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Ética No Serviço Público:

1 Ética e moral.
2 Ética, princípios e valores.
3 Ética e democracia: exercício da cidadania.
4 Ética e função pública.
5 Ética no setor público.
5.1 Código de Ética Profissional do Serviço Público – Decreto nº 1.171/1994.
5.2 Lei nº 8.112/1990 e alterações: regime disciplinar (deveres e proibições, acumulação,
responsabilidades, penalidades).
6 Lei nº 8.429/1992.
6.1 Disposições gerais.
6.2 Atos de improbidade administrativa.
7 Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção).
8 Código de Conduta Ética dos Agentes Públicos do IBAMA (Portaria IBAMA nº 2.534/2019).
9 Lei nº 9.784/1999 (Processo Administrativo Disciplinar).
1 - Moral e Ética

Moral e ética são conceitos habitualmente empregados como sinônimos, ambos referindo-se a um conjunto de
regras de conduta consideradas como obrigatórias. Tal sinonímia é perfeitamente aceitável: se temos dois vocábulos
é porque herdamos um do latim (moral) e outro do grego (ética), duas cultu- ras antigas que assim nomeavam o
campo de reflexão sobre os “costumes” dos homens, sua validade, legitimidade, desejabilidade, exigibilidade.

A convenção mais adotada para diferenciar o sentido de moral do de ética é reservar o primeiro conceito para o
fenômeno social, e o segundo para a reflexão filosófica ou científica sobre ele. O fenômeno a que estou me referin-
do é o fato de todas as comunidades humanas serem regidas por um conjun- to de regras de conduta, por proibições
de vários tipos cuja transgressão acarreta sanções socialmente organizadas. Vale dizer que toda organização social
humana tem uma moral. Mas, evidentemente, como todo fenômeno so- cial, a moral suscita indagações. Como ela
trata de normas de conduta, uma primeira indagação incide sobre suas origens, seus fundamentos, sua legitimi-
dade: tem sido o trabalho da filosofia analisar essas questões. No entanto, a moral também pode ser objeto de um
estudo científico: pode-se procurar tra- çar a história dos diversos sistemas morais (trabalho da história), pode-se
procu- rar compreender as condições sociais que os tornam possíveis ou até necessá- rios, (trabalho da sociologia),
pode-se procurar desvendar os processos men- tais que fazem com que os homens os legitimem (trabalho da
psicologia), e assim por diante. A esse trabalho de reflexão filosófica e científica costuma se dar o nome de ética.

Mas, voltamos a lembrá-lo, a diferenciação que acabamos de descrever é apenas uma convenção. E não é a única
possível. Outra que vale a pena consi- derar é a que estabelece uma fronteira entre as esferas privada e pública:
reser- var-se-ia o conceito de moral para regras que valem para as relações privadas (os comportamentos que
devem ter um bom pai ou uma boa mãe, por exem- plo), e o conceito de ética para aquelas que regem o espaço
público. Daí as referências aos “códigos de ética” de variadas profissões, ou da presença de expressões como “ética
na política”, os “comitês de ética para a pesquisa em seres humanos”.

Moral lembra imediata- mente “moralismo”, “moralista”, ou seja, lembra, respectivamente, normatização
incessante, dogmática, de abrangência excessiva, de legitimidade suspeita e seu militante, esse normatizador e vigia
contumaz da vida alheia. Devemos lembrar aqui que a palavra “moralista” não tem, na origem, a conotação nega-
tiva que adquiriu. O moralista, no sentido primeiro, é simplesmente alguém preocupado por questões morais.

O sentido pejorativo, que pode assim ser resumido: o moralista é alguém que interpreta, e portanto julga, a maioria
das ações huma- nas por intermédio de critérios normativos, notadamente com uma clara vocação a normatizar
condutas sexuais ou a elas associadas (jeito de se vestir, de falar, etc.); é alguém rígido, com pouca vocação para a
compreensão psicológi- ca das ações, é alguém extremamente vigilante das condutas alheias, em geral mais do que
em relação às próprias (daí a aproximação de sentido entre mora- lista e hipócrita).

A proliferação de diversas “éticas” são o sintoma de uma espécie de fúria normatizadora, à qual assistimos hoje, e
que as estreitas balizas do “politica- mente correto” traduzem com perfeição.

Mas vamos agora às definições de moral e de ética que, por convenção, vou assumir daqui para frente e que são
bem diferentes daquelas que acabo de comentar. Não se trata de níveis de abstração, nem de fronteiras entre as
esfe- ras privada e pública, muito menos de vergonha de falar em moral. Reservo à cada palavra respostas a duas
perguntas diferentes. À indagação moral corresponde à pergunta: “como devo agir?”. E à reflexão ética cabe
responder à outra: “que vida eu quero viver?”.

para Kant, a tarefa da moral não é a de ensinar como ser feliz, mas como merecer sê-lo. Em suma, os dois temas, o
da moral – deveres – e o da ética – “vida boa” –, encon- tram-se em todas as reflexões sobre as condutas humanas e
o porvir de suas vidas. Não somente se encontram, como freqüentemente se articulam.

Para nós, portanto, falar em moral é falar em deveres, e falar em ética é falar em busca de uma “vida boa”, ou se
quiserem, de uma vida que “vale a pena ser vivida”. Peço ao leitor que fixe essas definições.
A Moral é normativa, e a Ética é teoria.

ÉTICA – teoria, ciência ou conhecimento do comportamento moral que busca entender e explicar a moral:

 Repousa no campo teórico


 É imutável (permanente)
 Diz respeito ao caráter humano/conduta.
 É universal.

MORAL – é o conjunto de regras (por isso diz-se normativa) de uma sociedade, que orienta a convivência dentro
desta mesma sociedade:

 Natureza prática
 Representa um conjunto de regras
 É mutável (temporal)
 Diz respeito ao costumes ou condutas sociais

Conjunto de regras da sociedade


Moral

COSTUMES

Busca entender e explicar a moral


Ética

As questões de concurso costumam entregar o ouro nas questões sobre ética e moral quando justamente citam
“conjunto de regras” ou “normativo”, aí você já sabe que está se falando de Moral, e não de ética.

1.1 – Princípios e Valores

Princípio é onde algo se origina. Pode ser definido de igual modo como conjunto de regras de boa conduta que
usamos para levar nossas vidas.

Os princípios éticos são passados de geração a geração, por meio da convivência em sociedade. É claro que é normal
haver algumas mudanças com o passar do tempo, novas convenções, mudanças de pensamentos e tudo mais.

Lembre-se, se eu digo que uma ação, deixar o cabelo comprido, por exemplo, ou a barba por fazer, fere meus
princípios, isso significa que lá atrás, no passado, alguém me passou esta regra como um conceito que eu adotei.

Em relação aos valores, estes são usados como medidores, vamos dizer assim, em meio a uma sociedade para
avaliar quais são os indivíduos que agem visando o bem.

Cada um de nós é constantemente medido pelo valor de nossas ações e atitudes. Não atoa chama-se valor ou
valores. Existe realmente a aferição das nossas atitudes como dito acima, só que ela acontece meio que
automaticamente e nós nem notamos mais. Mas tente notar que constantemente você avalia pessoas, locais,
atitudes entre outras coisas.

Perceba que a honestidade é um valor aceito por quase todos, assim como a generosidade, por outro lado a
desonestidade e o egoísmo são valores não desejados.
Filosofia moral - Immanuel Kant
Immanuel Kant desenvolveu a filosofia moral em três obras: "Fundamentação da Metafísica dos Costumes" (1785),
'Crítica da Razão Prática" (1788) e "Crítica do Julgamento" (1790).

Nesta área, Kant é provavelmente mais bem conhecido pela teoria sobre uma obrigação moral única e geral, que
explica todas as outras obrigações morais que temos: o imperativo categórico.

“Age de tal modo que a máxima da tua ação se possa tornar princípio de uma legislação universal.”

O imperativo categórico, em termos gerais, é uma obrigação incondicional, ou uma obrigação que temos
independentemente da nossa vontade ou desejos (em contraste com o imperativo hipotético).

As nossas obrigações morais podem ser resultantes do imperativo categórico. O imperativo categórico pode ser
formulado em três formas, que ele acreditava serem mais ou menos equivalentes (apesar de opinião contrária de
muitos comentadores):

§ A primeira formulação (a fórmula da lei universal) diz: "Age somente em concordância com aquela máxima através
da qual tu possas ao mesmo tempo querer que ela venha a se tornar uma lei universal";

§ A segunda fórmula (a fórmula da humanidade) diz: "Age por forma a que uses a humanidade, quer na tua pessoa
como de qualquer outra, sempre ao mesmo tempo como fim, nunca meramente como meio";

§ A terceira fórmula (a fórmula da autonomia) é uma síntese das duas prévias. Diz que deveremos agir por forma a
que possamos pensar de nós próprios como leis universais legislativas através das nossas máximas. Podemos pensar
em nós como tais legisladores autônomos apenas se seguirmos as nossas próprias leis

Ética Aristotélica

Alguns veem Aristóteles como o fundador da Ética, o que se justifica desde que consideremos a Ética como uma
disciplina específica e distinta no corpo das ciências.[76] Em suas aulas, Aristóteles fez uma análise do agir humano
que marcou decisivamente o modo de pensar ocidental. O filósofo ensinava que todo o conhecimento e todo o
trabalho visam a algum bem. O bem é a finalidade de toda a ação. A busca do bem é o que difere a ação humana da
de todos os outros animais.[77]

Para Aristóteles, estudamos a ética, a fim de melhorar nossas vidas e, portanto, sua preocupação principal é a
natureza do bem-estar humano. Aristóteles segue Sócrates e Platão ao dispor as virtudes no centro de uma vida bem
vivida. Como Platão, ele considera as virtudes éticas (justiça, coragem, temperança etc.), como habilidades
complexas racionais, emocionais e sociais, mas rejeita a ideia de Platão de que a formação em ciências e metafísica é
um pré-requisito necessário para um entendimento completo de bem. Segundo ele, o que precisamos, a fim de viver
bem, é uma apreciação adequada da maneira em que os bens tais como a amizade, o prazer, a virtude, a honra e a
riqueza se encaixam como um todo. Para aplicar esse entendimento geral para casos particulares, devemos adquirir,
através de educação adequada e hábitos, a capacidade de ver, em cada ocasião, qual curso de ação é mais bem
fundamentada. Portanto, a sabedoria prática, como ele a concebe, não pode ser adquirida apenas ao aprender
regras gerais, também deve ser adquirida através da prática. E essas habilidades deliberativas, emocionais e sociais é
que nos permitem colocar nossa compreensão geral de bem-estar em prática em formas que são adequados para
cada ocasião.[78] Aristóteles propõe que a vida contemplativa (intelectual) traria uma felicidade maior e mais
constante ao ser humano, quando comparada à vida política (procura da honra) e da vida baseada em prazeres
sensoriais

Método do positivismo de Auguste Comte


O método geral do positivismo de Auguste Comte consiste na observação dos fenômenos, opondo-se ao
racionalismo e ao idealismo, por meio da promoção do primado da experiência sensível, única capaz de produzir a
partir dos dados concretos (positivos) a verdadeira ciência (na concepção positivista), sem qualquer atributo
teológico ou metafísico, subordinando a imaginação à observação, tomando como base apenas o mundo físico ou
material. O positivismo nega à ciência qualquer possibilidade de investigar a causa dos fenômenos naturais e sociais,
considerando este tipo de pesquisa inútil e inacessível, voltando-se para a descoberta e o estudo das leis (relações
constantes entre os fenômenos observáveis).

