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jezielpraticacivil@gmail.com
Interdisciplinar 10 pontos
1ª Resenha – 5,0 pontos para 09/03 – Antecipação de tutela, Teori Albino Zavascki
I – Processo de Conhecimento
II – Processo de Execução
IV – Procedimentos Especiais
Os três tipos de processos foram concebidos para funcionarem separadamente. Desde 1993
porém, pequenas reformas no CPC passaram a permitir uma maior intercomunicação entre
eles (e.g execução ao final de um processo de conhecimento). Tais reformas visam transformar
os diversos processos estanques em um processo sincrético como, por exemplo, o que
acontece na Justiça do Trabalho.
O Processo de Conhecimento, objeto de estudo desta disciplina, pode ser dividido em:
Processo Comum
o Ordinário
o Sumário
Procedimentos Especiais – procedimentos não previstos como comuns
(Livro IV do CPC e Legislação Extravagante)
Procedimento Sumaríssimo – alguns doutrinadores defendem que
legislação posterior criou este terceiro tipo de processo de conhecimento.
Formação do Processo – art. 262 - 264 CPC
Quando o autor propõe uma ação, é estabelecida uma relação entre ele e o Estado (o juiz) –
iniciando o processo. Após a citação do réu, a relação jurídica triangular se completa e o
processo se estabiliza (autor – juiz – réu).
264 – Quem determina os limites da lide é o autor, através da petição inicial. O juiz julga com
base na causa de pedir e no pedido. O autor pode aditar a petição inicial até a citação do réu,
acrescentando ou modificando causa de pedir e/ou pedido. Depois da citação do réu, a inicial
só pode ser emendada com a anuência deste e até a fase do saneamento.
Sentença Terminativa Art. 267 - Sem resolução do mérito – o juiz extingue o processo sem
analisar o mérito do pedido por constatar a existência de um óbice processual, um vício no
processo. Este tipo de sentença só faz coisa julgada formal – impede recurso mais não impede
a re-propositura da ação.
Sentença Definitiva Art. Com resolução do mérito – processo sem vícios. Faz coisa julgada
formal e material – impede recurso e re-propositura.
Art. 268 – O autor pode repropôr a ação, exceto nos casos de litispendência, perempção ou
coisa julgada, bastando apresentar o comprovante de pagamento ou do depósito das custas e
dos honorários de advogado
Parágrafo único – Perempção – o autor que der causa à extinção do processo por três vezes
não poderá repropor a ação contra o mesmo réu pelo mesmo motivo, podendo entretanto
usar suas alegações em sua defesa se se tornar réu em outro processo
Procedimento Especial
o Livro IV CPC
o Legislação Extravagante (jurisdição voluntária e contenciosa)
Da Petição Inicial
Art. 283 - A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura
da ação.
Despacho da Inicial
a) Despacho positivo (art. 285) – ordena a citação do réu.
“Estando em termos a petição inicial, o juiz a despachará, ordenando a citação do
réu, para responder; do mandado constará que, não sendo contestada a ação (no
prazo de 15 dias, contados da juntada do mandado de citação pelo oficial de
justiça ou da juntada do AR se a citação for por carta), se presumirão aceitos pelo
réu, como verdadeiros, os fatos articulados pelo autor.”
o Falta das condições da ação (art. 295, II, III e § único III)
II - quando a parte for manifestamente ilegítima;
III - quando o autor carecer de interesse processual;
O indeferimento da Inicial pode gerar coisa julgada formal e material. Na maioria dos casos, o
indeferimento gera coisa julgada formal, o que não impede que o autor reproponha a ação.
O indeferimento da inicial pode ser total ou parcial. Quanto houver indeferimento total, há
prolatação de sentença. Quando o indeferimento for parcial, há apena uma decisão
interlocutória, que não impede o andamento do processo.
Neste caso, não é necessária a citação do réu para a prolatação da sentença. O juiz apenas
publica a sentença prolatada no processo paradigma do juízo em que a primeira inicial foi
totalmente indeferida.
O autor pode recorrer em cinco dias e, caso o juiz se retratar, a sentença será cancelada e
o processo voltará ao início. Se o juiz mantiver a sentença, o réu será citado e o juiz
encaminhará os autos para o tribunal. O réu perde a oportunidade de discutir a ação na
primeira instância.
Do Pedido
Art. 286 – “O pedido deve ser certo ou determinado. É lícito, porém, formular pedido
genérico”
Não é “ou”, mas “e” – Todos os doutrinadores afirmam que o pedido deve ser certo
“e” determinado.
