Universidade Federal Fluminense

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Disciplina Saúde Coletiva II

Aluna: Rayssa Maria Tapajós Coqueiro

Resenha do Filme “ E a vida continua”.

Lançado em 1993 pelo canal HBO e baseado em um livro não-fictício, possui um drama sobre
casos reais sobre a Epidemia da AIDS, com o roteiro de Arnold Schulman. Na África em 1976,
com a visita do Dr. Don Francis que foi para investigar uma doença recém descoberta, com um
alto índice de morte por ser muito contagiosa. Roupas especiais eram usadas pela equipe que
chega para prestar os cuidados. Diante de algumas dificuldades para a identificação da doença e
como a mudança de hábito poderia diminuir os danos a população.

Percebemos que o filme ao evidenciar os primeiros casos da epidemia, assim os hospitais entre
os Estados Unidos e a França tiveram as primeiras observações. Pneumonia e algumas outras
doenças secundárias. E a Aids, sendo uma doença que atinge células do sistema imunológico
nos indivíduos infectados e por isso tornam-se mais vulneráveis. A idade também foi um fator
de identificação naquele período.

Para contribuir com os fatores de identificação foi necessário utilizar ferramentas de

epidemiologia e bioestatísticas para acompanhar os pacientes. As variáveis quantitativas que
foram usadas estão relacionadas a alimentação, ambientes que frequentam e o estilo de vida do
indivíduo. Isso se deu também pelo forte preconceito e toda a polêmica que foi gerada sobre a
comunidade Homossexual, que foram os primeiros identificados. A “peste gay”, como era
chamada na época, trás até hoje marcas que ainda determinam a fator exclusão dos
Homossexuais no convívio social.

A CCD traz hipóteses de dados das análises dos conteúdos bioestatístico, em que a morbidade
mostra o aumento da taxa de mortalidade, onde a equipe pôde identificar que a transmissão
estaria sendo sexual. Após essas identificações os parceiros começaram a ser entrevistados
também, que os fizeram concluir sobre um dos principais meios de transmissão. Após as
pesquisas realizadas pela equipe, os levantamentos de dados confirmavam o aumento de casos,
mesmo os que não faziam parte do grupo de risco.

Outro fator de transmissão identificado, foi em bebês no Haiti, além de outros dos casos
encontrados também Heterossexuais e Hemofílicos. Os Cientistas identificaram através de
amostras de exames de sangue, retirando a ideia de que é uma doença exclusiva de
homossexuais. E a demora nesses diagnósticos também acontecia porque o material de pesquisa
da época era escasso e os recursos financeiros ainda eram poucos. Teste de hepatite B passaram
a ser usados e alguns locais como saunas, fecharam.

Os Estudos que o Dr. Don Francis passou a ser mais visados por algumas grandes instituições
que estavam envolvidas com as pesquisas. A crítica do filme relata sobre a Ética no meio das
pesquisas quando o outro personagem do filme, o Dr. Gallo tenta roubar a ideia de pesquisa do
Dr. Don, que os levam a uma briga judicial por plágio. Essa é uma das dificuldades para o Dr.
Don chegue a conclusão sobre a cura. Os conflitos também gerados indústrias Farmacêuticas
que até hoje produzem coquetéis para ajudar no tratamento, para que assim eles ainda possam
“dominar” todo esse processo de cura, tornando os pacientes dependentes de todo esse
movimento que muito bem apoiado pelo “Mundo das Pesquisa”.

O filme nos mostra a importância das ferramentas epidemiológicas utilizadas para pesquisas e
para chegarmos a conclusões sobre o processo de uma determinada doença que passa por todo
esse enfrentamento coletivo-social daquela época. Podemos observar também que o filme
mostra o embate que existe entre o homem e a doença. E que a cura continua sendo a fonte de
fortuna.