Em sua obra Apelo aos conservadores (1855), Comte definiu a palavra "positivo" com sete acepções: real, útil, certo,
preciso, relativo, orgânico e simpático.

O positivismo defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. Assim
sendo, desconsideram-se todas as outras formas do conhecimento humano que não possam ser comprovadas
cientificamente. Tudo aquilo que não puder ser provado pela ciência é considerado como pertencente ao domínio
teológico-metafísico caracterizado por crendices e vãs superstições. Para os positivistas o progresso da humanidade
depende única e exclusivamente dos avanços científicos, único meio capaz de transformar a sociedade e o planeta
Terra no paraíso que as gerações anteriores colocavam no mundo além-túmulo.

O positivismo é uma reação radical ao transcendentalismo idealista alemão e ao romantismo, na qual os afetos
individuais e coletivos e a subjetividade são completamente ignoradas, limitando a experiência humana ao mundo
sensível e ao conhecimento aos fatos observáveis. Substitui-se a Teologia e a Metafísica pelo "Culto à Ciência", o
Mundo Espiritual pelo Mundo Humano, o Espírito pela Matéria.

A ideia-chave do positivismo comtiano é a Lei dos três estados, de acordo com a qual o entendimento humano
passou e passa por três estágios em suas concepções, isto é, na forma de conceber as suas ideias e a realidade:

 Teológico: o ser humano explica a realidade por meio de entidades supranaturais (os "deuses"), buscando
responder a questões como "de onde viemos?" e "para onde vamos?"; além disso, busca-se o absoluto;
 Metafísico: é uma espécie de meio-termo entre a teologia e a positividade. No lugar dos deuses há entidades
abstratas para explicar a realidade: "o Éter", "o Povo", "o Mercado financeiro", etc. Continua-se a procurar
responder a questões como "de onde viemos?" e "para onde vamos?" e procurando o absoluto. É a busca da
razão e destino das coisas.
 Positivo: etapa final e definitiva, não se busca mais o "porquê" das coisas, mas sim o "como", por meio da
descoberta e do estudo das leis naturais, ou seja, relações constantes de sucessão ou de co-existência. A
imaginação subordina-se à observação e busca-se apenas pelo observável e concreto.

O positivismo no Brasil
A conformação atual da bandeira do Brasil é um reflexo dessa influência na política nacional. Na bandeira lê-se a
máxima política positivista Ordem e Progresso, surgida a partir da divisa comteana O Amor por princípio e a Ordem
por base; o Progresso por meta, representando as aspirações a uma sociedade justa, fraterna e progressista.

Pós-positivismo
Em filosofia e nos modelos de pesquisa científica, pós-positivismo (também chamado de pós-empiricismo) é uma
instância meta teorética que critica e aperfeiçoa o positivismo. Pós-positivistas acreditam que o conhecimento
humano não é baseado no incontestável, em bases pétreas, mas em hipóteses. Como o conhecimento humano é
inevitavelmente hipotético, a afirmação de suas suposições está assegurada ou, mais especificamente, justificada
por uma série de garantias, as quais podem ser modificadas ou descartadas no decorrer de mais investigações.
Entretanto, o pós-positivismo não é uma forma de relativismo, e geralmente mantém a ideia da verdade objetiva.

Um dos pensadores que fundaram o pós-positivismo foi Sir Karl Popper. Sua investida na falsificação é uma crítica à
ideia de verificabilidade do positivismo lógico. O falsificacionismo declara que é impossível verificar se uma crença é
verdadeira, embora seja possível rejeitar falsas crenças se as mesmas forem objetivamente provadas falsas, pondo
em prática a ideia proposta de falsificação.

O pós-positivismo é um melhoramento do positivismo que reconhece estas e outras críticas contra o positivismo
lógico. Não é uma rejeição ao método científico, mas uma reforma para responder a essas críticas. Preserva as bases
do positivismo: o realismo ontológico, a possibilidade e o desejo pela verdade objetiva, e o uso da metodologia
experimental. Pós-positivismo desse gênero é comum nas ciências sociais (especialmente na sociologia) por razões
práticas e conceituais.

Subjetivismo
O subjetivismo é a ideia de que não há outra realidade além da realidade do sujeito. É correspondente ao solipsismo,
quando em se tratando de análises textuais, como em literatura. Em ciências sociais, é o modo de pensar que
enfatiza ou leva em conta exclusivamente os aspectos subjetivos (como intenção, ação, consciência etc.) daquilo que
é estudado ou daquele que estuda ou interpreta qualquer coisa. O subjetivismo é a doutrina filosófica que afirma
que a verdade é a mentira individual. Cada sujeito teria a sua verdade. A ideia do sujeito é que projetaria o objeto. O
subjetivismo atribui a fonte de se cada um tem a sua própria verdade, talvez seja impossível haver entendimento.

Utilitarismo
O utilitarismo é uma família de teorias consequencialistas, defendida principalmente por Jeremy Bentham e John
Stuart Mill, que afirma que as ações são boas quando tendem a promover a felicidade e más quando tendem a
promover o oposto da felicidade.[1]

Filosoficamente, pode-se resumir a doutrina utilitarista pela frase: Agir sempre de forma a produzir a maior
quantidade de bem-estar (Princípio do bem-estar máximo)[2].

Trata-se então de uma moral eudemonista, mas que, ao contrário do egoísmo, insiste no fato de que devemos
considerar o bem-estar de todos e não o de uma única pessoa.

O utilitarismo rejeita o egoísmo, opondo-se a que o indivíduo deva perseguir os seus próprios interesses, mesmo às
custas dos outros, e se opõe também a qualquer teoria ética que considere ações ou tipos de atos como certos ou
errados independentemente das consequências que eles possam ter.

O utilitarismo assim difere radicalmente das teorias éticas que fazem o caráter de bom ou mal de uma ação
depender do motivo do agente porque, de acordo com o utilitarismo, é possível que uma coisa boa venha a resultar
de uma má motivação no indivíduo.

Cinco princípios fundamentais são comuns a todas as versões do utilitarismo:

 Princípio do bem-estar (the greatest happiness principle em inglês) – O “bem” é definido como sendo o bem-
estar. Diz-se que o objetivo pesquisado em toda ação moral se constitui pelo bem-estar (físico, moral,
intelectual).
 Consequencialismo – As consequências de uma ação são a única base permanente para julgar a moralidade
desta ação. O utilitarismo não se interessa desta forma pelos agentes morais, mas pelas ações – as qualidades
morais do agente não interferem no “cálculo” da moralidade de uma ação, sendo então indiferente se o agente
é generoso, interessado ou sádico, pois são as consequências do ato que são morais. Há uma dissociação entre a
causa (o agente) e as consequências do ato. Assim, para o utilitarismo, dentro de circunstâncias diferentes um
mesmo ato pode ser moral ou imoral, dependendo se suas consequências são boas ou más.
 Princípio da agregação – O que é levado em conta no cálculo é o saldo líquido (de bem-estar, numa ocorrência)
de todos os indivíduos afetados pela ação, independentemente da distribuição deste saldo. O que conta é a
quantidade global de bem-estar produzida, qualquer que seja a repartição desta quantidade. Sendo assim, é
considerado válido "sacrificar uma minoria", cujo bem-estar será diminuído, a fim de aumentar o bem-estar
geral. Esta possibilidade de sacrifício se baseia na ideia de compensação: a desgraça de uns é compensada pelo
bem-estar dos outros. Se o saldo de compensação for positivo, a ação é julgada moralmente boa. O aspecto dito
sacrificial é um dos mais criticados pelos adversários do utilitarismo.
 Princípio de otimização - O utilitarismo exige a maximização do bem-estar geral, o que não se apresenta como
algo facultativo, mas sim como um dever.
 Imparcialidade e universalismo - Os prazeres e sofrimentos são considerados da mesma importância, quaisquer
que sejam os indivíduos afetados. O bem-estar de cada um tem o mesmo peso dentro do cálculo do bem-estar
geral. Este princípio é compatível com a possibilidade de sacrifício. A princípio, todos têm o mesmo peso, e não
se privilegia ou se prejudica ninguém – a felicidade de um rei ou de um cidadão comum são levadas em conta da
mesma maneira. O aspecto universalista consiste numa atribuição de valores do bem-estar que é independente
das culturas ou das particularidades regionais. Como o universalismo de Immanuel Kant, o utilitarismo pretende
definir uma moral que valha universalmente.

Responsabilização (Accountability)
Responsabilização remete à obrigação de membros de um órgão administrativo ou representativo de prestar contas
a instâncias controladoras. Também conhecida como prestação de contas, significa que quem desempenha funções
de importância na sociedade deve responder pelas suas acções.

Responsabilização é um conceito da esfera ética com significados variados. Frequentemente é usado em


circunstâncias que denotam responsabilidade civil, imputabilidade, obrigações e prestação de contas. Na
administração, responsabilização é considerada um aspecto central da governança, tanto na esfera pública como na
privada, como a controladoria ou contabilidade de custos.

A accountability possui três planos distintos:

1) a prestação de contas (refletindo na transparência do governo com a população),

2) a responsabilização dos agentes (nos casos de improbidade administrativa),

3) a responsividade dos agentes (capacidade de resposta do poder público às demandas sociais).

A accountability pode ser classificada em:

 horizontal: onde não existe hierarquia, pois corresponde a uma mútua fiscalização entre os poderes,ex:
impeachment.
 vertical: que se trata do controle da população sobre o governo. Portanto, percebe se que a accountability
relaciona-se com o uso do poder público, em que o titular da coisa é o cidadão e não os políticos eleitos.

Questões

12 – CERTO? ERRADO: a satisfação de desejos,


apetites, agir com impulsos e paixões não estão
vinculada a filosofia moral kantiana, isso porque a
base para toda a prática moral é a capacidade do
homem de agir racionalmente. 

13 – CERTO

14 – ERRADO

21 – CERTO

22 – ERRADO CERTO:

23 – CERTO ERRADO: a política e a ética não são


dissociadas

24 – ERRADO

25 - CERTO
Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Provas: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Escrivão de Polícia 

A respeito da ética, julgue o item a seguir.

A ética pode ser entendida como uma escolha embasada em um conjunto de valores pessoais.

Alternativas

 Certo
 Errado

ERRADO: acredito que esse seja a Moral

Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Provas: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Escrivão de Polícia 

A respeito da ética, julgue o item a seguir.

