascas
de sementes, aço inoxidável. As características técnicas de cada material devem ser avaliadas de
acordo com a resistência natural dos mesmos. Vamos conhecer um pouco mais de algumas mais
usadas pelos designers, tenho certeza de que você irá usar bastante esses revestimentos em seus
ambientes.

2.11.1 Pastilha cerâmica

Pequena peça de revestimento, quadrada ou hexagonal, feita de cerâmica. Possuem


medidas individuais a partir de 2,5 x 2,5 cm e são unidas por papel ou pontos de cola de PVC,
formando placas com aproximadamente 30 x 30 cm de superfície. Elas podem ter texturas
diferenciadas, sendo lisas, rugosas, ásperas e picotadas. As cores são diversas.

54
Competência 02

Figura 46: Parede de banheiro revestida em pastilha cerâmica.


Fonte: http://blog.cerbras.com.br/index.php/dicas-de-decoracao-com-pastilhas/
Descrição da imagem: parede de banheiro toda revestida em pastilha cerâmica em tons branco e cinza.

2.11.2 Pastilha de vidro

São pequenas peças de revestimento constituídas por vidro e areia. Em formato


quadrado, retangulares ou hexagonais, são resistentes a produtos químicos, como ácidos e
substâncias alcalinas. Elas não retêm sujeira e apresentam boa resistência ao choque térmico e tem
bom isolamento térmico. Apresentam diversas cores e tonalidades. Ao colocá-la, recomenda-se a
argamassa de cor branca para evitar alterações na tonalidade das pastilhas.

Figura 47: Parede revestida com pastilha de vidro.


Fonte: https://www.saint-gobain.com.br/experiencias/blog/pastilhas-de-vidro-vantagens-e-dicas-de-como-instalar
Descrição da imagem: parede revestida com pastilha de vidro em formato tijolinho.

55
Competência 02

2.11.3 Pastilhas autoadesivas

As pastilhas adesivas são uma das tendências do momento, são mais práticas de instalar
e de fácil manutenção. Por serem adesivas, elas dispensam o auxílio de argamassas ou colas para
pastilha, podendo ser facilmente fixadas somente com pressão e a resistência do adesivo. Essas
pastilhas adesivas são protegidas com uma capa de resina que protegem da umidade e dos raios
solares. São encontradas em peças de 30 x 30 cm, assim como as pastilhas de vidro.

Clica no link a seguir e assiste como é prático a instalação dessa pastilha.


Link: https://youtu.be/_BA4R4Cy1BE

2.12 Vidros

O vidro é uma substância inorgânica, homogênea e amorfa, obtida através do


resfriamento de uma massa em fusão. O uso do vidro na construção civil cresceu rapidamente,
principalmente pela sua transparência, que proporciona luz e sol no interior das habitações e locais
de trabalho, bem como visão para o exterior, decoração, divisões internas, entre outros. O vidro
apresenta uma grande variedade de tipos: comuns ou de qualidade superior, incolores ou coloridos,
com desenhos ou padrões de superfície, termorrefletores (reduz a energia radiante transmitida pelo
sol) ou espelhados. Vamos entender um pouco mais sobre os tipos de vidros:
O vidro temperado é submetido à alta temperatura e brusco resfriamento, o que implica
em um aumento de resistência e de segurança no caso de fragmentação; resiste a altas temperaturas.
Muito indicado para box, portas, mesas.
O vidro laminado é composto por duas ou mais chapas de vidro, intercaladas por uma ou
mais películas plásticas, oferecendo segurança ao usuário, proteção ao ambiente e isolamento
termoacústico. Bem utilizado em fachadas, guarda-corpos, pisos, escadas e claraboias.
O vidro aramado possui uma malha de metal no interior do vidro, o que implica em
segurança no caso de fragmentação, sendo ainda antichamas. É considerado um vidro de segurança.
É usado, por exemplo, em guarda-corpos, fachadas, coberturas, fechamentos de claraboias, peitoris,
tampos de balcões e como composição de móveis.

56
Competência 02

Saiba mais
Que tal você entender mais um pouco sobre os tipos de vidros? Acesse esse link
e você verá dicas muito legais.
Link: https://dicasdearquitetura.com.br/tipos-de-vidro/

Figura 48: Escada com degraus de vidro laminado.


Fonte: https://vidroimpresso.com.br/noticia-setor-vidreiro/-vidro-laminado
Descrição da imagem: escada toda em vidro, piso e lateral.

