TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS
Lógica da Tributação
O que é Tributo?
“Tributo é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.”
Função dos Tributos:
✓ Fiscal: Objetivo arrecadatório
✓ Extrafiscal: Objetivo de regulação do
mercado – Ex: II, IE, IPI, IOF.
Competência para Criar e Alterar Tributos:
Pessoas Jurídicas de Direito Público, dotadas de
Poder Legislativo conferido pela CF/88 (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios).
Classificação dos Tributos:
Quanto à Espécie:
✓ Imposto: espécie de tributo cuja obrigação
tem por fato gerador uma situação independente
de qualquer atividade estatal específica, relativa
ao contribuinte (BRASIL, 1966, art. 16). Ex:
ICMS, IPI, IPVA, IPTU.
✓ Taxa: espécie de tributo vinculado à
atividade estatal, e não do particular. Decorrente
do poder de polícia e do serviço público
específico e divisível, prestados ao contribuinte
ou postos a sua disposição (art. 145, II, da CF e
art. 77, do CTN). Ex: Taxa emissão CNH,
Coleta de Lixo.
✓ Contribuição de Melhoria: Tributo cuja
obrigação tem por fato gerador uma situação
que representa a valorização imobiliária
auferida pelo contribuinte. Seu fim se destina às
necessidades do serviço ou à atividade estatal
(Art. 145, III, CF 88).
✓ Empréstimo Compulsório: Tributo de
arrecadação vinculada à despesa que o
fundamenta: Calamidade pública; Guerra;
Investimento público de caráter urgente.
✓ Contribuições especiais: Espécie de tributo
destinado ao financiamento de gastos
específicos por exemplo: Seguridade social,
Intervenção no domínio econômico, Categorias
de classe. Ex: CSLL, COFINS, PIS.
Quanto à Competência Impositiva:
✓ Federais
• Imposto de Importação
• Imposto de Exportação (IE);
• Imposto de Renda (IR);
• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
• Imposto sobre Operações Financeiras (IOF);
• Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
ITR;
• PIS/COFINS;
• CSLL.
✓ Estaduais
• Imposto sobre operações relativas à Circulação
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços
de Transporte Interestadual e Intermunicipal e
de Comunicações (ICMS);
• Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e
Doação, de quaisquer bens ou direitos(ITCMD);
• Imposto sobre Propriedade de Veículos
Automotores (IPVA).
✓ Municipais
• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
(ISSQN);
• Imposto sobre a Propriedade Territorial
Urbana (IPTU);
• Imposto sobre Transmissão “Inter Vivos”, a
qualquer título, por ato oneroso, de bens
imóveis (ITBI).
Conceitos Importantes:
✓ Imunidade: limitação constitucional ao
poder de tributar;
✓ Isenção: dispensa legal (por meio de lei
ordinária) do pagamento do tributo;
✓ Não-incidência: não há hipótese de
incidência, fora do campo de incidência.
 Requisitos para Criação dos Tributos:
✓ Hipótese de incidência – descrição genérica e
hipotética do fato tributado. Ex: Obter
receita/faturamento
✓ Fato gerador / imponível – fato concreto. Ex:
Ter a propriedade imóvel.
✓ Definição da Base de Cálculo e Alíquota
✓ Identificação do sujeito passivo
✓ Sujeito Ativo
1. Alíquota
✓ É a quota, fração ou parte da grandeza
contida no fato gerador.
✓ Critério para atribuir ao estado uma soma de
dinheiro.
✓ Pode ser substituída por valor fixo.
2. Base de Cálculo: A grandeza econômica
sobre a qual se aplica a alíquota para calcular a
quantia a pagar.
3. Sujeito Ativo: Pessoa Jurídica de Direito
Público titular da competência para exigir o seu
cumprimento.
4. Sujeito Passivo:
✓ Definido em Lei
✓ Sujeito Passivo direto – contribuinte
✓ Sujeito Passivo indireto – responsável
5. Capacidade Tributária: o poder de cobrar,
fiscalizar e arrecadar o tributo. Ex: RFB, RE
6. Fato Gerador: Fato ou evento concreto que
dá a origem/motivação para a cobrança do
tributo.