O exercício da cidadania por meio da eleição de representantes pelo voto é um direito, mas não um dever, do
cidadão. 

Alternativas

 Certo
 Errado

CERTO ERRADO: no brasil o voto é obrigatório, um dever

Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Provas: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Escrivão de Polícia 

A respeito da ética, julgue o item a seguir.

No serviço público a ética é mitigada, já que o servidor deve cumprimento à lei, a qual contempla explicitamente
os valores éticos relativos ao assunto de que trata. 

Alternativas

 Certo
 Errado

ERRADO
Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Provas: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Escrivão de Polícia 

A respeito da ética, julgue o item a seguir.

A ética pode alterar as regras morais enraizadas na sociedade ao discutir princípios e valores morais até então
estabelecidos.

Alternativas

 Certo
 Errado
CERTO

Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Provas: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Escrivão de Polícia 

A respeito da ética, julgue o item a seguir.

O objeto de estudo da ética é o comportamento moral dos homens em sociedade.

Alternativas

 Certo
 Errado

CERTO?

Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - Cargo 8 - Agente


Federal de Execução Penal

Julgue o item a seguir, relacionados a ética, moral, princípios e valores.

Os valores éticos são volitivos e escolhidos por cada indivíduo de determinada sociedade.

Alternativas

 Certo
 Errado

CERTO ERRADO: Os valores éticos são universais. Assim, não são escolhidos por cada indivíduo, diferente dos
valores morais que são escolhidos.

Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - Cargo 8 - Agente


Federal de Execução Penal

Julgue o item a seguir, relacionados a ética, moral, princípios e valores.

A responsabilidade moral de uma conduta está vinculada à autonomia do sujeito.

Alternativas

 Certo
 Errado

CERTO

Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Provas: CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - CARGO 1 -


Enfermagem 

Julgue o item a seguir, relacionados a ética, moral, princípios e valores.


Os valores éticos de determinada sociedade são independentes da tradição.

Alternativas

 Certo
 Errado

ERRADO: Valores éticos são normas e princípios éticos aceitos em determinada sociedade e orientam a forma de agir
de um indivíduo ou um grupo, sofrendo alterações com o passar do tempo.

Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Ministério da Economia Provas: CESPE / CEBRASPE - 2020 - Ministério da


Economia - Técnico de Complexidade Intelectual - Arquivologia 

Texto associado

Raul é visto habitualmente embriagado fora de seu horário de expediente, sendo, inclusive, conhecido pelas
pessoas mais próximas como pé inchado; porém, cumpre suas atividades com zelo durante o horário de
trabalho, não se atrasa e tampouco falta ao serviço. Nesse caso, a conduta de Raul não fere a ética do serviço
público.

Alternativas

 Certo
 Errado

ERRADO: Das Vedações ao Servidor Público

XV - É vedado ao servidor público;

n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Ministério da Economia Provas: CESPE / CEBRASPE - 2020 - Ministério da


Economia - Técnico de Complexidade Intelectual - Arquivologia 

Texto associado

Servidor público federal em férias publicou mensagem em suas redes sociais sobre o comportamento de outro
colega de trabalho, de forma ofensiva e antipática. Nessa situação hipotética, embora a mensagem não tenha
partido do local de trabalho e tenha sido feita fora do horário de serviço, a conduta do servidor fere o código de
ética profissional.

Alternativas

 Certo
 Errado

CERTO: a ética no serviço público se extende a vida privada do servidor

Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Ministério da Economia Provas: CESPE / CEBRASPE - 2020 - Ministério da


Economia - Técnico de Complexidade Intelectual - Arquivologia 

Texto associado
O agente público não pode desprezar o elemento ético de sua conduta, o que significa que ele deverá decidir
somente entre o ilegal e o legal, uma vez que a função pública impede que ele deixe de cumprir os deveres
impostos por lei.

Alternativas

 Certo
 Errado

ERRADO:

O Decreto n.° 1.171, de 22 de junho de 1994, aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público
Civil do Poder Executivo Federal. Para responder a questão o aluno precisa saber as Regras Deontológicas
previstas na Seção I do Capítulo I do referido código.

“II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá
que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o
inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto.

Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2015 - PRF - Policial Rodoviário Federal -


Curso de Formação - 2ª Turma - 1ª Prova

Acerca da ética profissional e da ética nas relações, julgue o próximo item.

Considera-se ética profissional o conjunto de normas que formam a consciência do profissional e que o levam a
cumprir as atividades de sua profissão de acordo com os princípios que a sociedade e o seu grupo de trabalho
determinam.

Alternativas

 Certo
 Errado

CERTO

Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2015 - PRF - Policial Rodoviário Federal -


Curso de Formação - 2ª Turma - 1ª Prova

Acerca da ética profissional e da ética nas relações, julgue o próximo item.


No ofício que exerce, o indivíduo deve se pautar por padrões de respeito e de responsabilidade adotados em
seu ambiente coletivo e de trabalho, sem a necessidade de recorrer a preceitos morais, concernentes apenas
ao âmbito de sua vida privada e de sua intimidade.

Alternativas

 Certo
 Errado

ERRADO
Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2015 - PRF - Policial Rodoviário Federal -
Curso de Formação - 2ª Turma - 1ª Prova

Com relação a ética e poder e a ética nas organizações, julgue o item que se segue.

As ideias de poder e de autoridade não guardam relação entre si, pois, enquanto o poder se relaciona a força
física, moral, intelectual, legal ou mística, a manifestação da autoridade só se realiza quando encontra
consentimento e aprovação.

Alternativas

 Certo
 Errado

ERRADO: O “poder” existe sem a necessidade da “autoridade”; “Autoridade” depende do “poder”. Ou seja, possuem
relação entre si sim.

Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2014 - PRF - Policial Rodoviário Federal -


Curso de Formação - 1ª Prova

Julgue o item a seguir, relativo à ética profissional.

Considera-se ética profissional o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional e que
representam imperativos de sua conduta.

Alternativas

 Certo
 Errado

CERTO

Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2014 - PRF - Policial Rodoviário Federal -


Curso de Formação - 1ª Prova

Julgue o item a seguir, relativo à ética profissional.

As questões relacionadas à ética profissional impõem valores morais e sociais que disciplinam o
comportamento das pessoas nas organizações, embora não sejam necessariamente interiorizadas e não
impliquem padronização de comportamento nessas organizações.

Alternativas
 Certo
 Errado

ERRADO: padroniza comportamento sim


2 – Ética e Democracia

Nossa nação amada ainda está longe de atingir e exercer o conceito ético dentro da política, todos os dias nós lemos
nos jornais, ouvimos nas rádios ou assistimos na televisão notícias e mais notícias de atitudes aéticas, corruptas e
ímprobas neste sentido.

Recentemente vivemos diversas manifestações da sociedade em protesto a este quadro caótico em que vivemos.
Esta foi uma grande demonstração de atitude democrática. Eleitores manifestando-se após a ida as urnas mostrando
que não se posicionam apenas durante as eleições.

Uma atitude da população informando aos nossos representantes nos Poderes que estamos de olho, estamos
fiscalizando, e que se precisar vamos tomar o Poder que como preceitua a Constituição Federal “emana do povo”.

Um dos exemplos mais recentes de total falta de ética na democracia foi o golpe de 1964, a ditadura militar, onde a
democracia foi posta de lado, as escolas foram proibida a ensinar filosofia, e consequentemente ética.

A sociedade foi reprimida, tornou-se apática, sem liberdade de expressão e sem direitos políticos. A população
começou a perder seus valores morais e sociais por medo da retaliação, e passou a aderir aos valores impostos por
aquele Estado.

Graças à implantação da democracia e a CF/88 a sociedade é quem escolhe seus representantes políticos e tem
plena consciência de que o Poder emana de si.

Ainda estamos caminhando a passos curtos, mas já é possível ver alguns poucos políticos sendo condenados,
perdendo cargos e mesmo a população reagindo aos escândalos que se tem conhecimento.

Você quer ter o direito de votar? De colocar alguém no Poder? Então você precisa estar em dia com a justiça
eleitoral. Precisa possuir o título de eleitor.

A CF/88 prevê vários direitos, tanto individuais como coletivos, mas é preciso que se cumpram alguns deveres para
poder gozar dos direitos estabelecidos.

Você tem o direito a propriedade de um veículo automotivo, só que para poder transitar tranquilamente pelas ruas
de sua cidade, além de mantê-lo em bom funcionamento você ainda precisa manter a documentação em dias, ou
seja, pagar as taxas do DETRAN e claro, o IPVA.

3 – Ética e Função Pública

No exercício de sua função ou funções públicas, o servidor além de seguir as normatizações existentes no âmbito de
sua atuação, para não ferir sua competência e nem agir com abuso de poder, ou autoridade, deve observar os
valores éticos impostos pela sociedade.

Num passado não muito distante o servidor público era visto como preguiçoso e mal educado. Isso mudou. Até por
conta das normas existentes, como o código de ética.

O servidor deve agir sempre com probidade e ética não apenas no horário e local de sua atuação, mas em toda a sua
vida, 24 horas por dia.
5 – Ética no Setor Público

5.1 – Decreto nº 1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Serviço Público)

Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com
este baixa.

Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias,
as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva
Comissão de Ética, integrada por três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego
permanente.

Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da Administração Federal da
Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros titulares e suplentes.

ANEXO

Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal

CAPÍTULO I

Seção I

Das Regras Deontológicas

I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem
nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da
vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação
da honra e da tradição dos serviços públicos.

II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir
somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno,
mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°
(princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e; improbidade), da Constituição
Federal.

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida
da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do
servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por
ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como
elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em fator de legalidade.

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao
seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser
considerado como seu maior patrimônio.

VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada
servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer
ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da
Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a
publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses
da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o
poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade
humana quanto mais a de uma Nação.

IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela
disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da
mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má
vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de
boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas
funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não
caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos
usuários dos serviços públicos.

XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu
cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios
tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público,
o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.

XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada
concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para
o crescimento e o engrandecimento da Nação.

Seção II

Dos Principais Deveres do Servidor Público

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular;

b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente
resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na
prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando
estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da
coletividade a seu cargo;

e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o
público;

f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos
serviços públicos;

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de
todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo,
nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano
moral;
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento
indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter
quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e
denunciá-las;

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;

l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado,
refletindo negativamente em todo o sistema;

m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público,
exigindo as providências cabíveis;

n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua organização
e distribuição;

o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por
escopo a realização do bem comum;

p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;

q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce
suas funções;

r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto
quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.

s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;

t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo
contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos;

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse
público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei;

v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o
seu integral cumprimento.

Seção III

Das Vedações ao Servidor Público

XV - É vedado ao servidor público;

a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer
favorecimento, para si ou para outrem;

b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam;

c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao
Código de Ética de sua profissão;

d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe
dano moral ou material;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do
seu mister;
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram
no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou
inferiores;

g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio,
comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento
da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim;

h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências;

i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos;

j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente
ao patrimônio público;

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de
parentes, de amigos ou de terceiros;

n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa
humana;

p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.

