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SUMÁRIO

ASSISTENTE DE CLÍNICA ODONTOLÓGICA ................................................................ 2


ASSISTENTE DE CLÍNICA ODONTOLÓGICA ............................................................... 3
ESPECIALIDADES DOS DENTISTAS E REQUISITO BÁSICO PARA OS TIPOS DE
CONSULTÓRIOS ODONTOLÓGICOS ........................................................................... 6
PRINCIPAIS INSTRUMENTOS ODONTOLÓGICOS ...................................................... 7
CONHEÇA A ANATOMIA DA BOCA .............................................................................. 9
CONHECENDO O DENTE ........................................................................................... 10
PATOLOGIAS MAIS FREQUENTES DOS DENTES .................................................... 10
PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS ...................................................................... 11
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ......................................................................................... 13
NOÇÕES DE ENFERMAGEM ......................................................................................... 14
INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM ................................................................................ 15
NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS ....................................................................... 15
INFECÇÃO ................................................................................................................... 16
MODO DE TRANSMISSÃO .......................................................................................... 17
SISTEMA DE PRECAUÇÕES E ISOLAMENTO ........................................................... 18
ÁREAS E ARTIGOS HOSPITALARES ......................................................................... 18
LAVAGEM DAS MÃOS ................................................................................................. 19
LUVAS .......................................................................................................................... 20
MÉTODO PARA CALÇAR AS LUVAS .......................................................................... 20
MÉTODO DE RETIRADA DAS LUVAS ESTÉREIS ...................................................... 21
CURATIVO ................................................................................................................... 21
AUXILIAR DE FARMÁCIA............................................................................................... 22
AUXILIAR DE FARMÁCIA ............................................................................................ 23
DEFINIÇÕES IMPORTANTES...................................................................................... 23
RECEBIMENTO DE MERCADORIAS ........................................................................... 24
DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS ........................................................................ 25
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA RECEITA .............................................................. 26
TIPOS DE MEDICAMENTOS ....................................................................................... 27
ARMAZENAR MEDICAMENTOS .................................................................................. 27

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ASSISTENTE DE CLÍNICA
ODONTOLÓGICA
CAPÍTULO I

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ASSISTENTE DE CLÍNICA ODONTOLÓGICA

O assistente de clínica odontológica auxilia na parte administrativa, organização do


consultório e lida com os pacientes antes do atendimento. Quando nos tornamos
pacientes, procuramos mais do que uma consulta ou um medicamento. Queremos uma
ótima clínica, situada num ótimo lugar, muito bem equipada, mas gerida e “operada” por
seres humanos.
O exercício da Medicina moderna conta com o apoio da tecnologia, mas continua
calcado na relação humana, na comunicação adequada, no vínculo afetivo, no respeito ao
paciente, que, hoje, tornou-se o cliente. Quem está na linha de frente, quem lida com o
paciente, precisa estar muito bem treinado e motivado. Este profissional deve gostar do
seu trabalho e de lidar com o público.
Numa época em que os consultórios e clínicas não podem dispensar pacientes, as
secretárias e recepcionistas se tornaram peças fundamentais para o bom funcionamento
do negócio.
A recepcionista deve ser uma pessoa sensível e que tenha um atendimento
humanizado, uma vez que, o paciente de clínica odontológica tem suas particularidades.
A maioria das pessoas tem medo de dentista e, geralmente, quando se vai a um
consultório odontológico é porque você está sentindo dor ou algum incômodo, portanto, o
paciente está inseguro e com medo. Entender essa situação e realizar um atendimento
personalizado e humanizado é muito importante, e se torna um diferencial tanto para o
recepcionista quanto para a clínica.

Atribuições da Recepcionista:

 Controlar o acesso à clínica e realizar a acolhida dos pacientes, profissionais e


fornecedores;
 A recepcionista deve sempre orientar procedimentos iniciais, informar horários e
tempo de espera, sinalizar os locais de atendimento, banheiros e copa;
 Deve ficar à disposição para quaisquer dúvidas e esclarecimentos;

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 A recepcionista tem a obrigação de chegar sempre antes do horário de
funcionamento da clínica e aguardar o paciente com tudo preparado;
 Não deve se atrasar, principalmente, no primeiro horário, porque o paciente nunca
poderá ficar esperando do lado de fora. Isto demonstra falta de ordem e
desatenção;
 A recepcionista interage o tempo todo e se comunica com todas as pessoas
envolvidas no consultório: profissionais, auxiliares, fornecedores, pacientes,
acompanhantes, distribuidores de material, propagandistas e visitantes. Por isso,
deve sempre estar atenta, ser solícita e simpática para garantir harmonia e boa
impressão aos visitantes;
 É muito importante que a recepcionista esteja atenta às visitas e aos
acompanhantes, oferecendo entretenimento e atenção para que tenham uma
excelente impressão da clínica;
 A recepcionista deve fazer o controle rigoroso das consultas, a confirmação
antecipada dos pacientes, a verificação dos horários e intervalos possíveis, entre
os pacientes atendidos;
 Uma recepcionista eficiente deve ser capaz de fazer encaixes e ajustes de
emergências, sem promover caos e desordem, para isso, deve procurar conhecer
os pacientes, estabelecer prioridades, comunicar possíveis atrasos com respeito e
atenção;
 A recepcionista é a guardiã da porta de entrada, local onde o paciente e seu
acompanhante permanecem, antes da consulta. Por isso é importante que este
ambiente esteja impecavelmente arrumado, limpo, agradável, não haja barulho,
discussões, bagunça e excesso de ruídos que possam incomodar os pacientes;
 Banheiros higienizados, copas impecáveis, sofás e arrumação de revistas (atuais
e de interesse do seu público-alvo) devem sempre ser verificados pela
recepcionista para garantir harmonia e bem estar na espera;
 Entender o recado, ouvir atentamente, anotar todos os detalhes, sempre confirmar
dados: nome, telefone de contato e/ou e-mail e garantir prazo de resposta.

