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Class domination and the underdeveloped capitalist state: The Mexican case
Resumo: O artigo analisa, a partir do approach estrutural da teoria marxista da exploração e da dominação
de classe, o surgimento de uma nova forma de Estado no México. Trata-se do Estado narco, cuja expressão
fenomênica é de um regime político neoliberal associado com a transformação da economia mexicana em
uma economia mafiosa transnacional, com o aumento do peso específico do crime organizado e do tráfico de
drogas em a política, em a economia e em a sociedade em geral. Este fenômeno expressa a existência no Mé-
xico da uma crise orgânica grave, composta por um déficit de racionalidade na intervenção econômica do
Estado (mais de três décadas sem crescimento econômico) e uma falta de legitimidade institucional. Isso
levou o país a níveis de violência e insegurança pública sem precedentes, em um contexto de estagnação
econômica crônica.
Palavras-chave: Capitalismo Periférico. Estado Narco. Crise Orgânica. México. Violência. Narcotráfico.
Abstract: This article analyzes, from the Marxist structural approach of exploitation and class domination,
the emergence of a new form of state in Mexico: the narco state, whose phenomenal expression is that of a
neoliberal political regime associated with the transformation of the Mexican economy in a transnational
mafia economy, with increasing specific weight of organized crime and drug trafficking in politics, in the
economy and in society in general. This phenomenon expresses the existence in Mexico of a serious organic
crisis, composed by a rationality deficit in the economic intervention of the state (more than three decades
without economic growth) and a lack of state legitimacy. This led the country to unprecedented levels of
violence and public insecurity, in a context of secular economic stagnation.
Keywords: Peripheral capitalism. Narco state. Organic crisis. Mexico. Violence. Drug trafficking.
1 Economista. Doutor em Ciências Econômicas da Universidade de Picardia (Amiens, França 1983). Membro
do Sistema Nacional de Pesquisadores do México (SNI) desde 2009. Professor Titular da Universidade Au-
tónoma de Coahuila (Torreón, México). E-mail: <jlsolisg@gmail.com>.
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ntes de ir direto para o tópico em Temos que olhar em seguida, na própria
questão, é preciso fazer um breve natureza e gênese do Estado capitalista em
desvio metodológico para colocar a relação salarial em sua unidade contra-
na perspectiva correta o problema que ditória de forma e conteúdo. Longe de
vamos discutir. Para fazer isso, eu tomo conceber o Estado como um objeto ou co-
como ponto de partida da famosa frase de mo um instrumento dos capitalistas, tal
Marx no Livro III de O Capital, Capítulo como definido no início do Manifesto
XLVII, dedicada à gênese da renda fundi- Comunista (MARX; ENGELS, 1965, p. 35),
ária capitalista. Marx nos diz: ou como um sujeito, um árbitro acima das
classes (ENGELS, 1970), Marx em sua obra
Em todos os casos, é na relação direta de madures (O Capital e Os Grundrisse) con-
entre os proprietários das condições de cebe o Estado principalmente como uma
produção e os produtores diretos [...] relação social de soberania e dependência, co-
onde se encontra o segredo mais íntimo, mo uma relação social de dominação de
a base oculta de toda a estrutura social e,
classe que emerge do conjunto de relações
portanto, também da forma política que
de produção.
apresenta a relação de soberania e de-
pendência, em suma, à forma específica
do Estado existente no cada caso "Toda forma é a forma do seu conteúdo",
(MARX, 1981, p. 1007). diz Kant (2002). A forma geral do Estado
capitalista como E. Pasukanis (1970) defi-
Esta é praticamente a única descrição me- niu-o, é a de uma "[...] pessoa coletiva abs-
todológica de Marx do Estado capitalista trata"; "[...] ao lado e fora da sociedade"
em sua obra principal, mas é um ponto de (MARX; ENGELS, 1976, p. 73). Ao contrá-
valor inestimável para o desenvolvimento rio das outras formas de poder de classe
da crítica marxista da política como uma (Estado monárquico absolutista, por
continuação da crítica da economia políti- exemplo, onde a pessoa do soberano está
ca burguesa empreendida por Marx 2. No diretamente identificada com o Estado), o
modo de produção capitalista, isto signifi- Estado do capital se divorcia de interesses
ca que a relação salarial estabelecida entre individuais e gerais dos capitalistas, a fim
o capitalista e o trabalhador, onde é a raiz de aparecer como poder de todas as pes-
oculta da forma política da relação de so- soas e de nenhuma, para representar os
interesses universais da sociedade e, pa-
radoxalmente, poder agir como o "[...] ca-
2 No plano original do Capital, Marx pretendia
pitalista coletivo ideal" (ENGELS, 1977, p.
escrever outros três livros: a) Estado; b) Comercio
exterior; e (c) Mercado mundial. No entanto, ele
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morreu antes de terminar seu monumental traba-
lho.
