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UNIVERSIDADE DE LUANDA
FSS- FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL
EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA
PSICOLOGIA EDUCACIONAL I
RESUMO DO CONTEÚDOII
Luanda-2022
REPÚBLICA DE ANGOLA
UNIVERSIDADE DE LUANDA
FSS- FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL
EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA
PSICOLOGIA EDUCACIONAL I
RESUMO DO CONTEÚDO II
Integrantes do grupo
Jomárcio Nahari Zacarias Pipa
Luzineide Eliza Policarpo João
Luanda-2022
CONCEITO SOBRE EDUCADOR DE INFÂNCIA (EDUCAÇÃO
INFANTIL)
COMPETÊNCIAS
Organizar e dirigir situações de aprendizagem:
Conhecer os conteúdos a serem ensinados e sua tradução em objetivos de
aprendizagem.
Trabalhar a partir das representações dos alunos.
Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem.
Construir e planejar dispositivos e sequências didáticas.
Envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento.
Administrar a progressão das aprendizagens:
Conceber e administrar situações-problema ajustadas ao nível e às possibilidades
dos alunos.
Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino.
Estabelecer laços com as teorias subjacentes às atividades de aprendizagem.
Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem, de acordo com uma
abordagem formativa.
Fazer balanços periódicos de competências e tomar decisões de progressão.
Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação:
Administrar a heterogeneidade no âmbito de uma turma.
Abrir, ampliar a gestão de classe para um espaço mais vasto.
Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de grandes
dificuldades.
Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas formas simples de ensino
mútuo.
Envolver os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho:
Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com o saber, o sentido do
trabalho escolar e desenvolver na criança a capacidade de autoavaliação.
Instituir e fazer funcionar um conselho de alunos (conselho de classe ou de escola)
e negociar com eles diversos tipos de regras e de contratos.
Oferecer atividades opcionais de formação.
Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno.
Trabalhar em equipe:
Elaborar um projeto de equipe, representações comuns.
Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões.
Formar e renovar uma equipe pedagógica.
Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas
profissionais.
Administrar crises e conflitos interpessoais.
Participar da administração da escola:
Elaborar, negociar um projeto da instituição.
Administrar os recursos da escola.
Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus parceiros.
Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos alunos.
Informar e envolver os pais
Dirigir reuniões de informação e de debate.
Fazer entrevistas.
Envolver os pais na construção dos saberes.
Utilizar novas tecnologias:
Utilizar editores de textos.
Explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos do
ensino.
Comunicar-se à distância por meio da telemática.
Utilizar as ferramentas multimídia no ensino
Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão:
Prevenir a violência na escola e fora dela.
Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais.
Participar da criação de regras de vida comum referentes à disciplina na escola, às
sanções e à apreciação da conduta.
Analisar a relação pedagógica, a autoridade, a comunicação em aula.
Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de
justiça.
Administrar sua própria formação contínua:
Saber explicitar as próprias práticas.
Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de
formação contínua.
Negociar um projeto de formação comum com os colegas (equipe, escola, rede).
Envolver-se em tarefas em escala de uma ordem de ensino ou sistema educativo.
Acolher a formação dos colegas e participar dela.
Com as competências propostas por Perrenoud conclui-se que o trabalho do
professor é um trabalho complexo, que exige conhecimento aprimorado, atualizado,
participativo.
Assim a valorização desse profissional pela sociedade é um aspecto emergente,
pois dele demanda o trabalho de formação científica, política, emocional, cultural,
tecnológica das crianças e demais alunos de outras etapas e nível de educação.
A formação do professor se faz de extrema relevância na educação infantil, pois
essa etapa caracteriza-se por crianças em uma faixa etária que se pode considerar de maior
fragilidade.
As crianças de zero a cinco anos são indefesas e é o adulto que deve protegê-la,
atende-la e ser sua “voz”, na garantia de seus direitos. Logo o papel do professor da
educação infantil vai além de mediar os conhecimentos sistemáticos e o saber da criança,
ele tem um papel político na proteção e formação integral da criança como sujeitos de
direitos e cidadãos.
O trabalho do professor exige intencionalidade, atenção à proposta pedagógica e
curricular da escola. Atender por meio dos conteúdos trabalhados nas situações de
aprendizagem do dia a dia, os objetivos propostos para a educação da criança em cada
faixa etária, respeitando seu desenvolvimento.
Vale ressaltar que a formação continuada dos professores não é um ato solitário,
os estudos e as pesquisas realizadas devem ser compartilhados no grupo de profissionais
que atuam na escola infantil, pois por meio da troca de ideias e ideais os profissionais se
formam, se atualizam, diversificam suas opiniões, partilham, são ouvidos e aprendem
ouvir.
Assim constituem-se em um grupo capaz de problematizar as situações e dar
respostas a elas, estabelece-se desta forma, o sentido de pertencimento ao grupo, à
instituição que atuam.
O resultado desse processo é com certeza positivo e quem indiscutivelmente
ganhará com isso, serão as crianças. Os desafios da escola infantil ainda são grandes, mas
a consciência do fazer pedagógico pelo professor e uma atuação voltada aos cuidados
com a criança, educando por meio do brincar, respeitando suas características é uma
reunião de fatores que cria a possibilidade da superação de outras fragilidades postas
como, por exemplo, a falta de material didático, de recursos humanos e financeiros,
ambiente adequado ao desenvolvimento da criança, dentre outros.
Mas nossa mensagem final é de otimismo, otimismo em acreditar que já houve
muitos avanços na área da educação e em especial na educação infantil, que os professores
e demais educadores, buscam de maneira organizada garantir conquistas e agregar outras
e por último, a sociedade mostra, mesmo que ainda falta muito, consciência sobre a
importância da educação na vida dos seres humanos. Nossas crianças agradecem.
