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Sistemas de Gestão

em QSMS
Ricardo França Nunes da Rocha
AULA 01

1
O que é um Sistema de Gestão?
Os sistemas de gestão, da qualidade, ambientais e/ou de segurança e
saúde no trabalho, fornecem uma estrutura para fazer as coisas
corretamente, tentando sistematizar e normalizar o que for possível
para o fazer de forma eficiente e eficaz, utilizando metodologias
validadas que levam uma organização à concretização dos seus
objetivos.
Um conjunto em qualquer nível de complexidade, de pessoas,
recursos, políticos e procedimentos, que integram-se de forma
organizada para certificar o resultado de um trabalho com eficácia ou
dentro do nível de tolerância.

2
Sistemas de Gestão
✓O sistema de gestão da qualidade é um sistema de gestão para dirigir e controlar
uma organização no que respeita à qualidade, isto é, orientada para dar aos
clientes aquilo que eles querem, quando querem e ao preço acordado.

✓O sistema de gestão ambiental é um sistema de gestão para dirigir e controlar


uma organização no que respeita ao ambiente, isto é, alcançando a conformidade
legal e os resultados no ambiente social através de boas práticas ambientais.

✓O sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho é um sistema de gestão


para dirigir e controlar uma organização no que respeita à segurança e saúde no
trabalho, isto é, alcançando a conformidade legal e os resultados com os seus
trabalhadores através de boas práticas que eliminam e minimizam o risco e
lesões profissionais dos trabalhadores.

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Organismos
Significa Organização Internacional para
Normalização, localizada em Genebra, Suíça,
fundada em 1947. A sigla ISO é uma
referência à palavra grega ISO, que significa
igualdade.
Atualmente mais de 140 países participam da
ISO.

ISO - International Organization for Standardization.

IEC – International Electrotechnical Commission.

COPANT - Comissão Pan-americana de Normas Técnicas.

AMN – Associação Mercosul de Normalização.

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A ABNT
• Fundada em 1940, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o órgão responsável pela
normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. É
uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum Nacional de Normalização, através da
Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992.
• A ABNT é membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da COPANT (Comissão
Pan-americana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de Normalização) e é a única e
exclusiva representante no Brasil das seguintes entidades internacionais:

5
Missão da ABNT
A ABNT tem como missão “harmonizar os interesses da sociedade brasileira, provendo-a de referenciais,
através da normalização e atividades afins”. Entre seus objetivos, destacam-se os seguintes:
✓ Fomentar e gerir o processo de Normalização Nacional;
✓ Promover a participação efetiva e representar o país nos fóruns regionais e internacionais de Normalização;
✓ Atuar na área de avaliação de conformidade com reconhecimento nacional e internacional
✓ Buscar e difundir informação na suas áreas de atuação
✓ Promover e atuar na formação de profissionais nas suas áreas de atuação
✓ Ser reconhecida pela qualidade dos serviços que presta (à sociedade).

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Redução da crescente variedade de
SIMPLIFICAÇÃO

Foco procedimentos e tipos de produtos.

Proporciona meios mais eficientes para a


COMUNICAÇÃO
troca de informação entre o fabricante e o

cliente, melhorando a confiabilidade das

relações comerciais e de serviços.

Visa a economia global, tanto do lado do


ECONOMIA
produtor como do consumidor

A proteção da vida humana e da saúde é


SEGURANÇA
considerada como um dos principais

objetivos da normalização.

As normas trazem à comunidade a


PROTEÇÃO AO
possibilidade de aferir qualidade dos
CONSUMIDOR
produtos.

A normalização evita a existência de


ELIMINAÇÃO DAS
regulamentos conflitantes sobre produtos e
BARREIRAS COMERCIAIS
serviços em diferentes países, facilitando

assim o intercâmbio comercial.


7
SISTEMAS
Entradas Saídas

Processos Produtos
Insumos

Feedback para melhoria

Inspeções / Não conformidades

Reclamações / Auditorias

Análises críticas

Aprendizado decorrente do
planejamento

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Sistema de Gestão Integrada e QSMS
Sistema de Gestão Integrada (SGI):
Denomina-se como sendo o sistema de gerência que engloba diversos
sistemas, permitindo garantir sempre a melhoria continua dos processos,
projetos, serviços, produtos, etc.

