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RESUMO DAS TELEAULAS DA

DISCIPLINA CIÊNCIAS
MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS
IMUNE E HEMATOLÓGICO

Profa. Ms. Patricia M Z Segala


ADAPTAÇÕES
CELULARES
Estímulo
Lesivo
Célula
Normal

Estresse Retirada
Fisiológico/ do estímulo
Patógeno Lesivo

Adaptação
Celular - Hipertrofia
Lesão Celular - Atrofia
Incapacidade de TIPOS: - Hiperplasia
Adaptação - Metaplasia

Degenerações por acúmulos:


Reversível Gordurosa, Líquida, Proteica e de Carboidrato

Necrose/
Irreversível
Apoptose
Adaptação Celular

Resposta celular ao estresse


fisiológico ou a um estímulo
patológico.
Dependendo dos estímulos do
Meio Extracelular, a célula ativa
mecanismos moleculares que
acabam alterando os genes que
comandam a diferenciação
celular.
São duas possibilidades:

• O estímulo PARA e a célula volta


ao normal (Homeostase
restaurada).

• O estímulo piora e acontece


lesão na célula (Degeneração).
Os tecidos não possuem a
mesma capacidade de
adaptação celular
São 3 maneiras de proliferação celular, e cada uma
delas possibilita uma capacidade de adaptação
diferente:
1. Tecidos Lábeis
2. Tecidos Estáveis
3. Tecidos Permanentes
1 - Tecido de divisão contínua
(LÁBEIS):

- Sempre estão no Ciclo Celular.

- Tecidos que estão expostos a


estímulos lesivos
constantemente.

- Pele, Mucosas, TGI, Boca e


Útero.
2. Tecidos quiescentes (Estáveis):

- Permanecem em repouso ou
baixo nível de replicação.

- Podem se dividir rapidamente em


resposta a lesões (regeneração).

- Fígado, Rins, Músculo Liso e


Pâncreas.
3. Tecidos Não-divisores:

- Células que não realizam mitose depois


de seu desenvolvimento embrionário.

- A morte celular resulta em


substituição por tecido conjuntivo, não
regenera.

- Células Nervosas, Músculo


Esquelético e Cardíaco.
Pode ocorrer de forma ...

• FISIOLÓGICA = as células respondem a


estimulações normais de hormônios e
mediadores químicos internos. Ex.: Gravidez

• PATOLÓGICA = resposta ao estresse de um


estímulo lesivo, que faz com que ela modifique
sua estrutura ou função para escapar da lesão.
Ex.: Aumento do músculo cardíaco na
Insuficiência Cardíaca.
Tipos de Adaptações

1. HIPERTROFIA

2. HIPERPLASIA

3. ATROFIA

4. METAPLASIA
HIPERTROFIA

• Aumento do tamanho das células, resultando em


aumento do tamanho do órgão que ela compõe, em
resposta ao aumento da carga de trabalho.

• É uma procura de equilíbrio entre a demanda e


capacidade funcional da célula.

• Célula fica maior devido aumento de organelas e


proteínas estruturais, isso acontece em células
incapazes de se dividir. Não produzem células novas.
• Pode ser fisiológica (útero na gravidez) ou
patológica (aumento do coração devido
hipertensão).

• Mais comum em: músculo estriado


cardíaco (sobrecarga hemodinâmica
crônica advindo da hipertensão arterial ou
valvas deficientes por exemplo) e músculo
esqueléticos (musculação).
HIPERPLASIA
Aumento do número de células em resposta aos mesmo tipos
de estímulos da Hipertrofia por exemplo.

Fisiológica:

• Hiperplasia Hormonal – o hormônio aumenta a


proliferação do epitélio glandular da mama na
puberdade ou gravidez.

• Hiperplasia Compensatória – ocorre quando um


tecido é removido ou lesado – se um pedaço do fígado
for retirado, as células do órgão começam a aumenta a
atividade mitótica, até restaurá-lo ao seu tamanho
normal.
Patológica:

• Causada por estimulação hormonal excessiva ou


fatores de crescimento (envolvidos na hiperplasia
associada a certas infecções virais - Papilomaviroses –
verrugas na pele causadas por hiperplasia de epitélio).