Conceito de Lançamento:
“Compete privativamente à autoridade
administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência
do fato gerador da obrigação correspondente,
determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da
penalidade cabível. Além disso, a atividade
administrativa de lançamento é vinculada e
obrigatória, sob pena de responsabilidade
funcional (ART 142 CTN).”
Modalidades de Lançamento:
✓ De Ofício – todo o procedimento fica restrito
ao agente público, sem qualquer participação do
contribuinte. Ex: IPTU/ IPVA
✓ Por declaração – há a participação tanto do
agente público quanto do contribuinte no
procedimento de lançamento. Ex: ITBI
✓ Por homologação – todo o procedimento é
realizado pelo contribuinte, restando para a
administração pública a homologação dos atos
praticados pelo sujeito passivo. Ex: ICMS, ISS.
Outros Conceitos Importantes:
✓ Regime Não Cumulativo: Possibilita a
obtenção de crédito tributário, isto é, o valor
incidente em uma operação de (compra) será
compensado do valor incidente na operação
subsequente (venda). EX: ICMS, PIS/COFINS
não cumulativo.
✓ Regime Cumulativo: Não possibilita a
obtenção de crédito tributário, isto é, o valor
incidente em uma operação de (compra) não
será compensado do valor incidente na operação
subsequente (venda). EX: ISS, PIS/COFINS
Cumulativo.
✓ Imposto por Fora: O seu valor é calculado
aplicando-se uma alíquota sobre o preço dos
produtos, depois, os dois valores são somados.
EX: IPI ($ 600 + 10%IPI= 660,00).
✓ Imposto por Dentro: Significa dizer que o
seu valor está incluso no valor das mercadorias.
EX: Adquiri uma mercadoria por $ 17,00 com
alíquota incidente de ICMS de 17%, significa
dizer que o custo da mercadoria é de $ 830 e o
ICMS É DE $170. Nesse caso, o total da NF
será igual a $1.000,00.
ICMS –
Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestação
de Serviços de Transporte Intermunicipal e
Interestadual e de Comunicação
Conceitos Gerais:
✓ Competência estadual.
✓ Incide sobre a circulação de mercadorias e
sobre a prestação de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal, comunicações e
fornecimento de energia elétrica.
✓ Nem todas as mercadorias ou operações estão
sujeitas ao ICMS: há casos de imunidade
(previstos na CF e casos de isenção e não
incidência previstos na legislação específica de
cada estado). Ex: Livros, Jornais.
✓ Imposto considerado por dentro, isto é, valor
incluso no valor das mercadorias.
✓ O ICMS é um imposto não cumulativo, isto é,
funciona no sistema de débitos e créditos.
✓ Ao adquirir bens ou serviços tributados pelo
ICMS, o contribuinte adquire um crédito
(direito de compensação futura) junto ao fisco,
relativo ao imposto pago em sua aquisição e ao
realizar uma operação sujeita a incidência de
ICMS (venda), passa a ter um débito (obrigação
de pagamento futuro) junto ao fisco.
✓ A alíquota (porcentagem) poderá variar em
função do tipo da mercadoria, do destino, da
origem entre outros.
Lógica de Tributação:
✓ Uma mercadoria é vendida para uma empresa
comercial ao preço de R$ 100,00 e é tributado a
18%. Nessa operação, o vendedor cobrará do
comprador R$ 100,00, referente ao bem, e
destacará na nota fiscal o valor R$ 18,00 dos R$
100,00 cobrados, que referem-se ao imposto.
✓ Observe que esta metodologia de cálculo
implica em um custo de aquisição da
mercadoria para o comprador de $ 82,00 ($ 100
– 18,00 de ICMS).
✓ Agora, você vende o mesmo lote de
mercadorias a $150,00 com ICMS 18% (27,00).
Sendo assim, dessa venda $123,00 é Receita
Liquida Venda e $27,00 é o ICMS que deve ser
recolhido ao estado. Contudo, como você tem o
direito de aproveitar 18,00$ da compra, você
pagará ao estado ($27 - 18$ = $9,00).