CAPÍTULO II

DAS COMISSÕES DE ÉTICA

XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional,
ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma
Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com
as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de
procedimento susceptível de censura.

XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos
servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os
demais procedimentos próprios da carreira do servidor público.

XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura (pode-se determinar que a
censura seria uma forma de advertência agravada como se afere, por exemplo, na Lei Complementar nº 75/93) e
sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por força
de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional,
ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal,
como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de
economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.
26 - CERTO

28 - CERTO

30 - ERRADO
Questões 01 – CERTO

02 – CERTO ERRADO: podem sim. Não devem, mas


podem

03 – ERRADO

04 – ERRADO

05 – CERTO

06 –
I – CERTO
II – CERTO
III – CERTO
IV – CERTO
V – CERTO

LETRA E

07 – CERTO

08 – ERRADO

Ano: 2019 Banca: CESPE / CERTO
CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2019 - PRF -
Policial Rodoviário Federal
A respeito de ética no serviço público, julgue o item
a seguir.

Servidor público que, no exercício da função


pública, desviar outro servidor para atender a seu
interesse particular, ou, movido pelo espírito de
solidariedade, for conivente com prática como esta,
poderá ser submetido à Comissão de Ética.
Ano: 2019 Banca: CESPE /
CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2019 - PRF -
Policial Rodoviário Federal

A respeito de ética no serviço público, julgue o item


a seguir.

Servidor público que se apresenta habitualmente ERRADO CERTO: fora do serviço também!!!
embriagado no serviço ou até mesmo fora dele
poderá ser submetido à Comissão de Ética, a qual
poderá aplicar-lhe a pena de censura.

Ano: 2019 Banca: CESPE /
CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2019 - PRF -
Policial Rodoviário Federal
A respeito de ética no serviço público, julgue o item
a seguir.

No estrito exercício de sua função, o servidor ERRADO: “os fatos e atos verificados na conduta
público deve nortear-se por primados maiores — do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer
como a consciência dos princípios morais, o zelo e ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.”
a eficácia —; fora dessa função, porém, por estar
diante de situação particular, não está obrigado a
agir conforme tais primados.

Ano: 2019 Banca: CESPE /
CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2019 - PRF -
Policial Rodoviário Federal
A respeito de ética no serviço público, julgue o item
a seguir.

Na administração pública, moralidade restringe-se à ERRADO


distinção entre o bem e o mal: o servidor público
nunca poderá desprezar o elemento ético de sua
conduta.

Ano: 2018 Banca: CESPE /
CEBRASPE Órgão: FUB Provas: CESPE - 2018 - FUB -
Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível Médio 
Considerando as disposições do Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, julgue o item a seguir, relativo à
ética e à moral no serviço público.

ERRADO: a comissão de ética pode aplicar apenas


A Comissão de Ética poderá aplicar pena de a pena de censura
demissão ao servidor público que atentar contra a
ética, desde que haja a devida motivação para o ato

Ano: 2018 Banca: CESPE /
CEBRASPE Órgão: FUB Provas: CESPE - 2018 - FUB -
Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível Médio 
Considerando as disposições do Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, julgue o item a seguir, relativo à ERRADO: errado. Não pode jamais desprezar o
ética e à moral no serviço público. elemento ético de sua conduta
Diante de uma situação urgente de escolha que
exija do servidor público o cumprimento dos
deveres fundamentais de rapidez e rendimento, ele
deverá optar pela conduta legal, justa e
conveniente, podendo desconsiderar o elemento
ético, a fim de atender com maior efetividade ao
interesse público.
Ano: 2018 Banca: CESPE /
CEBRASPE Órgão: MPU Prova: CESPE - 2018 - MPU -
Técnico do MPU - Administração

No que se refere a ética no serviço público, julgue o


próximo item, com base no Decreto n.º 1.171/1994
— Código de Ética Profissional do Serviço Público.

Constitui dever fundamental do servidor público


abster-se de exercer sua função com finalidade CERTO
estranha ao interesse público, mesmo que
observadas as formalidades legais.

Ano: 2018 Banca: CESPE /
CEBRASPE Órgão: MPU Prova: CESPE - 2018 - MPU -
Analista do MPU - Direito
No que se refere à ética no serviço público, julgue o
item seguinte, à luz do disposto no Decreto n.º
1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Serviço
Público).

Uma das regras deontológicas que regem a


conduta dos servidores públicos federais é o ERRADO
espírito de solidariedade, conforme o qual se
espera que o servidor seja complacente em caso de
erro ou infração, pois a superação de falhas
representa uma oportunidade para o
engrandecimento profissional dos servidores
públicos.

Ano: 2018 Banca: CESPE /
CEBRASPE Órgão: MPU Prova: CESPE - 2018 - MPU -
Analista do MPU - Direito
No que se refere à ética no serviço público, julgue o
item seguinte, à luz do disposto no Decreto n.º
1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Serviço
Público).

Não descumpre o dever de respeito à hierarquia o


servidor que denunciar pressões de superiores CERTO
hierárquicos que visem obter vantagens indevidas.

Ano: 2018 Banca: CESPE /
CEBRASPE Órgão: IFF Prova: CESPE - 2018 - IFF -
Conhecimentos Gerais - Cargo 24
Caso o chefe de um órgão público federal desvie LETRA E
um servidor público a ele subordinado para atender
a interesse particular, ele poderá responder por
esse ato na Comissão de Ética, que, de acordo com
o Decreto n.º 1.171/1994, poderá aplicar-lhe a pena
de

 A suspensão por quinze dias.


 B suspensão por trinta dias.
 C advertência.
 D demissão.
 E censura.
6 - Lei nº 8.429/1992 - Lei da Improbidade Administrativa

CAPÍTULO I - Das Disposições Gerais

Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração
direta,indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios,
de Território, deempresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário
haja concorrido ou concorracom mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na
forma desta lei.

Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra
opatrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem
comodaquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento
do patrimônioou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a
contribuição dos cofres públicos.

Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou
semremuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato,cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza
ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos
princípiosde legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.

Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro,
dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores
acrescidos ao seu patrimônio.

Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a
autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos
bens doindiciado.

Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral
ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.

Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às
cominações desta lei até o limite do valor da herança.

CAPÍTULO II - Dos Atos de Improbidade Administrativa

Seção I - Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito (necessitam DOLO)

Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de
vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas
entidades mencionadas noart. 1° desta lei, e notadamente:

I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta
ouindireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto,
que possaser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;

II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel
ouimóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem
público ouo fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;

IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza,
depropriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de
servidorespúblicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;

V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática
dejogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou
aceitarpromessa de tal vantagem;

VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre
medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade
ou característica demercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de
qualquernatureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;

VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou
jurídicaque tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das
atribuições do agentepúblico, durante a atividade;

IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer
natureza;

X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício,
providência oudeclaração a que esteja obrigado;

XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;

XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas no art. 1° desta lei.

Seção II - Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário (DOLO OU CULPA)

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa
ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou
haveres dasentidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou
jurídica, debens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art.
1º desta lei;

II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das
formalidades legais ouregulamentares aplicáveis à espécie;

III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou
assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º
desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;

IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das
entidadesreferidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de
mercado;

V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado;

VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia
insuficiente ou inidônea;
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie;

VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades
sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente; (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)

IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;

X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do
patrimônio público;

XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
aplicação irregular;

XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente ( terceiro enriquecer ilicitamente é
prejuizo ao erário);

XIII - permitir que se utilize (diferença do eniquecimento ilícito), em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,
equipamentos ou material de qualquernatureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalhode servidor público, empregados ou terceiros contratados por
essas entidades.

XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da
gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem
observaras formalidades previstas na lei. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física
oujurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidades
privadas mediantecelebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie; (Incluídopela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)

XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores
públicos transferidos pela administração pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a
observância dasformalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014)
(Vigência)

XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades
legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de contas de parcerias firmadas
pela administração pública com entidades privadas;

XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita
observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei
nº 13.019,de 2014, com a redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015)

XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita
observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei
nº 13.019,de 2014) (Vigência)

Seção II-A - Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevida de
Benefício Financeiro ou Tributário (necessita DOLO)

Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter
benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº
116, de 31de julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) (Produção de efeito)
Seção III - Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública
(necessita DOLO)

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública
qualqueração ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às
instituições, e notadamente:

I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência;

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo;

IV - negar publicidade aos atos oficiais;

V - frustrar a licitude de concurso público;

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de
medidapolítica ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.

VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas
pelaadministração pública com entidades privadas. (Vide Medida Provisória nº 2.088-35, de 2000) (Redação dada
pela Leinº 13.019, de 2014) (Vigência)

IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação. (Incluído pela Lei nº13.146,
de 2015) (Vigência)

X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde sem a prévia
celebraçãode contrato, convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº
8.080, de 19 desetembro de 1990. (Incluído pela Lei nº 13.650, de 2018)

CAPÍTULO III - Das Penas

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está
oresponsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).

I - na hipótese do art. 9° (Enriquecimento Ilícito), perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio,
ressarcimento integral dodano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a
dez anos, pagamento de multa civilde até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com
o Poder Público ou receber benefícios ouincentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;

II - na hipótese do art. 10 (Prejuízo ao Erário), ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos
ilicitamente aopatrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos
de cinco a oito anos,pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o
Poder Público ou receberbenefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qualseja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;

III - na hipótese do art. 11 (Atentados Contra os Princípios da Administração Pública), ressarcimento integral do
dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitospolíticos de três a cinco anos, pagamento de multa
civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público
ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,ainda que por intermédio de
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
IV - na hipótese prevista no art. 10-A (Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário),
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito)anos e multa civil de até 3 (três)
vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido. (Incluído pela Lei Complementarnº 157, de 2016)

Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado,
assimcomo o proveito patrimonial obtido pelo agente.

CAPÍTULO IV - Da Declaração de Bens

Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e
valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.
(Regulamento) (Regulamento)

§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie
debens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores
patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica
do declarante,excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.

§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público deixar o exercício
domandato, cargo, emprego ou função.

§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis,
oagente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar
falsa.

§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia
daReceita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com
asnecessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2° deste artigo .

CAPÍTULO V - Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial

Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada
investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.

§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do representante,
asinformações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento.

§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver


asformalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a representação ao Ministério Público, nos
termos doart. 22 desta lei.

§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos que, em
setratando de servidores federais, será processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de
dezembro de1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares.

Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas
daexistência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade.

Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar
representante para acompanhar o procedimento administrativo.

Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público ou
àprocuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do seqüestro dos bens do agente ou
terceiro quetenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.

§ 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do Código de
ProcessoCivil.

§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e
aplicaçõesfinanceiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais.
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa
jurídicainteressada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

§ 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração de acordo de não persecução cível, nos termos destaLei.
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação do ressarcimento
dopatrimônio público.

§ 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no
§3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. (Redação dada pela Lei nº 9.366, de 1996)

§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob
pena de nulidade.