Etiqueta Profissional

Etiqueta é sinônimo de boa educação. Imprescindível na vida e também no mundo


dos negócios. Ser competente é primordial para ter sucesso em qualquer carreira, mas
saber se comportar em qualquer situação que se apresente, é da mesma forma
importante. Algumas dicas gerais:
 A pontualidade deve ser um hábito;
 Não faça fofocas;
 Iniciativa: Requisito básico para que o profissional seja proativo e bom colaborador
dos colegas;
 Sorriso: É importante que você demonstre-se uma pessoa receptiva;
 Jamais retocar o batom na recepção, na área de saúde é preciso ter consciência
que o batom deve ser claro e discreto;

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DIFERENÇA ENTRE O AUXILIAR EM SAÚDE BUCAL (ASB) E O
TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL (TSB)

Você, no cargo de recepcionista ou assistente de clínica odontológica, pode


desempenhar várias funções, uma delas, é ser supervisor dos setores da clínica. Por isso,
é importante saber a diferença de um ASB para um TSB e assim identificar as atribuições
de cada função.

Auxiliar em Saúde Bucal (ASB)

Diversas são as atribuições e competências legais do Auxiliar em Saúde Bucal


(ASB), mas pode-se ressaltar as principais (sempre na presença do cirurgião-dentista ou
TSB):

 Organizar e executar atividades de higiene bucal;


 Processar filme radiográfico;
 Preparar o paciente para o atendimento;
 Auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas, inclusive em
ambientes hospitalares;
 Selecionar moldeiras;
 Manipular materiais de uso odontológico;
 Registrar dados e participar da análise das informações relacionadas ao controle
administrativo em saúde bucal;
 Preparar modelos em gesso.
 O ASB também deve fazer a limpeza, assepsia, desinfeção e esterilização do
instrumental, equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho;
 Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal;
 Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, manuseio e
descarte de produtos e resíduos odontológicos;

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 Desenvolver ações de promoção da saúde e prevenção de riscos ambientais e
sanitários;
 Realizar em equipe levantamento de necessidades em saúde bucal;
 Adotar medidas de biossegurança no intuito de controlar possíveis infecções.

Técnico em Saúde Bucal (TSB)

Já o Técnico em Saúde Bucal (TSB) responde diretamente suas funções ao cirurgião-


dentista, e cabe a ele:

 Participar do treinamento e capacitação de ASB e de agentes multiplicadores das


ações de promoção à saúde;
 Participar das ações educativas atuando na promoção da saúde e na prevenção
das doenças bucais;
 Participar na realização de levantamentos e estudos epidemiológicos, exceto na
categoria de examinador.
 Ao TSB também deve ensinar técnicas de higiene bucal e realizar a prevenção das
doenças bucais por meio da aplicação tópica do flúor;
 Fazer a remoção do biofilme;
 Supervisionar o trabalho do ASB;
 Inserir e distribuir no preparo cavitário materiais odontológicos na restauração
dentária direta, vedado o uso de materiais e instrumentos não indicados pelo
cirurgião-dentista;
 Proceder à limpeza e à anti-sepsia do campo operatório, antes e após atos
cirúrgicos, inclusive em ambientes hospitalares;
 Remover suturas;
 Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, manuseio e descarte de
produtos e resíduos odontológicos;
 Realizar isolamento do campo operatório;
 Exercer todas as competências no âmbito hospitalar, bem como instrumentar o
cirurgião-dentista em ambientes clínicos e hospitalares.

ESPECIALIDADES DOS DENTISTAS E REQUISITO BÁSICO


PARA OS TIPOS DE CONSULTÓRIOS ODONTOLÓGICOS

A Odontologia abrange diversas especialidades. A seguir, um resumo de algumas


delas para sua melhor compreensão e facilidade ao procurar por um emprego como
atendente de consultório odontológico.

Clínico geral
Realiza procedimentos básicos e encaminha os pacientes para outros profissionais
especializados.

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Dentística
Voltado para estética, devolução da função dos dentes a partir da restauração
(“obturação”), comprometidos por cáries, fraturas, etc. e faz clareamento.

Endodontia
Relacionada ao tratamento de canal.

Estomatologia
Faz prevenção, diagnóstico e o tratamento das doenças próprias da boca.

Implantodontia
Colocação de raízes artificiais nos ossos da arcada, para adaptação de dentes ausentes.

Ortodontia
Corrige o posicionamento dos dentes por meio de aparelhos.

Odontopediatria
Cuida da saúde bucal de bebês e crianças.

Periodontia
Trata das doenças da gengiva além de cuidar das estruturas que dão suporte ao dente.
Faz limpeza de tártaro.