QSMS:
Sistema de Gestão Integrada composto por Qualidade, Segurança do
Trabalho, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional

9
Vantagens da Integração de Sistemas

• Redução de custos de seguros ambiental e patrimonial.


• Redução de custos devido a melhor gerenciamento dos aspectos ambientais e perigos ocupacionais.
• Assegurar conformidade com a legislação e regulamentos.

• Novas oportunidades de negócios e “nichos” de mercado.

• Melhoria da imagem e aumento da participação no mercado.

• Redução de horas improdutivas devido a acidentes de trabalho, aumentando a produtividade.

• Melhoria das relações com público e comunidade.

• Maior facilidade de acesso ao capital .

• Critérios de certificação de fornecedores .


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Vantagens da Integração de Sistemas
• Busca da qualidade total.
• Antecipação das demandas dos clientes internos e externos.
• Aumento da conscientização e motivação dos funcionários.
• “Fidelização” de clientes.
• Melhoria das relações com público e comunidade.
• Maior facilidade de acesso ao capital .
• Critérios de certificação de fornecedores .
• Redução de passivos ambientais.
• Conservação de materiais e energia.
• Aumento do lucro devido a redução na fonte e reuso, e reciclagem de insumos e m.
Prima.
• Maior facilidade para obtenção de licenças e autorizações.
• Melhoria das relações entre governo-indústria.
• Melhor condição para atender emergências. 11
Estrutura do QSMS
NORMAS DE APOIO

• NBR ISO 9001 – 2015 POLÍTICA


DE SEGURANÇA, MEIO
• NBR ISO 14001 – 2015 AMBIENTE E SAÚDE

• OHSAS 18001 -2007 (Já


ISO ISO
OHSAS
publicada a ISO 9001 14001
18001

45001:2018) MANUAL
QUALIDADE, MEIO AMBIENTE, SEGURANÇA
E SAÚDE

PADRÕES GERENCIAIS
PADRÕES DE EXECUÇÃO

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Organização
Alicerces do QSMS
Partes Interessadas

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Organização
Companhia, corporação, firma, empresa, instituição ou parte ou
combinação destas, pública ou privada, sociedade anônima, limitada
ou com outra forma estatutária, que tem funções e estrutura
administrativa própria

Parte Interessada
Indivíduos ou grupos interessados ou afetados pelo desempenho de
uma organização.

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Pressões Sobre as Indústrias
Poluição do Ar
Poluição dos Solos Poluição das
Ruídos Águas

Odores Competitividade Chuva Ácida


Fornecedores
Consumidores Mudanças
Saúde Segurança Político e Redução da
e Saúde Indústria Econômicas Camada de
Ozônio
Biodiversidade Ocupacional Opinião Pública
Legislação Mudanças Sociais
Redução e Tecnológicas
de Áreas Disposição Final
Agricultáveis de Resíduos

Crescimento Efeito Estufa


Demográfico Escassez de
Recursos Naturais

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Prevenção de Perdas
“A tarefa mais importante em qualquer
negócio é sobreviver. O princípio que
direciona a economia financeira não se
baseia na maximização do lucro – mas
na prevenção de perdas”