Certo: É a expressão do pedido, ex. o pedido de condenação do réu
Determinado: Quantum do pedido – condenação do réu ao pagamento de X reais
Pedido certo é pedido expresso
Pedido determinado – “quantum” – é pedido quantificado
Pedido genérico – o pedido pode ser certo, mas indeterminado nos seguintes casos:
o I - nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens
demandados; (Ação universal envolve uma universalidade de direitos: espólio,
massa falida)
o II - quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências
do ato ou do fato ilícito; (Ex. uma vítima de atropelamento aciona o motorista
que a atropelou para receber indenização pelas cirurgias que sofreu e sofrerá
para se recuperar do acidente – não é possível determinar o quantum das
cirurgias que serão realizadas)
o III - quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva
ser praticado pelo réu. (Moradores de um prédio processam o síndico por
desvio de verbas. O juiz determinará a apresentação da prestação de contas
para que se quantifique o que foi desviado e possa se apurar ao que o réu será
condenado)
Art. 287 – “Se o autor pedir que seja imposta ao réu a abstenção da prática de algum ato,
tolerar alguma atividade, prestar ato ou entregar coisa, poderá requerer cominação de pena
pecuniária para o caso de descumprimento da sentença ou da decisão antecipatória de
tutela.”
Pedido cominatório
O juiz pode agir de oficio
Art. 288 – “O pedido será alternativo, quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder
cumprir a prestação de mais de um modo.”
Pedido alternativo
Ex. art. 904 CPC, art. 500 CC/2002
Qualquer dos pedidos satisfaz a pretensão
Ex. Um agricultor aluga um silo de uma cooperativa para armazenar sua produção de
milho, fazendo um contrato de depósito. Na data de devolução do milho constata-se que
este foi extraviado. O agricultor então aciona a cooperativa para devolução do milho OU o
pagamento do equivalente em espécie. Ambos os pagamentos satisfazem a obrigação.
Art. 289 – “É lícito formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz
conheça do posterior, em não podendo acolher o anterior.”
Pedido sucessivo
Há ordem de interesse
Ex. O réu foi condenado a apresentar uma certidão em 20 dias, com multa de R$ 300,00
por dia de descumprimento. O órgão emissor da certidão não a emitiu. O advogado do réu
formula um pedido para dilação do prazo e sucessivamente pede que, caso o prazo não
seja dilatado, que ao menos o valor da multa seja reduzido.
Pedido implícito
Ex. Ação de despejo por atraso dos pagamentos de aluguel de janeiro e fevereiro: se o
locatário não pagar março, a sentença continua a valer.
Defesa do réu
Se defender
Contestação (Defesa de mérito e defesa processual) –
o Defesa de Mérito – diz respeito ao objeto da lide (separação,
indenização, etc.)
o Defesa Processual (Defesa Preliminar – alegada na preliminar da
contestação) – Art. 301
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta;
III - inépcia da petição inicial;
IV – perempção (quando o autor abandona a causa por três vezes
consecutivas);
V - litispendência;
VI - coisa julgada;
VII - conexão;
VIII - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
IX - convenção de arbitragem (esta é a única preliminar que o juiz não pode
conhecer de oficio);
X - carência de ação;
XI - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar.
Art. 306 - Recebida a exceção, o processo ficará suspenso (Art. 265, III), até que
seja definitivamente julgada.
Réu/Reconvinte e Autor/Reconvindo
A reconvenção é mera faculdade, o réu é obrigado a contestar, sob pena de revelia, ele
não precisa reconvir. Mas a reconvenção lhe faz ganhar tempo, pois ampliando o
objeto litigioso, ele não precisa ajuizar nova ação.
Pressupostos
Quem apresenta a reconvenção é o réu, embora não exista vedação legal para que o
autor reconvenha ao réu.
a- Legitimidade ativa: Réu
Legitimidade passiva: Autor, salvo se substituto processual (Ex. Entidades
representativas de classe como sindicatos e associações que ajuízam ações em
favor dos seus afiliados).
b- Conexão:
Identidade de objeto (pedidos visam o mesmo fim)
Identidade de causa de pedir (se baseiam no mesmo ato jurídico)
A reconvenção deve guardar alguma relação com o objeto da ação
c- Competência – a reconvenção, além de ter relação como objeto da ação, deve ter
a mesma competência da ação original para poder ser apresentada.
d- Mesmo Procedimento – a reconvenção deve ter o mesmo procedimento da ação
principal. Ex. O condomínio propõe ação de cobrança em face do condômino por
ausência de pagamento. O condômino não poderia propor uma reconvenção de
cobrança de prestação de contas pelo síndico, pois os procedimentos são
diferentes. O que o réu poderia fazer é ajuizar nova ação e distribuí-la por
competência.