Prótese
Recuperação de dentes ausentes.
Radiologia Odontológica:

Aplicação de radiografia e outros exames por imagem com a finalidade de melhorar o


diagnóstico, acompanhamento e documentação de toda a estrutura bucal.

Cirurgia buco-maxilo-facial
Trabalha em hospital e realiza tratamento das fraturas de face e dentes.

PRINCIPAIS INSTRUMENTOS ODONTOLÓGICOS

ESPELHO
O espelho é utilizado em exames clínicos, pode ser plano ou côncavo,
para aumentar a imagem refletida. Serve para o dentista visualizar em
detalhes as condições em que se encontra a boca do paciente.

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PINÇA CLÍNICA
A pinça clínica é utilizada para pinçar materiais, como rolinhos de
algodão, e levá-los até a boca do paciente.

CONJUNTO DE FÓRCEPS
O fórceps é utilizado para a extração de dentes de leite e os
diversos tipos de dentes definitivos, da mandíbula e do maxilar.

BROCAS
As brocas são utilizadas na remoção de material cariado e na preparação
de cavidades dentais para receber restaurações. Existem brocas
apropriadas para o acoplamento nas canetas de alta rotação como também
para o acoplamento nos micromotores, de baixa rotação.

CORTANTES
Os cortantes são instrumentos de ponta afiada, indicados para fazer
acabamentos nas paredes das cavidades que serão restauradas.

APLICADOR DE CIMENTO DE HIDRÓXIDO DE


CÁLCIO
O aplicador é usado para colocar Hidróxido de Cálcio na cavidade do
dente, de maneira fácil e eficiente.

CALCADORES ESPATULADOS
Os calcadores espatulados são utilizados
no preenchimento das cavidades dentárias que estiverem
sendo tratadas com material curativo ou cimentos de
vedação, como o óxido de zinco mais eugenol.

SONDA EXPLORADORA
A sonda exploradora é utilizada para detectar cárie ou qualquer outra
alteração nos dentes do paciente.

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ESCAVADOR OU COLHER DE DENTINA
O escavador é utilizado para escavar material cariado visando
avaliar o grau de dano causado pela cárie.

HOLLEMBACK
O Hollemback é apropriado para fazer inserção de material
pastoso, como curativos e resinas, na cavidade do dente.

CARPULE
O carpule é uma seringa apropriada para fazer a administração
de anestésicos no paciente.

CUBAS METÁLICAS
As cubas metálicas são utilizadas para a colocação de materiais,
como álcool iodado e solução fisiológica, feitas em aço inox, com
tamanhos e formatos variados.

BANDEJAS METÁLICAS
As bandejas metálicas são fabricadas em aço inox, apropriadas
para a colocação dos instrumentos que serão utilizados durante
uma sessão de atendimento a um paciente.

CONHEÇA A ANATOMIA DA BOCA

A boca é formada pelos dentes, língua,


gengiva, palato – céu da boca –, bochecha e
lábios. Esse grupo é responsável pelo início da
digestão. Os dentes cortam os alimentos em
partes menores. A saliva lubrifica e dilui a
comida, além de iniciar a digestão de
carboidratos complexos.
A língua é responsável por empurrar os
alimentos para a faringe. É também na língua
que o indivíduo sente o gosto dos alimentos,
graças às papilas gustativas. A língua é revestida

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por um epitélio especializado contendo „pequenos botões‟ considerados receptores
sensoriais de paladar.
Em cada região da língua – dorso e parte lateral – estes botões formam conjuntos
responsáveis pela sensação de diferentes paladares: amargo na porção posterior do
dorso da língua, o doce na ponta da língua, e, nas laterais, o sabor salgado e azedo.
Um adulto tem 32 dentes, a função dos quatros incisivos, que ficam na parte da
frente da arcada, é cortar a comida. Por serem pontiagudos, os dois caninos servem para
dilacerar e perfurar. Já os pré-molares molares cortam, esmagam e trituram o alimento.

CONHECENDO O DENTE

Coroa: É a parte do dente que a gente consegue vê dentro da boca.


Raiz: É a parte que fixa o dente ao osso.
Câmara pulpar: Onde tem vasos e os nervos do dente, responsável pela sensação
dolorosa do dente.

Existem dois tipos de dente:

Leite: São os primeiros a aparecem na boca e são trocados pelo permanente.


Permanente: Os que vão ficar pelo resto da vida na cavidade oral.

PATOLOGIAS MAIS FREQUENTES DOS DENTES

Cárie: É a destruição localizada dos tecidos dentais causada pela ação


das bactérias através do biofilme (formado por resto de comida, falta de
escovação). Inicia-se como uma mancha branca no dente. Se a cárie for
muito profunda e atingir a polpa, o paciente vai sentir dor de dente.

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Tártaro: Também chamado de cálculo dental, é o resultado da
mineralização do biofilme. Ele endurece na superfície dos dentes, e
também pode se formar sob a gengiva e irritar os tecidos gengivais.

Doença periodontal
É uma doença infecto-inflamatória que acomete a gengiva e o tecido de
sustentação (cimento, ligamento periodontal e osso) dos dentes
causada pelo acúmulo de biofilme nos dentes próximos a gengiva. A
gengiva fica inflamada, inchada e sangrando – a famosa gengivite; se
durar muito tempo, o dente começa a ficar mole, devido à perda da
gengiva e do osso – periodontite.

PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS

Limpeza: Também chamada de profilaxia, é a remoção de biofilme e cálculo dentário


das superfícies dos dentes, geralmente após a limpeza aplica-se flúor.

Restauração: Quando se preenche o dente com material dentário. As causas podem ser:
cárie, fratura, etc., e a restauração pode ser feita com:

Amálgama Resina

Extração: Remoção do dente e isso pode se dar por vários motivos: cárie, fratura,
tratamento ortodôntico, dente incluso (“ciso” ou “dentiqueiro”).

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Canal: Retirada da polpa do dente e colocação de material dentário no interior do canal.
Geralmente é feito em dentes onde a cárie é bastante profunda e atinge a polpa, fazendo
que o paciente sinta dor; ou em casos onde ocorre fratura do dente.

Tratamento Ortodôntico: Corrige a posição dos dentes e dos ossos


maxilares posicionados de forma inadequada.

Prótese: É uma peça com dentes artificiais, feita para


substituição de dentes naturais perdidos, é o objetivo de
restaurar e manter a forma e função da saúde bucal. Pode ser
feita para: 1, 2 ou mais dentes; ou todos os dentes.

Clareamento: É um procedimento estético que visa deixar o dente mais


claro, pode ser feito de duas formas: caseiro e no consultório.

Implante: Tem o mesmo objetivo da prótese, porém o dente artificial é fixado no osso,
através de um parafuso. Pode ser feito para: 1, 2 ou mais dentes; ou todos os dentes.
Sequência de um implante:

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HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
A higienização das mãos é considerada a ação isolada mais importante para a
prevenção e o controle das infecções em serviços de saúde. O simples ato de lavar as
mãos com água e sabonete líquido, quando realizado com técnica correta, pode reduzir a
população microbiana das mãos e interromper a cadeia de transmissão de infecção entre
pacientes e profissionais da área da saúde. Essa ação também é fundamental na prática
assistencial em consultórios odontológicos.

Lavagem das mãos:

1. Manter o corpo afastado da pia.


2. Abrir a torneira e molhar as mãos sem tocar na superfície da pia.
3. Aplicar a quantidade de produto recomendada pelo fabricante (3 a 5 ml, em geral),
suficiente para cobrir toda a superfície das mãos.
4. Ensaboar as mãos, friccionando uma na outra por aproximadamente 15 segundos, com
o objetivo de atingir toda a superfície.
5. Friccionar, com especial atenção, os espaços interdigitais, as unhas e as pontas dos
dedos.
6. Enxaguar as mãos em água corrente, retirando totalmente o resíduo do sabonete, sem
tocar na superfície da pia ou na torneira.
7. Enxugar as mãos com papel-toalha descartável (não utilizar toalhas de uso múltiplo).

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NOÇÕES DE ENFERMAGEM
CAPÍTULO II

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INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM

Pode-se considerar que a enfermagem sempre esteve voltada para atender as


necessidades de assistência de saúde da sociedade. Ela originou-se do desejo de manter
as pessoas saudáveis, assim como propiciar conforto, cuidados e confiança ao enfermo.
“A enfermagem como profissão, é a única na medida, em que se dedica humanista, ás
reações dos pacientes e de suas famílias, frente aos problemas reais e potenciais”.

SAÚDE: é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, não meramente a


ausência de doença ou enfermidade.

DOENÇA: é um processo anormal no qual o funcionamento do organismo de uma pessoa


está diminuído ou prejudicado em uma ou mais dimensões.

NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS

Necessidades fisiológicas/básicas: Estas são as necessidades mais básicas (oxigênio,


hidratação, nutrição, temperatura, excreção, repouso, sexo). Uma vez satisfeitas estas
necessidades passamos a nos preocupar com outras coisas.

Necessidades de segurança: No mundo conturbado em que vivemos procuramos fugir


dos perigos, buscamos por abrigo, segurança, proteção, estabilidade e continuidade. A
busca da religião, de uma crença deve ser colocada neste nível da hierarquia. Nós
queremos nos sentir necessários a outras pessoas.

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Necessidades sociais: O ser humano precisa amar e pertencer. O ser humano tem a
necessidade de fazer parte dos grupos de pessoas. Esse agrupamento de pessoas pode
ser, no seu local de trabalho, na sua igreja, na sua família, no seu clube ou na sua torcida.
Todos estes agrupamentos fazem com que tenhamos a sensação de pertencer a um
grupo.

Necessidades de "status" ou de estima: O ser humano busca ser competente, alcançar


objetivos, obter aprovação e ganhar reconhecimento.

Necessidade de auto realização: O ser humano busca a sua realização como pessoa, a
demonstração prática da realização permitida e alavancada pelo seu potencial único. O
ser humano pode buscar conhecimento, experiências estéticas e metafísicas, ou mesmo
a busca de Deus.

Os profissionais de saúde preocupam-se que estas necessidades básicas, sejam


proporcionadas aos pacientes que buscam assistência.

INFECÇÃO

É uma ação exercida no organismo decorrente da presença de agentes


patogênicos, podendo ser por bactérias, vírus, fungos ou protozoários.

Infecção hospitalar: É uma infecção adquirida durante a internação do paciente-cliente.