CONCEITO SOBRE AS QUALIDADES DO EDUCADOR DE
INFÂNCIA
Nos primeiros anos de vida, as crianças estabelecem fortes vínculos com os seus pais
e também com os seus familiares mais próximos. Isto é primordial para os mais novos, pois,
através do seu contexto mais íntimo, começam a desenvolver e a mostrar as suas emoções e
sentimentos, tanto os positivos como os negativos.
No entanto, a figura do educador de infância é, em muitos casos, a primeira pessoa
com a qual a criança contacta fora da sua zona de segurança familiar. Daí que, duas das
aptidões mais importantes destes profissionais são a confiança e o afeto, isto é, favorecer a
aproximação através de um tratamento afetivo, especialmente durante o período de adaptação
da criança ao seu novo contexto didático.
Quando falamos de educadores de infância, referimo-nos aos profissionais que
supervisionam e ensinam os mais novos nos seus primeiros meses ou anos de vida. O seu
trabalho consiste em programar, executar e supervisionar as diferentes atividades que
realizam com as crianças que frequentam as escolas infantis com idades entre os 0 e os 6
anos.
Estes programas infantis aplicam métodos de aprendizagem e ensino que
impulsionam o desenvolvimento pessoal da criança, assim como a sua capacidade de
expressão, comunicação e socialização. Entre os aspetos que tentam inculcar nos primeiros
anos de vida aos seus alunos encontram-se o vocabulário, a escritura e leitura básicas, o
desenvolvimento de interações sociais, além de valores como a solidariedade, o
companheirismo ou a empatia.
Os educadores de infância devem trabalhar em ambientes positivos e ser capazes de
detetar possíveis dificuldades nas crianças, corrigindo-as ou reconduzindo-as com técnicas
estimulantes e inclusivas. Os profissionais da educação infantil devem estar, portanto,
dispostos à formação contínua.
Dependendo do estabelecimento concreto em que trabalham, devem utilizar
diferentes ferramentas que facilitem a comunicação e a aprendizagem da criança. Os recursos
mais populares são técnicas como a Gamificação ou os métodos como o Montessori.
Qualquer sistema utilizado na aprendizagem dos mais novos deve ser personalizado e
adaptado às suas necessidades específicas e evolução dos educadores.
Ao serem dos primeiros profissionais formados e preparados para guiar, orientar e
acompanhar os pais na educação dos seus filhos, o papel dos educadores de infância é
fundamental, pois constitui uma das primeiras referências para as crianças mais além do seu
círculo familiar. Assim, os educadores de infância devem alcançar todos estes objetivos com
o maior profissionalismo e entrega. Para a correta intervenção educativa e a certeira atenção
social à infância e à família, devem contar com as seguintes cinco qualidades imprescindíveis:
Empatia
Uma das qualidades que mais pode beneficiar o educador no desempenho do seu
trabalho é ser uma pessoa próxima e compreensiva, capaz de entender e tratar os mais novos.
A atitude empática deve-se estabelecer com alunos, pais e com o resto da equipa com a qual
deve trabalhar de forma coordenada.
Estabelecer uma relação próxima e tolerante com as crianças contribui a que estas
adotem estes valores e aprendam a importância de respeitar os outros. Uma boa dose de
paciência torna mais simples o desenvolvimento de atividades e a consecução do objetivo
final.
Responsabilidade.
A virtude imprescindível no cuidado e educação de bebés e crianças, dado que o
educador será o responsável pela realização da programação, o desenho e execução de
atividades sociais e educativas, assim como de controlar o seu correto cumprimento.
Zela pela segurança e proteção dos mais novos em momentos críticos, como os seus
primeiros passos e outras muitas situações nas quais as crianças ainda não percebem o perigo.
Apesar disso, a sua responsabilidade primordial será transmitir os valores adequados para que
forjem a sua própria personalidade sobre uma base de bondade, respeito e empatia.
Compromisso
Outra das responsabilidades intrínsecas dos profissionais responsáveis pela
educação dos mais novos requer o seu compromisso com o trabalho e com os objetivos do
mesmo. Deve garantir a estimulação do desenvolvimento dos mais novos, além de transmitir
energia positiva para motivar e inspirar as crianças a crescer no seu desenvolvimento e
criatividade.
Deve ser uma pessoa vital que acompanha o ritmo frenético das crianças, o que
requer muita energia. Ao mesmo tempo, deve ser afável, ter habilidades sociais e resolver
possíveis conflitos, assim como transmitir com calma em momentos problemáticos.
Atenção
Para detectar e prevenir potenciais ou futuros problemas no processo de
aprendizagem e comportamento dos mais novos. Zelar pela sua segurança de forma
assistencial, sem criar alertas nem medos requer muita atenção, mas transmite confiança
na criança, contribuindo a reforçar a sua segurança.
Caso se produzam contingências ente alunos ou problemas com o desenvolvimento de
algum aluno, deve identificá-lo e trabalhar atividades adaptadas ao fomento do seu
desenvolvimento de forma específica.
Criatividade
Influência no dinamismo e motivação do método educativo utilizado. Deve
propor atividades didáticas dinâmicas, tanto individuais como em grupo. A formação das
crianças em idades precoces deve compreender diferentes campos como a alimentação, a
independência, a higienização ou o respeito e a sua posta em prática deve ser através de
jogos ou atividades como contar histórias, canções, poemas ou teatros. Se o educador dá
liberdade à sua imaginação, poderá criar exercícios ou workshops que ajudem aos alunos
a trabalhar diferentes aspetos da aprendizagem de forma variada e amena. Neste sentido,
a facilidade inventiva tornará muito mais simples a adaptação, tanto ao método de ensino,
como às necessidades de grupo ou às necessidades específicas de cada criança.