A adolescência é um período de transição da infância para a vida adulta, que gera
mudanças profundas e estruturais reconhecida como um momento de significativas
transformações no desenvolvimento humano, causando, além das evidentes mudanças biológicas e anatômicas caracterizadas pela puberdade, as mudanças sexuais, emocionais, cognitivas, sociais e culturais. Nesta fase, o adolescente começa a formular hipóteses sobre a realidade do mundo no qual ele terá de sobreviver na idade adulta e isso inclui a escolha profissional. O momento de escolhe da carreira profissão gera muita angústia e incertezas para o jovem, pois muitas vezes ele não está preparado para tomar uma decisão que trara mudanças importantes na sua vida futuramente. Diante disso, é necessário que o jovem tenha desenvolvido certa maturidade e consciência e que tenha ampla informação sobre os cursos, o mercado de trabalho e as profissões, para escolher uma profissão que traga crescimento para ao longo de sua vida, pois esta etapa é cercada de dilemas, conflitos, inseguranças, desejos, medos e também pode-se destacar as mudanças no meio sócio-educacional, como a transição do ensino fundamental para o ensino médio, ou da escola para o cursinho, universidade, ou mesmo o mercado de trabalho. A família é considerada uma das principais bases de formação do indivíduo, e pela vivência familiar que a criança provavelmente desenvolve as representações internas que influenciarão seu comportamento no futuro e o modo como lidam com problemas e escolhas. É na família também que se encontram depositadas as expectativas quanto ao futuro profissional, amadurecimento e independência dos membros. Sendo assim a família é considerada um dos principais fatores que auxiliam ou interferem no processo de escolha profissional dos jovens, pois acreditam que as expectativas familiares podem aparecer no processo de escolha profissional como uma revivência dos dilemas vivenciados pelos pais quanto às suas escolhas, ou seja, já ao nascer, o indivíduo traz consigo as expectativas, desejos e fantasias dos pais, que, por inúmeras razões podem ter experimentado prazer e realização com a vivência profissional fruto de suas escolhas, ou, pelo contrário, sofrimento e frustração suficientes para não desejarem o mesmo a seus filhos. Por diversas vezes os pais projetam em seus filhos os sonhos profissionais que eram seus e que não puderam realizar, não se dando conta de que acabam por transferir responsabilidades aos filhos de escolher uma profissão que não puderam seguir. Por outro lado é importante ter uma sugestão familiar, pois reconhecimento destas influências pode vir a colaborar com a elaboração de um projeto de carreira, pois o indivíduo pode usá-las de forma positiva e construtiva, de maneira a adequá-las aos seus próprios desejos e valores. O artigo relata também chegar a uma escolha vocacional supõe um processo de tomada de consciência de si mesmo e a possibilidade de fazer um projeto que significa imaginar-se antecipadamente cumprindo um papel social e ocupacional, deste modo o auxílio profissional pode ajudar o adolescente a realizar uma escolha mais esclarecida se reconhecer as influências que sofre, que estão relacionadas ao ambiente em que ele se desenvolveu: a família, a escola, o meio social e econômico, a religião e mesmo as questões psicológicas. Ou seja, a intervenção em orientação profissional deve proporcionar ao jovem orientando um momento de reflexão, especialmente acerca do que está por trás da sua escolha. Daí a importância de o adolescente reconhecer estas influências, pois seus conflitos, dúvidas, inseguranças e ansiedades puderam ser divididos com o grupo, através de uma reflexão, seja ela coletiva, individual ou profissional para que possa elaborar uma escolha consciente, responsável e que futuramente não gere arrependimentos.