• Hiperplasia patológica é um solo fértil para


surgimento posterior de proliferação cancerosa.
ATROFIA
Diminuição do tamanho da célula por perda de
substância celular e consequentemente, diminuição
do tamanho do órgão que está inseria.

• FISIOLÓGICO = perda de estimulação hormonal na


menopausa
• PATOLÓGICO = desnervação.

Dim. atividade metabólica – dim. síntese de


proteína – aum. degradação proteica
Causas:

• Diminuição da carga de trabalho, perda de


inervação, diminuição do suprimento
sanguíneo, nutrição inadequada, perda de
estimulação endócrina e envelhecimento.

• Os mecanismo de atrofia afetam o


equilíbrio entre a síntese e a degradação
de proteínas.

• Pode ser acompanhada por Autofagia, “comer a si


próprio”, célula privada de nutrientes digere seus
próprios componentes para sobreviver.
Tipos:
• Atrofia por desuso: redução da carga de trabalho.

• Atrofia por desenervação: a função normal de um


músculo esquelético depende de seu suprimento
nervoso.

• Diminuição do suprimento sanguíneo (isquemia): pode


ser consequência de doença oclusiva arterial que acaba
causando atrofia tecidual.

• Nutrição inadequada: desnutrição protéico-calórica está


associada ao uso do músculo esquelético como fonte de
energia, após a exaustão das outras fontes de reservas
(tecido adiposo).
• Perda da estimulação endócrina: perda da estimulação
estrogênica durante a menopausa, nas mamas, útero
(endométrio) e ovários, produz uma atrofia fisiológica
destes órgãos.

• Atrofia senil (envelhecimento): este processo está


associado a perda celular, mais visto em tecidos de
células permanentes como coração e cérebro.

• Por Pressão: um tumor benigno crescente pode


comprimir o tecido circundante, causando atrofia
isquêmica devido a diminuição do suprimento
sanguíneo pela pressão realizada pelo tecido em
expansão.
METAPLASIA
Alteração reversível por estímulo estressante, no qual um tipo
de célula adulta é substituída por outro tipo de célula adulta,
mais capaz de suportar o estresse.

• Ex.: epitélio respiratório de um fumante – células epiteliais


normais colunares e ciliadas da traqueia e brônquios são
substituídas por células epiteliais escamosas estratificadas.
• Estas células escamosa são mais resistentes do que as
normais frágeis, porém, perde mecanismos de proteção
(secreção de mucos, cílios que removem materiais
particulados).
• Se o estímulo estressante persistir por mais tempo, podem
predispor a transformação maligna deste tecido, como câncer
de pulmão.
METAPLASIA

Troca de uma célula adulta por OUTRO tipo de


célula adulta.

Metaplasia
Membrana Coluna de Células de
de epitélio
Basal Células Reserva
escamosos
Normais
• A metaplasia epitelial mais comum é a colunar
para a escamosa (trato respiratório).

• As influências que predispõe a metaplasia,


se persistirem, podem induzir a
transformação cancerosa no epitélio
metaplásico.

• Portanto, a forma mais comum de câncer no


trato respiratório é formada de células
escamosas.
SISTEMA
HEMATOPOIÉTICO
Sistema Hematopoiético
 Refere-se ao sangue;

 Sangue: tecido líquido que


circula por veias, artérias,
capilares e vênulas;

 Sangue arterial: rico em O2 e


circula em artérias. É
representado em esquemas
pela cor vermelha;

 Sangue venoso: rico em CO2 e


circula em veias. É representado
me esquemas pela cor azul.
 O sangue apresenta 2
porções: líquida (plasma)
56% 90% água 10%
proteínas e sais mineirais
 sólida (elementos
figurados do sangue –
hemácias, leucócitos e
plaquetas) 44%

 O sangue corresponde de
6 a 8% do peso corporal;

 Um adulto apresenta de 5
a 5,5 litros de sangue.
Sangue – Porção Líquida
 É o plasma;