✓ ICMS COMPRA – DIREITO PERANTE O
ESTADO – ICMS À RECUPERAR
✓ ICMS VENDA – OBRIGAÇÃO PERANTE
O ESTADO – ICMS À RECOLHER
Ex 2:
✓ Compra R$ 12.000,00 (Alíquota 12%) = 0,12
* 12.000,00 = 1.440,00
✓ Venda: 20.000 (Alíquota 18%) = 0,18*
20.000,00 = 3.600,00
✓ Imposto à Recolher: (18*20.000,00 – 12%*
12.000) = 3.600,00 – 1440,00= R$ 2.160,00
Lembrando Conceitos Importantes:
✓ Regime Não Cumulativo: Possibilita a
obtenção de crédito tributário, isto é, o valor
incidente em uma operação de (compra) será
compensado do valor incidente na operação
subsequente (venda). EX: ICMS, PIS/COFINS
não cumulativo.
✓ Regime Cumulativo: Não possibilita a
obtenção de crédito tributário, isto é, o valor
incidente em uma operação de (compra) não
será compensado do valor incidente na operação
subsequente (venda).EX: ISS, PIS/COFINS
Cumulativo.
✓ Imposto por Fora: O seu valor é calculado
aplicando-se uma alíquota sobre o preço dos
produtos, depois, os dois valores são somados.
EX: IPI ($ 600 + 10%IPI= 660,00).
✓ Imposto por Dentro: Significa dizer que o
seu valor está incluso no valor das mercadorias.
EX: Adquiri uma mercadoria por $ 17,00 com
alíquota incidente de ICMS de 17%, significa
dizer que o custo da mercadoria é de $ 830 e o
ICMS É DE $170. Nesse caso, o total da NF
será igual a $1.000,00.
Mecanismo de Incidência do ICMS
✓ COMPRA – PAGA AO FORNECEDOR –
EMBUTIDA NO CUSTO MERCADORIA-
ICMS
✓ VENDA – RECEBE DO CLIENTE-
EMBUTIDA NO VALOR DA VENDA – UMA
PARCELA ICMS – REPASSAR ESTADO
Obs: No entanto, antes de repassar ao governo a
parcela do ICMS recebida do cliente (NF
Venda), a empresa pode compensar, desse total,
o valor do ICMS que pagou ao fornecedor (NF
Compra) por ocasião de compra desse produto.
Ao Fim do Mês
Somam-se todos os valores do ICMS incidentes
em todas as compras efetuadas durante o
referido mês. Somam-se todos os valores
incidentes em todas as vendas efetuadas no mês
ainda que as mercadorias não tenham sido
compradas naquele mês.
 Conclusão
✓ ICMS COMPRAS > ICMS VENDAS =
DIREITO EMPRESA COM O ESTADO NAS
OPERAÇÕES DO MÊS.
✓ ICMS VENDAS > ICMS COMPRAS =
OBRIGAÇÃO DA EMPRESA – RECOLHER
IMPOSTO NO MÊS SEGUINTE
Exemplo Prático 1
Cálculo do Imposto:
Contabilização:
Exemplo Prático 2
Contabilização em Contas Distintas
Uma empresa adquiriu mercadorias à vista do
seu valor Y, no valor de $ 10.000, com ICMS
incidente de $ 1.700. Efetuou venda de
mercadorias à vista durante o mês no valor de $
30.000, com ICMS incidente no valor de $
5.100,00.