Peter Drucker*

*Peter Ferdinand Drucker foi um escritor, professor e consultor administrativo de origem austríaca, considerado como o pai da
administração moderna, sendo o mais reconhecido dos pensadores do fenômeno dos efeitos da globalização na economia em geral e
em particular nas organizações. 16
Comércio & Meio Ambiente
Pressões Assuntos chave
o Clientes o Poluição do ar
o Investidores o Disposição de resíduos
o Agentes financeiros o Contaminação do lençol
o Empregados o Contaminação do solo
o Público o Poluição de águas
o Leis e regulamentos o Ruído / vibração
o Competidores o Transportes
o Grupos de pressão (ONGs) o Consumo de energias
o Seguradoras
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Tendências para as Indústrias
✓ Leis ambientais cada vez mais restritivas
✓ Progresso contínuo das relações do trabalho
✓ Preocupação com passivos ocupacionais
✓ Conceito de poluidor pagador – taxação pela degradação
ambiental
✓ Custos dos recursos: energia, subsídios e financiamentos
✓ Restrição de financiamentos para atividades poluidoras;
✓ Elevação de prêmios de seguro para atividades poluidoras;
✓ Substituição de tecnologias end-of-pipe pelas tecnologias
limpas;
✓ Prevenção da poluição / tratamento da poluição
✓ Poder de opção dos consumidores pelos produtos verdes
18
A Evolução nas Relações do Trabalho
• 2200 AC - Antiga Babilônia “Código de Hamurabi”
o Punição aos capatazes pelas lesões sofridas pelos trabalhadores
• Lei Inglesa de 1802 - definição de normas para controle de
temperatura em galpões, iluminação e jornada de trabalho
• EUA - 1867 – Obrigatoriedade de Inspeção de Fábricas
• EUA - 1892 - Primeiro Programa de Segurança
• EUA - 1913 - Se forma a NSC – National Safety Counsel
o Primeiros enfoques nas lesões e nos acidentes (ações reativas)

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No Brasil...
• 1912 - Constituída a Confederação Brasileira do Trabalho (CBT)
• 1930 – Criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio
• 1941 – Fundação da Associação Brasileira de Prevenção de Acidentes (ABPA)
• 1943 – Criação da CIPA
• 1966 – Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do
trabalho – Fundacentro
• 1974 – Vinculação da Fundacentro ao Ministério do Trabalho
• 1978 – Aprovação da Normas Regulamentadoras - NRs
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Riscos Ocupacionais
• Higiene ocupacional prevenção de riscos ambientais e doenças
ocupacionais.

• Segurança do trabalho prevenção e controle de riscos


operacionais e acidentes de trabalho.

• Medicina do trabalho controle e vigilância de alterações de


saúde.

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Riscos Ocupacionais

Risco de Operação Riscos Ambientais

Acidentes Exposição a Agentes

Lesões Doenças

Segurança do Trabalho Medicina do Trabalho

INTEGRAÇÃO

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RISCOS
OPERACIONAIS

GERENCIAMENTO

REDUÇÃO DA REDUÇÃO DA CONSEQUÊNCIA


PROBABILIDADE / FREQUÊNCIA (Potencial de dano)

PREVENÇÃO PROTEÇÃO

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Resultado dos esforços do QSMS

Fonte: Oilfield.com 24
Definições
FILOSOFIA ORGANIZACIONAL - Declaração que reflete as crenças e
valores básicos que devem guiar os membros da organização na
condução de suas atividades

MISSÃO – É a declaração que explica a finalidade última da organização,


a razão que justifica sua existência.

VISÃO – Meta para qual a organização direciona seus esforços.

POLÍTICA - É uma declaração das intenções e princípios da organização


em relação ao seu desempenho de gestão integrada, que fornece uma
estrutura para ação e estabelecimento de seus objetivos e metas.
25
Definições
QUALIDADE
Capacidade que um produto ou serviço tem em
satisfazer as “reais expectativas dos clientes /
usuários”, a saber:
Atender perfeitamente e:
• De forma confiável
• De forma segura
• De forma acessível
• no tempo certo
• Respeitando o meio ambiente
• Respeitando a segurança e a saúde do trabalhador
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Definições
PRODUTIVIDADE
Capacidade de se produzir cada vez maior quantidade (com
qualidade), com cada vez menos recursos aplicáveis para tal.
SOBREVIVÊNCIA
O conceito de sobrevivência de uma organização a logo prazo, decorre
da forma como essa organização se posiciona para atender e superar
as necessidades e expectativas de seus clientes e partes interessadas,
com níveis de produtividade e competitividade cada vez maiores.

