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EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA

Emily R. Souza Gomes


Enfª/Instrutora
SAMU Macro Nordeste Jequitinhonha
Assistência ao Parto
Normal

“Saber esperar,
Saber decidir,
Saber intervir”
Magalhães
Assistência ao Parto
Normal

ALSO
(Advanced Life Suport in Obstetrics)
Alterações anatômicas
12 sem – pelve
20 sem – cicatriz umbilical

36 sem – rebordo costal


ABC do Trauma
• A - Abertura de vias aéreas, com atenção para o risco
de broncoaspiração.
• B – Boa ventilação – lembrando que a gestante
hiperventila.
• C – Circulação - do volume, compressão aortocava
pela posição uterina, deslocamento uterino.
ABC do Trauma
• D – Avaliação neurológica – lesão cerebral ou situações
da gestante (cartão pré-natal ou acompanhante – história
alteração PA, glicemia capilar).
• E – Exposição – paciente feminina
• F – FETO – avaliar feto (sangramento vaginal,
movimento fetal)
Observações
• Transportar a gestante vítima de trauma
inclinando-se a prancha ou desloca
manualmente o útero.
• Presença de sangramento ou perda de líquido:
avaliar cor, volume e odor.
Anamnese
 Identificação – criar vínculo, respeito;
 DUM e IG (Prematuridade, Gestação
prolongada);
 Diagnósticos clínicos e obstétricos (Cardiopatia
materna ou fetal, Malformações fetais, Diabetes
materno ou gestacional, hipertensão,
Gemelaridade, LUPUS, Oligoâmnio);
Transporte da Gestante

• Transportar a gestante em
decúbito lateral esquerdo –
devido o peso do útero sobre
a veia cava que promove uma
redução de 30 a 40% do
débito cardíaco.
O TRABALHO DE PARTO
Trabalho de Parto

O mais importante é saber dar


assistência à mãe e ao feto que vai
nascer, do que necessariamente
“fazer” o parto.
Diagnóstico do TP
• Fazer uma inspeção da vulva (sangramento,
apresentações anômalas, bolsa protusa).
• 5/5 min eficientes.
• Ruptura espontânea das membranas.
• Anotar as características das contrações: frequencia,
duração e intensidade.

(Bloomington (MN): Institute for Clinical Systems Improvement (ICSI);


2007. ICSI).
Parto Normal x Cesária
No pós-parto normal há menos
dor, podendo a mulher curtir
melhor o bebê;
Há menos complicações urinárias
e abdominais;
No parto normal o bebê nasce
mais alerta e reage melhor a
estímulos;
Apresentações Normais

Apresentações Anormais
Fases Clínicas do TP

 1º período: Dilatação
 2º período: Expulsão
 3º período: Dequitação
 4ºperíodo:Período de Greenberg (reorganização
uterina após término do processo de parto).
Importante!!!
• Oriente a gestante que não faça força e
encoraje-a para que respire mais profundamente
durante as contrações.

• Durante o primeiro período do trabalho de parto


as contrações são involuntárias e destinam-se a
dilatar o colo uterino e não a expulsar o feto.
Parto Expulsivo

• Contrações efetivas – útero endurecido (duração


1 min.)
• Contrações Repetidas – intervalos menores ou
iguais a 3 minutos.
• Sinais:
• Dor forte expressada através da face da paciente.
• Perda vaginal: tampão mucoso e líquido
amniótico.
Parto Expulsivo: 1º Período
Dilatação

• Só pode ser avaliado através do toque vaginal


(não estaremos habilitados para realizar toque vaginal).