1)
✓ DÉBITO – ESTOQUE DE MERCADORIAS
– 8.300,00
✓ DÉBITO – ICMS À RECUPERAR –
1.700,00
✓ CRÉDITO – CAIXA – 10.000,00
2a)
✓ DÉBITO – CAIXA – 30.000,00
✓ CRÉDITO – RECEITA COM A VENDA DE
MERCADORIAS – 30.000,00
2b)
✓ DÉBITO – ICMS SOBRE VENDAS –
5.100,00
✓ CRÉDITO – ICMS À RECOLHER –
5.100,00
obs: Obtenção de receita (receita, imposto, cmv)
No Último Dia do Mês, Apurar o Saldo do
ICMS (Ajuste)
✓ DÉBITO – ICMS À RECOLHER – 1.700,00
✓ CRÉDITO – ICMS À RECUPERAR –
1.700,00
Obs: Conta ICMS recuperar zerada e o valor a
pagar fica 3.400 (credor no pc)
 Contabilização em Conta Única
Contabilização (Conta Única – Registra Todos
Direitos e Obrigações Relativas Ao ICMS –
Compra/Venda)
1)
✓ DÉBITO – COMPRA DE MERCADORIAS
– 8.300,00
✓ DÉBITO – ICMS À RECUPERAR –
1.700,00
✓ CRÉDITO – CAIXA – 10.000,00
2a)
✓ DÉBITO – CAIXA – 30.000,00
✓ CRÉDITO – RECEITA COM A VENDA DE
MERCADORIAS – 30.000,00
2b)
✓ DÉBITO – ICMS SOBRE VENDAS –
5.100,00
✓ CRÉDITO – ICMS À RECUPERAR –
5.100,00
Obs: A conta ICMS à Recuperar fica com saldo
credor – 3.400,00
3) No Último Dia do Mês, Apurar o Saldo
Conta ICMS a Recuperar e Regularizar a
Situação
✓ Saldo CREDOR = OBRIGAÇÕES >
DIREITOS = DIFERENÇA RECOLHER
GOVERNO
✓ Para regularizar a situação ainda no final do
mês:
▪ DÉBITO – ICMS À RECUPERAR – 3.400,00
▪ CRÉDITO – ICMS À RECOLHER – 3.400,00
ATENÇÃO!
No último dia do mês, quando a conta de ICMS
À RECUPERAR apresentar saldo devedor, isto
é, movimentação com mercadorias resultar em
direito da empresa perante o governo estadual,
em função da conta ICMS A RECUPERAR ser
ativo circulante, não haverá necessidade de
lançamento de ajuste, permanecendo o saldo na
própria conta para ser compensado no
movimento do mês seguinte.
Exemplo Prático 3
ICMS na Devolução de Compra e Venda de
Mercadorias
Devolução de parte da compra efetuada junto ao
fornecedor, no valor de $ 1.000, com ICMS
$170.
Devolução de parte das vendas à vista por
$5.000 com ICMS incidente $850.
Obs: Inverte os lançamentos originais como se
fosse estornos
1)
DÉBITO – CAIXA – 1.000,00
CRÉDITO – ICMS À RECUPERAR – 170,00
CRÉDITO – COMPRAS ANULADAS –
830,00
2A)
DÉBITO – VENDAS ANULADAS – 5.000,00
CRÉDITO – CAIXA – 5.000,00
2B)
DÉBITO – ICMS À RECUPERAR – 850,00*
CRÉDITO – ICMS SOBRE VENDAS – 850,00
*OBS:
✓ Caso a empresa adote o método da conta
desdobrada com inventário periódico, em lugar
de conta de Compra e Venda de Mercadorias, o
correto será utilizar Compras Anuladas e Vendas
Anuladas.
✓ Se contabilizar pela conta distinta, a única
alteração seria no lançamento 2B, em que a
conta debitada seria ICMS à Recolher.
ATENÇÃO!
ICMS NÃO INCIDINDO NAS
MERCADORIAS ADQUIRIDAS
Caso não sofra incidência do ICMS, o imposto
integrará o custo de aquisição das respectivas
mercadorias.
 Linguagem Contábil X Linguagem Fiscal
Contábil
Débito – ICMS a Recuperar
Crédito – ICMS a Recolher/Recuperar
Fiscal
Crédito com o Estado
Débito com o Estado
Vedação Ao Crédito
Estorno Do Crédito
Situações Especiais
Verificar legislação de cada Estado
Exemplo: brindes, amostra grátis, dentre outras.
Alíquota
Obs: Varia por produto, local de destino e
origem, consultar legislação diariamente.
