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Trabalho Prático
Órgãos de Máquinas
Ano Letivo 2019/2020
Docente:
Armando Lopes Ramalho, Ph.D.
Unidade Curricular:
Órgãos de Máquinas
O presente documento relata a concretização do trabalho prático contextualizado na Unidade Curricular de Órgãos de Máquinas,
lecionada pelo Professor Doutor Armando Ramalho. Trabalho realizado pelo Grupo 3, no Primeiro Semestre do Terceiro Ano da
Licenciatura em Engenharia Industrial – Curso de Ensino Superior – no ano letivo 2019/20.
Eva Tavares; Francisco Pio
Resumo
Palavras-chave
1
Órgãos de Máquinas
Índice
Introdução ........................................................................................................................ 3
Enunciado Proposto ......................................................................................................... 4
Recolha de dados.............................................................................................................. 7
Cálculo das Forças ......................................................................................................... 9
Força Tangencial – Ft ................................................................................................. 9
Força Axial – Fa ........................................................................................................ 10
Força Radial – Fr ...................................................................................................... 10
Cálculos dos Momentos .............................................................................................. 11
Momento provocado pela correia que liga o motor ao veio .................................. 11
Momento Torsor – MT ............................................................................................. 11
Momento Fletor – Mf .............................................................................................. 12
Propriedades do Aço “FR 3” ........................................................................................... 15
Critério de Soderberg ..................................................................................................... 15
Determinação do Coeficiente de Segurança .................................................................. 16
Cálculo da Tensão Limite de Fadiga do Material ........................................................ 16
Cálculo/ Determinação dos coeficientes “k” .............................................................. 17
Coeficiente de Carga – kC ........................................................................................ 17
Coeficiente de Acabamento Superficial – kS ........................................................... 17
Coeficiente de Tamanho – kta .................................................................................. 18
Coeficiente de Temperatura – kT............................................................................. 18
Coeficiente de Fiabilidade – kfb ............................................................................... 19
Cálculo da Tensão Admissível de Fadiga..................................................................... 19
Cálculo do Fator Dinâmico de Concentração de Tensões .......................................... 20
Cálculo dos Fatores Kff e Kft “à Flexão”...................................................................... 22
Cálculo do Coeficiente de Segurança.......................................................................... 22
Verificação da Secção Crítica .......................................................................................... 23
Conclusões ...................................................................................................................... 24
Referências ..................................................................................................................... 25
2
Eva Tavares; Francisco Pio
Introdução
O propósito deste redutor é alcançar uma velocidade de saída de 82,5 rotações por
minuto, no Veio 3 (componente a ser estudado), com uma velocidade angular de 8,643
radianos por segundo.
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Órgãos de Máquinas
Enunciado Proposto
𝑃
𝐹𝑡 =
𝑑
𝜔∙ 2
𝐹𝑎 = 𝐹𝑡 ∙ 𝑡𝑔 β
𝑡𝑔 𝛼
𝐹𝑟 = 𝐹𝑡 ∙
𝑐𝑜𝑠𝛽
4
Eva Tavares; Francisco Pio
5
Órgãos de Máquinas
Para o veio 1 considere que a força aplicada pelas correias trapezoidais é horizontal
e está aplicada no ponto indicado na figura 3.
Considere que o momento torsor é aplicado de forma linear ao longo da largura das
engrenagens. No que se refere às forças aplicadas no engrenamento deve considerá-las
no ponto intermédio da largura das engrenagens.
O material utilizado para construir o veio foi o aço de construção ligado, FR3 (catálogo
online da F. Ramada).
6
Eva Tavares; Francisco Pio
Recolha de dados
A figura a seguir (vd. Figura 3) ilustra o Veio 3, que será analisado e posteriormente
dimensionado, conforme os valores obtidos no decorrer do estudo.
Chavetas e respetivos escatéis: L=80 mm; b: 10mm, h=8mm (para escatel h=4mm)
Fiabilidade: 95%
7
Órgãos de Máquinas
Diametro do veio:
Tendo em conta que o tipo de rolamento fixo de esferas para os apoios dos Veio 3 é
o rolamento FAG 6209 para ambos os apoios, recorreu-se ao catálogo do fabricante de
rolamentos FAG, para posteriormente determinar os restantes diâmetros do veio a
partir de uma representação à escala 1:1, aquando da visualização do desenho técnico
do redutor de velocidades (vd. Figura 4).