COMPETITIVIDADE
É a capacidade que a organização tem para competir, e se
manter competindo, num mercado aberto.
Ser competitivo é: ter a maior produtividade entre todos os
seus concorrentes.
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A Casa do QSMS

SOBREVIVÊNCIA DA EMPRESA

SATISFAÇÃO DAS PESSOAS


A
Q C T S
U U E E
A
L
S N G
I T D U
D O I R
A M A
D E N
E N Ç
T A
O
MORAL

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FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Brainstorming → Tempestade de ideias


• Objetivo – Coletar ideias de todos os participantes de um grupo, sem críticas ou
julgamentos

• Regras Para Conduzir Uma Sessão de Brainstorming:


• Incentive a todos a se sentirem livres; não rejeite quaisquer ideias, mesmo que
no momento elas pareçam tolas; quanto mais ideias melhor.
• Não deve haver discussões durante a sessão de brainstorming.
• Não se devem fazer julgamentos
• Deixe as pessoas “pegarem carona” – desenvolverem ideias dadas pelos outros
membros do grupo
• Escreva todas as ideias em local apropriado, de modo que o grupo todo possa
examiná-las facilmente. 29
FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

3. Conduzindo Uma Sessão de Brainstorming:


a) Analise o tópico, definindo o assunto do brainstorming.
b) Dê a todos um ou dois minutos de silêncio para pensarem sobre o
assunto
c) Convide a todos a apresentarem suas ideias
d) Um membro da equipe anota todas as ideias em um local apropriado.

4. Votação Múltipla
• É o modo de selecionar os itens mais importantes ou preferidos de uma lista.
• A votação múltipla vem geralmente após uma sessão de brainstorming para
identificar os poucos vitais que merecem atenção imediata

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FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Gráfico de Pareto
• O nome do gráfico deriva do Princípio de Pareto – “80% das dificuldades vem
de 20% dos problemas.
• Dr. Juran – Aplicou o principio de Pareto nas administração para identificar
as poucas e vitais fontes de problemas
• Enfocam os esforços de melhoria, classificando os problemas ou suas causas
• O Gráfico ou Diagrama de Pareto é uma forma especial do gráfico de barras
verticais que nos permite determinar quais problemas resolver e qual a
prioridade.
• As alturas das barras verticais do gráfico de Pareto refletem a frequência ou
impactos dos problemas listados a partir de uma lista de verificação ou de
outra fonte de coleta de dados. 31
FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

• Construção do Gráfico de Pareto


1. Coletar dados : Lista de verificação ou outra fonte de coleta de dados.
2. Classificar os dados utilizando critérios de semelhança ou afinidade.
3. Construir o gráfico de barras dispondo as barras em ordem decrescentes de altura, da
esquerda para a direita
Causa de Acidentes na ACME S/A em 2018
12

10

0
Ag. Físicos Ag. Quím icos Ag. Biológicos

Obteremos melhores resultados se atuarmos em primeiro lugar


na barra mais alta
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FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

GRÁFICO OU DIAGRAMA DE PARETO

Quando usar ?

Quando for preciso ressaltar a importância relativa entre vários problemas ou condições, no sentido
de:

a) escolher o ponto de partida para a solução de um problema


b) avaliar um processo
c) Identificar a causa básica de um problema.

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FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

LISTA DE VERIFICAÇÃO
• As Listas de Verificação são uma ferramenta para levantamento de dados.
• Geralmente são utilizadas para levantar dados da frequência de ocorrência de
certos eventos

• A construção deste tipo de Lista de Verificação obedece as seguintes etapas:


a) Estabelecer exatamente qual o evento que está sendo estudado
b) Definir sobre o período durante o qual os dados serão coletados
c) Construir um formulário claro e de fácil manuseio para o registro das observações
d) Coletar e registrar os dados.

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FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO


(DIAGRAMA DE ISHIKAWA)
• Utilizado para identificar, explorar, ressaltar e organizar
todas as causas possíveis de um problema (efeito) ou
condições específicas para garantira o êxito de algum
esforço;
• As principais causas de um problema podem ser agrupadas
em seis categorias conhecidas como 6Ms.

