Você está na página 1de 10

ESCOLA TÉCNICA MADRE TEREZA

CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

TRICOMONÍASE

MACAPÁ – AP

2021
BENJAMIM NUNES VIEIRA
JOÃO VICTOR MALAFAIA DA SILVA
MARIA LEILIANE
MAYCON DOUGLAS BARROS
MÍRIAM MARIA FERREIRA DA TRINDADE
RODRIGO NOGUEIRA SILVA

TRICOMONÍASE

Trabalho apresentado a Escola Técnica


Madre Tereza, do Curso Técnico de
Enfermagem como requisito Avaliativo
Parcial para a obtenção de nota da disciplina
Saúde Pública sob a orientação do Professor
Marcelo Braga Nunes.

MACAPÁ – AP
2021
INTRODUÇÃO

As Infecções Sexualmente Transmissíveis ou IST são manifestações


infecciosas que podem ser disseminadas através do contato sexual. Algumas podem
também ser transmitidas por vias não sexuais, porém estas ocorrem com menor em
menor frequência. A maioria das infecções sexualmente transmissíveis é epidêmica,
incluindo gonorreia, herpes genital, condiloma, infecções na uretra e na vagina
causadas pela bactéria Chlamydia trachomatis, pelo protozoário Trichomas vaginalis.
Vários estudos mostram que as infecções sexualmente transmissíveis afetam
pessoas de ambos os sexos, de todas as raças e de todos os níveis sociais.
Neste trabalho falaremos sobre a Tricomoníase é uma infeção causada pelo
protozoário Trichomonas vaginalis que pode afetar toda a área genital o agente
etiológico da tricomoníase é o protozoário unicelular flagelado Trichomonas vaginalis,
sendo uma infeção não-bacteriana. Apresentaremos o conceito, diagnóstico,
tratamento, a conduta do profissional da saúde perante aos pacientes infectados, as
medidas de prevenção e a promoção de saúde relacionada a essa e outras IST´s.
DESENVOLVIMENTO

 CONCEITO

Tricomoníase é uma infeção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis


que pode afetar toda a área genital o agente etiológico da tricomoníase é o protozoário
unicelular flagelado Trichomonas vaginalis, sendo uma infeção não-bacteriana. Este
é um parasita com metabolismo anaeróbio (decompõe os glícidos em dióxido de
carbono e ácido lático) e que cresce em pH entre 5 e 7,5 (mais alcalino). Pelas suas
características, este agente infecta predominantemente o epitélio escamoso do trato
urogenital (vagina e uretra), sendo raro haver outras áreas do corpo afetadas, como a
boca, a garganta, as mãos ou o ânus. Após a infecção do hospedeiro, o período de
incubação pode ser de 4 a 28 dias, sendo frequente o aparecimento de sintomas nos
6 dias após a infeção.

Assim, são fatores de risco para a infeção tricomoníase ou para a tricomoníase


de repetição: promiscuidade sexual (vários parceiros sexuais), relações sexuais sem
utilização de preservativo, história de outras infeções de transmissão sexual, infeção
prévia de tricomoníase, imunidade diminuída (causada por outras doenças ou
tratamentos específicos).

 DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da doença é feito com base na avaliação dos sintomas na análise


e aspecto da secreção vaginal. Por meio de um microscópio o médico verifica a
possível presença de protozoários. Exames laboratoriais como coleta da secreção
vaginal, cultura de secreção ou PCR, exame de sangue que avalia se há infecção no
organismo.
Também pode ser realizado o Papanicolau.

Exame especular, evidenciando o “colo em framboesa” ou “colo em morango”

Imagem de exame ginecológico mostrando o colo do útero e o corrimento amarelo


esverdeado com bolhas característico da tricomoníase.

 TRATAMENTO

O tratamento para tricomoníase tem como objetivo aliviar os sintomas da


infecção e prevenir futuras complicações. Isso porque quando a infecção não é tratada
ou o tratamento não é realizado conforme orientação do médico, há maior risco da
pessoa adquirir outras infecções sexualmente transmissíveis devido à maior
fragilidade do sistema imune, como HIV, gonorreia, clamídia e vaginose bacteriana.

Além disso, quando o tratamento não é realizado até o fim, há também maior
probabilidade da pessoa continuar a transmitir o parasita, além de favorecer a sua
proliferação e o desenvolvimento de sintomas mais graves.

1. Remédios indicados
O tratamento para tricomoníase é feito com o uso de antibióticos de acordo
com a orientação médica, podendo ser 2 vezes ao dia por 5 a 7 dias ou dose única.
Os remédios mais utilizados são:
Tinidazol: Esse medicamento tem atividade antibiótica e antiparasitária, sendo
capaz de destruir e impedir a multiplicação do microrganismo, sendo muito utilizado
para tratamento de infecções. O uso desse medicamento deve ser feito de acordo
com a orientação médica;
Metronidazol: O ginecologista pode solicitar o uso do metronidazol tanto em
comprimido, que normalmente é feito por 5 a 7 dias com duas doses diárias ou uma
dose diária única, quanto na forma de creme, que é aplicado diretamente na vagina 1
vez ao dia de acordo com a recomendação médica.
Durante o tratamento é contraindicado consumir bebidas alcoólicas, pois pode
gerar mal-estar, vômitos, náuseas e dores abdominais, além de também poder
diminuir a atividade do antibiótico utilizado. O parceiro também deve ser tratado,
mesmo que não haja sintomas, para que não haja chances de reinfecção, e é também
recomendado que a relação sexual seja evitada durante o período de tratamento.
É importante que o tratamento seja continuado mesmo que não existam mais
sintomas, pois só assim é possível garantir que o parasita foi eliminado e não há mais
risco para a saúde e/ou de transmissão.
No caso da tricomoníase na gravidez, é importante consultar o ginecologista
para que seja possível ser feita uma avaliação e possa ser avaliado o risco do uso dos
antimicrobianos e, assim, ser indicado o melhor tratamento.