Admitindo uma possível falha por fadiga, será calculado o coeficiente de segurança n.
8
Eva Tavares; Francisco Pio
Força Tangencial – Ft
𝑃
𝐹𝑡 =
𝑑
𝜔∙2
11000
𝐹𝑡 =
0,347853
8,643 ∙ 2
Onde:
P - Potência transmitida ao veio [W]
d - Diâmetro primitivo da engrenagem [m]
ω - Velocidade angular da engrenagem [rad/s]
9
Órgãos de Máquinas
Força Axial – Fa
𝐹𝑎 = 𝐹𝑡 ∙ tan 𝛽
𝐹𝑎 = 7317,495 ∙ tan 15
Força Radial – Fr
tan 𝛼
𝐹𝑟 = 𝐹𝑡
cos 𝛽
tan 20
𝐹𝑟 = 𝐹𝑡 ∙
cos 15
10
Eva Tavares; Francisco Pio
𝑃
𝑀𝑇(𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎) =
𝜔𝑚
11000
𝑀𝑇(𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎) =
1500 × 2𝜋
60
11000
𝑀𝑇(𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎) =
157,08
Momento Torsor – MT
𝑑
𝑀𝑇 = 𝐹𝑡 ∙
2
0,347853
𝑀𝑇 = 7317,495 ∙
2
𝑀𝑇 = 𝟏𝟐𝟕𝟐, 𝟕𝟎𝟔 [𝑁 ∙ 𝑚]
Onde:
Ft – Força tangencial [N]
d – Diâmetro primitivo da engrenagem [m]
11
Órgãos de Máquinas
Momento Fletor – Mf
𝑑
𝑀𝑓𝑎 = 𝐹𝑎 ∙
2
0,347853
𝑀𝑓𝑎 = 1960,72 ∙
2
12
Eva Tavares; Francisco Pio
Cálculo das reações RxA, RyA e RyB, através dos somatórios de forças e momentos:
𝛴𝐹𝑥 = 0 −𝑅𝑥𝐴 + 𝐹𝑎 = 0
𝛴𝐹
{ 𝑦 = 0 (=) { −𝑅𝑦𝐴 − 𝑅𝑦𝐵 + 𝐹𝑟 = 0
𝛴𝑀𝐴 = 0 𝑀𝑓𝑎 − (𝐹𝑟 ∙ 0,1395) + (𝑅𝑦𝐵 ∙ 0,214) = 0
𝑅𝑥𝐴 = 1960,7168 [𝑁]
(=) {𝑅𝑦𝐴 = 𝟐𝟓𝟓𝟑, 𝟒𝟓𝟔𝟓 [𝑁]
𝑅𝑦𝐵 = 𝟐𝟎𝟑, 𝟖𝟒𝟔𝟕 [𝑁]
𝑀𝑓𝑦𝐴 + 𝑅𝑦𝐴 ∙ 0,1395 = 0 (=) 𝑀𝑓𝑦𝐴 = −(𝑅𝑦𝐴 ∙ 0,1395) = 𝟑𝟓𝟔, 𝟐𝟎𝟕𝟐 [𝑁𝑚]
−𝑀𝑓𝑦𝐵 + 𝑅𝑦𝐵 ∙ 0,0745 = 0 (=) 𝑀𝑓𝑦𝐵 = 𝑅𝑦𝐵 ∙ 0,0745 = 𝟏𝟓, 𝟏𝟖𝟔𝟔 [𝑁𝑚]
13
Órgãos de Máquinas
Cálculo das reações RxA, RzA e RzB, através dos somatórios de forças e momentos:
𝛴𝐹𝑥 = 0 −𝑅𝑥𝐴 + 𝐹𝑎 = 0
{ 𝛴𝐹𝑧 = 0 (=) { −𝑅𝑧𝐴 − 𝑅𝑧𝐵 + 𝐹𝑡 = 0
𝛴𝑀𝐴 = 0 −(𝐹𝑡 ∙ 0,1395) + (𝑅𝑧𝐵 ∙ 0,214) = 0
𝑀𝑓𝑧𝐴 − (𝑅𝑧𝐴 ∙ 0,1395) = 0 (=) 𝑀𝑓𝑧𝐴 = −(2547,4456 ∙ 0,1395) = 𝟑𝟓𝟓, 𝟑𝟔𝟖𝟕 [𝑁𝑚]
−𝑀𝑓𝑧𝐵 + 𝑅𝑧𝐵 ∙ 0,0745 = 0 (=) 𝑀𝑓𝑧𝐵 = 4770,0491 ∙ 0,0745 = 𝟑𝟓𝟓, 𝟑𝟔𝟖𝟕 [𝑁𝑚]
14
Eva Tavares; Francisco Pio
Critério de Soderberg
2
3
32 ∙ 𝑛 𝑘𝑡𝑡 ∙ 𝑀𝑇 2 𝑘𝑓𝑓 ∙ 𝑀𝑓
𝑑=√ √
∙ ( ) +( )
𝜋 𝜎𝑐 𝜎𝑓
15
Órgãos de Máquinas
Pelo mesmo formulário (vd. Figura 10), o cálculo da Tensão Limite de Fadiga σf será
realizado pelo critério de Soderberg, que determina:
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Eva Tavares; Francisco Pio
Coeficiente de Carga – kC
Dado que, para este caso de estudo, a tensão limite de fadiga se obtém em flexão
rotativa:
𝑘𝐶 = 𝟏
Com base na Figura 11, para o aço FR3, que é um aço maquinado (do inglês:
“machined”), o Coeficiente de Acabamento Superficial é dado por:
𝑘𝑆 = 𝑎 ∙ 𝜎𝑅 𝑏
𝑘𝑆 = 4,51 ∙ 1000−0,265
𝑘𝑆 = 𝟎, 𝟕𝟐𝟑𝟏
17
Órgãos de Máquinas
Ou seja,
𝑘𝑡𝑎 = 1,24 ∙ 𝑑 −0,107
𝑘𝑡𝑎 = 1,24 ∙ 50−0,107
𝑘𝑡𝑎 = 𝟎, 𝟖𝟏𝟓𝟗
Onde:
d – Diâmetro do veio na secção da engrenagem[mm]
Coeficiente de Temperatura – kT
𝑘𝑇 = 𝟏
Figura 12 – Determinação do Coef. de Temperatura (retirado de: J.E. Shigley and C.R.
Mischke, “Mechanical Engineering Design”, 6th edition, 2001)
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Eva Tavares; Francisco Pio
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Órgãos de Máquinas
𝑟
A Sensibilidade do Entalhe q será determinada com a proporção 𝑑, cujo raio r é de 2
O raio r é o raio de concordância para a secção apontada pela seguinte figura (vd.
Figura 14). Determinou-se como tendo 2 milímetros de raio, uma vez que este valor é
metade da diferença dos diâmetros envolventes da secção que inicialmente
considerámos ser a secção crítica – a ser validada como tal, mais adiante.
20
Eva Tavares; Francisco Pio
21
Órgãos de Máquinas
2
3
32 ∙ 𝑛 𝑘𝑡𝑡 ∙ 𝑀𝑇 2 𝑘𝑓𝑓 ∙ 𝑀𝑓
𝑑=√ ∙ √( ) +( )
𝜋 𝜎𝑐 𝜎𝑓
𝑛 = 𝟐, 𝟔𝟐
22
Eva Tavares; Francisco Pio
𝑟
Pela proporção de = 0,0208 de Peterson, que determina uma sensibilidade do
𝑑
2
3
32 ∙ 𝑛 𝑘𝑡𝑡 ∙ 𝑀𝑇 2 𝑘𝑓𝑓 ∙ 𝑀𝑓
𝑑=√ ∙ √( ) +( )
𝜋 𝜎𝑐 𝜎𝑓
𝟐, 𝟔𝟐 < 𝟑, 𝟏𝟖
23
Órgãos de Máquinas
Conclusões
Esta última verificação confirmou a nossa primeira escolha de secção crítica como
sendo a mais correta – secção de alteração de diâmetro do veio (vd. Figura 14).
𝑛 = 𝟐, 𝟔𝟐
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Eva Tavares; Francisco Pio
Referências
[2] V. M. Faires, “Diseño de Elementos de Maquinas”, 4ª edição, “Montaner y Simon, S. A.”, Barcelona, pp.
750 - 751
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