Materiais Máquina Mão de obra

Efeito

Método Meio-ambiente Medida

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FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

CARTA DE TENDÊNCIA
• São utilizadas para monitorar um sistema a fim de se
observar, ao longo do tempo, a existência de tendências
significativas ou alterações na média esperada;
.
medição

. .
. . . . . . .
.
tempo ou sequência
36
FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

HISTOGRAMA
• Um histograma é uma ferramenta usada para verificar as
variações existentes em qualquer processo

característica

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FERRAMENTAS PARA MAPEAMENTO DE PROCESSOS
• MACROPROCESSO - Descreve o macro processo da organização quanto as suas
entradas e saídas.
Ex. - Processo de Produção de Placas de Circuito Impresso

FORNECEDOR PRODUTO PROCESSO PRODUTO CLIENTE


ABC Ltda Placas Impressas CIRCUITO SON Ltda
IMPRESSO
CME Ltda Componentes PROCESSO DE Resíduos Sólidos CLU
Eletrônicos PRODUÇÃO DE
PLACAS DE
CIRCUITO
CERJ Energia elétrica Esgoto Sanitário CEDAE
IMPRESSO

CEDAE Água e esgoto

QMN Ltda Consultoria

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FERRAMENTAS PARA MAPEAMENTO DE PROCESSOS
MACROFLUXOS - Descreve o fluxo dos macroprocessos.

Macro fluxo do processo de produção de lubrificantes


(rota solvente)

Unidade Unidade Unidade Unidade


de Destilação de Desaromati- de de
Destilados zação Rafinados Desparafi- Desparaf. Hidro-
nação acabamento

PETRÓLEO LUBRIFICANTE
BÁSICO

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FERRAMENTAS PARA MAPEAMENTO DE PROCESSOS

FLUXOGRAMAS - Fluxogramas são figuras esquemáticas, com


indicações passo a passo, usadas para planejar etapas de um
projeto ou descrever um processo que está sendo estudado.
SÍMBOLO SIGNIFICADO
INÍCIO OU FIM DO PROCESSO
AÇÃO
DECISÃO / VERIFICAÇÃO

CONECTOR

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FERRAMENTAS PARA MAPEAMENTO DE PROCESSOS

▪ MATRIZ DE MAPEAMENTO DE PROCESSOS - Instrumento


indispensável para otimização de processos.

▪ Componentes da Matriz:
▪ Processos - Nome do processo a ser mapeado, dispostos em
macro fluxos.
▪ Unidades - Unidades operacionais responsáveis pelos processos
identificados
▪ Entrada - Principal entrada do processo
▪ Saída - Principal saída do processo
▪ Aspecto Significativo - Os aspectos ambientais significativos do
processo.
41
FERRAMENTAS PARA MAPEAMENTO DE PROCESSOS

▪ MATRIZ DE MAPEAMENTO DE PROCESSOS - Instrumento


indispensável para otimização de processos.

▪ Componentes da Matriz:
▪ Perigo Significativo - Os perigos à saúde e a segurança das
pessoas, a continuidade operacional e ao patrimônio.
▪ Variáveis críticas de controle e especificação - Indicação das
variáveis críticas e suas especificações.
▪ Variáveis apenas acompanhada: Indicação das variáveis que não
requerem ação de ajuste, mas somente de acompanhamento.
▪ Dispositivos de medição: Os dispositivos de medição associados a
todas as variáveis medidas.
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FERRAMENTAS PARA MAPEAMENTO DE PROCESSOS

▪MATRIZ DE MAPEAMENTO DE PROCESSOS - Instrumento


indispensável para otimização de processos.

▪Componentes da Matriz:
Metas de Desempenho: Qualidade, Custo, Segurança,
Meio-Ambiente, Entrega - Indicadores de desempenho
estipulados para cada uma das características listadas
visando uma avaliação objetiva dos resultados do
processo
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FERRAMENTAS PARA MAPEAMENTO DE PROCESSOS

▪MATRIZ DE MAPEAMENTO DE PROCESSOS - Instrumento indispensável


para otimização de processos.