 Cor clara;

 90% de água + 10% proteínas +


sais + diversas substâncias
transportadas pelo sangue
(lipídios, CO2, uréia, etc.);

 Principais proteínas do plasma:


fibrinogênio(coagulação),
globulinas (defesa) e albuminas
(equilíbrio da composição do
sangue);
Pressão Arterial

 Plasma (matriz extracelular)

 Aumenta o Volume de plasma:


Hipertensão

 Diminui o volume de plasma:


Hipotensão
Sangue – Parte Sólida
 É composta pelos
elementos figurados do
sangue;

 São eles:

- Hemácias, eritrócitos ou
glóbulos vermelhos;
- Leucócitos ou glóbulos
brancos;
- Plaquetas.
Hemácias: Não possui
núcleo

 Apresentam forma de
disco bicôncavo;

 Apresentam grande
quantidade de
hemoglobina, pigmento
vermelho que se liga ao
O2 e o transporta dos
pulmões para os tecidos;
 Produzidas pela medula óssea:
perdem o núcleo e as organelas
durante o processo de maturação
destas células;

 Portanto é uma célula sem núcleo;

 Vivem por 120 dias, depois são


destruídas pelo baço (função
imunológica). A hemoglobina é
aproveitada para a formação de
novas hemácias. Se sobrar
hemoglobina (transporte de
oxigênio) é armazenada na
medula, no baço e no fígado;
Plaquetas (ou trombócitos):

 São fragmentos de citoplasma;

 Surgem da fragmentação de
megacariócitos, células grandes
localizadas na medula;

 Atuam no processo de
coagulação sanguínea;
Coagulação
 Entre 150 e 400 mil mm³ de sangue.
 Fibrinogênio se junta com as plaquetas e
impedem que o sangue continue sendo
extravasado.
Funções do Sangue

 Transporte de Oxigênio, dióxido de carbono,


nutrientes, hormônios, calor e resíduos

 Defesa do organismo: leucócitos

 Manutenção da temperatura corpórea


SANGUE

Tecido conjuntivo

especializado
Como todo tecido conjuntivo
é constituído de:

Células e Matriz extracelular

Circula pelo sistema


cardiovascular impulsionado
pelo bombeamento do coração
plasma

leucócitos e plaquetas

eritrócitos
Composição do plasma
sanguíneo
• Água 91%

• Proteínas 8%
Albumina
Globulina
Fibrinogênio

• Outros solutos 1%
Eletrólitos (Na+, K+, Ca2+, Mg2+, Cl-, HCO3-, SO42-, PO43-)
Substâncias nitrogenadas não protéicas (uréia, ácido
úrico, creatinina)
Nutrientes (glicose, lipídeos, aminoácidos)
Gases sangüíneos (oxigênio, dióxido de carbono,
nitrogênio)
Substâncias reguladoras (enzimas, hormônios)
Elementos figurados do sangue periférico

• Glóbulos vermelhos, eritrócitos ou hemácias 4-5 milhões/ml

• Glóbulos brancos ou leucócitos 6-9 mil/ml


Mononucleares (agranulócitos)
Linfócitos 30-35%
Monócitos 3-7%
Polimorfonucleares (granulócitos)
Neutrófilos 55-
60%
Eosinófilos 2-5%
Basófilos 0-1%
• Plaquetas ou trombócitos 200-400 mil/ml
Elementos do Sangue
Onde as células do sangue
desempenham suas funções?

• Eritrócitos: na própria corrente sanguínea


• Leucócitos: nos tecidos
células transitoriamente localizadas no
sangue deixam a vasculatura pelas
vênulas e atuam
no tecido conjuntivo
no tecido
linfóide na
medula óssea
Capilares e vênula
pós- capilar do
mesentério
observados por
microscopia intravital
Eritrócitos
* Células mais
numerosas no sangue (4
a 5 milhões /ml).
Vida média na circulação:
120 dias;

* Células elásticas,
facilmente deformáveis;

* Constituídas de material
denso, finalmente
granular: hemoglobina
(transporte de oxigênio)
Eritrócitos, eletromicrografia