2.13 Espelhos

Vamos falar do queridinho da decoração, os nossos espelhos! Eles são objetos coringas
nos ambientes. Eles são usualmente inseridos nos lugares e contém diversas funções, entre elas:
servindo para ampliar a luminosidade e para refletir os espaços.
O espelho é uma superfície de vidro comum ou vidro cristal, com uma das faces que
recebe pintura metalizada para fins de refletir a imagem projetada. Os espelhos podem ser usados
na forma de chapas em bancadas, tampos de mesas, divisórias ou móveis. Também são encontrados
em revestimento de paredes e tetos, frente de gavetas, objetos decorativos. Como os espelhos
temem umidade, ao ser colocado em banheiros devem ter um distanciamento da parede com peças
metálicas.

Você sabia que o espelho pode dar a sensação de ampliar os espaços? Pois é, é
isso mesmo que você acabou de ler. Esse é um dos truques mais comuns para
projetar em ambientes pequenos. Um espelho grande pode fazer com que uma
sala pequena pareça muito maior do que é, principalmente se o espelho engloba
uma parede inteira, é colocado em um local central ou mesmo com a forma de
uma janela para criar a ilusão de abertura.

57
Competência 02

Veja na figura abaixo como os ambientes tornaram-se mais amplos e iluminados com a
instalação dos espelhos. Os tamanhos deles também interferiram na sensação de amplitude, vindo
desde o piso até o teto.

Figura 49: Quarto com espelho nas portas do guarda-roupa, proporcionando ampliação do ambiente.
Fonte: https://viminas.com.br/blog/dicas-para-ampliar-e-valorizar-os-ambientes-com-espelhos
Descrição da imagem: quarto de solteiro com portas do guarda-roupa todo em espelho.

2.14 Gesso

O gesso é um aglomerado mineral muito usado na construção civil e no design de


interiores. Quanto a sua composição química é caracterizada como sulfato de cálcio hemi-hidratado.
O gesso é normalmente obtido pela calcinação da Gipsita (pedra do gesso).

Para explicar melhor como é sua extração, vale a pena você acessar esse vídeo e
verificar todo o passo a passo de como o gesso chegar até nossa casa.
Link: https://youtu.be/6RLXAhpwua4

É um processo de revestimento de lajes e telhados tem como finalidade rebaixar o pé-


direito criando um espaço para passagem de fios, embutimento de luminárias e para criar efeitos
estéticos.
Os gessos em placas têm o encaixe macho-fêmea, são unidas por uma pasta de gesso. O
gesso auxilia no isolamento térmico, é resistente ao fogo, tem baixa resistência mecânica e
geralmente é vendido em m². Pode ser pintado, sendo a tinta acrílica a recomendada. Para que não
ocorra trinco no gesso é preciso deixar um espaço entre a placa e a parede de 2 cm.

58
Competência 02

Outro tipo de forro é o drywall este é formado por grandes placas de gesso revestidas por
papel acartonado, ou seja, papel cartão, que são parafusadas em uma estrutura metálica. Com
espessura fina permite que ganhe mais área útil, além de que pode ser utilizado em ambientes de
qualquer dimensão. Evita sujeira e resíduos, sendo de fácil instalação. Por conta de sua composição
diferenciada é mais caro, porém seu custo-benefício é muito maior que os de placas de gesso normal.
Perceba abaixo nas figuras, a forma de instalação desses forros:

Figura 50: Placas de gesso (À esquerda) e montagem de um forro drywall (À direita).


Fonte: https://plantasdecasas.com/forro-de-gesso-tipos-e-vantagens/
Descrição da imagem: duas figuras. A primeira, a montagem de forro com placas de gesso. A segunda, a montagem de
forro drywall.

E quando falamos de forro de gesso, muitos já falam da sanca. Acredito que você já
escutou a palavra sanca em algum momento de sua vida, ou já até deve ter visto uma. Vamos agora
conhecer os tipos de sancas existentes, em algum momento você poderá inseri-las em seus projetos.
As sancas são bastante utilizadas para proporcionar resultado estético e atrativo em qualquer tipo de
ambiente. Existem diversos tipos de sancas de gesso, cada um com suas características específicas de
aplicação e de uso. Através do quadro abaixo, vamos identificar quais seriam:

Tipo de Sanca Características


Sanca Aberta Tem um acabamento na lateral,
deixando um espaço aberto na parte
central. Este modelo permite uma
iluminação indireta.