▪Componentes da Matriz:
▪Tempo de ciclo - O tempo de campanha ou ciclo destes processos.
▪Requisitos de Competência - Qualquer requisito relevante de
competência ou qualificação
▪ Procedimentos Documentados - Listagem dos documentos relevantes

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ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGO (APP)

• Metodologia estruturada para identificar os perigos potenciais decorrentes da


instalação de novos sistemas ou da realização de atividades em sistemas
existentes.
• Esta metodologia procura examinar, de maneira detalhada, para cada perigo
levantado, as causas básicas, os modos de detecção disponíveis e os efeitos
sobre a força de trabalho, população vizinha e/ou meio ambiente, e assim,
propor medidas de bloqueio a fim de eliminar as causas ou reduzir as
consequências dos cenários de acidente identificados.

OBJETIVOS DA APP
• IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
• LEVANTAMENTO DAS CAUSAS POTENCIAIS
• PREVISÃO DE EFEITOS
• IDENTIFICAÇÃO DE MEDIDAS DE BLOQUEIO OU MITIGADORAS
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ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGO (APP)

Aplicação:
a) Início de desenvolvimento ou na fase inicial de um projeto,
quando apenas os elementos básicos do sistema e os
materiais estão definidos.

b) Em modificações de projetos ou instalações existentes.

c) Revisão geral de segurança em sistemas / instalações em


operação.

d) Em manobras / operações não rotineiras.

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ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGO (APP)

Informações Necessárias para Realização de APP

Dados demográficos
Região
Dados Climatológicos

Premissas de projeto
Especificações técnicas de projeto
Instalações Especificações de equipamentos
Layout das instalações
Descrição dos principais sistemas de proteção e segurança

Propriedades físicas e químicas


Substâncias Características de inflamabilidade
Características de toxidade

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ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGO (APP)

Equipe Necessária e suas Atribuições

Função Atribuições
Coordenador Pessoa Responsável pelo evento que deverá:
- definir a equipe
- reunir informações atualizadas, tais como:
Fluxogramas de engenharia, especificações técnicas, etc...
- distribuir o material para a equipe
- programa as reuniões
- encaminhar aos responsáveis as sugestões e modificações oriundas da APP

Líder Pessoa conhecedora da metodologia que deverá:


-Explicar a metodologia a ser utilizada aos demais participantes
- Conduzir as reuniões e definir o ritmo do andamento das mesmas.
- cobrar dos participantes pendências de reuniões anteriores.
Especialistas Pessoas que estarão ou não ligadas ao evento, mas que detêm informações sobre o
sistema a ser analisado.
Relator Pessoa com o poder de síntese para fazer anotações

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ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGO (APP)

Resultados de uma APP.


➢ Na APP são levantadas as causas que ocasionam a ocorrência de
cada um dos cenários de acidente estudados, as suas respectivas
consequências, avalia-se qualitativamente a frequência de
ocorrência, a severidade das consequências e o risco associado e
estabelece medidas de bloqueio/mitigadoras para os mesmos.

49
ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGO (APP)

A metodologia da APP compreende a execução das seguintes etapas:

1. Definição dos objetivos e do escopo da análise;


2. Definição dos limites da instalação analisada;
3. Coleta de informações sobre a região, a instalação e a substância perigosa
envolvida;
4. Subdivisão da instalação em módulos de análise;
5. Realização da APP – preenchimento da planilha
6. Elaboração estatística dos cenários identificados por categorias de frequência e de
severidade;
7. Análise dos resultados e preparação do relatório
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Tabela 1 - Categoria de Frequência dos Cenários

Categ. Denominação Faixa de Descrição


Frequência (/ano)

A Extremamente Remota f<10-4 Conceitualmente possível, mas


extremamente improvável de ocorrer
durante a vida útil da instalação

B Remota 10-3 > f >10-4 Não esperado ocorrer durante a vida


útil da instalação
C Improvável 10-2 > f >10-3 Pouco provável de ocorrer durante a
vida útil da instalação

D Provável 10-1 > f >10-2 Esperado ocorrer até uma vez durante a
vida útil da instalação

E Frequente f >10-1 Esperado ocorrer várias vezes durante


a vida útil da instalação

51
Tabela 1 - SEVERIDADE DAS CONSEQÜÊNCIAS DO CENÁRIO

Cat. Denominação Descrição / Características

I Desprezível Sem danos ou danos insignificantes aos equipamentos, à propriedade e/ou


ao meio ambiente;
Não ocorrem lesões/mortes de funcionários, de terceiros (não funcionários)
e/ou de pessoas extramuros (indústrias e comunidade); o máximo que
pode ocorrer são casos de primeiros socorros ou tratamento médico menor.