§ 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas
quepossuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Incluído pela Medida provisória nº 1.984-16, de 2000)
(Incluídopela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)

§ 6o A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da existência do
atode improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas,
observada alegislação vigente, inclusive as disposições inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil. (Vide
Medida Provisórianº 2.088-35, de 2000) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para
oferecermanifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de
quinze dias. (VideMedida Provisória nº 2.088-35, de 2000) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação,
seconvencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.
(Vide MedidaProvisória nº 2.088-35, de 2000) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação. (Vide Medida Provisória nº 2.088-
35,de 2000) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento. (Vide Medida Provisória nº 2.088-35,de
2000) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 10-A. Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes requerer ao juiz a interrupção do prazo
paraa contestação, por prazo não superior a 90 (noventa) dias. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o
processosem julgamento do mérito. (Vide Medida Provisória nº 2.088-35, de 2000) (Incluído pela Medida Provisória
nº 2.225-45,de 2001)

§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos por esta Lei o disposto no art.
221,caput e § 1o, do Código de Processo Penal. (Vide Medida Provisória nº 2.088-35, de 2000) (Incluído pela
MedidaProvisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 13. Para os efeitos deste artigo, também se considera pessoa jurídica interessada o ente tributante que figurar
nopolo ativo da obrigação tributária de que tratam o § 4º do art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31
de julho de 2003.

Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos bens
havidosilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica
prejudicada peloilícito.

CAPÍTULO VI - Das Disposições Penais


Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário,
quandoo autor da denúncia o sabe inocente.

Pena: detenção de seis a dez meses e multa.

Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos
materiais,morais ou à imagem que houver provocado.

Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da
sentença condenatória.

Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente
públicodo exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer
necessária à instruçãoprocessual.

Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:

I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público;

I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento; (Redação dadapela
Lei nº 12.120, de 2009).

II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de
autoridadeadministrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá
requisitar a instauração deinquérito policial ou procedimento administrativo.

CAPÍTULO VII - Da Prescrição

Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:

I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;

II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem
doserviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.

III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas
entidadesreferidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei.

Questões

Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TC-DF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - TC-DF - Auditor de Controle


Externo - Objetiva

Texto associado

Situação hipotética: Órgão público transferiu recurso público para entidade privada, para prestação de serviço
de saúde, sem que fosse previamente celebrado contrato, convênio ou qualquer instrumento congênere,
conforme prevê a legislação.
Assertiva: Nesse caso, o ato enquadra-se como improbidade administrativa, tenha ele sido cometido com dolo
ou culpa.

Alternativas

 Certo
 Errado
ERRADO: neste caso a falta de celebração de contrato constitui “fraude em concurso público” que atenta contra os
princípios da adm. pública e para isso necessita dolo
Enriquecimento Ilícito = Dolo.

Prejuízo ao erário = Dolo ou Culpa.

Atentar contra os princípios da administração = Dolo.

Concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário = Dolo.

Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PREVIC Prova: CESPE - 2011 - PREVIC - Técnico Administrativo - Básicos

Texto associado

Considere a seguinte situação hipotética. Um vereador, no exercício de seu mandato legislativo, exigiu que os
servidores comissionados lotados em seu gabinete entregassem-lhe um percentual de seus vencimentos
mensais, percebidos da administração pública municipal, com vistas a custear os gastos do próprio gabinete, de
outros funcionários (fantasmas) e de suas atividades junto a sua base eleitoral. Nessa situação hipotética, os
princípios administrativos da finalidade, da moralidade, do interesse público e da legalidade foram violados pelo
edil, o que o sujeita às sanções previstas na Lei n.º 8.429/1992.

 Certo
 Errado

CERTO

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: HEMOBRÁS Prova: CESPE - 2008 - HEMOBRÁS - Analista de Gestão


Administrativa - Administrador

Texto associado

A Lei da improbidade administrativa cuida dos atos de improbidade praticados por agentes públicos contra o
Poder Público na esfera federal.

 Certo
 Errado

CERTO

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: HEMOBRÁS Prova: CESPE - 2008 - HEMOBRÁS - Analista de Gestão


Administrativa - Administrador

Texto associado

Mesmo que não importe em enriquecimento ilícito ou não cause prejuízo ao erário, poderá um ato
administrativo ser considerado ato de improbidade administrativa.
 Certo
 Errado

CERTO: enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário, Concessão ou Aplicação Indevida de BenefícioFinanceiro


ou Tributário e Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração
Pública.

São 4.

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: HEMOBRÁS Prova: CESPE - 2008 - HEMOBRÁS - Analista de Gestão


Administrativa - Administrador

Texto associado

É restrito ao Ministério Público (MP) a competência de representar a autoridade administrativa competente para
que seja instaurada a investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.

 Certo
 Errado

CERTO ERRADO: qualquer pessoa pode, Art 14. Porém, O Ministério Público, se não intervir no processo como
parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. Art. 17. § 4º

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: HEMOBRÁS Prova: CESPE - 2008 - HEMOBRÁS - Analista de Gestão


Administrativa - Administrador

Texto associado

A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da
sentença condenatória.

 Certo
 Errado

CERTO: art. 20. Porém, o improbo pode ser afastado, sem prejuizo da remuneração, quando a medida se fizer
necessária à instrução processual.

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CGE-PB Prova: CESPE - 2008 - CGE-PB - Auditor de Contas Públicas

Em relação à improbidade administrativa, assinale a opção correta.

A O acusado de improbidade administrativa deve ser ouvido antes de o juiz receber a petição inicial.

B A ação para condenação de prefeito por prática de ato de improbidade administrativa prescreve em cinco
anos, contados a partir da data do ato tido por ímprobo.
C Enquanto a perda da função pública decorrente de condenação por improbidade administrativa é efetivada
somente no trânsito em julgado da ação, a perda dos direitos políticos se dá à data da publicação da sentença
condenatória.

D A aprovação das contas do agente acusado de improbidade administrativa pelo tribunal de contas que o
fiscaliza afasta a aplicação de pena de perda de função pública.

E O Ministério Público atua na ação de improbidade somente como fiscal da lei.

A: CERTO: Antes de receber a denúncia, o Juiz ordenará a notificação do acusado para apresentar defesa
prévia, no prazo de cinco dias.

B: ERRADO: a partir do termino do mandato

C: ERRADO: ambos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.

D: ERRADO: A aplicação das sanções previstas nesta Lei independe: Da aprovação ou rejeição das contas
pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

E: ERRADO: pode ser parte também

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: IBAMA Prova: CESPE - 2013 - IBAMA - Analista Ambiental - Conhecimentos


Básicos - Todos os Temas

Texto associado

Um servidor público que não apresente a declaração de bens e valores que componham seu patrimônio privado
cometerá ato de improbidade administrativa que atentará contra os princípios da administração pública.

 Certo
 Errado

ERRADO: a não apresentação da declaração de bens não constitui improbidade, mas é passível de
demissão

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: IBAMA Prova: CESPE - 2013 - IBAMA - Analista Administrativo

Acerca de ética no serviço público, julgue os itens que se seguem.

O servidor público que, em virtude de ideologia política ou religiosa, deixa de realizar atividades previstas para o
cargo que ocupa, comete ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração
pública.

 Certo
 Errado

ERRADO: isso constitui falta de cumprimento com as obrigações, nao improbidade

CERTO: Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração
pública qualqueração ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às
instituições.

Praticar, retardar, revelar, negar, publicidade, frustrar, deixar de prestar contas, revelar ou permitir ....
Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: IBAMA Prova: CESPE - 2013 - IBAMA - Analista Administrativo

Acerca de ética no serviço público, julgue os itens que se seguem.

A utilização de cargo público para favorecer enriquecimento ilícito de amigo ou parente é considerada
improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário.

 Certo
 Errado

CERTO:

CUIDADO:

- Pode caracterizar Enriquecimento Ilícito a aquisição de vantagem para outrem também:

I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta
ouindireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto,
que possaser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;

VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de
qualquernatureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;

- Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário

XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;

Ou seja: enriquecimento ilícito é quando o agente pega para si ou terceiros. Quando o agente ajuda/permite a
terceiro, é prejuízo ao erário

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CGE-PB Prova: CESPE - 2008 - CGE-PB - Auditor de Contas Públicas

Ainda quanto à improbidade administrativa, assinale a opção correta.

A Pessoa jurídica de direito privado não pode praticar ato de improbidade administrativa.

B A lesão ao patrimônio público somente caracteriza improbidade administrativa mediante dolo do agente
público.

C A aquisição de bem, no exercício de mandato, cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à
renda do agente público constitui improbidade administrativa.

D O agente público que se recusar a apresentar declaração de bens anualmente será suspenso.

E Sociedade de economia mista não pode ser sujeito passivo de prática de ato de improbidade administrativa.

LETRA C

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CGE-PB Prova: CESPE - 2008 - CGE-PB - Auditor de Contas Públicas


Não pratica ato de improbidade administrativa o agente público que

A revela fato sobre o qual não recai sigilo, mas que soube em razão do cargo que exerce.

B exerce atividade de consultoria para pessoa jurídica que tenha interesse suscetível de ser amparado em
decorrência de uma de suas atribuições.

C realiza operação financeira com a aceitação de garantia insuficiente.

D nega publicidade a atos oficiais.

E celebra contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária.

LETRA A

Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-RR Prova: CESPE - 2012 - TJ-RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos

Qualquer ato de improbidade cometido por agente público no exercício de seu cargo pode ser punido de forma
isolada ou cumulativa, consoante a gravidade do fato.

 Certo
 Errado

CERTO

Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-RR Prova: CESPE - 2012 - TJ-RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos

Todos os atos de improbidade devem ser representados ao Ministério Público para a indisponibilidade dos bens
da pessoa indiciada.

 Certo
 Errado

ERRADO: não todos. Só quando causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito

Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-RR Prova: CESPE - 2012 - TJ-RR - Nível Superior - Conhecimentos Básicos

Texto associado

Apenas em casos de improbidade administrativa que importem enriquecimento ilícito se pode penalizar o
sucessor daquele que comete tal ato.

 Certo
 Errado

ERRADO: O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está
sujeito àscominações desta lei até o limite do valor da herança.

Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MEC Prova: CESPE - 2011 - MEC - Nível Superior - Conhecimentos Básicos -


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No que concerne à legislação e à ética na administração pública, julgue os itens subsequentes.

De acordo com a lei que regulamenta a improbidade administrativa, será punido com a pena de demissão, a
bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar
declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.


Certo
 Errado

CERTO

Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ANATEL Prova: CESPE - 2012 - ANATEL - Analista Administrativo

Texto associado

A servidora pública que frauda concurso público mediante a quebra do sigilo das provas para favorecer terceiro
comete ato de improbidade administrativa que causa dano à administração pública e prejuízo ao erário.