Não se admite reconvenção:
o Procedimento Sumário (Art. 278 § 1º) – a reconvenção atrasaria o
procedimento sumário, por isso é vedada.
o Procedimento dos Juizados Especiais – por serem juizados de
procedimentos céleres (Art. 31 Lei 9.099)
o Procedimentos Especiais de natureza dúplice – Ex. Ação de
prestação de contas, renovação de aluguel, etc. (matéria de
processo civil III)
Nestes casos cabe o pedido contra-posto – o réu, dentro da própria
contestação, faz o seu contra ataque com o pedido contra-posto.
Na reconvenção também há sucumbência e custas.
Reconvenção é ação autônoma, não é acessória da ação principal
Impugnação
Concordar com o Autor
Não agir
Efeitos da revelia:
Os incidentes processuais tem custas finais para a parte que perder a incidência.
Fase do Saneamento
Providências Preliminares
Art. 323 – após o prazo para apresentação da contestação, o juiz terá 10 dias para determinar
as providências preliminares, conforme o caso:
a- Especificação de provas (Art. 324) – se o réu for revel mais sem aplicação dos efeitos
da revelia, o juiz deve intimar o autor a especificar as provas a serem produzidas –
doutrinariamente se defende que, ainda que o réu não seja revel, as partes deverão
ser intimadas a especificar a produção de provas, normalmente, após receber a
impugnação a contestação, o juiz intimará ambas as partes para, em 5 dias,
apresentarem a especificação de produção de provas.
b- Admitir Ação Declaratória Incidental (Art. 325) – o autor tem 10 dias, após a
apresentação da contestação ou da reconvenção, para propor uma nova ação dentro
da ação principal em que se discute um direito (questão prejudicial) que precisa ser
julgado, no todo ou em parte, para que se julga q lide principal – Ação Declaratória
Incidental.
c- Ouvir o autor sobre fato impeditivo, modificativo ou extintivo de seu direito (Art. 326)
– caso o réu, na contestação, apresente um fato impeditivo, modificativo ou extintivo
do direito do autor, este ultimo terá 10 dias para se manifestar sobre o FATO – na
prática o autor pode impugnar a contestação como um todo.
d- Ouvir o autor sobre as preliminares ou determinar o saneamento de vícios (Art. 327) –
caso o réu apresente em sua contestação, uma defesa preliminar (matérias do Art.
301), ele dará 10 dias para o autor impugnar a contestação.
Petição inicial
Despacho da inicial
Citação do Réu
Contestação / Reconvenção
Exceções / Impugnações
A ação declaratória incidental consiste em uma ampliação da lide (Art. 5º CPC – Se, no curso do
processo, se tornar litigiosa relação jurídica de cuja existência ou inexistência depender o
julgamento da lide, qualquer das partes poderá requerer que o juiz a declare por sentença ).
Seu objetivo é fazer coisa julgada sobre a relação jurídica aventada pelo réu na contestação e
que, por não ser o mérito da causa, não faria coisa julgada.
A ação declaratória existe para se incluir na sentença, julgamento sobre questão prejudicial.
Esta ação é como a reconvenção, uma cumulação sucessiva de pedidos conexos, dentro do
mesmo processo.
Humberto Theodoro Junior defende que apenas o autor pode pedir a Ação Declaratória
Incidental pois, caso o réu deseje ampliar o objeto da lide, poderá utilizar a reconvenção.
Ex. Em uma ação de alimentos, o réu, em sua contestação, alega dúvida quanto à paternidade
do menor autor. O autor então abre uma ação declaratória incidental para que o juiz declare a
paternidade do réu. O autor poderia acionar o réu em um processo independente e conexo,
apenas para declaração de paternidade.
Em um exemplo fictício, o autor ajuíza ação frente ao réu, que contesta e reconvêm. Dentro da
contestação da reconvenção, o autor requere Ação Declaratória Incidental, que será
contestada e apresentada reconvenção.... ad infinitum. Didier afirma não haver limites para
esta possibilidade, embora dificilmente se consiga encontrar um caso tão complexo ao ponto
de permitir que isto ocorra.
Prazo:
Além da conexão, é requisito da Ação Declaratória Incidental que o juiz seja competente
ratione materiae. Art. 470 - Faz, todavia, coisa julgada a resolução da questão prejudicial, se a
parte o requerer (arts. 5º e 325), o juiz for competente em razão da matéria e constituir
pressuposto necessário para o julgamento da lide.
Pré-requisitos alternativos:
o Fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação
(periculum in mora); ou
o Abuso do direito de defesa pelo réu; ou
o Propósito protelatório da defesa.
Conceito
Finalidade
“Estabelecer a verdade
Fixar formalmente os fatos postos no processo
Produzir o convencimento do juiz, levando-o a alcançar a certeza
necessária à sua decisão.” – corrente mais adotada (Fredie Didier)
Objeto
“Fatos controvertidos, relevantes e determinados sobre os quais versa sobre a lide” (Moacir
Amaral Santos)
Prova Ilícita
Art. 332 – “Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não
especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a
ação ou a defesa.”