59
Competência 02

Sanca Fechada A sanca fechada não possui um tipo de


abertura. Portanto, a iluminação só
pode ser feita diretamente, através de
pontos de luz como os spots.
Sanca Invertida A sanca invertida tem características
semelhantes com a sanca aberta. A
diferença é que a abertura é invertida.

Quadro 7: Tipos de sancas.


Fonte: própria autora, 2021.

Vejamos nas ilustrações os ambientes decorados com esses três tipos de sancas.

Figura 51: Sanca aberta. Figura 52: Sanca fechada.


Fonte: https://fotos.habitissimo.com.br/ Fonte: https://www.grupoemdesign.com.br/
Descrição da imagem: a figura mostra sanca Descrição da Imagem: a figura exibe uma saca fechada
aberta com lustre. com luminária.

Figura 53: Sanca invertida.

60
Competência 02

Fonte: https://prinzessin.my.id/
Descrição da imagem: a figura apresenta uma sanca invertida com iluminação embutida.

2.15 Papel de Parede

Ambientes internos também podem ser revestidos com papéis de parede explorando a
criatividade e, na possibilidade de inovar nas estampas, materiais e texturas, podemos criar espaços
marcantes para residências e estabelecimentos comerciais e de modo geral, que apostam em um
visual mais marcante.
Tendências em alta de papéis de parede apontam para as simulações 3D, visual Vintage e
retrô e composições geométricas. Existem os papéis que são apenas impermeabilizados na sua parte
aparente, sendo menos resistentes e não suportando pano úmido em limpeza. E há os papéis
totalmente vinilizados, mais resistentes, suportando bem a limpeza com pano úmido, ideais para
quartos infantis, e locais de muito manuseio.

Fica a dica:
Utilize o papel de parede nos ambientes secos e em paredes internas, pois as
paredes que fazem limite com o exterior geralmente retêm mais umidade.
Podem ser aplicados a paredes, tetos ou móveis.

Lopes (2016) classifica seis tipos de papéis de parede: o de celulose; tradicional, com a
textura do papel comum; o vinílico, feito de PVC e lavável; o TNT (tecido não tecido), produzido com
fibras naturais e sintéticas, que também leva celulose em sua composição; o EVA, que possui uma
camada de EVA em sua superfície; o alto-relevo, que tem desenhos com pequenos enxertos; e o
veludo, que passa uma sensação de requinte, ideal para decorações no estilo clássico.

61
Competência 02

Figura 54: Papel de parede na sala de jantar.


Fonte: https://casavogue.globo.com/Interiores/Ambientes/noticia/2017/07/top-10-ambientes-com-papel-de-
parede.html
Descrição da imagem: sala de estar com parede de fundo revestida com papel de parede em tons de verde.

2.16 Tecidos

Eles estão presentes nos estofados, almofadas, cortinas, lençóis, colchas, toalhas de
mesa, toalhas de banho, tapetes, entre outros. Podendo também ser usado como substitutos do
papel de parede, sendo uma opção mais barata. Eles têm grande variedade de opções por conta de
sua composição: fibras, fios e tramas.
Os tecidos indicados para a decoração das paredes seriam os tecidos de tapeçaria ou
tecidos tricoline, é necessário que os tecidos tenham tramas grossas e bem unidas.
Abaixo segue um exemplo de tecido usados para revestir a parede, proporcionando uma
diferenciação na decoração e dando destaque na parede.

62
Competência 02

Figura 55: Quarto infantil com tecido no revestimento da parede.


Fonte: https://www.transformesuacasa.com.br/7-dicas-de-como-usar-tecidos-para-decoracao-de-paredes/
Descrição da imagem: quarto infantil de menina com parede de fundo revestido com tecido quadriculado.

2.17 Revestimentos 3D

Os revestimentos 3D estão em alta, é a grande tendência do mercado. Tenho certeza


que você já se deparou com alguns deles por aí.
Eles podem ser aplicados em vários cômodos, traz uma proposta moderna e inovadora,
tornando o ambiente ainda mais dinâmico e diferenciado. Eles podem ser instalados em áreas secas
e molhadas, porém deve ter cuidado com o tipo de material mais apropriado para cada lugar.
Os revestimentos 3D podem ser de gesso, de pvc, de cerâmica, de alumínio, entre outros
materiais. Os revestimentos de gesso não são indicados para áreas molhadas. Existem no mercado
placas de revestimentos 3D autoadesivas, onde torna a mão de obra bem mais prática e rápida.
Na ilustração a seguir podemos perceber que a parede tem uma ideia de movimento e
ganha destaque no ambiente.