 Certo
 Errado

ERRADO: frustrar a licitude de concurso público constitui Ato de Improbidade Contra os Princípios da Adm.
Pública. Não prejuízo ao erário

Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ANATEL Prova: CESPE - 2012 - ANATEL - Analista Administrativo

Texto associado

O recebimento de vantagem econômica indevida, direta ou indiretamente, por servidor público configura ato de
improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário.

 Certo
 Errado

ERRADO: constitui enriquecimento ilícito

Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ANATEL Prova: CESPE - 2012 - ANATEL - Técnico Administrativo

Texto associado

Servidor público desleal à sua organização ou instituição comete ato de improbidade administrativa com
prejuízos ao erário.

 Certo
 Errado
ERRADO: ENRIQUECIMENTO ILICITO: Levar vantagem

PREJUIZO AO ERARIO : Não leva vantagem mas causa prejuizo

ATENTAM CONTRA OS PRINC. DA ADM. PUB. : *  Ñ leva vantagem

                                                                                 * Ñ causa prejuizo ao erario

                                                                                 * MAS FERE OS PRINCIPIOS DA ADM. PUBLICA. 

Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: IBAMA Prova: CESPE - 2012 - IBAMA - Técnico Administrativo

Texto associado

Ao permitir a contratação de serviço de manutenção com preço acima do que se pratica no mercado, o servidor
da área de contratos de determinado órgão público comete ato de improbidade administrativa, por incorrer em
enriquecimento ilícito.

 Certo
 Errado

ERRADO: causa prejuízo ao erário

Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2012 - PRF - Agente Administrativo

Texto associado

Caracteriza-se como ato de enriquecimento ilícito o recebimento de vantagem econômica por servidor público,
em virtude de tolerar a exploração de jogos de azar.

 Certo
 Errado

CERTO: jogos de azar é irequcimento ilícito. cuidado

Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-AC Provas: CESPE - 2012 - TJ-AC - Analista Judiciário - Conhecimentos


Básicos - Cargos 1 e 2 

Texto associado

O servidor público que retarde ou deixe de praticar, indevidamente, ato de ofício não incorre em improbidade
administrativa.

 Certo
 Errado

ERRADO
7 - Lei nº 12.846/2013 - Dispõe sobre a responsabilização administrativa e
civilde pessoas JURÍDICAS pela prática de atos contra aadministração pública,
nacional ou estrangeira (Lei Anticorrupção)
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela práticade
atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades empresárias e às sociedades simples, personificadas
ou não, independentemente da forma de organização ou modelo societário adotado, bem como aquaisquer
fundações, associações de entidades ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, que tenham sede, filial ou
representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente.

Art. 2º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas OBJETIVAMENTE*(não precisa comprovar a culpa do agente),
nos âmbitos administrativo e civil, pelos atoslesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse ou benefício,
exclusivo ou não.

Art. 3º A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de seus dirigentes
ouadministradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito.

§ 1º A pessoa jurídica será responsabilizada independentemente da responsabilização individual das pessoas


naturais referidas nocaput.

§ 2º Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos ilícitos na medida da sua
culpabilidade.

Art. 4º Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração contratual, transformação,


incorporação, fusão ou cisão societária.

§ 1º Nas hipóteses de fusão e incorporação, a responsabilidade da sucessora será restrita à obrigação


depagamento de multa e reparação integral do dano causado, até o limite do patrimônio transferido, não lhe
sendoaplicáveis as demais sanções previstas nesta Lei decorrentes de atos e fatos ocorridos antes da data da
fusão ouincorporação, exceto no caso de simulação ou evidente intuito de fraude, devidamente comprovados.

§ 2º As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do respectivo contrato, as consorciadas


serão solidariamente responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei, restringindo-se tal responsabilidade à
obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado.

CAPÍTULO II - DOS ATOS LESIVOS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NACIONAL OU ESTRANGEIRA

Art. 5º Constituem atos lesivos à administração pública, nacional ou estrangeira, para os fins desta Lei, todos
aqueles praticados pelas pessoas jurídicas mencionadas no parágrafo único do art. 1º , que atentem contra o
patrimônio público nacional ou estrangeiro, contra princípios da administração pública ou contra os
compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, assim definidos:

I - prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público, ou a terceira pessoa
aele relacionada;

II - comprovadamente, financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo subvencionar a prática dos atos
ilícitosprevistos nesta Lei;

III - comprovadamente, utilizar-se de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar ou dissimular seus
reaisinteresses ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados;

IV - no tocante a licitações e contratos:

a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo
deprocedimento licitatório público;
b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório público;

c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo;

d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;

e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação pública ou celebrar contrato
administrativo;

f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de modificações ou prorrogações de


contratoscelebrados com a administração pública, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação pública
ou nosrespectivos instrumentos contratuais; ou

g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos celebrados com a administração pública;

V - dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos, entidades ou agentes públicos, ou intervir emsua
atuação, inclusive no âmbito das agências reguladoras e dos órgãos de fiscalização do sistema financeiro nacional.

§ 1º Considera-se administração pública estrangeira os órgãos e entidades estatais ou representaçõesdiplomáticas


de país estrangeiro, de qualquer nível ou esfera de governo, bem como as pessoas jurídicas controladas,direta ou
indiretamente, pelo poder público de país estrangeiro.

§ 2º Para os efeitos desta Lei, equiparam-se à administração pública estrangeira as organizações


públicasinternacionais.

§ 3º Considera-se agente público estrangeiro, para os fins desta Lei, quem, ainda que transitoriamente ou
semremuneração, exerça cargo, emprego ou função pública em órgãos, entidades estatais ou em
representaçõesdiplomáticas de país estrangeiro, assim como em pessoas jurídicas controladas, direta ou
indiretamente, pelo poderpúblico de país estrangeiro ou em organizações públicas internacionais.

CAPÍTULO III - DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Art. 6º Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas consideradas responsáveis pelos atoslesivos
previstos nesta Lei as seguintes sanções:

I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do faturamento bruto do
últimoexercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos, a qual nunca será
inferior àvantagem auferida, quando for possível sua estimação; e

II - publicação extraordinária da decisão condenatória.

§ 1º As sanções serão aplicadas fundamentadamente, isolada ou cumulativamente, de acordo com as peculiaridades


do caso concreto e com a gravidade e natureza das infrações.

§ 2º A aplicação das sanções previstas neste artigo será precedida da manifestação jurídica elaborada pelaAdvocacia
Pública ou pelo órgão de assistência jurídica, ou equivalente, do ente público.

§ 3º A aplicação das sanções previstas neste artigo não exclui, em qualquer hipótese, a obrigação da
reparaçãointegral do dano causado.

§ 4º Na hipótese do inciso I docaput, caso não seja possível utilizar o critério do valor do faturamento bruto
dapessoa jurídica, a multa será de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais).

§ 5º A publicação extraordinária da decisão condenatória ocorrerá na forma de extrato de sentença, a expensasda


pessoa jurídica, em meios de comunicação de grande circulação na área da prática da infração e de atuação
dapessoa jurídica ou, na sua falta, em publicação de circulação nacional, bem como por meio de afixação de edital,
peloprazo mínimo de 30 (trinta) dias, no próprio estabelecimento ou no local de exercício da atividade, de modo
visível aopúblico, e no sítio eletrônico na rede mundial de computadores.

§ 6º (VETADO).

Art. 7º Serão levados em consideração na aplicação das sanções:


I - a gravidade da infração;

II - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;

III - a consumação ou não da infração;

IV - o grau de lesão ou perigo de lesão;

V - o efeito negativo produzido pela infração;

VI - a situação econômica do infrator;

VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações;

VIII - a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia


deirregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica;

IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade pública lesados; e

X- (VETADO).

Parágrafo único. Os parâmetros de avaliação de mecanismos e procedimentos previstos no inciso VIII do caput serão
estabelecidos em regulamento do Poder Executivo federal.

CAPÍTULO IV - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE RESPONSABILIZAÇÃO

Art. 8º A instauração e o julgamento de processo administrativo para apuração da responsabilidade de


pessoajurídica cabem à autoridade máxima de cada órgão ou entidade dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, queagirá de ofício ou mediante provocação, observados o contraditório e a ampla defesa.

§ 1º A competência para a instauração e o julgamento do processo administrativo de apuração


deresponsabilidade da pessoa jurídica poderá ser delegada, vedada a subdelegação.

§ 2º No âmbito do Poder Executivo federal, a Controladoria-Geral da União – CGU (órgão de controle interno do
executivo. não é TCU, cuidado) terá competência concorrentepara instaurar processos administrativos de
responsabilização de pessoas jurídicas ou para avocar os processos instaurados com fundamento nesta Lei, para
exame de sua regularidade ou para corrigir-lhes o andamento.

Art. 9º Competem à Controladoria-Geral da União - CGU a apuração, o processo e o julgamento dos atos
ilícitosprevistos nesta Lei, praticados contra a administração pública estrangeira, observado o disposto no Artigo 4
daConvenção sobre o Combate da Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações
ComerciaisInternacionais, promulgada peloDecreto nº 3.678, de 30 de novembro de 2000.

Art. 10. O processo administrativo para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica será conduzido por
comissão designada pela autoridade instauradora e composta por 2 (dois) ou mais servidores estáveis.

§ 1º O ente público, por meio do seu órgão de representação judicial, ou equivalente, a pedido da comissão a
quese refere ocaput, poderá requerer as medidas judiciais necessárias para a investigação e o processamento
dasinfrações, inclusive de busca e apreensão.

§ 2º A comissão poderá, cautelarmente, propor à autoridade instauradora que suspenda os efeitos do ato
ouprocesso objeto da investigação.

§ 3º A comissão deverá concluir o processo no prazo de 180 (cento e oitenta) dias (prorrogável) contados da data
dapublicação do ato que a instituir e, ao final, apresentar relatórios sobre os fatos apurados e eventual
responsabilidade dapessoa jurídica, sugerindo de forma motivada as sanções a serem aplicadas.

§ 4º O prazo previsto no § 3º poderá ser prorrogado, mediante ato fundamentado da autoridade instauradora.

Art. 11. No processo administrativo para apuração de responsabilidade, será concedido à pessoa jurídica prazode
30 (trinta) dias para defesa, contados a partir da intimação.
Art. 12. O processo administrativo, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade instauradora, naforma
do art. 10, para julgamento.

Art. 13. A instauração de processo administrativo específico de reparação integral do dano não prejudica aaplicação
imediata das sanções estabelecidas nesta Lei.

Parágrafo único. Concluído o processo e não havendo pagamento, o crédito apurado será inscrito em dívida
ativada fazenda pública.

Art. 14. A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada sempre que utilizada com abuso do direito
parafacilitar, encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos previstos nesta Lei ou para provocar confusão
patrimonial,sendo estendidos todos os efeitos das sanções aplicadas à pessoa jurídica aos seus administradores e
sócios compoderes de administração, observados o contraditório e a ampla defesa.

Art. 15. A comissão designada para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica, após a conclusão do
procedimento administrativo, dará conhecimento ao Ministério Público de sua existência, para apuração de
eventuais delitos.