Este artigo deixa aberto um sem número de possibilidades de provas válidas, excetuando-se
apenas as provas ilícitas – que não são aceitas pela lei – como por exemplo, a gravação sem
autorização.
Ônus da Prova
O ônus da prova cabe a quem alega, não a quem nega o autor deve provar o que ele alegar,
bem como o réu deve provar o que, além de simplesmente contestar, alegar constituir fato
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
Ônus ≠ Dever
Se o réu se limita a negar, não pratica nenhuma atitude do inciso II do Art. 333, e portanto não
tem nada o que provar.
A inversão do ônus da prova só pode acontecer por determinação judicial em uma relação de
consumo em que ocorrer umas das hipóteses do Art. 6º VIII da Lei 8078/90:
Fatos verossímeis
Quando o consumidor for a parte hipossuficiente
As partes podem convencionar o ônus da prova, mas este acordo será nulo quando (Art. 333,
parágrafo único):
Art. 335 – “Em falta de normas jurídicas particulares, o juiz aplicará as regras de experiência
comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece (...)”
Permite que o juiz se valha da experiência comum para se convencer acerca de um fato.
Exs.:
Regras de “experiência técnica” são conhecimentos técnicos de acesso generalizado. Ex. Leis
da Física – é a segunda parte do Art. 335 – “Em falta de normas jurídicas particulares, o juiz
aplicará (...) ainda as regras da experiência técnica, ressalvado, quanto a esta, o exame
pericial.”
Caso o juiz não tenha a experiência técnica, pode usar o exame pericial.
Art. 336 – “Salvo disposição especial em contrário, as provas devem ser produzidas em
audiência” Faltou a expressão “provas orais”, este artigo não se aplica a todo tipo de prova,
mas apenas as provas orais.
Quando a parte, ou a testemunha, por enfermidade, ou por outro motivo relevante,
estiver impossibilitada de comparecer à audiência, mas não de prestar depoimento, o
juiz designará, conforme as circunstâncias, dia, hora e lugar para inquiri-la.
Art. 337 – “A parte, que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário,
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar o juiz” trata-se de exceção à regra da
prova, pois, a princípio só se deve provar FATOS.
Caso uma lide esteja sendo julgada em Belo Horizonte, o direito de Belo Horizonte não
precisará ser provado, mas se o processo correr em outra comarca, o direito deverá
ser ministrado ao juiz (teor da norma – prova-se através de publicação no Diário Oficial
ou certidão da Câmara Municipal/Assembléia Legislativa) e provada a sua vigência
(Também através de certidão do órgão legislativo).
Art. 338 – “A carta precatória e a carta rogatória suspenderão o processo, no caso previsto na
alínea b do inciso IV do art. 265 desta Lei, quando, tendo sido requeridas antes da decisão de
saneamento, a prova nelas solicitada apresentar-se imprescindível.”
Parágrafo único – “A carta precatória e a carta rogatória, não devolvidas dentro do prazo ou
concedidas sem efeito suspensivo, poderão ser juntas aos autos até o julgamento final.”
Art. 339 – “Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o
descobrimento da verdade.”
Art. 340 – “Além dos deveres enumerados no Art. 14, compete à parte:
I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;
II - submeter-se à inspeção judicial, que for julgada necessária;
III - praticar o ato que lhe for determinado.”
Prova Emprestada
A prova produzida em um processo pode ser usada em outros. A parte juntar á ao seu processo
uma cópia autenticada da prova já produzida.
Sistema da certeza legal: A certeza dos fatos depende da manifestação da lei natural ou divina
(ordálias). Há valoração da prova – as provas tinham pesos diferentes no processo em um
sistema de pontuação.
Sistema de persuasão racional: Faz-se a partir de bases normativas (principio da reserva legal).
A convicção do julgador se condiciona a juízos “secundum legis” – o juiz não pode julgar contra
nem além da lei, apenas segundo ela.
Provas em Espécie
Depoimento Pessoal
Sujeitos:
Objetivo:
No depoimento, uma parte faz perguntas a outra para que ela caia em contradição ou caia
em descrédito.
Conseqüências (confissão):
Espécies
Art. 346 – “A parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, não podendo servir-se
de escritos adrede preparados; o juiz lhe permitirá, todavia, a consulta a notas breves, desde
que objetivem completar esclarecimentos” – no depoimento pessoal não pode haver consulta
a nada, nem ao advogado, nem a documentos previamente preparados (adrede), mas o juiz
poderá permitir breves consultas para esclarecer pontos específicos.
