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ESPECTROSCOPIA DE INFRAVERMELHO

(FTIR)

A espectroscopia de
Infravermelhos (IR) com
transformadas de Fourier é uma
técnica usada para se obter
espectros de absorção, emissão,
fotocondutividade ou de difracção
de Raman de infravermelhos de
um sólido, líquido ou gás. Um
espectrómetro FTIR recolhe,
simultaneamente, dados de uma
vasta gama espectral, o que lhe
confere vantagem sobre o
espectrómetro dispersivo, que
mede a intensidade num intervalo muito estreito de comprimentos de onda em cada medição. O
termo espectroscopia de infravermelhos com transformadas de Fourier provém do facto de ser
necessário recorrer-se às transformadas de Fourier (um processo matemático) para converter os
dados recolhidos no espectro de radiação.
O primeiro espectrofotómetro de baixo custo capaz de obter um espetro de infravermelhos foi o
Infracord da Perkin-Elmer. Este instrumento analisava comprimentos de onda dos 2,5 µm aos
15 µm (números de onda entre os 4000 cm-1 e os 660 cm-1). O limite mínimo do intervalo de
comprimentos de onda analisados fora escolhido para analisar-se a maior frequência de vibração
conhecida devido a vibrações moleculares fundamentais; o limite superior foi imposto pelo
facto de que o elemento dispersivo era um prisma feito de um cristal de cloreto de sódio, que se
torna opaco a maiores comprimentos de onda; esta região do espetro de IV (infravermelhos)
ficou conhecida como a região rock-salt (devido ao cristal de cloreto de sódio). Instrumentos
mais recentes usam prismas de brometo de potássio, que estendem o intervalo de valores até aos
25 µm (400 cm-1) e de iodeto de césio, que estende até aos 50 µm (200 cm -1). A região do
espetro com valores de comprimentos de onda além dos 50 µm ficou conhecida como a região
do IV distante. A regiões muito distantes há fusão com a região das microondas. 

Espectroscopia Raman
A espectroscopia Raman é uma técnica de espectroscopia molecular que utiliza a interação da luz com a
matéria para determinar a constituição ou composição de um material, como a FTIR. As informações
fornecidas pela espectroscopia Raman são resultado de um processo de difusão da luz, enquanto a
espectroscopia IR se dá pela absorção da luz. A espectroscopia Raman resulta em informações sobre as
vibrações intra e intermoleculares e possibilita um entendimento adicional sobre determinada reação. A
espectroscopia Raman e a FTIR fornecem um espectro característico das vibrações específicas de uma
molécula (“identidade molecular”) e são importantes para a identificação de uma substância. No entanto,
a espectroscopia Raman pode fornecer informações adicionais sobre modos de baixa frequência e
vibrações que aumentam a compreensão sobre a rede dos cristais e a estrutura molecular fundamental. 

Quando a luz interage com as


moléculas de um gás, líquido ou
sólido, a maior parte dos fótons é
dispersa ou propagada com a
mesma energia que os fótons
incidentes. Esse fenômeno é
descrito como difusão elástica ou
difusão Rayleigh. Uma pequena
parte desses fótons, cerca de 1
fóton em 10 milhões, é
propagada em uma frequência
diferente da frequência do fóton
incidente. Esse processo é
chamado de difusão inelástica ou efeito Raman, em homenagem a Sir C.V. Raman, que descobriu o
fenômeno e ganhou o Prêmio Nobel em Física em 1930 pelo seu trabalho. Desde aquela época, a
espectroscopia Raman vem sendo utilizada para várias aplicações, de diagnósticos médicos à ciência dos
materiais e análise de reações. A Raman permite que o usuário colete a assinatura vibracional de uma
molécula, esclarecendo o modo como ela é formada, bem como a maneira em que interage com outras
moléculas ao seu redor.

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