Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(...)
“Diz o tolo em seu coração: "Deus não existe".
Corrompendo-se e cometendo atos detestáveis;
não há ninguém que faça o bem.” Salmos 14:1
OROKAMONO
NO
UMAREKAWARI
Abrindo os olhos vejo um céu azulado e brilhante, onde
esbanjava todo seu resplendor e cuspia na palavra
tedioso com todas as forças. Em minha vida passada eu
teria uma insolação daquelas graças ao poder do sol que
enaltecia todos os cantos do céu, já aqui, tudo que sinto é
um calor acolhedor, como se ele me abraçasse. Além de
uma brisa suave vim para refrescar a alma desamparada
de qualquer tolo que ali estivera, como foi meu caso;
detalhando mais o lugar que me encontrei desacordado
eu devo exclamar que o campo florido foi a melhor parte.
Pétalas rosas velejavam junto ao vento que assoprava em
direção a um lago cristalino com abundância de beleza e
vida, e lá estava eu; quase engasgando de tentar
expressar uma explosão de sentimentos.
- Eu finalmente encontrei o que procurava; digo com um
sorriso de deixar qualquer palhaça com inveja.
Mesmo podendo ficar horas ou até dias deitado no
campo observando tudo aquilo que me rodeava, eu tinha
de descobrir o que estava acontecendo. Por que vim
parar aqui? Por que só agora? E por que eu?
Segui a correnteza de um dos braços do lago até chegar
em uma cidade. Devo ter demorado 1 hora de
caminhada, que nesse novo mundo não me afetara nem
um pouco, diferente do antigo que 5 minutos já deixava o
mundo lá mesmo; mais aquela cidade não era nada
parecida com qualquer uma que já me visse a memória.
Mas parecia muito familiar de certa forma. Como se eu já
estivesse vivido aqui em algum momento.
- Mesmo tentando não consigo me lembrar de nada, nem
mesmo da minha vida passada. Apenas sinto que daqui
não sou; digo esfregando os olhos pra tentar perceber se
isso não passava de um sonho.
- Me alegro não ser um sonho, mas parece que não será
tão simples assim; digo isso enquanto sinto olhares
desconfiados em minha volta enquanto ando pela cidade.
Além dos olhares, seus linguajares não se assemelhavam
a nada com que eu pudesse entender ou imaginar.
Pareciam sussurros misturado com dialetos
desconhecidos, e tudo isso junto com seus olhares
metralhados em minha pessoa tornava qualquer forma
de interação impossível. Ainda assim, no meio de todo
aquele transtorno, uma voz gritou algo legível pra mim.
- Kazumi! É você mesmo? Mirando meus olhos em
direção a voz vejo uma figura deslumbrante, uma jovem
com cabelos prateados e olhos azuis correndo em minha
direção. De alguma forma eu conhecia aquela garota,
mais apenas o nome me veio à mente.
- Mary? Digo me assustando comigo mesmo por saber o
nome dela. Ela abre um sorriso encantador e lágrimas
escorrem de seus olhos enquanto ela pula em meus
braços.
- Você não sabe o quanto estou feliz de te ver. Achei que
nunca mais o veria; me questiono no mesmo momento:
- Nós já nos conhecemos? Suas lágrimas param no
instante e uma inquietação paira no ar:
- Claro. Você não se lembra? Erámos melhores amigos na
1° Incursão Junkai; ela indaga com um gesto de
repreensão, como seu eu tivesse esquecido de algo
importante. Mais era exatamente o que aconteceu, pois
não lembrava de nada desse mundo, da 1° Incursão de
Junkai, ou até mesmo o rosto dela, apenas o nome que
piscou na minha mente no momento.