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CONDENAÇÕES TRABALHISTAS
Vamos lá!?
Aprenda como aplicar a legislação e acabe com as condenações trabalhistas
O que é jornada de trabalho,
duração do trabalho e
horários de trabalho?
Sistema eletrônico
de ponto – REP
Também conhecida como a “Lei
do Ponto Eletrônico”, a Portaria
1510/2009 do Ministério do
Trabalho e Emprego foi criada
para instituir as regras do registro
eletrônico da jornada de trabalho 4
dos empregados, das entradas
e saídas dos empregados, por
meio do R.E.P., criando modelos e
instituindo as informações que o https://www.blog.nith.com.br/
comprovante de marcação deve
conter.
O REP deve ser implantado em
todas as empresas que possuam
mais de 10 empregados. O princi-
pal objetivo da lei foi preservar os
direitos dos trabalhadores, no que
diz respeito ao pagamento das
horas extras trabalhadas.
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Assinatura do empregado - obrigatoriedade ou não?
Com a evolução da tecnologia, Contudo, ainda há decisões de
o controle de jornada se tornou tribunais regionais em sentindo
um procedimento muito mais contrário.
simples, moderno e eficaz, com
É importante destacar que a apre-
métodos de marcação de ponto
sentação dos controles de jornada
por biometria e até por aplicativos
é ônus do empregador, de acordo
de celular.
com a Súmula 338 do TST.
Mesmo assim, muito ainda se dis-
Mas, uma vez apresentados os car-
cute sobre a necessidade de obter
tões de ponto ao Poder Judiciário,
a assinatura do empregado nos
é ônus do empregado descons-
cartões de ponto para validar o
tituir esses documentos como
controle de jornada.
meio de prova. Nesse contexto, é
A verdade é que não há a obrigato- possível afirmar que a assinatura
riedade de assinatura dos cartões dos cartões de ponto tem caído
de ponto, independentemente do em desuso.
sistema de controle de jornada
Mas vale lembrar que, antes de
utilizado pelo empregador.
acabar com a assinatura dos
Nesse sentido, o Tribunal Superior pontos eletrônicos, é impor-
do Trabalho entende que a mera tante entender os riscos de uma
ausência de assinatura nos car- demanda trabalhista para cada
tões de ponto não invalida os caso.
documentos como meio de prova. 5
Cargo de confiança
O profissional que ocupa cargo de confiança é representante do
empregador no serviço, detentor de confiança incomum.
Sendo assim, ele tem poder diretivo, coordena atividades e fis-
caliza a execução delas. Eventualmente, aplica medidas discipli-
nares, como advertência, suspensão e dispensa por justa causa,
a depender do grau de autonomia que a empresa lhe confere.
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Como a jornada de trabalho é livre de controle, eles não têm direito
a hora extra nem ao limite de oito horas de serviço por dia.
Em contrapartida, o salário, compreendendo a gratificação de
função, deve ser igual ou superior ao salário básico acrescido
de 40% do seu valor. Se o percentual for menor, aplicam-se as
normas gerais sobre duração do trabalho.
Lembrando que essa condição deve ser registrada na Carteira
de Trabalho, e a gratificação precisa ser discriminada no
contracheque.
Trabalho externo
Os empregados que exercem atividade externa incompatível
com a fixação de horário de trabalho, estão dispensados de con-
trole de jornada, devendo tal condição ser anotada na CTPS e no
registro de empregados.
Lembrando que se o trabalho for executado fora do estabeleci-
mento, sendo possível o seu controle, o horário dos empregados
constará do registro manual, mecânico ou eletrônico em seu
poder.
Teletrabalho, ou home office, pode ser entendido como aquele
que é realizado para o empregador, mas fora do ambiente da 6
empresa, podendo ser na própria residência do empregado,
em um escritório dividido por profissionais, ou qualquer outro
centro externo ao ambiente da empresa, podendo, inclusive, ser
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prestado até fora do país.
Neste tipo de atividades, não há controle de jornada, e não são
devidas horas extras.
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INTERVALOS E REPOUSOS
Vamos entender agora as regras que tratam sobre
os intervalos e repousos dos profissionais
Intervalo
intrajornada
Em qualquer trabalho contínuo, Sendo assim, não excedendo de 6
cuja duração exceda de 6 horas, horas o trabalho, será, entretanto,
é obrigatória a concessão de um obrigatório um intervalo de 15
intervalo para repouso ou alimen- minutos quando a duração ultra-
tação, o qual será, no mínimo, de passar 4 horas. 7
1 hora e, salvo acordo escrito ou
Vale lembrar que os intervalos de
contrato coletivo em contrário,
descanso não serão computados
não poderá exceder de 2 horas.
na duração do trabalho.
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Redução do intervalo
intrajornada
Pode haver redução do inter- tórios, e quando os respectivos
valo, desde que ocorra por ato empregados não estiverem sob
do Ministro do Trabalho, quando regime de trabalho prorrogado a
ouvido o Serviço de Alimentação horas suplementares.
de Previdência Social, se verificar
Inclusive, o artigo 611-A da CLT
que o estabelecimento atende
permite a redução por meio de
integralmente às exigências con-
ACT ou CCT em até 30 minutos.
cernentes à organização dos refei-
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Possibilidade de
desconto do repouso
De acordo com a Lei 605/49, não Assim, o empregado que injustifi-
será devida a remuneração do DSR cadamente falta ou atrasa, ainda
quando, sem motivo justificado, o que minutos poderá sofrer o des-
empregado não tiver trabalhado conto do DSR em seu salário cor-
durante toda a semana anterior, respondente a semana da falta.
cumprindo integralmente o seu
A possibilidade do desconto ou
horário de trabalho.
não do DSR do empregado men-
Para que o empregado tenha salista e quinzenalista, quando
direito à remuneração do des- faltam ao serviço sem justificativa
canso semanal remunerado, é legal não é pacífica.
necessário que o seu horário de
Para as empresas que trabalham
trabalho seja integralmente cum-
em regime de compensação
prido, sem faltas, atrasos ou saídas
do sábado e, caso ocorra faltas
durante o expediente na semana
durante a semana, poderá des-
anterior, desde que tenham ocor-
contar integralmente as horas
rido sem justificativa legal ou em
não trabalhadas, inclusive as da
virtude de punição disciplinar.
compensação.