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Europa, mas por um ato de extrema vio- tes sociais corresponde a uma internaliza-
lência, por uma agressão externa por a ção frágil e superficial da democracia for-
qual o capital imperialista estabelece pela mal burguesa: os atores sociais não se re-
força as relações de mercado, do dinheiro conhecem mutualmente em sua suposta
e o trabalho assalariado em um espaço- qualidade de "cidadãos livres e juridica-
tempo curto e acidentado. Nas economias mente iguais”. O Estado capitalista perifé-
periféricas, como o México, a legitimidade rico deve procurar em seu próprio fundo
do Estado não responde completamente o cultural (na tradição, religião, nacionalis-
fetichismo da mercadoria e do dinheiro, mo e até violência) os conteúdos de legi-
como em os países do capitalismo central timação necessários a um consenso social
(MATHIAS; SALAMA, 1983). mínimo. O processo de legitimação do
poder nas economias capitalistas subde-
Nos países capitalistas subdesenvolvidos senvolvidas incorpora ao mesmo tempo
a propagação de relações de câmbio foi elementos do mundo da mercadoria como
incompleta e específica. Ao contrário do elementos do mundo da não mercadoria,
centro, a penetração das relações de mer- em uma mistura variável de acordo com
cado e a dominação do modo de produção as condições históricas específicas de cada
capitalista não necessariamente implicou a sociedade.
dissolução ou a eliminação das relações
sociais de produção pré-existentes. Estas Da mesma forma, os processos de acumu-
foram submetidas a um processo de des- lação de capital nessas sociedades são ge-
construção/adequação de acordo as exi- ralmente baseados em formas extensivas
gências da valorização do capital, mas não de exploração da força de trabalho
necessariamente transmutadas em rela- (plusvalue absoluta) associadas com bai-
ções de mercado capitalistas. xos níveis de remuneração salarial e me-
canismos de pauperização (não somente
O campo histórico das classes sociais nes- relativa, mas também absoluta) que enfra-
ses países é assim profundamente hetero- quecem ainda mais o fetichismo da mer-
gêneo. O fetichismo da mercadoria não cadoria: o trabalho não aparece como uma
funciona plenamente, por isso não é pos- mercadoria inteiramente paga por o salá-
sível (mas somente até certo ponto) que as rio e, consequentemente, a natureza ex-
relações capitalistas de exploração apare- ploradora do sistema é desnudada.
çam e funcionam como relações de troca
de equivalentes. A "internalização" das Portanto, os regimes políticos periféricos
relações de câmbio em os agentes sociais também são específicos, como e evidenci-
é, portanto, parcial e defeituosa. ado pela experiência histórica do México e
no resto da América Latina. As ditaduras
O fetichismo da mercadoria não é, portan- policiais e-militares ou os regimes chama-
to, susceptível de representar por si só dos "bonapartistas" foram a regra durante
uma base consistente da legitimação do várias décadas do século XIX e XX. Mais
poder. Esta internalização parcial e defei- tarde, com o assalto neoliberal as socieda-
tuosa das relações de câmbio em os agen- des latino-americanas, surgiram formas
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anual do PIB menor á 2%, dados vários da CEPAL, níveis de governo são responsáveis não só dos
do Instituto Nacional de Estadística, Geografia e múltiplos casos de tortura no país, mas também de
Informática (INEGI) e do Banco de México. muitos casos de mortos e desaparecidos, os quais a
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abril de 2014 uma rede de prostituição nos para manter no o poder aos representan-
escritórios do PRI, usando dinheiro públi- tes da oligarquia, através da aliança de
co. As mulheres “contratadas” eram for- direita entre o Partido Revolucionário Ins-
çadas á se prostituir com ele e com outros titucional (PRI) e o Partido de Ação Naci-
altos funcionários (um verdadeiro harém onal (PAN). As eleições presidenciais de
do PRI), disfarçadas de secretárias e re- 1988 e 2006, consideradas fraudulentas
cepcionistas, pagas pelo mesmo PRI por amplos setores da população, têm re-
(ARISTEGUI (a), 2014). forçado significativamente a atual situação
de ilegitimidade e ilegalidade que assola o
Assim, ocorre um fenômeno de interiori- país. A mais recente eleição presidencial
zação da corrupção pelos agentes sociais, de julho de 2012 tem sido percebida da
que eles vivem como uma coisa normal e mesma forma pela cidadania, dada à in-
cotidiana. A transição á democracia for- decisão, os preconceitos e a falta de trans-
mal burguesa e a crise de representação parência das autoridades eleitorais do país
do sistema político acarretaram a perda de frente à comprovada compra de votos (LA
credibilidade nas instituições e o desen- JORNADA, 2012) e a subsequente fraude
canto da população com os partidos polí- eleitoral em favor do candidato do PRI, E.