Forma: disco bicôncavo, sem núcleo


diâmetro: 7m
espessura: margem 2.6 m
centro 0.8 m
Eritrócitos, microscopia de
varredura
Hemoglobina

4 cadeias de globina
Ligação e liberação de
4 grupos heme oxigênio num grupo heme
Fluxo
sanguíneo

arteríola
eritrócitos
eritrócitos
capilar

O2 Hemoglobina: transporte de
gases

CO2

vênula

Fluxo
sanguíneo
Eritrócitos na microcirculação

capilar
eritrócito

Passam em fila indiana e adaptam a sua forma ao calibre do capilar


A flexibilidade de forma do eritrócito é importante para sua função...
Plaquetas

• Vida média: 10 dias


• Pequenos fragmentos citoplasmáticos
• Presentes no sangue 200 a 400 mil/ml
• Derivados de megacariócitos da medula óssea
Plaquetas na coagulação do
sangue
Lesão de um vaso

Agregação de plaquetas

Liberação do conteúdo dos grânulos

Serotonina: Tromboplastina:
formação do
vasoconstrição coágulo
fluxo sanguíneo
::

Lesão resolvida

o coágulo se retrai e se dissolve


 Células brancas ou Leucócitos

• Polimorfonucleares ou
granulócitos
• Mononucleares ou “agranulócitos”
Polimorfonucleares ou Granulócitos
Neutrófilo

• São os leucócitos mais numerosos


55-60% dos 6 a 9 mil leucócitos /ml
sangue
• Pequena vida média na circulação
poucas horas a 6 dias
Eletromicrografia de um neutrófilo humano
maduro
Grânulos
• Específicos
menores, menos densos,
mais numerosos
contêm agente anti-bacteriano

• Azurófilos
(lisossomos)
maiores, muito densos,
pouco numerosos
contêm enzimas
Infiltração de neutrófilos

Pulmão normal Pneumonia bacteriana


Polimorfonucleares ou Granulócitos
Basófilos

São os leucócitos menos numerosos


no sangue
0-1% dos leucócitos
Mastócitos
Células presentes nos tecidos, análogas aos basófilos
Grânulos de basófilos e
mastócitos

- Contêm enzimas, heparina,


histamina;
- Desgranulação: disparada pela ligação
cruzada de moléculas de anticorpos (IgE) a
receptores de sua superfície;
- Componentes liberados causam
manifestações de anafilaxia.
Polimorfonucleares ou Granulócitos
Eosinófilos

• Pouco numerosos: 2-5% dos


leucócitos
• Vida média: 8-12 dias
• Tamanho: 12-17 um
Grânulos dos
eosinófilos

- Grandes e alongados, de 1µm ou mais;


- Contêm enzimas: peroxidase, histaminase
arilsulfatase e outras;
- Enzimas liberadas diminuem os prejuízos
decorrentes da anafilaxia.
Funções dos eosinófilos

• Diminuem os efeitos das substâncias


vasoativas liberadas por basófilos e
mastócitos.
• Número aumentado no sangue em
alergias e parasitoses.
• Migram para tecido conjuntivo nas alergias
e parasitoses.
Eosinófilos em parasitose

Eosinófilos atacando uma larva de schistosoma.


Infiltração de eosinófilos em alergia

Biópsia de íleo de um paciente com alergia alimentar.


(hematoxilina e eosina, ×100)
Células brancas ou
Leucócitos

Polimorfonucleares ou granulócitos

Mononucleares ou “agranulócitos”
Mononucleares ou “Agranulócitos”
Linfócitos

• Únicas células do organismo capazes de


reconhecer especificamente diferentes
antígenos
• Segunda população mais numerosa
dentre os leucócitos: 30-35%
• Vida média: ??
• Tamanho: 6-15 m
Linfócitos Linfócitos
Pequenos Grandes
diâmetro inferior a 10 m diâmetro superior a 10 m
núcleo grande, melhor visíveis:
heterocromatina densa citoplasma e organelas
pequeno anel de ativados pelo antígeno
citoplasma vistos comumente em
células em repouso, naives tecidos linfóides,
quando ativadas pelo raramente no sangue
antígeno... periférico
Plasmócitos
Linfócito B, produtor de anticorpos,
ativado pelo antígeno
Infiltração linfocítica pulmonar na hantavirose