Pode se manifestar durante a internação ou mesmo após alta hospitalar. A infecção
hospitalar está associada com a hospitalização ou com procedimentos hospitalares.

Fatores de risco para ocorrer a infecção:

a) idade,
b) doenças de base,
c) desnutrição,
d) uso prolongado de medicamentos,
e) tempo de hospitalização,
f) procedimentos invasivos,
g) técnica de uso e processamento de materiais inadequados.

Fontes ou reservatórios de microrganismos: Os microrganismos apresentam muitas


fontes ou reservatórios para desenvolver-se, entre eles: o próprio organismo, insetos,
animais, objetos inanimados, alimentos.
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Tipos de infecções

a) Endógena: pode ocorrer quando parte da flora natural do paciente sofre alterações,
convertendo-se em patógenos por modificação de sua estrutura. Exemplo: candidíase
vaginal.

b) Exógena: resulta de microrganismos externos ao indivíduo que não fazem parte da


flora natural. Exemplo: bactérias, vírus, fungos, entre outros.

MODO DE TRANSMISSÃO

Contato: Exemplos de doenças que necessitam isolamento de contato: Infecções por


bactérias multirresistentes, Clostridium difficile, Difteria cutânea, Enterovirus, Hepatite A,
Herpes simples, herpes zoster, Impetigo, abcessos, celulite ou úlceras de decúbito, ou
outras infecções por Staphylococcus aureus cutâneo, Parainfluenza, VSR, Rotavirus,
Escabíose, Pediculose, Shigella, Febre hemorrágica (Ébola). A transmissão por contato
pode ser:

 Direta: transferência física direta de um indivíduo infectado e um hospedeiro


susceptível. Exemplo: manusear um paciente infectado e logo em seguida
manipular outro sem lavar as mãos (infecção cruzada ). I
 Indireta: contato pessoal do hospedeiro susceptível com objetos inanimados
contaminados. Exemplo: agulhas, roupas de camas, fômites ( comadres,
papagaios ), entre outros.

Gotículas: O agente infeccioso entra em contato com mucosas nasal ou oral do


hospedeiro susceptível, através de tosse ou espirro. Exemplo: Adenovírus, Difteria
faríngea, Haemophilus influenza tipo b ( meningite tipo b ), Influenza ( gripe ), Parotidite,
Mycoplasma pneumoniae, Pertussis, rubéola, Faringite ou pneumonia estreptocócica.

Ar: núcleos secos de gotículas, ou seja, resíduos de gotículas evaporadas que


permanecem suspensas no ar, quando o indivíduo infectado espirra, fala, tosse, etc..
Exemplo: tuberculose, sarampo e varicela.

Vetores: insetos, mosquitos, pulgas, carrapatos, piolhos

Veículos: itens contaminados. Exemplo: sangue, secreções, soluções, entre outros.

O profissional de saúde pode intervir para evitar que as infecções se desenvolvam


ou disseminem, adotando medidas preventivas adequadas. O profissional exerce papel
importante para minimizar a disseminação de infecções. Por exemplo: uma simples
lavagem das mãos, adotar técnicas adequadas no momento de um banho no leito. Os
profissionais também podem contrair infecções dos pacientes, caso suas técnicas sejam
inadequadas no controle de transmissão de infecção.

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SISTEMA DE PRECAUÇÕES E ISOLAMENTO

O objetivo básico de um sistema de precauções e isolamento é a prevenção da


transmissão de um microrganismo de um paciente portador, para outro paciente, tanto de
forma direta ou indireta. Esta prevenção abrange medidas referentes aos pacientes, mas
também aos profissionais de saúde:

Precaução Padrão: É o conjunto de técnicas que devem ser adotadas por todos os
profissionais de saúde para atendimento de todos os pacientes, independentemente de
seu diagnóstico. Deverão ser usadas quando existir risco de contato com sangue, fluídos
corpóreos, pele não íntegra e mucosa. É recomendada para todas as situações,
independente da presença ou ausência de doença transmissível comprovada. Os
materiais que compões o conjunto de precauções padrão são:
 Luvas de procedimentos
 Avental de manga longa, descartável ou não
 Máscaras simples
 Óculos protetor

Isolamento: Entende-se por isolamento o estabelecimento de barreiras físicas de modo a


reduzir a transmissão dos microrganismos de um indivíduo para outro.

Isolamento reverso: este isolamento é estabelecido para proteger das infecções um


indivíduo imunocomprometido.
Materiais: Quarto privado, Luvas de procedimentos, Máscara comum, Avental de manga
longa.
Isolamento para transmissão por via aérea ou gotículas: Quarto privado. Caso não
seja possível dar um quarto a cada doente, junte doentes com a mesma doença. Use
máscara N95 se o doente tem tuberculose em fase contagiosa.

Isolamento por transmissão por contato: Quarto privado. Se não for possível, agrupe
os doentes por doença. Use sempre luvas de procedimentos. Lave as mãos antes e
depois de retirar as luvas. Use avental se vai estar em contato próximo com o doente.

ÁREAS E ARTIGOS HOSPITALARES

Áreas hospitalares

Área crítica: são aquelas que oferecem risco potencial para aquisição de infecções em
decorrência á procedimentos invasivos frequentes, manejo de substâncias infectantes e
por admitirem pacientes susceptíveis á infecções. Exemplo: UTI, CC, Unidade de
queimados, entre outros.