Base De Cálculo
Obs: Custo dos produtos mais todas
despesas cobradas/debitadas ao
adquirente, mas sendo importante
consultar diariamente a legislação para
identificar situações especiais.
Resumo:
✓ Valor da operação, Seguro, Juros, Descontos
Condicionais e Fretes.
✓ OBS: Atenção ao conceito de FRETE CIF E
FOB.
IPI – Imposto sobre Produtos
Industrializados
✓ Competência federal
✓ Incide sobre produtos industrializados, por
isso é devido pelas empresas industriais e por
algumas a elas equiparadas.
✓ Nem todas os produtos ou operações estão
sujeitas ao IPI.
✓ Imposto considerado por fora, isto é, valor
calculado aplicando alíquota sobre o preço final
do produto. Depois os valores são somados.
Logo: NF = Preço produto + IPI
✓ O IPI: NÃO CUMULATIVO X
CUMULATIVO.
✓ IPI incidente na compra será abatido do valor
do IPI da venda subsequente.
✓ A alíquota varia por produto.
Exemplo Prático:
Uma empresa adquiriu produtos à vista do seu
valor Y, no valor de $ 2.000, com IPI incidente
de $2000. Efetuou venda à vista durante o mês
no valor de $ 7.000,00 com IPI incidente no
valor de $ 700.
Contabilização (Contas Distintas)
✓ Débito – Compra/Estoque De Matéria Prima
– 2.000,00
✓ Débito – IPI À Recuperar – 200,00
✓ Crédito – Caixa – 2.200,00
✓ Débito Caixa – 7.000,00
✓ Crédito – Receita Com A Venda De Produtos
– 7.000,00
✓ Crédito – IPI À Recolher – 700,00
No Último Dia Do Mês, Apurar O Saldo Do
IPI (Ajuste)
✓ Débito – IPI À Recolher – 200,00
✓ Crédito – IPI À Recuperar – 200,00
ATENÇÃO!
✓ Conta Única – mesma operação de
contabilização do ICMS, obedecendo as
caraterísticas do IPI.
✓ Verificar também se adota ou não o regime
não cumulativo.
✓ Verificar também produtos Isentos/ Isenção.
Caso não sofra incidência do IPI, o produto, o
imposto integrará o custo de aquisição dos
respectivos materiais.
EXERCÍCIO PRÁTICO
✓ 1/10 – Compra de mercadorias $ 20.000 à
vista, com ICMS destacado na nota no valor de
18%
✓ 2/10 – Venda de mercadorias à vista
$10.000,00 com ICMS de 18%
✓ 3/10 – Devolução ao fornecedor parte da
compra à vista, no valor de $1.000 com ICMS
18%
✓ 4/10 – Devolução de vendas à vista $2.500,00
com ICMS de 18%.
✓ 5/10 – Compra de mercadorias a prazo
mediante duplicatas no valor de $ 100.000 com
ICMS de 18% e IPI no valor de $ 10.000,00.
✓ 6/11 – Compra de mercadorias a prazo com
aceite de duas duplicatas com valor das
mercadorias de $500.000,00, IPI $ 50.000 e
ICMS destacado de 18%.
✓ 7/11 – Venda de mercadorias a vista efetuada
durante o mês no valor de $ 1.000.000 com
ICMS destacado na nota no valor de 18%.
Pede-se: Contabilize as operações referentes ao
mês de outubro (não contribuinte do IPI e adota
contas distintas para o registro do ICMS).
Resolução
Contabilização Das Operações Referentes A
Outubro
1)
Crédito – Caixa – 20.000,00
Débito – Compra De Mercadorias – 16400
Débito – ICMS À Recuperar – 3600
2A)
Débito – Caixa – 10.000
Crédito – Receita Venda Mercadorias – 10.000
2B)
Débito – ICMS Sobre Vendas – 1800
Crédito – ICMS À Recolher – 1800
3)
Débito – Caixa – 1000
Crédito – Compras Anuladas – 820
Crédito – ICMS A Recuperar – 180
4A)
Débito – Vendas Anuladas – 2500
Crédito – Caixa – 2500
4B)
Débito – ICMS A Recolher – 450
Crédito – ICMS Sobre Vendas – 450
5)
Débito – Compras De Mercadorias – 82.000
Débito – ICMS A Recuperar – 18.000
Crédito – Duplicatas A Pagar – 100.000
ATENÇÃO!
