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“Quem sou eu?” é uma pergunta presente na história da humanidade.

Muitos filósofos,
pensadores, escritores, estudiosos se dedicaram nessa questão, mas tem infinitas respostas
tanto quanto o número de pessoas que se façam essa pergunta.

O caminho do autoconhecimento, ou seja, saber quem somos, nos permite desenvolver a


autonomia, a autoestima e o protagonismo. São as bases para nos sentirmos bem conosco e
com o mundo, para que tenhamos qualidade de vida e possamos transformar o mundo ao
nosso redor.

Saber quem eu sou permite desenvolver minhas potencialidades e vencer dificuldades. Além
de melhorar a minha vida, traz benefícios para os que estão ao meu redor e para a sociedade
em geral porque nós também modificamos o meio em que vivemos.

Autoestima

É uma avaliação subjetiva, isto é, pessoal, que fazemos sobre nós mesmos.

Construir e fortalecer a autoestima é importante para que:

Possa confiar em mim mesmos;

Esteja satisfeito com nossa identidade, com quem eu sou;

Tenha atitudes positivas em relação à vida, minha e do próximo;

Busque concretizar, tornar realidade, meus sonhos e objetivos.

Autonomia

É a capacidade que tenho de agir por mim mesmo, sem que ninguém me mande fazer ou
obrigue.

Essa atitude, iniciativa, está ligada ao pensamento crítico, responsabilidade e liberdade, pois
ao fazer escolhas vou me guiar por minha consciência e meus valores de certo e errado.

É compreender que minha ação interfere e gera consequências em todos ao meu redor.

Protagonismo

É saber me colocar no centro de minha vida, ser ativo no processo do meu desenvolvimento
pessoal e transformador da minha realidade e da sociedade em que vivo.

É ser autorresponsável por minhas escolhas, metas e objetivos e como irei alcança-los.

O espelho

[...]

Fixemo-nos no concreto. O espelho, são muitos, captando-lhes as feições; todos refletem-lhe o


rosto, e o senhor crê-se com o aspecto próprio e praticamente imudado, do qual lhe dão
imagem fiel. Mas – que espelho? Há-os “bons” e “maus”, os que favorecem e os que detraem
e os que são apenas honestos, pois não. E onde situar o nível e ponto dessa honestidade ou
fidedignidade? Como é que o senhor, eu, os restantes próximos, somos, no visível? O senhor
dirá: as fotografias o comprovam. Respondo: que, além de prevalecerem para as lentes das
máquinas objeções análogas, seus resultados apoiam antes que desmentem a minha tese,
tanto revelam superporem-se aos dados iconográficos os índices do misterioso. Ainda que
tirados de imediato um após outro, os retratos sempre serão entre si muito diferentes. Se
nunca atentou nisso, é porque vivemos, de modo incorrigível, distraídos das coisas mais
importantes. E as máscaras, moldadas nos rostos? Valem, grosso modo, para o falquejo das
formas, não para o explodir da expressão, o dinamismo fisionômico. Não se esqueça, é de
fenômenos sutis que estamos falando.

[...]

João Guimarães Rosa.

1) No texto, o autor cita espelhos bons e maus. Você concorda que há diferentes espelhos?

2) Quais espelhos você mais se vê, nos maus ou bons? O que cada um lhe mostra?

3) O autor cita uma outra categoria de espelhos, os honestos. O que o espelho honesto lhe
mostra? Quais características são mais marcantes?

4) Você acredita que, muitas vezes, algumas pessoas próximas não enxergam você da mesma
forma como você se vê? Por quê?

Detrair – diminuir ou menosprezar o mérito; maldizer.

Falquejo das formas – deformação ou aplanamento das formas.

Fidedignidade – autenticidade; qualidade que torna algo digno de confiança.

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