CAPÍTULO V - DO ACORDO DE LENIÊNCIA

Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo de leniência (leniência é
administrativo, delação premiada é penal; jurídico) com aspessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos
previstos nesta Lei que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que
dessa colaboração resulte:

I - a identificação dos demais envolvidos na infração, quando couber; e

II - a obtenção célere de informações e documentos que comprovem o ilícito sob apuração.

§ 1º O acordo de que trata o caput somente poderá ser celebrado se preenchidos, cumulativamente, osseguintes
requisitos:

I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para a apuração do atoilícito;

II - a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração investigada a partir da data
depropositura do acordo;

III - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere plena e permanentemente com as investigaçõese
o processo administrativo, comparecendo, sob suas expensas, sempre que solicitada, a todos os atos
processuais,até seu encerramento.

§ 2º A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica das sanções previstas no inciso II do art.
6º(publicação extraordinária da decisão condenatória) eno inciso IV do art. 19(proibição de receber incentivos... de
órgãos ou entidadespúblicas pelo prazo mínimo de 1 (um) emáximo de 5 (cinco) anos) e reduzirá em até 2/3 (dois
terços) o valor da multa aplicável.

§ 3º O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente o dano causado.

4º O acordo de leniência estipulará as condições necessárias para assegurar a efetividade da colaboração e


oresultado útil do processo.

§ 5º Os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pessoas jurídicas que integram o mesmo
grupoeconômico, de fato e de direito, desde que firmem o acordo em conjunto, respeitadas as condições nele
estabelecidas.

§ 6º A proposta de acordo de leniência somente se tornará pública após a efetivação do respectivo acordo,
salvono interesse das investigações e do processo administrativo.

§ 7º Não importará em reconhecimento da prática do ato ilícito investigado a proposta de acordo de leniência
rejeitada.
§ 8º Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa jurídica ficará impedida de celebrar
novoacordo pelo prazo de 3 (três) anos contados do conhecimento pela administração pública do referido
descumprimento.

§ 9º A celebração do acordo de leniência interrompe o prazo prescricional dos atos ilícitos previstos nesta Lei.

§ 10. A Controladoria-Geral da União - CGU é o órgão competente para celebrar os acordos de leniência no âmbito
do Poder Executivo federal, bem como no caso de atos lesivos praticados contra a administração pública
estrangeira.

Art. 17. A administração pública poderá também celebrar acordo de leniência com a pessoa jurídica responsávelpela
prática de ilícitos previstos na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, com vistas à isenção ou atenuação dassanções
administrativas estabelecidas em seus arts. 86 a 88.

CAPÍTULO VI - DA RESPONSABILIZAÇÃO JUDICIAL

Art. 18. Na esfera administrativa, a responsabilidade da pessoa jurídica não afasta a possibilidade de
suaresponsabilização na esfera judicial.

Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 5º desta Lei, a União, os Estados, o Distrito Federal e
osMunicípios, por meio das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos de representação judicial, ou equivalentes,
e oMinistério Público, poderão ajuizar ação com vistas à aplicação das seguintes sanções às pessoas jurídicas
infratoras:

I - perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito direta ou indiretamente
obtidosda infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;

II - suspensão ou interdição parcial de suas atividades;

III - dissolução compulsória da pessoa jurídica;

IV - proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou


entidadespúblicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo prazo mínimo de
1 (um) emáximo de 5 (cinco) anos.

§ 1º A dissolução compulsória da pessoa jurídica será determinada quando comprovado:

I - ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma habitual para facilitar ou promover a prática de atos
ilícitos;ou

II - ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a identidade dos beneficiários dos
atospraticados.

§ 2º (VETADO).

§ 3º As sanções poderão ser aplicadas de forma isolada ou cumulativa.

§ 4º O Ministério Público ou a Advocacia Pública ou órgão de representação judicial, ou equivalente, do


entepúblico poderá requerer a indisponibilidade de bens, direitos ou valores (arresto) necessários à garantia do
pagamento da multa ou da reparação integral do dano causado, conforme previsto no art. 7º , ressalvado o direito
do terceiro de boa-fé.

Art. 20. Nas ações ajuizadas pelo Ministério Público, poderão ser aplicadas as sanções previstas no art. 6º ,sem
prejuízo daquelas previstas neste Capítulo, desde que constatada a omissão das autoridades competentes
parapromover a responsabilização administrativa.

Art. 21. Nas ações de responsabilização judicial, será adotado o rito previsto na Lei nº 7.347, de 24 de julho de1985.

Parágrafo único. A condenação torna certa a obrigação de reparar, integralmente, o dano causado pelo ilícito, cujo
valor será apurado em posterior liquidação, se não constar expressamente da sentença.

CAPÍTULO VII - DISPOSIÇÕES FINAIS


Art. 22. Fica criado no âmbito do Poder Executivo federal o Cadastro Nacional de Empresas Punidas - CNEP,que
reunirá e dará publicidade às sanções aplicadas pelos órgãos ou entidades dos Poderes Executivo, Legislativo
eJudiciário de todas as esferas de governo com base nesta Lei.

§ 1º Os órgãos e entidades referidos nocaputdeverão informar e manter atualizados, no Cnep, os dados


relativosàs sanções por eles aplicadas.

§ 2º O Cnep conterá, entre outras, as seguintes informações acerca das sanções aplicadas:

I - razão social e número de inscrição da pessoa jurídica ou entidade no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica -
CNPJ;

II - tipo de sanção; e

III - data de aplicação e data final da vigência do efeito limitador ou impeditivo da sanção, quando for o caso.

§ 3º As autoridades competentes, para celebrarem acordos de leniência previstos nesta Lei, também deverãoprestar
e manter atualizadas no Cnep, após a efetivação do respectivo acordo, as informações acerca do acordo deleniência
celebrado, salvo se esse procedimento vier a causar prejuízo às investigações e ao processo administrativo.

§ 4º Caso a pessoa jurídica não cumpra os termos do acordo de leniência, além das informações previstas no §3º ,
deverá ser incluída no Cnep referência ao respectivo descumprimento.

§ 5º Os registros das sanções e acordos de leniência serão excluídos depois de decorrido o prazo
previamenteestabelecido no ato sancionador ou do cumprimento integral do acordo de leniência e da reparação
do eventual danocausado, mediante solicitação do órgão ou entidade sancionadora.

Art. 23. Os órgãos ou entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de
governodeverão informar e manter atualizados, para fins de publicidade, no Cadastro Nacional de Empresas
Inidôneas e Suspensas - CEIS, de caráter público, instituído no âmbito do Poder Executivo federal, os dados
relativos às sançõespor eles aplicadas, nos termos do disposto nosarts. 87e88 da Lei no 8.666, de 21 de junho de
1993.

Art. 24. A multa e o perdimento de bens, direitos ou valores aplicados com fundamento nesta Lei serãodestinados
preferencialmente aos órgãos ou entidades públicas lesadas.

Art. 25. Prescrevem em 5 (cinco) anos as infrações previstas nesta Lei, contados da data da ciência da infração ou,
no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.

Parágrafo único. Na esfera administrativa ou judicial, a prescrição será interrompida com a instauração
deprocesso que tenha por objeto a apuração da infração.

Art. 26. A pessoa jurídica será representada no processo administrativo na forma do seu estatuto ou contratosocial.

§ 1º As sociedades sem personalidade jurídica serão representadas pela pessoa a quem couber a administraçãode
seus bens.

§ 2º A pessoa jurídica estrangeira será representada pelo gerente, representante ou administrador de sua
filial,agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil.

Art. 27. A autoridade competente que, tendo conhecimento das infrações previstas nesta Lei, não
adotarprovidências para a apuração dos fatos será responsabilizada penal, civil e administrativamente nos termos
dalegislação específica aplicável.

Art. 28. Esta Lei aplica-se aos atos lesivos praticados por pessoa jurídica brasileira contra a administração pública
estrangeira, ainda que cometidos no exterior.

Art. 29. O disposto nesta Lei não exclui as competências do Conselho Administrativo de Defesa Econômica,
doMinistério da Justiça e do Ministério da Fazenda para processar e julgar fato que constitua infração à ordem
econômica.
Art. 30. A aplicação das sanções previstas nesta Lei não afeta os processos de responsabilização e aplicaçãode
penalidades decorrentes de:

I - ato de improbidade administrativa nos termos da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992 ;e

II - atos ilícitos alcançados pelaLei nº 8.666, de 21 de junho de 1993,ou outras normas de licitações e contratosda
administração pública, inclusive no tocante ao Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC instituído
pelaLei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011.

* A responsabilidade objetiva tem como requisitos a conduta, o dano e o nexo causal. Ou seja, nesses casos o
causador do dano deverá indenizar a vítima mesmo que não seja comprovada a culpa. Por outro lado, na
responsabilidade subjetiva é necessário comprovar a conduta, o dano, o nexo causal e culpa do agente.

Questões

Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2015 - DEPEN - Agente Penitenciário Federal - Área 3

No tocante à Lei Anticorrupção, julgue o próximo item.

Na esfera administrativa, no momento da aplicação de sanções previstas na Lei Anticorrupção, devem ser
considerados, entre outros fatores, o efeito negativo produzido pela infração, a gravidade da infração e a
situação econômica do infrator.

Alternativas
 Certo
 Errado

ERRADO: nessa lei não se considera a situação econômica do infrator CERTO: Art. 7 inciso VI - a situação
econômica do infrator;
Igual na lei de infrações ambietais

Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2015 - DEPEN - Agente Penitenciário Federal - Área 3

No tocante à Lei Anticorrupção, julgue o próximo item.

A lei em apreço permite que sejam celebrados acordos de leniência referentes a infrações previstas na Lei de
Licitações, de forma a possibilitar a isenção ou atenuação das sanções administrativas previstas nesta última
para punição da pessoa jurídica responsável.

Alternativas

 Certo
 Errado

CERTO:
EFEITOS DO ACORDO DE LENIÊNCIA :

*reduz até 2/3 da multa


*interrompe o prazo prescricional

*isenta a sanção de publicação extraordinária

Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2015 - DEPEN - Agente Penitenciário Federal - Área 3

No tocante à Lei Anticorrupção, julgue o próximo item.

Para celebrar acordo de leniência, a empresa interessada tem de atender, entre outros, aos seguintes
requisitos: ser a primeira a manifestar desejo de cooperar na apuração dos atos ilícitos; devolver ao Estado os
valores obtidos ilicitamente; cooperar com as investigações criminais e administrativas.

Alternativas

 Certo
 Errado

CERTO ERRADO: devolver ao Estado os valores obtidos ilicitamente não é um requisito para firmação
do acordo. Criminais tbm não

I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar ..

II - a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento ...

III - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere plena e permanentemente com as
investigações ...

Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2015 - DEPEN - Agente Penitenciário Federal - Área 3

No tocante à Lei Anticorrupção, julgue o próximo item.