✓ ICMS e IPI contas distintas: lançamento de
ajuste final do mês (Crédito ICMS/IPI a
recuperar e Débito ICMS/IPI a recolher, lançado
é o menor saldo entre as duas).
✓ Para ter direito a recuperar o ICMS/IPI, os
produtos têm que ter incidência do imposto.
Caso contrário, o ICMS integrará o custo de
aquisição das mercadorias
✓ Isenção de ICMS e IPI nas operações: sendo
assim, pode comprar com ICMS e vender sem
ICMS/IPI.
✓ Crédito de ICMS: consumo energia elétrica,
telecomunicações e custo transporte.
✓ Quando a empresa no momento da compra,
registra o direito adquirido sobre o ICMS sem
ter o direito sobre o mesmo, deve efetuar o
estorno do crédito ao estado.
✓ Consultar periodicamente a legislação de
cada estado (ICMS) e a legislação federal (IPI).
✓ Consultar casos especiais.
 ATENÇÃO CASOS ESPECIAIS!
Suponha que uma empresa tenha adquirido
mercadorias à vista no valor de 1000,00, com
ICMS incluso no valor de $ 170 e IPI
adicionado no valor de $ 100 com a Nota Fiscal
perfazendo o total de $ 1100. Considere as
seguintes situações:
A) Aplicação no processo de fabricação
(INCIDÊNCIA DOIS TRIBUTOS)
✓ Débito – Estoque De Matéria Prima – 830,00
✓ Débito – ICMS A Recuperar – 170,00
✓ Débito – IPI A Recuperar – 100,00
✓ Crédito – Caixa – 1100,00
B) Comercialização (Adquirido mercadorias
para revenda e somente o ICMS incidirá na
venda)
✓ Débito – Estoque De Mercadorias – 930,00
✓ Débito – ICMS A Recuperar – 170,00
✓ Crédito – Caixa – 1.100,00
C) Uso ou consumo (ICMS E IPI não serão
recuperados. Ambos integrarão o custo de
aquisição).
✓ Débito – Materiais De Consumo – 1.100,00
✓ Crédito – Caixa – 1100,00
CONTRIBUIÇÕES INCIDENTES SOBRE
VENDAS: PIS E A COFINS
✓ A Contribuição para o Programa de
Integração Social (PIS), a Contribuição para o
Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público (PASEP) e a Contribuição para
o Financiamento da Seguridade Social
(COFINS).
✓ Espécie de tributos que as entidades recolhem
mensalmente ao Governo Federal.
✓ Base de cálculo é o Faturamento (Atenção
aos casos especiais/deduções e as exclusões da
base de cálculo).
✓ PIS/PASEP tratados juntos.
✓ Regime de incidência não cumulativo e o
cumulativo.
✓ Recolhimento no mês seguinte ao da
ocorrência dos fatos geradores (Até dia 25 do
mês seguinte).
✓ São contribuintes da Contribuição para o PIS/
PASEP e da Cofins incidentes sobre a receita ou
faturamento as pessoas jurídicas de direito
privado e as que lhes são equiparadas pela
legislação do Imposto sobre a Renda da Pessoa
Jurídica (IRPJ) (Lei Complementar no 70, de
1991, art. 1°; Lei no 9.715, de 1998, art. 2°,
inciso I; Lei no 9.718, de 1998, art. 2°;
Lei no 10.637, de 2002, art. 4°; e Lei no 10.833,
de 2003, art. 5°).
Temos também:
✓ As empresas públicas, as sociedades de
economia mista e suas subsidiárias, as
sociedades civis de profissões legalmente
regulamentadas, bem como as sociedades
cooperativas (Lei Complementar no 70, de
1991, art. 1°; e Lei no 9.715, de 1998, art. 2°,
inciso I).