Confissão
Conceito – Art. 348 – “Há confissão, quando a parte admite a verdade de um fato, contrário ao
seu interesse e favorável ao adversário” – é a admissão de um fato que prejudica o confitente.
Requisitos
Capacidade do confitente
Incapaz ou seu representante – confissão ineficaz (Art. 213 CC/02)
Tratar de direito disponível – Art. 351
Espécies
Judicial
o Espontânea: ato (escrito ou oral) de declaração da parte – se dá
em qualquer momento no processo e fora do depoimento pessoal
(que é induzido pela parte ou pelo juiz), por solicitação da parte
confitente. Esta confissão também pode ser feita por mandatário
(com poderes especiais).
o Provocada: quando realizada no depoimento pessoal
Extrajudicial
o Tem o mesmo valor da judicial se escrita pela parte à contraparte
ou a seu representante (Art. 353)
o Se feita a terceiros, depende do testemunho daquele que leu ou
ouviu a confissão; ou se feita em testamento – estas confissões
dependem de livre apreciação do juiz.
o Quando feita verbalmente, só terá eficácia nos casos em que a lei
não exija prova literal.
Características
Art. 350 – “A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os
litisconsortes.” – Se aplica ao litisconsórcio simples – a confissão de um dos litisconsortes só o
prejudicará, não afetando os demais. Porém, no litisconsórcio unitário, a confissão só produz
efeitos se todos os litisconsortes confessarem – se um só confessar, não terá efeito nenhum.
Parágrafo único – “Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos sobre imóveis
alheios, a confissão de um cônjuge não valerá sem a do outro.”
A confissão ineficaz é recebida pelo juiz como indício, que pode ser usado para fundamentar a
sentença.
Testemunhal
Pericial
PROVA DOCUMENTAL
Conceito: se o réu na confissão, alega um fato novo, esse fato novo terá de ser provado
através de prova documental.
“O documento é uma coisa representativa de um fato por obra humana”- Fredie Didier
Prova documental: é uma coisa de um fato em uma coisa (não é prova escrita nem em papel);
É quando o homem consegue representar em alguma coisa um fato, podendo ser cd, DVD, e-
mail;
Existe prova escrita que não é documental, bem como existe prova documental que
não é escrita, a exemplo, fotografia;
Autoria de documento (Art. 371)
Dependendo de quem é o autor da prova, terá mais ou menos força no processo. Uma prova
unilateralmente formada ainda que seja documental, é uma prova muito mais fraca do que um
documento formado por duas partes.
- autoria material: a própria pessoa o criou, ou seja, o próprio autor criou e assinou;
- autoria intelectual: o documento foi elaborado a mando, mas a autoria foi de quem pediu pra
fazer o documento;
- o artigo 371 dá muita importância à subscrição, dá muita importância a assinatura aposta nos
documentos para se provar a autoria;
O código esta defasado, dessa forma, ele vincula a autoria dos documentos a assinatura, mas
hoje existem uma série de documentos que não são assinados e que provam a autoria.
a)autenticação mecânica;
c)exame grafológico;
- documento público: seu autor é agente investido de função pública e no momento em que
lavra o documento esta no exercício de suas funções.
Existe uma exceção que a doutrina repassa que em algumas circunstâncias em que
determinado documento é público, apesar do agente não estar no exercício de suas funções,
tais como, quando um terceiro estiver em boa fé ou quando o agente público estiver
realmente exercendo a função de fato;
- documento particular: seu autor é um particular ou o agente público que não se encontre no
exercício de suas funções;
- sempre se deu muito valor probatório ao documento público (art. 215 CC)
Autenticidade
- “é autêntico o documento quando ele efetivamente provém do autor nele indicado”- Fredie
Didier
Se houver dúvida ou impugnação, instaura-se dilação probatória e por outros meios de prova
se tentará chegar a conclusão da data correta.
As regras dos incisos dos artigos 370 também podem ser aplicadas às partes, caso não se tenha
outro meio de prova.
A admissão a que se refere o caput do Art. 372 pode ser expressa ou tácita.
Ainda assim o documento particular aceito como veraz, poderá ser invalidado por
erro ou coação.
Prova documental unilateral – Documento assinado apenas por uma das partes,
quando o conteúdo prejudica o signatário, ela faz prova contra ele. Se ela o beneficia,
não fará prova em seu favor.
A regra é o Art. 368 – o documento assinado faz prova contra o signatário, as exceções são:
Parágrafo único – “Aplica-se esta regra tanto para o documento, que o credor conservar em
seu poder, como para aquele que se achar em poder do devedor.”
Se o credor anotar no verso de uma nota promissória, por exemplo, que concedeu um prazo
maior, ou que parte da dívida foi paga, etc. mesmo que não assine, faz prova em favor do
devedor.
