O plano nacional de imunização criado em 1973, tornou-se referência
mundial no que se diz respeito à aplicação de vacinas em larga escala no
Brasil. No entanto, diversas pessoas não concordam com a maneira que essa imunização ocorre e isso se tornou evidente em meio à pandemia, configurando uma verdadeira ameaça à saúde coletiva mundial. Diante disso, o movimento antivacina é um grande risco à sociedade e se baseia em fake News, desinformação e discursos de viés político. Por conseguinte, uma pesquisa feita pela Datafolha em outubro de 2020, mostrou que 75% dos brasileiros iriam se vacinar contra a Covid-19, ou seja, a cada 4 brasileiros, 1 prefere não se imunizar contra o vírus. Em contrapartida, os dados infelizmente não são surpreendentes, visto que o presidente Jair Bolsonaro vem dando uma série de declarações contra as vacinas da Covid-19 sem base teórica alguma, o que atinge principalmente as pessoas menos informadas. Dessa forma, o medo e a ignorância resultam na vulnerabilidade desses indivíduos às informações falsas, veiculadas nos mais diversos meios de comunicação. Além disso, pesquisadores da Universidade de Campinas em parceria com a Universidade da Califórnia, localizaram mais de 100 vídeos no Youtube com milhares de visualizações, que circulam informações falsas sobre vacinas, alegando que as vacinas contêm substâncias perigosas e defendendo a liberdade de vacinação. Diante disso, é um absurdo ver que os sistemas de imunização que praticamente erradicaram algumas doenças, com muito investimento em tecnologia e capacitação, seja alvo de pessoas e organizações mal-intencionadas. Em síntese, o movimento antivacina grande risco à saúde coletiva do Brasil. Dessa forma, o ministério público deve recomendar à polícia federal que intensifique investigações voltadas para a proliferação de notícias falsas relacionadas à vacinação, com o objetivo de amenizar a frequência com que essas fake News chegam nas telas das pessoas menos informadas.