II Marginal Danos leves aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente ( os


danos materiais são controláveis e/ou de baixo custo de reparo);

III Crítica Lesões leves em funcionários, terceiros e/ou em pessoas extramuros.

IV Catastrófica Danos severos aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente,


levando à parada ordenada da unidade e/ou sistema;

52
Tabela 3 - SIGNIFICÂNCIA

A B C D E
IV
III
II
I
SEVERIDADE FREQÜÊNCIA RISCO

I Desprezível A Extremamente 1 Desprezível


Remota
II Marginal 2 Menor
B Remota
III Crítica 3 Moderado
C Improvável
IV Catastrófica 4 Sério
D Provável
E Frequente 5 Crítico

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A Evolução da Gestão Ambiental
1º ESTÁGIO - Solução de problemas (sujeira para baixo do tapete)
- Resolver problemas conhecidos. Os desconhecidos...
- “Ficar fora do problema”

2º ESTÁGIO - Gerenciamento para o cumprimento das leis, regulamentos,


políticas e Procedimentos internos
- Controle da poluição na saída do processo

3º ESTÁGIO - Controle da poluição durante o processo


- Posição proativa
- Todos os riscos ambientais são gerenciados

54
ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL

• Baseada em artifícios
• Baseada em respostas
• Baseada em conformidade
• Gestão Ambiental
• Prevenção de Poluição
• Desenvolvimento Sustentável

55
ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL

Baseada em artifícios
Em resposta a uma questão ambiental, a organização
encerra suas operações e muda-se para outro local,
onde não haja controle ou, se houver, sejam medianos
rigorosos quanto à problemática ambiental.

PARAÍSOS DE POLUIÇÃO

56
ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL

Baseada em respostas
A organização responde aos incidentes e regulamentações
ambientais, conforme tenha informações a respeito, geralmente por
meio de ações reguladoras para cada ocasião; não possui nenhum
programa pronto que identifique ou administre as questões
ambientais, paga as multas e espera pelo melhor.
Ambiente, custo indesejável de se fazer negócios

57
ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL

Baseada em conformidade
A organização tem um programa pronto para identificar os requisitos
reguladores; adota medidas que os satisfaçam, geralmente medidas
de controle adicionais e extremas; controla o risco e a
responsabilidade de acordo com a lei.

O ambiente é um custo planejado de se fazer negócios, com


vantagens ou desvantagens competitivas.

58
ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL

Baseada em gestão ambiental


A organização gerencia sistematicamente suas questões
ambientais, integrando-as, frequentemente, à administração
global. Identifica os aspectos e impactos ambientais de suas
atividades, produtos e serviços ; desenvolve políticas, objetivos e
metas, aloca recursos, mede e avalia o desempenho, revê e
examina suas atividades com vista no aperfeiçoamento.
GA reduz custo das operações

59
ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL

Baseada em prevenção à poluição


Tudo que a organização realiza denota preocupação como meio
ambiente, para reduzir o potencial do impacto ambiental na fonte,
desenvolve produtos e processos; a seleção de matéria-prima leva a
consideração o impacto da extração; e os processos são os mais
eficientes na redução do desperdício.
O Meio Ambiente é uma fonte de renda e vantagem competitiva.

60
ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL

Baseada em desenvolvimento sustentável


A organização considera o impacto social, ambiental e econômico
de suas atividades, produtos e serviços.

A gestão de questões ambientais é vista como responsabilidade


social, moral e ética.