Art. 379 – “Os livros comerciais, que preencham os requisitos exigidos por lei, provam também
a favor do seu autor no litígio entre comerciantes.” – se o livro tiver preenchido os requisitos
legais, fará prova em benefício de seu autor.
Apesar de serem documentos unilaterais, fazem prova a favor de quem o formou desde que:
Em algumas situações, a parte não consegue obter o documento original para apresentar no
processo, podendo usar as hipóteses em que as cópias terão o mesmo valor.
I - as certidões textuais de qualquer peça dos autos, do protocolo das audiências, ou de outro
livro a cargo do escrivão, sendo extraídas por ele ou sob sua vigilância e por ele subscritas;
III - as reproduções dos documentos públicos, desde que autenticadas por oficial público ou
conferidas em cartório, com os respectivos originais.
V - os extratos digitais de bancos de dados, públicos e privados, desde que atestado pelo seu
emitente, sob as penas da lei, que as informações conferem com o que consta na origem;
O momento de juntada das provas é, para o autor, na petição inicial e para o réu, na
contestação – Art. 396
Esta regra conflita com o art. 283, que diz que a inicial deverá ser acompanhada apenas pelos
documentos indispensáveis ao processo. A doutrina diz que vale o 396, embora as partes
possam apresentar documentos fora do prazo nas hipóteses:
Fatos ocorridos depois dos articulados, ou para contradizer aos que foram
produzidos nos autos (art. 397) – o juiz dará 5 dias para a outra parte
contestar a nova prova (art. 398)
Nova prova não tumultuar o processo ou não representar atitude
temerária da parte (guardar a prova como uma carta na manga) –
disposição doutinária.
O juiz pode requisitar certidões, necessárias à prova das alegações das partes, às repartições
públicas em qualquer tempo. Pode também solicitar os procedimentos administrativos nas
causas quem envolverem ente público. A doutrina se baseia no Art. 130 para estender o
alcance deste artigo a empresas privadas.
O juiz tem poder para determinar a apresentação de livros comerciais em qualquer situação de
interesse processual, não somente nas previsões do art. 381.
Argüição de Falsidade
Toda vez que uma parte apresentar um documento, a contra parte pode argüir sua falsidade.
Toda vez que uma parte argüi a falsidade de um documento, o processo será suspenso.
Se a contra parte argüir a falsidade a parte pode concordar com a sua retirada dos autos (se a
contra parte não se opuser ao desentranhamento).
Legitimidade Ativa – Sujeito contra quem foi produzido o documento – MP (Art. 83, II)
Prova Testemunhal
Art. 400 CPC – Admissibilidade – a prova testemunhal é sempre admissível desde que a lei não
diga o contrario. O juiz dispensará a testemunha quando:
Art. 401 - “A prova exclusivamente testemunhal só se admite nos contratos cujo valor não
exceda o décuplo do maior salário mínimo vigente no país, ao tempo em que foram
celebrados”.
Art. 402 – “Qualquer que seja o valor do contrato, é admissível a prova testemunhal, quando:
I - houver começo de prova por escrito, reputando-se tal o documento emanado da parte
contra quem se pretende utilizar o documento como prova;
II - o credor não pode ou não podia, moral ou materialmente, obter a prova escrita da
obrigação, em casos como o de parentesco, depósito necessário ou hospedagem em hotel.”
Art. 403 – “As normas estabelecidas nos dois artigos antecedentes aplicam-se ao pagamento e
à remissão da dívida.” – pagamento e perdão de dívida
Art. 409 – O juiz arrolado como testemunha em um processo que ele atua pode se dar por
impedido e encaminhar os autos para seu substituto legal ou retirar seu nome do rol. Caso o
juiz se declare seu impedimento e não se retire do rol de testemunhas terá sua oitiva
obrigatória.
Art. 416 – quem colhe a prova é o juiz – os advogados das partes perguntam ao juiz, que
repergunta a testemunha, reformulando a pergunta, se necessário, ou indefere a pergunta
(quando vexatória ou capciosa). O juiz também determina o que constará como resposta da
testemunha na ata da audiência.
Toda testemunha arrolada em processo de conhecimento terá sua falta ao trabalho abonada,
devido ao caráter de serviço público do processo.
Acariação
Uma parte e uma testemunha, ou duas ou mais testemunhas, são colocadas frente a frente
para se acariar um fato que esteja contradito no processo, para se determinar quem está
mentindo.
Prova Pericial
Art. 427 - O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação,
apresentarem sobre as questões de fato pareceres técnicos ou documentos elucidativos que
considerar suficientes.
Art. 421 - O juiz nomeará o perito, fixando de imediato o prazo para a entrega do laudo.
Art. 423 – O perito é sujeito a impedimento e suspeição, podendo recusar a perícia ou ser
recusado pelas partes. O perito também pode alegar excesso de trabalhos ou outros motivos
pessoais para escusar-se.