2. Tratamento caseiro

O tratamento caseiro para tricomoníase deve complementar o tratamento


indicado pelo médico, sendo uma boa opção a lavagem vaginal com o chá de pau
d'arco, que é uma planta medicinal que possui propriedades antivirais e antibióticas,
sendo capaz de eliminar o Trichomonas vaginalis. O chá é feito com 1 litro de água e
3 colheres de sopa de folha secas. Depois de ferver por mais ou menos 10 minutos e
coar, já se pode fazer a lavagem.

 CONDUTAS DE ENFERMAGEM

A enfermagem por meio de compreensão e habilidades específicas da


profissão é responsável pelo fornecimento de informações a pacientes sobre as
infecções vulvovaginais, prevenção, importância do tratamento, inclusive dos
parceiros para prevenção da reinfecção, além de estimular o autocuidado. Ao
examinar uma mulher com queixa ginecológica a enfermeira deve realizar entrevista
abordando uso de preservativo, práticas de higiene, número de parceiros, histórico de
saúde sexual, fatores físicos químicos, fatores psicogênicos, uso de medicamentos e
fatores endócrinos, logo em seguida deve-se realizar o exame da genitália externa
para verificar presença de alterações tais como: eritema, edema, escoriação e
secreção e verificar possíveis sintomas que a paciente apresente.
Nos atendimentos de IST's, inclusive por T. vaginalis, a equipe de enfermagem
deve estar preparada para oferecer ações essenciais complementares como
aconselhar e oferecer sorologias anti-HIV, VDRL, hepatite B e C; vacinar contra
hepatite B, se a idade for inferior a 30 anos; enfatizar a adesão ao tratamento; orientar
quanto à importância de concluir o tratamento mesmo se os sintomas e sinais tiverem
desaparecidos; não manter relações sexuais até a conclusão do tratamento e o
desaparecimento dos sintomas; oferecer preservativos, orientando sobre as técnicas
de uso; encorajar o paciente a comunicar a todos os seus parceiros sexuais do último
mês, para que possam ser atendidos e tratados.
Além disso, deve ser notificado o caso em formulário apropriado e agendar
retorno para conhecimento dos resultados dos exames solicitados e para o controle
de cura em sete dias (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

 MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Assim como qualquer IST, a melhor maneira de se prevenir a tricomoníase é


usando camisinha corretamente todas as vezes que tiver relações sexuais. Limite o
número de parceiros ou parceiras sexuais.
Pratique a abstinência sexual ou limite o contato sexual com um (a) parceiro
(a) infectado. Se você acha que está infectado, evite contato sexual e procure um
médico.
Quaisquer sintomas genitais, como coceira, queimação ao urinar, uma ferida
ou erupção cutânea genital deve ser um sinal para parar de ter relações sexuais e
consulte um médico imediatamente.
Se você recebeu o diagnóstico de tricomoníase, notifique todos os seus
parceiros ou parceiras sexuais recentes para que possam também receber
tratamento.

 PROMOÇÃO A SAÚDE

A prevenção, estratégia básica para o controle da transmissão das DST e do


HIV, dar-se-á por meio da constante informação para a população geral e das
atividades educativas que priorizem: a percepção de risco, as mudanças no
comportamento sexual e a promoção e adoção de medidas preventivas com ênfase
na utilização adequada do preservativo.
As atividades de aconselhamento das pessoas com DST e seus parceiros
durante o atendimento são fundamentais, no sentido de buscar que os indivíduos
percebam a necessidade de maior cuidado, protegendo a si e a seus parceiros,
prevenindo assim a ocorrência de novos episódios.
Deve-se sempre enfatizar a associação existente entre as DST e a infecção
pelo HIV. Deve-se, ainda, estimular a adesão ao tratamento, explicitando a existência
de casos assintomáticos ou pouco sintomáticos, também suscetíveis a graves
complicações. A promoção e disponibilização de preservativos deve ser função de
todos os serviços, desta forma, a assistência pode se constituir em um momento
privilegiado de prevenção.
Para reduzir o risco de infecção por tricomoníase:

1. Use camisinha corretamente todas as vezes que tiver relações sexuais.


2. Limite o número de parceiros ou parceiras sexuais.
3. Pratique a abstinência sexual ou limite o contato sexual com um (a) parceiro(a)
infectado.
CONCLUSÃO

Portanto, podemos dizer que é de suma importância o trabalho realizado


pelas ESF´s nas comunidades e bairros, através da promoção de saúde e pela equipe
de enfermagem que precisam estar aptas a realizar cuidados necessários para
gerenciar/controlar o curso das IST´s, assim como nos postos e UBS´s para que a
população seja informada sobre a patologia, conhecendo assim os sinais e sintomas,
seus métodos de prevenção e seu tratamento.
REFERÊNCIAS

www.bemestar.pt.

https://www.gineco.com.br/saude-feminina/doencas-femininas/tricomoniase/

https://bombandosaude.wordpress.com/dsts/infeccao-por-trichomonas-tricomoniase-
genital/

nathaliadias,+Gerente+da+revista,+2782-10657-1-CE – Artigo cientifico.

https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ginecologia/tricomoniase/

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006

Você também pode gostar