61
CONSCIENTIZAÇÃO
TRANSFERIR INEFICIÊNCIA LUCRO REDUZIR PERDAS E
PARA O PREÇO DO PRODUTO INEFICIÊNCIAS

DESCATAR DA MANEIRA MAIS MAXIMIZAR A RECILAGEM,


FÁCIL RESÍDUOS REDUZIR A GERAÇÃO
DESTINAR CORRETAMENTE

PROTELAR INVESTIMENTOS PRIORIZAR

CUMPRIR O ESSENCIAL LEGISLAÇÃO ANTECIPAR-SE

UM PROBLEMA ! MEIO AMBIENTE UMA OPORTUNIDADE

62
Meio Ambiente

Segundo a NBR ISO 14001

Circunvizinhança em que uma organização


opera, incluindo ar, água, solo, recursos
naturais, flora, fauna, seres humanos e suas
inter-relações.

63
Poluição Ambiental

A degradação da qualidade ambiental resultante de


atividades que direta ou indiretamente:

prejudiquem a saúde, a segurança, e o bem estar da população;

criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;

afetem desfavoravelmente a Biota (conj. de seres vivos de um


ecossistema);
afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos.

Fonte: Lei 6.938, de 31/08/81, que dispõe sobre a Política


Nacional de Meio Ambiente.
64
A Gestão Ambiental e as Normas da Série ISO 14000

Definição do Sistema de Gestão Ambiental:

➢ A parte do sistema de gestão global que inclui ISO 14001


estrutura organizacional, atividades de planejamento, -------------
Parte do sistema de gestão usado para gerenciar -------------
responsabilidades, práticas, procedimentos, processos --------
aspectos ambientais, cumprir requisitos legais e outros --------
--------
e recursos para desenvolver, implementar, atingir,
requisitos e abordar riscos e oportunidades.
analisar criticamente e manter a política ambiental .-----------
.-----------
.-----------
.-----------
.-----------
.-----------

65
SGA – SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
Gestão Ambiental: é a forma como uma organização administra as relações entre as suas
atividades e o meio ambiente que os abriga, observada as expectativas das partes
interessadas. É parte da gestão pela qualidade total.
Sistema de Gestão Ambiental: é a parte do sistema de gestão global que inclui estrutura
organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos,
processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter
a política ambiental.
“O foco da gestão ambiental é a empresa e não o meio ambiente”. Somente através de
melhorias em produtos, processos e serviços serão obtidas reduções nos impactos
ambientais por eles causados.

SGQ – Sistema de Gestão da


Qualidade

SGA – Sistema de Gestão INTEGRAÇÃO


SSS – Sistema de Saúde e
Ambiental Segurança
Instrumentos Voluntários

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A GESTÃO AMBIENTAL E AS NORMAS DA SÉRIE ISO 14000
Com o advento do conceito de sistemas de gestão, particularmente acelerado
através de sua normalização pela ISO 14001, as organizações estão se
perguntando qual a motivação para implementar um sistema formal de gestão
ambiental.
Parte interessada Expectativas sobre o Sistema de Gerenciamento
➢ Produtos “ambientalmente saudáveis”
Clientes ➢ Garantia de um bom desempenho ambiental
➢ Certificação
➢ Ambiente de trabalho Seguro e Saudável
Colaboradores ➢ Boa reputação ambiental da empresa

➢ Minimização dos custos e de potenciais passivos ambientais


Acionistas ➢ Vantagem competitiva
➢ Baixo risco de impactos adversos e de exposição da empresa
➢ Controle dos principais impactos ambientais e emergências
Público ➢ Conformidade integral com a legislação e regulamentos ambientais aplicáveis
Comunidade ➢ Prevenção da poluição, minimização dos resíduos, etc.
Governo

A principal resposta está ligada ao atendimento das expectativas das partes interessadas
67
A Norma de Gestão Ambiental ISO 14001
Objetivos da Norma ISO 14000

Prover Elementos de um sistema de Gestão Ambiental eficaz,


✓ passível de integração com outros requisitos de gestão, de forma a
auxiliar às organizações a alcançar seus objetivos ambientais e
econômicos

“Não foram concebidas para criar barreiras comerciais não-


tarifárias, nem para ampliar ou alterar as obrigações legais de uma
organização”

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OBRIGADO!
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