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Área semicrítica: são todas aquelas ocupadas por pacientes que não exijam cuidados
intensivos ou de isolamento. Exemplo: enfermarias.

Área não crítica: são áreas que não são ocupadas por pacientes. Exemplo:
almoxarifado, copa, farmácia.

Artigos hospitalares

Artigos críticos: são os artigos que penetram o sistema vascular, bem como todos os
que estejam diretamente conectados com este sistema. Exemplo: cateteres vasculares
(scalp, jelcos, intracath), equipos, polifix, torneirinhas.

Artigos semi-críticos: entram em contato com mucosas íntegras ou pele não intacta.
Exemplo: materiais de terapias respiratórias ( cânula endotraqueal, sondas de aspiração,
cateteres de O2 ), endoscópios e sondas em geral.

Artigos não críticos: são aqueles que entram em contato apenas com a pele íntegra.
Exemplo: termômetros, esfigmomanômetro, estetoscópios, entre outros.

Terminologias básicas

Limpeza: remoção mecânica da sujidade depositada em superfícies inanimadas.

Desinfecção: processo aplicado á artigos, que elimina microrganismos na forma


vegetativa.

Esterilização: processo de destruição total de microrganismos, inclusive esporulados.

Assepsia: conjunto de práticas através das quais se evita a propagação de


microrganismos em objetos.

Antissepsia: medidas propostas para inibir crescimento de microrganismos em pele e


mucosas, através da aplicação de soluções antissépticas.

LAVAGEM DAS MÃOS

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Retirar relógios, joias. Ao lavar as mãos NÃO encostar-se a pia ou torneira (se
isso ocorrer repetir todo o procedimento). Existem torneiras manuais, com pedais. As
mãos são as partes mais contaminadas a serem lavadas, por isso a água deve fluir da
área menos contaminada para a mais contaminada (dos pulsos para as periferias ).
Esfregar e friccionar mecanicamente. Friccionar os dedos e polegares assegura que todas
as superfícies estão sendo limpas. Manter unhas cortadas e lixadas. Ao secar as mãos
deve-se iniciar da área mais limpa (periferia) para a menos limpa (antebraço) para evitar
contaminação.

LUVAS
As luvas são usadas com frequência pelos profissionais da
saúde.

Luvas de procedimentos: utilizada para manipular pacientes,


principalmente em possível contato com sangue ou fluídos
corpóreos, assim como, em casos de contato com pele não
íntegras ou mucosas. É recomendada para todas as situações independentemente da
presença ou ausência de doenças transmissíveis comprovadas. Usada também em casos
de isolamentos.

Finalidade: Reduzir a possibilidade da equipe, entrar em contato com organismos


infecciosos. Reduzir a possibilidade da equipe, transmitir sua flora endógena aos
pacientes - Reduzir a possibilidade da equipe tornar-se transitoriamente colonizada por
microrganismos que possam ser transmitidos a outros pacientes (infecção cruzada).

Luvas esterilizadas ou cirúrgicas: agem como barreira para a transmissão bacteriana.


As bactérias podem contaminar uma ferida ou objeto estéril.

MÉTODO PARA CALÇAR AS LUVAS


 Realizar a lavagem das mãos.
 Remover o invólucro externo da embalagem, abrindo cuidadosamente as laterais.
 Pegar a embalagem interna e coloca-la sobre uma superfície plana e limpa, logo
acima do nível da cintura.
 Identificar as luvas da mão direita e esquerda. Cada luva apresenta um punho de
aproximadamente 5 cm de largura.
 Com o polegar e o dedo indicador da mão não dominante, pegar a borda do punho
da luva da mão dominante (tocar somente a superfície interna da luva ).
 Retirar do campo.
 Puxar cuidadosamente a luva sobre a mão dominante, preocupando-se com o
punho para a luva não enrolar, sem soltar o punho.
 Com a mão dominante enluvada, colocar os dedos indicador, médio, anelar e
mínimo sob o punho da segunda luva.
 Puxar cuidadosamente a segunda luva sobre a mão não dominante com cuidado
evitando-se contaminação.

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 Uma vez que a segunda luva já tenha sido calçada, entrelaçar os dedos de ambas
as mãos para que as luvas se ajustem.
 Os punham normalmente escorregam para baixo após colocação.

MÉTODO DE RETIRADA DAS LUVAS ESTÉREIS

Após o procedimento estéril, o profissional despreza as luvas das mãos, da seguinte


maneira:

 Segurar o punho da luva da mão dominante, com os dedos polegar, indicador e


médio da mão não dominante sem tocar a pele.
 Retirar vagarosamente de modo que a mesma permaneça do lado avesso.
 Segura-la na mão não dominante.
 Colocar o dedo indicador da mão dominante sem luva, sob o punho da luva da
outra mão de modo a tocar somente abaixo da luva (na pele).
 Retira-la de modo que fique no avesso desprezando em seguida em recipiente
adequado (o par).

CURATIVO

É o tratamento de qualquer tipo de lesão da pele ou mucosa. Sua


principal finalidade é a limpeza da lesão, com o menor trauma
possível, contribuindo para o processo da cicatrização.