ticos de qualquer sinal. O "Estado de direi- Peña Nieto.
to" é apenas uma ficção na sociedade me-
xicana contemporânea. Além disso, cada Além do uso de recursos ilícitos ("lava-
vez mais importantes setores da popula- gem" de dinheiro tendo como origem ¿o
ção concebem a economia da droga como tráfico de drogas?) e do excesso ilegal e
uma alternativa viável para ter uma fonte impune dos gastos de campanha do PRI,
de renda na ausência de postos de traba- este conflito, longe de ser resolvido, tem
lho, mesmo o preço de suas vidas ou li- sido agravado por as impopulares "refor-
berdade. mas" empurradas pelo governo de Peña
Nieto, particularmente a alardeada refor-
Existe uma percepção generalizada na ma do setor energético, que tem sido de-
população da reiteração da fraude eleito- nunciada pela oposição como uma traição
ral e do uso partidário dos meios de co- à pátria e uma violação da Constituição
municação (principalmente o duopólio Mexicana. Uma pesquisa recente nos Es-
Televisa11 - TV Azteca) como mecanismos tados Unidos mostra a queda abrupta da
popularidade de Peña Nieto frente á opi-
nião pública mexicana (AFP, 2014). O Es-
11Televisa, acusada de haver manipulado a opini-
ão pública mexicana em favor de Peña Nieto du- tado aparece assim, sem mediação, como
rante as passadas eleições presidenciais de julho de instrumento direto do capital e da oligar-
2012, está atualmente sob a suspeita de conivência quia dominante. A redução do Estado à
com o tráfico de drogas, depois que anonimamente mera expressão dos interesses da aliança
gravou-se (e foi dado á conhecer publicamente)
das classes dominantes é simultaneamente
duas entrevistas feitas por o seu correspondente
em Michoacán á Servando Martínez (a) "La Tuta", uma causa e um efeito da emergência do
o principal líder do grupo criminoso autoprocla- crime organizado.
mado os "Cavaleiros Templários" (ARISTEGUI (b),
2014).