✓ Empresas comerciais exportadoras, em
relação às operações de que trata o § 3o do art.
9° (Lei no 9.363, de 13 de
dezembro de 1996, art. 2°, § 6°; Lei no 10.637,
de 2002, art. 7°, § 3°; e Lei no 10.833, de 2003,
art. 9°, § 3°);
✓ As entidades submetidas aos regimes de
liquidação extrajudicial e de falência, em
relação às operações efetuadas durante o
período em que perdurarem os procedimentos
para a realização do seu ativo e o pagamento do
passivo (Lei no 9.430, de 27 de dezembro de
1996, art. 6°)
✓ As sociedades em conta de participação,
devendo o sócio ostensivo efetuar o pagamento
das contribuições incidentes sobre a receita
bruta do empreendimento, não sendo permitida
a exclusão de valores devidos a sócios
participantes (Decreto-Lei no 2.303, de 21 de
novembro de 1986, art. 7°; e Lei no 10.406, de
10 de janeiro de 2002, arts. 991 a 996).
Isenções
Consultar Legislação
Regime Cumulativo
Entidades que não estejam obrigadas ao
recolhimento do ir com base no lucro real.
Alíquotas: PIS/PASEP: 0,65%; COFINS: 3,0%
Base de cálculo do faturamento: receita bruta da
pessoa jurídica, diminuída vendas canceladas,
descontos incondicionais concedidos entre
outros.
REGIME CUMULATIVO – EXERCÍCIO –
CONTABILIZAÇÃO
Suponha que uma empresa de Comércio de
Veículos auferiu no mês de Março/x2, auferiu
receita bruta com mercadorias no valor de
$700.000 e receita com a prestação de serviços
no valor de $ 300.000. Considerando o regime
cumulativo de incidência, calcule e contabilize
as contribuições para a PIS/PASEP E A
COFINS e depois contabilize o pagamento à
vista em dinheiro dos tributos acima na data de
15/04/x2.
Alíquota (0,65% PIS e 3,00% COFINS) –
Faturamento = 700.000,00 + 300.000,00 =
1.000.000
a) Em 31/03/x2
Débito – PIS/PASEP sobre Faturamento* –
6.500,00
Crédito – PIS/PASEP a Recolher – 6.500,00
DÉBITO – COFINS sobre Faturamento* –
30.000,00
CRÉDITO – COFINS à Recolher – 30.000,00
• Redutoras da Receita Bruta
b) Em 15/04/x2 – Pagamento dos tributos
DÉBITO – PIS/PASEP à Recolher – 6.500,00
DÉBITO – COFINS à Recolher – 30.000,00
CRÉDITO – CAIXA – 36.500,00
REGIME NÃO CUMULATIVO –
EXERCÍCIO – CONTABILIZAÇÃO
✓ PIS/PASEP = 1,65%, COFINS: = 7,6%
✓ Pessoas Jurídicas obrigadas ao recolhimento
do Imposto de Renda com base no Lucro Real.
✓ Base de cálculo: Total das receitas auferidas
no mês pela Pessoa Jurídica, independente de
sua denominação ou classificação contábil.
✓ Podem compensar (aproveitar crédito) do
montante das contribuições devidas,
importâncias dos respectivos tributos devidos
por outras entidades em decorrência de
transações realizadas com elas (TRIBUTO À
RECUPERAR).
✓ Consultar demais legislações pertinentes.
CÁLCULO:
CRÉDITOS
Bens adquiridos p/ revenda – 150.000,00
PIS (1,65% x 150.000,00) – 2.475,00
DÉBITOS
COFINS (7,6% x 150.000,00) – 11.400,00
Revenda de mercadorias – 220.000,00
Descontos incondicionais – (15.000,00)
Receita Bruta – 205.000,00
PIS (1,65% x 205.000,00) – 3.382,50
COFINS (7,6% x 205.000,00) – 15.580,00
APURAÇÃO:
PIS (3.382,50 – 2.475,00)
PIS A RECOLHER = 907,50
COFINS (15.580,00-11.400,00)
COFINS A RECOLHER = 4.180,00