Art. 429 - Para o desempenho de sua função, podem o perito e os assistentes técnicos
utilizarem-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações,
solicitando documentos que estejam em poder de parte ou em repartições públicas, bem
como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e outras quaisquer peças.
Dez dias após a entrega do laudo pericial, os assistentes técnicos deverão entregar seus laudos
técnicos.
Art. 424 – O perito pode ser substituído:
II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado – o perito
pode pedir dilação do prazo – Art. 432 – “Se o perito, por motivo justificado, não puder
apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz conceder-lhe-á, por uma vez, prorrogação, segundo
o seu prudente arbítrio”.
Este artigo é numerus abertus. Existem “n” situações em que o perito pode ser substituído.
Esclarecimento do Perito – a parte pode pedir a intimação do perito para que ele
compareça a AIJ e esclareça pontos obscuros, contraditórios ou omissos no laudo.
Art. 428 - Quando a prova tiver de realizar-se por carta, poderá proceder-se à nomeação de
perito e indicação de assistentes técnicos no juízo, ao qual se requisitar a perícia.
A perícia é paga pela parte que a requere, se ambas requisitarem, dividirão as custas.
A parte que está sob o páreo da assistência judicial não paga a perícia
Art. 433 - O perito apresentará o laudo em cartório (secretaria da vara), no prazo fixado pelo
juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.
Art. 434 - Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade de documento
(Polícia Civil, se justiça estadual, ou PF se justiça Federal), ou for de natureza médico-legal
(IML), o perito será escolhido, de preferência, entre os técnicos dos estabelecimentos oficiais
especializados. O juiz autorizará a remessa dos autos, bem como do material sujeito a exame,
ao diretor do estabelecimento.
Parágrafo único - Quando o exame tiver por objeto a autenticidade da letra e firma, o perito
poderá requisitar, para efeito de comparação, documentos existentes em repartições públicas;
na falta destes, poderá requerer ao juiz que a pessoa, a quem se atribuir a autoria do
documento, lance em folha de papel, por cópia, ou sob ditado, dizeres diferentes, para fins de
comparação.
Art. 436 - O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar a sua convicção com
outros elementos ou fatos provados nos autos.
Art. 437 - O juiz poderá determinar, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova
perícia, quando a matéria não lhe parecer suficientemente esclarecida.
Art. 438 - A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre que recaiu a primeira e
destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que esta conduziu.
Este artigo, segundo parcela considerável da doutrina, pode ser relativizado – princípio
do devido processo legal as provas podem ser determinadas pelo juiz, se ele
escolher que o segundo perito poderá fazer uma segunda perícia com um objeto maior
ou menor que o da primeira.
Art. 439 - A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a primeira.
Parágrafo único - A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar
livremente o valor de uma e outra.
Inspeção Judicial
O magistrado, mesmo que tenha conhecimento técnico em dada área, por exemplo, seja
também médico, não poderá realizar perícia, mas poderá realizar inspeção.
A parte no processo tem o dever de se submeter à inspeção – Art. 340, II, CPC
A parte que se recusa injustificadamente não pode ser forçada, mas este ato pode configurar
litigância de má fé – Art. 17, IV.
Art. 442 – Local da Inspeção - O juiz irá ao local, onde se encontre a pessoa ou coisa, quando:
I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar;
II - a coisa não puder ser apresentada em juízo, sem consideráveis despesas ou graves
dificuldades;
Art. 443 - Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado, mencionando nele
tudo quanto for útil ao julgamento da causa.
Parágrafo único - O auto poderá ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia
Art. 444 – Publicidade - A audiência será pública; nos casos de que trata o
Art. 155, realizar-se-á a portas fechadas.
Art. 445 e 446 – Direção pelo juiz
III - exortar os advogados e o órgão do Ministério Público a que discutam a causa com elevação
e urbanidade.
Fases da audiência
Art. 450 – pregão das partes – o serventuário chama as partes no corredor do fórum
Conciliação (art. 447, 448, 449) – apesar do juiz poder marcar uma
audiência de conciliação, o primeiro momento da AIJ é uma tentativa de
conciliação. Se houver acordo, ele será assinado pelo juiz e terá força de
sentença.
o O comparecimento das partes não é obrigatório – a não ser que
ela tenha que dar depoimento pessoal. O advogado deve
comparecer mesmo que a parte não vá, se ele não tiver poder para
transigir, passa-se a fase de instrução.