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saneado e reativado este setor, sua priva- 5 - O uso massivo da corrupção e da im-
tização posterior; o crescimento excessivo punidade 14 como mecanismos regulares
da dívida pública especialmente a interna; de acumulação de capital e de redistribui-
a securitização de passivos do governo; a ção da renda nacional em favor da aliança
criação de fideicomissos alimentados com oligárquica de classes dominantes, inclu-
recursos públicos, mas não sujeitos a ne- indo o tráfico de drogas. Uma menção
nhum controlo público ou privado, etc. especial merece a corrupção nos sindicatos
México está experimentando atualmente a mexicanos. Faremos um breve reconto de
alienação maciça da riqueza pública e os três casos emblemáticos, que indignarem a
recursos naturais da nação às mãos priva- opinião pública pela passividade, tolerân-
das particularmente estrangeiras (petró- cia e cumplicidade dos governos panistas
leo, gás natural, mineração, estâncias tu- e priístas frente á eles:
rísticas, etc.). O regime de Peña Nieto em-
preendeu-o uma "reforma energética", que a) O sindicato dos trabalhadores da
entrega os recursos do subsolo mexicano educação (SNTE), que até 2009 foi
ao capital privado estrangeiro, apesar de liderado pela “professora" Elba
estar essa reforma expressamente proibida Esther Gordillo, fiel vassalo do
pela Constituição mexicana e caracteriza- governo no controle e repressão
da como um delito de traição à pátria. Este dos trabalhadores do maior sin-
saquear á Nação já se está fazendo com dicato na América Latina. Ela é
toda impunidade, ao preço de entregar a acusada (e atualmente presa) pe-
renda do petróleo às empresas transacio- los delitos de defraudação fiscal,
nais, e do roubo massivo de terra aos lavagem de dinheiro e delin-
campesinos e as comunidades rurais, as- quência organizada, assim como
sim como a destruição dos ecossistemas de enriquecimento ilícito em pre-
em todo o país (SOLÍS GONZÁLEZ, 2014, juízo dos trabalhadores do sindi-
p. 124). cato (ARISTEGUI (c), 2014);
tos pela polícia, dos maestros dissidentes liberal aplicada ao campo nas últimas dé-
do SNTE, e mais recentemente, dos indí- cadas). Finalmente, a presença da droga
genas da tribo yaqui e das autodefesas em os circuitos monetário-financeiros,
rurais de Michoacán, além da repressão através da “lavagem” de dinheiro, incen-
permanente contra os rebeldes zapatistas tiva a especulação financeira em detrimen-
das tribos mayas do Yucatán. to do investimento produtivo. A massa de
dinheiro obtida da venda de drogas é ca-
As relações sociais de produção têm sido nalizada para investimentos especulativos
profundamente alteradas pela presença do no sistema financeiro internacional. Ape-
tráfico de drogas e do crime organizado nas uma pequena parte do dinheiro de
em a vida econômica social e política do tráfico de drogas é canalizada no investi-
país. O sequestro, a extorsão e a insegu- mento social ou produtivo. Esta inversão
rança pública têm afetado seriamente a ocorre apenas nas regiões onde os cartéis
relação entre os capitais numerosos, e é de drogas têm produção destas e / ou uma
particularmente prejudicial para as PME. base social de apoio em certos setores da
A fuga maciça de empresários locais tem população.
desencorajado o investimento produtivo,
agravando os níveis (já muito elevados) A guerra contra as drogas tem significado
do desemprego e da informalidade exis- uma perda enorme para as finanças públi-
tente. Além disso, a extorsão as empresas cas em detrimento dos gastos "social" e
incrementam os seus "custos de transa- "econômico" do Estado. Mas é uma fonte
ção", prejudicando a sua rentabilidade. O de corrupção e enriquecimento ilícito para
declínio do emprego e a consequente que- os agentes sociais (funcionários do gover-
da no poder de compra dos salários têm no, empresários privados) relacionados ao
deterioraram as condições da reprodução seu exercício. Na verdade, o novo governo
da força de trabalho, obrigando-o a migrar não mudou a estratégia contra a crimina-
ou entrar em a informalidade, muitas ve- lidade organizada e o trafico de drogas,
zes engrossando as fileiras dos cartéis. O porque a guerra tem sido um negócio
crime organizado tem tecido em conluio muito lucrativo para os agentes públicos e
com altos funcionários de Pemex e do seu privados que fazem parte da cadeia da
sindicato, uma rede paralela de comercia- corrupção sistêmica.
lização ilegal de hidrocarbonetos com vo-
lumes iguais ou superiores á comercializa- Os governos do PRI mantiveram acordos
ção legal deles (PÉREZ, 2011). secretos com o crime organizado. Em con-
trapartida de manter as cidades libres de
O plantio de papoula e maconha sob a drogas e o tecido social pacífico, o gover-
"proteção" dos cartéis de drogas e o cres- no (através da corrupção) assegurava a
cente clima de insegurança em todo o pa- proteção dos criminosos. México até os
ís, têm afetado a produção de grãos bási- anos noventa era basicamente um país de
cos, legumes e frutas. Isto tem conduzido trânsito para o tráfico de drogas em seu
à perda da autossuficiência alimentar do caminho para o norte, e produzia algumas
país (institucionalizada pela política neo- drogas, como maconha e papoula. Mas a
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Referências
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Dominação de classe e Estado capitalista subdesenvolvido
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