A celebração do acordo de leniência previsto na lei em questão gera benefícios para os administradores da
empresa celebrante que estiverem envolvidos nos atos de corrupção investigados, pois tem o efeito de reduzir
as penas privativas de liberdade que lhes possam ser aplicadas.

Alternativas

 Certo
 Errado

ERRADO: acordo de leniência tem caráter administrativo, não penal/juridico

Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2015 - DEPEN - Agente Penitenciário Federal - Área 3

No tocante à Lei Anticorrupção, julgue o próximo item.


SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Uma empresa envolvida em atos de corrupção celebrou contrato de leniência
previsto pela Lei Anticorrupção, mas deixou de cumprir o que foi acordado. ASSERTIVA: Nessa situação, a
empresa estará impedida de celebrar novo acordo de leniência pelo prazo de três anos a partir da data em que
a administração pública tomar conhecimento da desobediência ao pacto.

Alternativas

 Certo
 Errado

CERTO
O QUE COSTUMA CAIR NAS PROVAS:

- Isentará a PJ de publicação extraordinária condenatória + reduzirá 2/3 do valor da multa;

- Não exime (dispensa) da obrigação de reparar o dano;

- Interrompe (é diferente de "suspender", cuidado!) o prazo prescricional dos atos ilícitos;

- Acordo rejeitado não importa prática do ilícito investigado;

- Descumprimento da PJ impede novo acordo durante 3 anos;

- Órgão competente para celebrar acordo na esfera federal > CGU.

Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Telebras Prova: CESPE - 2015 - Telebras - Advogado

Considerando que a noção de responsabilidade civil remete à ideia de responder perante a ordem jurídica por
fato precedente, julgue o item subsequente a respeito da responsabilidade civil.
Segundo a Lei n.º 12.846/2013, as pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, civil e
administrativamente, por ato lesivo praticado em seu interesse ou benefício, seja este exclusivo ou não.

Alternativas

 Certo
 Errado

CERTO

Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-PR Prova: CESPE / CEBRASPE - 2016 - TCE-PR - Analista de Controle -


Jurídica

No que se refere ao acordo de leniência no caso de prática de atos ilícitos previstos na Lei n.º 12.846/2013,
assinale a opção correta.

Alternativas

A A celebração do acordo de leniência interrompe o prazo prescricional dos atos ilícitos previstos na Lei n.º
12.846/2013.

B A celebração do acordo de leniência poderá reduzir em até dois terços o valor a ser pago a título de
reparação dos danos causados pela pessoa jurídica responsável pelo ato ilícito.
C A propositura e a celebração desse tipo de acordo são de competência exclusiva do Ministério Público no
âmbito do inquérito civil ou durante o processamento de ação civil pública.

D Tal acordo poderá ser celebrado com a pessoa jurídica que aceitar cooperar plenamente com a apuração do
ato ilícito, ainda que ela não tenha admitido a sua participação na infração investigada.

E A rejeição da proposta de acordo de leniência pela pessoa jurídica investigada implicará a confissão e o
reconhecimento da prática do ato ilícito em apuração.

LETRA A

B: A reparação é integral. A multa é reduzida

C: é de competência de todos os poderes da CGU na esfera federal, não do MP. Nos outros órgão e entidades,
as autoridades máximas são elegíveis para celebrar acordo de leniência. Nesses casos o MP também pode
celebrar acordo. O Processo é passado pro MP para apurar os delitos e realizar os arresto de bens...

D: necessita admitir a participação

E: a proposta parte a pessoa jurídica, não da administração A proposta pode partir da ADM, mas apenas a
primeira PJ a aceitar irá gozar do acordo. E a rejeição por esta não implica em comfissão ou reconhecimento da
prática do ilícito

Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Provas: CESPE - 2018 - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência -


Conhecimentos Gerais 

A empresa e-Gráfica Ltda. manifestou interesse em formalizar acordo de leniência com o Ministério Público,
comprometendo-se a entregar os documentos comprobatórios, no prazo de trinta dias, de prática de ato ilícito
ocorrido durante licitação no estado X.

Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente à luz da Lei n.º 12.846/2013.

Na situação descrita, o Ministério Público poderá desconsiderar, no acordo de leniência que vier a ser firmado,
o perigo de lesão e a vantagem pretendida pelo infrator, limitando-se a observar, no estabelecimento da sanção
a ser aplicada, a situação econômica do infrator e o valor dos contratos mantidos com a entidade pública
lesada.

Alternativas

 Certo
 Errado

ERRADO: não pode limitar a observar

Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Provas: CESPE - 2018 - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência -


Conhecimentos Gerais 

Texto associado

      A empresa e-Gráfica Ltda. manifestou interesse em formalizar acordo de leniência com o Ministério Público,
comprometendo-se a entregar os documentos comprobatórios, no prazo de trinta dias, de prática de ato ilícito
ocorrido durante licitação no estado X.

Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente à luz da Lei n.º 12.846/2013.

Caso perceba irregularidades nas atitudes do sócio administrador da empresa, o Ministério Público poderá
prorrogar por mais sessenta dias o prazo que vier a estabelecer para a comissão concluir o processo
administrativo, fundamentando seu ato, por exemplo, na necessidade de busca e apreensão de documentos
que se encontrem na residência do referido sócio, bem como de novas entrevistas e do processamento dessas
informações.
Alternativas

 Certo
 Errado

ERRADO: ele apenas perderia o acordo

CERTO

Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Provas: CESPE - 2018 - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência -


Conhecimentos Gerais 

Texto associado

      A empresa e-Gráfica Ltda. manifestou interesse em formalizar acordo de leniência com o Ministério Público,
comprometendo-se a entregar os documentos comprobatórios, no prazo de trinta dias, de prática de ato ilícito
ocorrido durante licitação no estado X.

Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente à luz da Lei n.º 12.846/2013.

Se, transcorridos sessenta dias após a subscrição do acordo, a empresa não entregar os referidos documentos,
o Ministério Público deverá, de imediato, notificá-la para comparecer à instituição, a fim de celebrar novo acordo
de leniência para a entrega dos documentos comprobatórios, de modo a assegurar o resultado útil do processo.

Alternativas

 Certo
 Errado

ERRADO: eles descumpriram o acordo e não poderiam celebrar outro em 3 anos

Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-PE Provas: CESPE - 2019 - PGE-PE - Conhecimentos Básicos - Cargos:


1, 2, 3 e 4 

A respeito da responsabilização de pessoa jurídica pela prática de atos contra a administração pública, julgue o
item subsequente, à luz da Lei Anticorrupção (Lei n.º 12.846/2013).
Atos lesivos praticados contra a administração direta por sociedade simples nacional não personificada e que
atentem contra compromissos internacionais assumidos pelo Brasil são passíveis de apuração por meio da
instauração de processo administrativo, que pode ser deflagrado de ofício pela autoridade máxima do órgão.

Alternativas

 Certo
 Errado

ERRADO: apenas a CGU pode apurar, processar e julgar atos ilícitos cometidos contra administração pública
estrangeira, assim como firmar acordos de leniência com essas PJ’s

Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-PE Provas: CESPE - 2019 - PGE-PE - Conhecimentos Básicos - Cargos:


1, 2, 3 e 4 

A respeito da responsabilização de pessoa jurídica pela prática de atos contra a administração pública, julgue o
item subsequente, à luz da Lei Anticorrupção (Lei n.º 12.846/2013).
Nas hipóteses de fusão e incorporação societária legalmente promovida, a responsabilização da pessoa jurídica
sucessora restringe-se à obrigação de pagamento de multas e à reparação integral de dano, até o limite do
patrimônio transferido.

Alternativas

 Certo
 Errado

CERTO:
CONTROLADORA, CONTROLADA, COLIGADA OU CONSÓRCIO -> Multa + reparação(art. 4º, § 2º)

FUSÃO OU INCORPORAÇÃO -> Multa + reparação no limite do patrimônio transferido (art. 4º, § 1º) 

Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-PE Provas: CESPE - 2019 - PGE-PE - Conhecimentos Básicos - Cargos:


1, 2, 3 e 4 

A respeito da responsabilização de pessoa jurídica pela prática de atos contra a administração pública, julgue o
item subsequente, à luz da Lei Anticorrupção (Lei n.º 12.846/2013).

As sociedades empresárias consorciadas por força de contrato administrativo são responsáveis solidárias entre
si por atos de improbidade administrativa, respondendo irrestritamente umas pelas outras nos âmbitos
administrativo, civil e criminal.

Alternativas

 Certo
 Errado

ERRADO: elas respondem objetivamente nos ambitos civis e admnistativos

As sociedades empresárias consorciadas por força de contrato administrativo são responsáveis solidárias entre
si por atos de improbidade administrativa, respondendo irrestritamente umas pelas outras nos âmbitos
administrativo, civil e criminal.

Art 4º  § 2o As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do respectivo contrato, as
consorciadas serão solidariamente responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei, restringindo-
se tal responsabilidade à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado.

Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-PE Provas: CESPE - 2019 - PGE-PE - Conhecimentos Básicos - Cargos:


1, 2, 3 e 4 

A respeito da responsabilização de pessoa jurídica pela prática de atos contra a administração pública, julgue o
item subsequente, à luz da Lei Anticorrupção (Lei n.º 12.846/2013).

Para avaliar a graduação da sanção administrativa a ser aplicada, a autoridade competente está impedida de
considerar parâmetros referentes ao estado econômico do infrator, devendo se restringir ao dano ao erário
efetivamente apurado.

Alternativas

 Certo
 Errado

ERRADO: deve-se considerar o estado econômico do infrator

Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-PE Prova: CESPE - 2019 - PGE-PE - Assistente de Procuradoria

Considerando as Leis n.º 12.846/2013 e n.º 16.309/2018, que tratam, respectivamente, de responsabilização de
pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública e do processo administrativo de
responsabilização (PAR), julgue o item a seguir.
A responsabilidade civil das pessoas jurídicas é subjetiva; depende, portanto, da análise de dolo ou culpa na
prática da conduta lesiva.

Alternativas

 Certo
 Errado

ERRADO: a responsabilidade é objetiva e por isso não necessita comprovar o dolo ou culpa do agente

Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CGE - CE Prova: CESPE - 2019 - CGE - CE - Auditor de Controle Interno - Área


de Correição

A respeito de acordos de leniência e de responsabilização nos crimes previstos na Lei n.º 12.846/2013 — que
dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a
administração pública, nacional ou estrangeira —, assinale a opção correta.

Alternativas

A Celebrado o acordo de leniência, a pessoa jurídica fica automaticamente isenta do pagamento integral de
eventuais multas.

B O acordo de leniência exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente o dano causado.

C A competência para instauração e julgamento de processo administrativo de apuração de responsabilidade de


pessoa jurídica poderá ser delegada.

D A Advocacia-Geral da União tem competência para avocar processos instaurados com fundamento na
referida lei.

E As sanções aplicáveis incluem a suspensão das atividades da pessoa jurídica, mas não preveem a sua
dissolução compulsória.

LETRA C: vedada a sub-delegação.

D: Controladoria Geral da União!!!! CGU

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