Pneumonite intersticial
Mononucleares ou “Agranulócitos”
Monócitos

• 3-7% dos leucócitos do sangue


• Vida média: meses a anos
• Tamanho: 16-20 um, são as maiores células nos
esfregaços sanguíneos
• Constituem o sistema fagocítico mononuclear:
monócitos do sangue
macrófagos dos tecidos
Monócito
Núcleo ovóide, em
forma de rim ou
ferradura
Cromatina mais frouxa
que de linfócitos (mais
claro)

Citoplasma basofílico,
com granulações
pouco visíveis
Monócito, microscopia eletrônica
Monócitos em tecidos
• Vêm da medula óssea
• Estão apenas de passagem pelo sangue,
onde permanecem 3 dias
Dirigem-se aos tecidos do corpo
macrófagos teciduais SN- micróglia
fígado- cél. Kupfer
osso- osteoclasto
pulmão- macrófago alveolar
Macrófago residente

Linfonodo
O pleiomorfismo do macrófago
Centro: macrófago ativado
Setas: macrófagos menos ativados
SISTEMA
LINFÁTICO
Trabalha junto com o sistema
Circulatório

 Plasma
 Líquido intersticial
 Linfa
 40 litros de líquidos
 12l – Intersticial
 23l – Intracelular
 5l - Sangue
Funções

 Reabsorção do excesso de líquido e


proteínas

 Filtragem da Linfa – destruição de toxinas


pelos macrófagos, ocorre nos gânglios

 Imunidade

 Reciclagem de líquidos
Sistema Linfático
 Rede de vasos semelhantes às veias (vasos
linfáticos), que se distribuem por todo o corpo e
recolhem o líquido dos tecidos (linfa) que não
retornou aos capilares sanguíneos, filtrando-o e
reconduzindo-o à circulação sanguínea;

 O sistema linfático também é um importante


componente do sistema imunológico, pois colabora
com glóbulos brancos para proteção contra bactérias
e vírus invasores.
Linfa
 Sua composição é semelhante à
do sangue, mas não possui
hemácias, apesar de conter
glóbulos brancos dos quais 99%
são linfócitos

 A linfa é transportada pelos


vasos linfáticos em sentido
unidirecional e filtrada nos
linfonodos (também conhecidos
como nódulos linfáticos ou
gânglios linfáticos). Após a
filtragem, é lançada no sangue,
desembocando nas grandes
veias torácicas.
Linfa
Circulação Linfática
 A linfa percorre o sistema
linfático graças a contrações
dos músculos, da pulsação
das artérias próximas e do
movimento das extremidades.
Todos os vasos linfáticos têm
válvulas que impedem o
refluxo. Se um vaso sofre
uma obstrução, o líquido se
acumula na zona afetada,
produzindo-se um inchaço
denominado edema

 Pode conter microrganismos


que, ao passar pelo filtros dos
linfonodos (gânglios linfáticos)
e baço são eliminados. Por
isso, durante certas infecções
pode-se sentir dor e inchaço
nos gânglios linfáticos do
pescoço, axila ou virilha,
conhecidos popularmente
como "íngua".
Sistema Linfático
 Não é um sistema fechado e
não tem uma bomba central

 A linfa é transportada para


vasos linfáticos maiores
acumulando-se no ducto
linfático direito (para a linfa
da parte direita superior do
corpo) e no ducto torácico
(para o resto do corpo)

 Estes ductos desembocam


no sistema circulatório na
veia subclávia esquerda e
direita.
Órgãos Linfáticos
Baço

 Situado entre o fundo do


estômago e o diafragma

 Ele é mole, de fácil rompimento,


altamente vascularizado e de
uma coloração púrpura escura

 O tamanho e peso do baço varia


muito: no adulto tem cerca de
12cm de comprimento, 7cm de
largura e 3cm de espessura
Órgãos Linfáticos:
Baço