• Dilatação total: feto nascendo – apresentação de


partes fetais na vulva.
Mecanismo do Trabalho de Parto

Encaixe

Descida e Rotação Interna


Mecanismo do Trabalho de Parto

Extensão
“Cumprimento ao parteiro”

Rotação Externa
Parto Expulsivo: 1º Período
Dilatação

Delivramento da cabeça
(Proteção do Períneo)
“Acalme-se o Bebê sabe
nascer!!!”
2º Período: Expulsivo

Liberação dos ombros


ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL
PERÍODO EXPULSIVO
Clampeamento Cordão
Clampeamento de Cordão
• O primeiro clampeamento do cordão deve
ser de 3 a 4 cm do abdome, salta 4 cm e
faz-se o 2º clamp, cortando entre os dois
clamps.
Cuidados com o RN

◆ Cortar o cordão

◆ Aspirar BOCA-NARIZ

◆ Amamentação

◆ Aquecer o RN
FASES CLÍNICAS DO TP

 Primeiro período: Dilatação


 Segundo período: Expulsão
 Terceiro período: Dequitação
 Quarto período: Primeira hora depois
do parto
ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL
DEQUITAÇÃO DA PLACENTA

 1* Clampeamento do cordão .

 2* Leve tração do cordão (tração contínua e


controlada).

 3* Rotação da placenta até o total


desprendimento
(MANOBRA DE JACOBS).
ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL
DEQUITAÇÃO DA PLACENTA

4* Revisão da vulva e do períneo,

5* Sangramento? Massagem uterina bimanual.

6* Parto operatório? Revisão do canal de parto.

7* Sutura de episiotomia.

8* Exame da placenta e anexos.


3º Período: DEQUITAÇÃO
(Saída da placenta)

• Pode demorar em média até 30


minutos após o nascimento.
• Se houver a dequitação, guarde-a
em saco plástico identificado e
leve-a para o hospital.

• Caso o transporte ocorra antes da


saída da placenta, massageie
gentilmente o abdome para
favorecer a contratibilidade uterina.
4º Período Greenbeerg

• Chamado de puerpério imediato inicia-se logo após a


dequitação e perdura-se no decorrer das duas primeiras
horas de pós-parto.
• É uma fase intensa, no qual o útero contrai-se por ação da
ocitocina, num processo de involução fisiológica
(miotamponamento).
• Pela dequitação, além da ocitocina, a prolactina também
culmina seu ápice, no qual os dois hormônios agem na
produção e ejeção do leite materno
Intercorrências

INDICAÇÕES DE CESARIANA

 Placenta Prévia;
 Descolamento Prematuro da Placenta
(Sinais de choque + hemorragia via
vaginal + dor + contração uterina)
 Câncer de Genitália;
 Prolapso de Cordão;
 Apresentação anormais
Prolapso de cordão umbilical

• Comunicação imediata à Central de Regulação


• Adotar postura de “prece maometana” – posição
genupeitoral.
PCR associada à Gestação

 Manter RCP de alta qualidade;


 Não fazer decúbito lateral
esquerdo – Piora qualidade da
RCP;
 Realizar descompressão aorto-
cava por manobras manuais na
segunda metade da gestação
(útero na cicatriz umbilical).
Circular de cordão umbilical

• Comunicação imediata à
Central de Regulação.

• Circular frouxa: com calma e


delicadeza passar o cordão
através da cabeça do
concepto (desfazer a circular).
• Circular justa ou apertada: Manobra
idêntica a de clampeamento independente
da distância da implantação do cordão no
abdome do bebê.
Parto Normal!
Com Médico,
Sem Médico e
Apesar do Médico!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 (Bloomington (MN): Institute for Clinical Systems Improvement (ICSI); 2007.


ICSI)
 ACOG Practice Bulletin #70: Intrapartum Fetal Heart Rate
Monitoring. Obstet Gynecol 2005; 106. 1453-60.SOGC Clinical Practice
Guidelines: Fetal Health Surveillance in Labor, Society of Obstetricians and
Gynaecologists of Canada, 2002
 Zugaib Obstetrícia 1 edição – 2008
 ALSO (Advanced Life Suport in Obstetrics) - 2010
OBRIGADA!!!

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