TRABALHO NOTURNO
Esse tipo de trabalho também gera muitas 8
dúvidas e, por vezes, é motivo de ações
trabalhistas. Entenda as regras previstas
na legislação!
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Horário noturno
Salvo nos casos de revezamento semanal
ou quinzenal, o trabalho noturno terá
remuneração superior à do diurno e, para
esse efeito, sua remuneração terá um
acréscimo de 20 %, pelo menos, sobre a
hora diurna.
A hora do trabalho noturno será compu-
tada como de 52 minutos e 30 segundos.
Lembrando que, considera-se noturno,
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para os efeitos deste artigo, o didos os que abrangem períodos
trabalho executado entre as 22 diurnos e noturnos, aplica-se às
horas de um dia e as 5 horas do horas de trabalho noturno.
dia seguinte.
De acordo com a OJ 97 da SDI1 do
O acréscimo para empresas que TST “o adicional noturno integra a
não mantêm, pela natureza de base de cálculo das horas extras
suas atividades, trabalho noturno prestadas no período noturno”,
habitual, será feito, tendo em devendo se pagar adicional sobre
vista os quantitativos pagos por adicional neste caso.
trabalhos diurnos de natureza
A OJ 259 estabelece ainda que o
semelhante.
adicional de periculosidade deve
Em relação às empresas cujo compor a base de cálculo do adi-
trabalho noturno decorra da cional noturno, já que também
natureza de suas atividades, o neste horário o trabalhador per-
aumento será calculado sobre o manece sob as condições de risco.
salário mínimo geral vigente na No caso de o trabalhador mudar
região, não sendo devido quando de turno, perderá o adicional
exceder desse limite, já acrescido
A transferência para o período
da percentagem.
diurno de trabalho implica a perda
Nos horários mistos, assim enten- do direito ao adicional noturno.
Jornada parcialmente 9
noturna
Nos horários mistos, assim enten- Quando o trabalho extraordinário
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didos os que abrangem períodos for realizado no período noturno,
diurnos e noturnos, aplica-se às o adicional de horas extras deverá
horas de trabalho noturno as dis- incidir sobre o valor da remunera-
posições a respeito do adicional. ção horária com o acréscimo do
adicional noturno.
Na jornada de trabalho do empre-
gado, pode ocorrer a prorrogação Quando o trabalhador prorroga a
de jornada de até 2 horas ou ainda jornada após as 5h00, ele perma-
o trabalho ser realizado no horá- nece ganhando adicional noturno
rio noturno. Em qualquer dessas e a hora permanece reduzida.
hipóteses, a remuneração do
O adicional noturno, pago com
empregado terá de ser paga com
habitualidade, integra o salário do
os devidos adicionais.
empregado para todos os efeitos.
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Lembrando que, cumprida inte- Quanto à jornada 12 x 36, a
gralmente a jornada no período Reforma Trabalhista prevê que a
noturno e prorrogada esta, devido remuneração mensal pactuada
é também o adicional quanto às pela jornada 12x36 já abrange a
horas prorrogadas. prorrogação do trabalho noturno.
Horas extras
em viagens
Uma dúvida é muito comum: no caso de
viagem, o tempo de deslocamento até o
local da prestação deve ser pago como
hora extra?
O art. 4º da CLT considera como tempo
de serviço efetivo o período em que
o empregado esteja à disposição do
empregador, aguardando ou executando
ordens.
Uma vez que no período do percurso,
quando de viagens a trabalho, perma-
nece o empregado impossibilitado de
exercer atividades outras, particulares,
entende-se que este tempo de viagem, 10
com a consequente integração na jor-
nada de trabalho.
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Com relação ao período de repouso, em que o trabalhador se encontra
em alojamentos ou hotéis, não deve ser considerado como tempo de
serviço e, desta forma, não será remunerado pelo empregador.
Isto porque, o empregado não se encontra efetivamente à disposição de
seu empregador, encontrando-se livre para exercer atividades outras,
particulares, inclusive lazer.
Vale ressaltar que, com a exclusão da jornada in itinere da jornada de
trabalho, há entendimentos divergentes quanto às viagens.
Todavia, existe entendimento no sentido de que o tempo de desloca-
mento do empregado de sua residência até o local de trabalho não se
confunde com o tempo gasto em viagens, quando esse fato ocorrer por
exigência da empresa, fora da jornada normal de trabalho.
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Assim, este entendimento conduz à conclusão de que nestas
circunstâncias o empregado está à disposição do empregador.
Inclusive, este é o posicionamento predominante na jurispru-
dência, no sentido de que o tempo destinado às viagens com a
finalidade de execução de trabalho fora do local da prestação de
serviços, deve ser considerado período à disposição do empre-
gador, sendo as horas excedentes da jornada normal remunera-
das como extras.