Figura 56: Banheiro com revestimento 3D em uma de suas paredes.


Fonte: https://www.ideiasdecor.com/revestimento-3d/
Descrição da imagem: parede de fundo de um banheiro com revestimento em 3D.

Na nossa segunda videoaula vamos falar de dicas a respeito de alguns desses


materiais que apresentamos no decorrer de todo e-book. Essas dicas irão te
ajudar quando for projetar os ambientes. Vamos lá!

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Competência 02

Estamos terminando nossa segunda competência, sei que tivemos muitas informações,
mas foi necessário para sua melhor compreensão. Gostaria de enfatizar o quanto é importante você
estar atualizando seus conhecimentos sobre os tipos de revestimentos e materiais existentes no
mercado. Novidades teremos sempre. Então, fique atento.

Estou indicando alguns sites de empresas bem conhecidas, para auxiliar ainda
mais você. O bom é que em alguns deles você pode simular os ambientes.
https://www.eliane.com/
https://www.portobello.com.br/
https://www.ceramicaportinari.com.br/
https://www.coral.com.br/
https://www.suvinil.com.br/

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Conclusão
Querido (a) estudante chegamos ao fim de mais uma disciplina. Espero que você tenha
conseguido assimilar o conteúdo que realizamos, assim como assistido as videoaulas, acessados os
link e vídeos sugeridos ao longo do e-book e realizados as atividades propostas.
Você deve ter percebido o quanto os materiais e revestimentos são peças-chaves que
ajudam no quesito estética e proteção dos ambientes. Recomendo muito equilíbrio nas
especificações desses materiais, pois tudo em exagero pode prejudicar a harmonia do espaço e ter
uma certa “poluição” visual.
Foi visto, no decorrer das duas competências, que existem no mercado uma variedade de
opções desses tipos de revestimentos, cada um com características bem diferenciadas e específicas
para cada tipo de uso e espaço. Quando você for fazer a decoração e a escolha desses materiais,
preste muita atenção ao desejo do cliente, mas também concilie com todo seu aprendizado e
conhecimento adquirido. Se errar na escolha de revestimentos, o seu projeto pode ter algum tipo de
problema.
Ah, e como dica, não esqueça de estar sempre buscando a atualização de informações,
pois os revestimentos e os materiais estão em constantes mudanças. Torne-se um profissional
Técnico em Design de Interiores atualizado nas novidades do mercado, pois isso tornará você
diferente dos demais concorrentes.

Bons estudos e até a próxima!

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Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 13818: Placas cerâmicas para
revestimento - especificação e métodos de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 1997.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR NM 293: Terminologia de vidros planos
e dos componentes acessórios a sua aplicação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

ASHBY, M. F.; JOHNSON, K. Materiais e design: arte e ciência da seleção de materiais no design de
produto. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

LOPES, V. J. P. Acabamentos interiores em edifícios de habitação: tinta, papel de parede, ladrilho


cerâmico e pedra natural. 2016. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Universidade da
Madeira, Funchal, 2016. Disponível em:
https://digituma.uma.pt/bitstream/10400.13/1629/1/MestradoVanessaLopes.pdf. Acesso em: 13
mai. 2021.

MANCUSO, C. Arquitetura de interiores e decoração. Porto Alegre: Editora Sulina, 2004.

MAPA DA OBRA. Descubra como escolher pisos antiderrapantes. 2019. Disponível em:
https://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/pisos-antiderrapantes/. Acesso em: 07 mai. 2021.

PORTOBELLO. Tudo sobre revestimento cerâmico. Blog Archtrends Portobello, 2016. Disponível em:
https://archtrends.com/blog/tudo-sobre-revestimento-ceramico/. Acesso em: 04 mai. 2021.

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Minicurrículo do Professor

Luciana Carneiro

Formação no Curso de Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e


Urbanismo de Pernambuco (FAUPE) e uma segunda Licenciatura em Formação Pedagógica em
Pedagogia pela Faculdade UNIBF, com Curso de Pós-Graduação em Sustentabilidade Urbana pela
Faculdade ESUDA e um MBA em Gestão de Projetos pela Faculdade Estácio/FIR.
Sou professora de nível superior, atuando nas áreas de engenharia, administração,
turismo. Possuo experiência como arquiteta, em projetos residenciais e de ambientação. Além de
atuar como palestrante e fazer treinamentos.

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