 É um órgão linfóide apesar de não filtrar


linfa Fígado

Baço

 Possui grande quantidade de macrófagos


que destroem microrganismos, restos de
tecidos, e outros. Dessa forma, o baço
“limpa” o sangue e também tem
participação na resposta imune

 Suas principais funções são as de


reserva de sangue, para o caso de uma
hemorragia intensa, destruição dos
glóbulos vermelhos e preparação de uma
nova hemoglobina (transporte de
Oxigênio) a partir do ferro liberado da
destruição dos glóbulos vermelhos.
Órgãos Linfáticos
Linfonodos (Nódulos Linfáticos)

 São pequenos órgãos em forma de


feijões localizados ao longo do canal do
sistema linfático

 São os órgãos linfáticos mais


numerosos do organismo

 Armazenam células brancas (linfócitos)


que combatem infecções e doenças

 Quando ocorre uma infecção, podem


aumentar de tamanho e ficar doloridos
enquanto estão reagindo aos
microorganismos invasores

 Também liberam os linfócitos para a


corrente sanguínea
Órgãos Linfáticos
Linfonodos (Nódulos Linfáticos)

 Possuem estrutura e função muito


semelhantes às do baço

 Distribuem-se em cadeias ganglionares


(ex: cervicais, axilares, inguinais etc)

 O termo popular “íngua” refere-se ao


aparecimento de um nódulo doloroso

 Tendem a se aglomerar em grupos


(axilas, pescoço e virilha). Quando uma
parte do corpo fica infeccionada ou
inflamada, os linfonodos mais próximos
se tornam dilatados e sensíveis

 Existem cerca de 400 glânglios no


homem, dos quais 160, encontram-se
na região do pescoço
Órgãos Linfáticos
Linfonodos (Nódulos Linfáticos)

 Macrófagos: capacidade de
fagocitose, eliminando
microrganismos e tecidos
necrosados

 Linfócitos: Um tipo de glóbulo


branco do sangue. 99% dos
glóbulos brancos presentes na linfa
são linfócitos. Produzem anticorpos
para defender o organismo de
infecções. São produzidos na
medula óssea e se deslocam no
sistema linfático.
Órgãos Linfáticos
Tonsilas Palatinas
(Amígdalas): encontram-se
na parede lateral da parte
oral da faringe. Produzem
linfócitos

Tonsila Faríngea (Adenóides)


é uma saliência produzida por
tecido linfático encontrada na
parede posterior da parte
nasal da faringe. Durante a
infância, em geral se
hipertrofia em uma massa
considerável conhecida como
adenóide.
Órgãos Linfáticos
Timo

 Na criança é um órgão
proeminente na porção
anterior do mediastino,
enquanto o timo de um idoso
mal pode ser reconhecido,
devido as alterações atróficas

 Durante seu período de


crescimento ele se aproxima
muito de uma glândula,
quanto ao aspecto e estrutura
 Situa-se parcialmente no tórax e
no pescoço

 Apresenta uma coloração


cinzenta rosada, mole e
lobulado, medindo
aproximadamente 5cm de
comprimento, 4cm de largura e
6mm de espessura

 Composto por um grande


número de linfócitos e por sua
única função conhecida que é de
produzir linfócitos

 Órgão linfático mais


desenvolvido no período
prenatal, involui desde o
nascimento até a puberdade
SISTEMA
IMUNE
Garante o reconhecimento
de células e substâncias
estranhas e a destruição ou
neutralização dos
invasores, graças a uma
resposta coordenada de seus
componentes. Essa resposta
é fundamental para garantir
que o corpo desenvolva ou
não uma doença ou mesmo a
duração dela.
O sistema imune é capaz
de diferenciar as células do
próprio corpo daquelas
invasoras, o que garante grande
eficiência na defesa do organismo.
Entretanto, em algumas situações,
ele pode reagir contra nosso
próprio corpo,
desencadeando doenças
autoimunes.
As células
do sistema imune (inato e
adaptativo) estão presentes como:

• células circulantes no sangue e na linfa;


• aglomerados anatomicamente definidos
nos órgãos linfóides;
• distribuídos praticamente em todos os
tecidos.
Células do sistema imune
Granulócitos
• Eosinófilo
• Basófilo
• Mastócito

Fagócitos
• Monócito/
macrófago
• Célula dendrítica
• Neutrófilo

Linfócitos
• Linfócitos B
• Linfócitos T
Características dos Linfócitos

Os linfócitos apresentam um núcleo grande e esférico,


surgem inicialmente na medula óssea e são responsáveis
pela resposta imunitária do organismo.
Alguns migram para o timo e diferenciam-se em células
T, e os que permanecem e amadurecem na medula
diferenciam-se em células B.
Essa diferenciação contribui para o aumento
da resposta imune do organismo, pois cada linfócito possui
receptores específicos em suas membranas e são
responsáveis por reconhecer o antígeno (agente ou
substância desconhecida) que lhes é apresentado e efetuar
a defesa.
As Células T ou linfócitos T: Após a
passagem pelo timo, se dirigem para
o sistema linfático, onde serão
capazes de combater os antígenos.
Dividem-se, funcionalmente, em
linfócitos T auxiliares ou helpers
(LTh), linfócitos T citotóxicos (LTc) e
linfócitos T supressores (Lts).
As Células B ou linfócitos B: A partir
da medula, migram para os tecidos
linfáticos, onde se diferenciam em
plasmócitos e, caso entrem em
contato com algum antígeno, passam
a produzir anticorpos.
✓ As células do sistema imune (SI) inato e adaptativo
estão presentes como:
células circulantes no sangue e na linfa;
aglomerados anatomicamente definidos nos
órgãos linfóides;
distribuídos praticamente em todos os tecidos.

✓ A organização anatômica destas células e sua


capacidade de circular e realizar trocas entre o
sangue, a linfa e os tecidos são de fundamental
importância para a geração das respostas
imunológicas.
✓ O SI medeia a relação do indivíduo com o ambiente
microbiano. A sua capacidade de enfrentar desafios
e desempenhar a função de proteção de maneira
eficaz, depende das propriedades de suas células e
seus tecidos:
Células do Sistema Imune Todos os elementos
celulares do sangue,
incluindo as células do
sistema imune, derivam das
células tronco
hematopoiéticas
pluripotentes da medula
óssea.

Os linfócitos diferem dos


outros leucócitos por
apresentarem receptores
antigênicos
Contagem de Células de Sanguíneas em
indivíduo normal
Linfócitos
- Principais células da imunidade adquirida;
- Únicas células que expressam receptores de
antígenos cada qual com uma especificidade
distinta para diferentes determinantes
antigênicos;
- Repertório de receptores gerados a partir
de recombinação gênica.

Subtipos
-Consistem em subtipos que diferem nas suas funções, seus produtos proteicos
(citocinas) e seus receptores;
- Morfologicamente similares
- Linfócitos B produção de anticorpos
- Linfócitos T mediadores da imunidade celular (TCD4+ auxiliar e TCD8+
citotóxico)
Classes de linfócitos
Células NK (natural killers)

- Tipo de linfócito;
- Função efetora semelhante a TCD8+;
- Célula timo-independente;
- Diferente dos linfócitos T e B os seus receptores
não são recombinados somaticamente;
- Importante na imunidade inata.
Desenvolvimento dos linfócitos
Linfócitos T
Os timócitos duplo-positivos entram em contato com peptídeos próprios ligados às moléculas de MHC sobre
células epiteliais no córtex tímico e sobre macrófagos e células dendríticas na medula tímica. Os timócitos, cujo
TCR é incapaz de reconhecer o MHC e peptídeo próprios, morrem por apoptose (seleção positiva). Os timócitos,
cujos TCRs reconhecem MHC próprio e peptídeo com elevada afinidade, são removidos por apoptose (seleção
negativa).
Linfócitos B
Maturação dos linfócitos
Referências
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. H. I. V. Imunologia celular e molecular. 7. ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

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