Instrução
o Art. 451 – não havendo conciliação, o juiz fixará os pontos
controvertidos (comumente não acontece, pois o juiz só vai
conhecer do teor da lide no momento da AIJ por falta de tempo).
o Art. 452 – ordem de produção de prova
I - o perito e os assistentes técnicos responderão aos
quesitos de esclarecimentos, requeridos no prazo e na
forma do Art. 435;
II - o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do
autor e depois do réu;
III - finalmente, serão inquiridas as testemunhas arroladas
pelo autor e pelo réu.
Debates Orais
o Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e ao
do réu, bem como ao órgão do Ministério Público, sucessivamente,
pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10
(dez), a critério do juiz. Os prazos são por pólos, 20 min para os
autores e 20 para os réus, não importando quantos sejam.
o Art. 454, § 2º - as razões dirão respeito apenas sobre a oposição –
haverá um debate para o opoente e outro sobre o mérito da
causa.
o § 3º - Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou
de direito, o debate oral poderá ser substituído por memoriais,
caso em que o juiz designará dia e hora para o seu oferecimento –
é o que normalmente acontece, por falta de tempo - não há prazo
predeterminado para apresentação dos memoriais.
o Prazo para retirada dos autos é sucessivo, mas o prazo para
protocolizar os memoriais é comum – ex. se o juiz conceder 30 dias
para a apresentação dos memoriais, o autor terá do 1º ao 15º dia
para retirar os autos da secretaria e o réu terá do 16º ao 30º. O
prazo para apresentação dos memoriais é comum, pois as partes
terão os 30 dias para entregá-lo.
o Conteúdo do memorial:
Apresentar a tese jurídica
Destacar fatos relevantes
Apontar aspectos das provas que favorecem o pleito da
parte
Sentença (Art. 456) – o juiz não tem prazo para sentenciar
o Caso o juiz entenda que as provas produzidas até o momento não
sejam suficientes para sentenciar, o juiz pode converter o
julgamento em diligência.
Art. 457 - O escrivão lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o ocorrido na
audiência, bem como, por extenso, os despachos e a sentença, se esta for proferida no ato.
§ 1º - Quando o termo for datilografado, o juiz lhe rubricará as folhas, ordenando que sejam
encadernadas em volume próprio.
Do Procedimento Sumário
Todas as ações que não se enquadrarem na hipóteses de procedimento especial, terão
tratamento em procedimento comum. Tudo que não for procedimento sumário, terá
procedimento ordinário.
I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo ; Até 40
salários mínimos podem ser processadas no procedimento especial – juizados especiais
g) que versem sobre revogação de doação; nos demais casos previstos em lei. A ação que visa
revogar doação por ingratidão do donatário ou inexecução do encargo (art. 555 CC/02)
h) nos demais casos previstos em lei. Ex. Ação revisional de aluguel (art. 68 Lei 8245/91) e Ação
de Adjucação Compulsória (ou outorga de escritura) (art. 16 Decreto-Lei nº 58/1937).
Parágrafo único - Este procedimento não será observado nas ações relativas ao estado e à
capacidade das pessoas. Ex. divórcio, interdição, etc.
Art. 279 - Os atos probatórios realizados em audiência poderão ser documentados mediante
taquigrafia, estenotipia ou outro método hábil de documentação, fazendo-se a respectiva
transcrição se a determinar o juiz.
Parágrafo único - Nas comarcas ou varas em que não for possível a taquigrafia, a estenotipia
ou outro método de documentação, os depoimentos serão reduzidos a termo, do qual constará
apenas o essencial.
Art. 280 - No procedimento sumário não são admissíveis a ação declaratória incidental e a
intervenção de terceiros, salvo a assistência, o recurso de terceiro prejudicado e a
intervenção fundada em contrato de seguro.
o Qualquer intervenção de terceiros, fundada em contrato de seguro.
o Como não se admite Ação Declaratória Incidental, o incidente de falsidade
também está vedado.
I - não será admissível ação declaratória incidental, nem a intervenção de terceiro, salvo
assistência e recurso de terceiro prejudicado;
II - o perito terá o prazo de quinze dias para apresentação do laudo;
III - das decisões sobre matéria probatória, ou proferidas em audiência, o agravo será
sempre retido
Sentença
Clareza
Certeza (§ único do art. 460 do CPC) – defere, indefere ou deixa de analisar o pedido
o É certa a sentença que expressa em termos inequívocos a qual conclusão se
chegou deferimento, indeferimento ou não análise do pedido
o A decisão judicial não pode criar condições à sua própria eficácia. (Doutrina
Clássica)
Liquidez – quando o pedido por liquido a sentença será liquida, porém, quando houver
pedido incerto ou indeterminado, a sentença será ilíquida. Após a sentença il íquida ser
prolatada, o processo iniciará a fase de liquidação para só então entrar na fase da
execução.
Regras Heterotrópicas – regras de direito material que interferem no direito processual. Ex.
Dolo na confissão.