O drama conta a história da fidalga Madalena de Vilhena, casada com D. João de
Portugal, dado como morto na batalha de Alcácer-Quibir, assim como o rei D. Sebastião. Diante disso, Madalena casa-se com Manuel de Sousa Coutinho, nobre português, por quem se apaixonara quando ainda estava casada. Dessa união nasce uma filha, Maria de Noronha.
Madalena atormentava-se constantemente com a possibilidade de o primeiro
marido ainda estar vivo e retomar da guerra. Telmo Pais, o escudeiro de D. João, alimentava nela esse temor. De fato, depois de 20 anos, D. João volta a Portugal.
O ponto culminante da peça é a revelação da identidade do nobre português e o
desespero que toma conta dos personagens. No desenlace trágico, Manuel Coutinho e Madalena resolvem, para expiação de sua culpa, tomar o hábito religioso.
Durante a cerimônia em que Manuel Coutinho torna-se Frei Luís de Sousa, Maria de Noronha, filha do casal, tomada pela vergonha e pelo desespero, morre aos pés de seus pais.