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COLÉGIO PEDRO II

CAMPUS DUQUE DE CAXIAS


EQUIPE DE PORTUGUÊS E LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

ATIVIDADE REMOTA
2ª SÉRIE ● AVALIAÇÃO 1
01
Machado de Assis é o nosso maior nome no universo da literatura. Suas obras
ainda conservam fortemente o debate acerca de vários dilemas existentes em nossa
sociedade como o preconceito, o racismo, a injustiça social, a ética...
A partir de um olhar crítico de nossos tempos, escreva um artigo de opinião
(gênero textual de base argumentativa) entre 30 a 35 linhas sobre o seguinte tema:
MACHADO DE ASSIS: A DESIGUALDADE RACIAL ONTEM E HOJE NO BRASIL.
Utilize a norma culta da língua e defenda, de forma clara e aprofundada, sua tese que
deverá estar posta já na introdução. Para o desenvolvimento, não há números mínimos
de parágrafos exigidos, mas seja coerente com o número máximo de linhas que foi
apontado acima. Seu texto deverá conter um parágrafo conclusivo no qual você deverá
finalizar seus argumentos, sintetizando-os. Coloque, por favor, um título para sua
produção textual.
Vale lembrar que é obrigatório utilizar pelo menos dois textos dos quatro que
estão na coletânea. Dessa forma, você deverá utilizá-los, para fortalecer seus
argumentos e/ou também contextualizar o tema acima citado. Os contos machadianos
de que falo são: “Pai contra mãe” e “O caso da vara”. Utilize-os de forma criativa e
aprofundada, além de utilizar mais outra fonte de conhecimento, a exemplo da
sociologia, da história, da música popular brasileira, de filmes e séries e outras fontes
para ligar passado e presente no que diz respeito à temática proposta.
Seu artigo de opinião deverá ser assinado por se tratar de um gênero textual
muito presente em seções de jornal e revistas. Não é preciso construir proposta de
intervenção social, uma vez que essa produção textual não é uma redação no modelo
ENEM.

TEXTO 1
Elas costuram, passam, varrem e carregam caixas. As 25 funcionárias da confecção
TG são todas brancas. A maioria delas tem cabelos loiros e olhos claros. Já a chefe está
na frente do computador, conferindo a produção. É uma mulher negra. A cena chamaria a
atenção em qualquer lugar do Brasil. Mais ainda em Cunhataí (SC), que, segundo o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi o único município do país que não
registrou pretos em sua população no último censo. A piauiense Grace Dias, sócia e
administradora da única indústria da cidade, não apareceu nessa conta porque mora na
cidade vizinha de Saudades.
As operárias são filhas de camponeses. Estariam quebrando milho, besuntadas de
protetor solar, se não tivessem o emprego. Já a chefe cresceu em São Paulo e ganhou
tanta experiência na produção de roupas que juntou um dinheiro e decidiu investir nesse
rincão catarinense. Aquela fábrica de uniformes encravada entre milharais poderia não
chamar a atenção. Infelizmente chama. Afinal, é a exceção da regra naturalizada pelos
brasileiros: patrões brancos e empregados negros.
O padrão nacional está em Antônio Cardoso (BA), a cidade brasileira mais ciente de
sua negritude. É o único município do país em que mais da metade de habitantes se
autodeclarou preto no censo de 2010 (se somar os pardos, a porcentagem pula de 50,6%
para 87%). Naquele pedaço de agreste, só 2% das terras pertencem aos descendentes
dos quilombos de permanência, que lá se formaram após a abolição da escravatura, em
1888. Além de pouca, a terra que conseguiram não tem fonte de água e está nos
tabuleiros e serras rochosas. As planícies irrigadas são dos grandes proprietários
brancos. "Nosso município é o mais africano do país, mas o poder econômico e político
ainda é dos brancos", afirma o único vereador quilombola da cidade, Ozeias Santos.
Em tempo: o termo "preto" costuma ser criticado como preconceituoso, mas é a
terminologia oficial do IBGE, que denomina como "negro" a soma de "pretos" e "pardos".
Para fins estatísticos, o TAB reproduz essas nomenclaturas, mas se permite usar outros
tantos ao longo da reportagem para explicar a complexa relação dos brasileiros com os
conceitos de raça e cor.
https://tab.uol.com.br/racismo/

TEXTO 2
A violência letal intencional no Brasil cresce contra negros (pretos e pardos) e
regride contra não negros (brancos, amarelos e indígenas), segundo revelam os dados do
Atlas da Violência 2018, que traz dados do Ministério da Saúde e foi divulgado nesta
terça-feira (5) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e Fórum Brasileiro de
Segurança Pública. Entre 2006 e 2016, último ano com dados disponíveis para o
levantamento, a taxa de homicídios de indivíduos não negros diminuiu 6,8%. No mesmo
período, a taxa entre a população negra saltou 23,1% e foi a maior registrada desde 2006
--ano inicial da série histórica. No país, somando todas as raças, a taxa de homicídios
cresce 13,9 no mesmo período.
O estudo revela que, em 2016, a população negra registrou uma taxa de homicídios
de 40,2 mortes por 100 mil habitantes, o mesmo indicador para brancos, amarelos e
indígenas foi de 16. Considerando a população como um todo, o país atingiu o recorde
em 2016 de 30,3 homicídios a cada 100 mil pessoas.
Veja mais em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2018/06/05/taxa-de-homicidios-
de-negros-cresce-26-em-10-anos-mortes-de-brancos-caem.htm?cmpid=copiaecola

TEXTO 3
ESCREVA SEU ARTIGO DE OPINIÃO NESTA FOLHA COM 30 A 35 LINHAS.
COLOQUE UM TÍTULO E ASSINE LOGO ABAIXO.

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