Tipos de curativos

O curativo pode ser:

Aberto: curativos em feridas sem infecção, que após a limpeza podem permanecer
abertos, sem proteção de gazes. Exemplo: incisão cirúrgica (cesárea).
Oclusivo: curativo que após a limpeza da ferida e aplicação de medicamentos é ocluído
ou fechado com gazes, micropore ou ataduras de crepe.
Compressivo: é o que faz compressão para estancar hemorragias ou vedar bem uma
incisão.
Com Irrigação: utilizado em ferimentos com infecção dentro de cavidades, com indicação
de irrigação com soluções salinas.
Com drenagem: são utilizados drenos em ferimentos com grande quantidade de
exsudato (Penrose, Kehr), tubular ou bolsas de Karaya.

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AUXILIAR DE FARMÁCIA
CAPÍTULO III

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AUXILIAR DE FARMÁCIA
O Auxiliar de Farmácia irá lidar diretamente com o
cliente, na dispersão de medicamentos e correlatos. O
atendimento ao cliente deve ser realizado de forma
personalizada e com responsabilidade, tratando bem a todos e
tendo muita paciência. Os clientes de uma farmácia são
pessoas que estão emocionalmente fragilizadas ou passando
por algum problema de saúde, isso exige muita cautela do
auxiliar de farmácia. Esse contato entre o cliente e o auxiliar
irá determinar a fidelização desse cliente, pois ele tem que se
sentir acolhido e compreendido para que volte ao
estabelecimento. O auxiliar de farmácia irá desempenhas as
seguintes funções:

 Receber e conferir medicamentos, fazendo todas as verificações necessárias. Se


as verificações acusarem erros, não aceitar a mercadoria;
 Atendimento ao público;
 Realizar a dispensação correta de medicamentos;
 Saber interpretar as bulas para orientar os clientes;
 Organizar a farmácia/drogaria;
 Saber diferenciar genéricos, similares, éticos, etc;
 Fazer a leitura correta das receitas;
 Efetuar balanço de estoque;
 Aplicar normas de biossegurança no seu local de trabalho;

DEFINIÇÕES IMPORTANTES

FARMACOLOGIA: Ciência que estuda a história, as propriedades físicas e químicas, os


efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos.

FÁRMACO: Substância ou produto químico que modifica as funções do organismo com


ou sem finalidade terapêutica

FARMÁCIA: Estabelecimentos de manipulação de formulas magistrais e oficinais, de


comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo
a dispensação e o atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra
equivalente de assistência médica.

DROGARIA: Estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos,


insumos farmacêuticos e correlatos nas suas embalagens originais.

POSOLOGIA: Quantidade que o paciente irá utilizar, dia e hora.

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CORRELATOS: Substância, produto, aparelho ou acessório não enquadrado nos
medicamentos; Ex: produtos dietéticos, óticos, de acústica médica, produtos de higiene e
cosméticos.

DROGA: Derivada do holandês entrou na linguagem médica através do francês drougue,


que tem como significado erva seca. Droga é uma substância ou matéria- prima que tem
a finalidade medicamentosa ou sanitária.

MEDICAMENTO: É um produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado com


finalidade profilática ou preventiva, paliativa, curativa ou para fins de diagnóstico.

RÉMÉDIO: É um termo amplo que designa recursos terapêuticos com a finalidade de


prevenir ou curar doenças. Ex: fisioterapia, psicologia, massagem, acupuntura, reza.

PLACEBO: É uma palavra derivada do latim, do verbo placere, que significa agradar, eu
vou gostar, ou seja, é o efeito psicológico e é muito usado em psicoterapia.

SULCATÓ: Fenda que divide o comprimido, ou em partes iguais.( Não recomenda-se


partir o comprimido ao meio por risco de perder parcialmente seu efeito terapêutico.

RECEITA: Prescrição escrita de medicamento, contendo orientação de uso para o


paciente, efetuada por profissional legalmente habilitado, quer seja formulação magistral
ou alopática.

SUBSTANCIA PROSCRITA: Substancia cujo uso é proibido no Brasil.

RECEBIMENTO DE MERCADORIAS

1. No ato do recebimento, cada entrada deve ser examinada quanto à respectiva


documentação e fisicamente inspecionada para que sejam verificadas suas condições
físicas, rotulagem, tipo, data de fabricação, validade e quantidade.
2. Conferir a nota fiscal quanto à razão social, quantidade, preço, condições de
pagamento e se a remessa corresponde à encomendada.
3. As empresas produtoras (fabricante ou laboratório) ficam obrigadas a informar, em
cada unidade produzida os itens:
 O nome do produto farmacêutico – nome genérico e comercial (observar a
legislação).

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 Nome e endereço completo do fabricante com telefone do serviço de atendimento
ao consumidor (SAC).
 Nome do responsável técnico, número de inscrição e sigla do Conselho Regional
de Farmácia do seu Estado.
 Número do registro no Ministério da Saúde conforme publicação do Diário Oficial
da União.
 Data de fabricação.
 Data de validade, esse prazo deve ser no mínimo de um ano para uma maior
rotatividade dos produtos.
 Número de lote a que a unidade pertence.
 Composição dos produtos farmacêuticos.
 Peso, volume líquido ou quantidade de unidades se for o caso;
 Finalidade, uso e aplicação.
 Precauções, cuidados especiais. Caso haja divergências em um ou mais dos itens
acima, não receber os produtos, procedendo da seguinte forma: Assinar o canhoto
da nota fiscal, devolvendo-a ao entregador. -Encaminhar a nota fiscal conforme
orientação da Empresa.

DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Dispensação é o ato de assegurar que o medicamento de boa qualidade seja entregue


ao paciente certo, na dose prescrita, na quantidade adequada, que sejam fornecidas as
informações suficientes para o uso correto e que seja embalado de forma a preservar a
qualidade do produto. Sempre com orientação de um farmacêutico. Informações que
devem ser passada para os clientes:

 Contraindicação
 Via de administração
 Duração do tratamento
 Dosagem
 Posologia
 Cumprimento de horários
 Interação com outros medicamentos
 Reações adversas
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 Riscos e precauções quanto ao uso indevido
 Condições de conservação e guarda dos medicamentos.

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA RECEITA

Informações que a receita proporciona:

 Nome do paciente
 Nome do médico
 Data e Local da consulta
 Medicamentos Prescritos: Nome, forma farmacêutica, dose, frequência tomada,
duração do tratamento.

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TIPOS DE MEDICAMENTOS
MEDICAMENTOS SIMPLES: São preparados com um só fármaco (Ex: Paracetamol).

MEDICAMENTO COMPOSTO: São preparados a partir de dois ou mais fármacos. (Ex:


Atenolol+ Clortalidona, polivitamínicos).

MEDICAMENTO MAGISTRAL: São os medicamentos preparados em farmácia de


manipulação, mediante fórmula contida em prescrição médica (Ex: Psorex mais ácido
salicílico.)

MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA: pertencem a uma lista de medicamentos de


(marca), são registrados e protegidos internacionalmente; e identificados como
medicamentos de uma determinada indústria ou laboratório (Ex: Novalgina, Tylenol).

MEDICAMENTO SIMILAR: São medicamentos com a mesma fórmula (mesmo fármaco)


dos de referência, mas sem a eficácia terapêutica comprovada, e geralmente os
atendentes são bonificados na sua venda (Ex: Cimelide, Captolab).

MEDICAMENTO GENÉRICO: São medicamentos com a mesma formulação de um de


referência e passam por testes de bioequivalência, portanto, são intercambiáveis com os
de referência (Ex: amoxicilina, cefalexina). IMPORTANTE: Possuem uma tarja amarela
com o nome Genérico em preto e negrito.

PSICOTRÓPICO: Substância que pode determinar dependência física ou psicológica


(tarja preta). São regulados pela portaria da ANVISA Nº344/98 (Ex: Diazepam,
Cloxazolam).

MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS: obtidos a partir de plantas medicinais. Eles são


obtidos empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato, tintura, óleo,
cera, exsudato e outros).
ARMAZENAR MEDICAMENTOS

Medicamentos violados ou suspeitos de qualquer contaminação devem ser


retirados dos estoques comercializáveis, identificados e segregados em área totalmente
separados de forma a não serem vendidos, por engano e nem contaminarem outras
mercadorias. Os produtos com prazo de validade vencido ou com avarias poderão seguir
dois destinos:
Poderão ser devolvidos ao fornecedor (fabricante ou laboratório), através de nota
fiscal de devolução com os dizeres “mercadoria avariada ou mercadoria vencida, visando
o objetivo do descarte.”
Não havendo condições para a execução do procedimento acima, o farmacêutico
responsável deve dirigir-se a autoridade sanitária competente, para receber orientação
quanto ao descarte de tais produtos.
Os medicamentos devem ser armazenados nas estantes, em local que não receba
luz solar direta.

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Aos medicamentos termolábeis, deve ser evitado ao máximo, a exposição, desses
produtos, a qualquer tipo de luz, evitar exposição direta ao solo e também não permitir o
congelamento desses produtos, pois perdem suas atividades farmacológicas.
Os medicamentos controlados (Portaria n.º 344/98) merecem especial
armazenamento, ou seja, dada às características desses medicamentos, sua área de
estocagem deve ser considerada de segurança máxima (armário lacrado). Deve ser
evitada ao máximo, a exposição, desses produtos, a qualquer tipo de luz principalmente
solar, e também não podem ser depositados diretamente ao solo. Esses produtos
precisam estar em área isolada das demais, somente podendo ter acesso a ela, pessoas
autorizadas ou o farmacêutico responsável técnico. Os estoques de psicotrópicos deverão
ser inventariados diariamente nos livros adequados para que não haja diferenças em suas
quantidades. Produtos vencidos, danificados ou quebrados, relacionados na Portaria 344
SVS-MS, devem seguir o procedimento:

 Relacionar em 3 vias, dar baixa no sistema e segregá-los no próprio depósito de


produtos controlados;
 Comunicar através de ofício a Autoridade Sanitária o ocorrido, enviando junto à
relação dos produtos;
 Levar a Superintendência de Vigilância Sanitária para a destruição do produto ou
destinação a ser dada.
 Solicitar o documento vistado pelo órgão fiscalizador arquivando na Empresa após
dar baixa nos produtos.

RECIBO

RECEBI DE _______________________________________________ A
IMPORTANCIA SUPRA DE R$_____________(_______________________________)
REFERENTE AO PAGAMENTO DO CURSO BÁSICO PROFISSIONALIZANTE.
_______________________ ( ) ______/______/_______
_________________________________________________
ASSINATURA DA RECEPCIONISTA

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